Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 2
Jasmin, A Sereia.




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Deitada em cima de folhas e olhando para o além, isso talvez não faça sentido, mas neste momento ela olha para dentro de sua alma, os piratas foram mortos ela crê, mesmo tento optado por algo tão cruel, Sairia é contra a violência e prega a paz, no entanto ela tem seus limites, como todo ser vivo, mas as vezes se pergunta ela é um?

Ela levanta alçando voo sobre as árvores admirando a beleza colossal daquele lugar, e lembrando que a sua obrigação e proteger custe o que custar, ela e como uma árvore que fixou suas raízes naquela ilha. Pousando próximo ao riacho com as águas claras, ela retira seu vestido e deixa seus longos cabelos soltos, prateados a luz solar. Seus pés tocam a agua e logo está se banhando, ela mergulha com os olhos fechados, a água está purificando-a, ela abre seus olhos, se estivesse na superfície lágrimas estariam sendo derramadas naquele rosto marcado com o desespero naquele momento ela enxerga todas as almas perdidas naquela noite, a encarando como se estivessem a julgando, homens com enormes barbas a aparência estavam horrível como se estivessem desnutridos, e uma maré forte se aproxima tornando aquela visão em areia que passa pelo corpo de Sairia. e aquilo trazia um vazio imenso em seu coração.

Ela sobe a superfície e com um choro silencioso, mas não eram seus olhos que derramavam lágrimas agora, era sua alma. Ela veste sua roupa e bate suas asas até o Caldeirão, tal artefacto que fica no rio é o pendão da floresta, tudo que se passa na ilha passa por ele.

Colocando sua mão sobre o caldeirão cheio de água, imagens começam a se formar, Animais caçando, outros acasalando, árvores que floresceram, mas uma a chama a atenção, uma pantera está com problemas na hora do parto. Parece que o trabalha lhe chama.

Ela voa ao sul da Ilha passando da floresta clara e indo para à sombria, a escuridão dominava, mas alguns raios solares conseguiam passar pelas folhas iluminando um pouco.

E lá estava a pantera negra, escorada em uma árvore e gritando de dor, o animal não se assustou com ela e nem temeu, pois ela sabia que estava ali apenas para ajuda-la.

Sairia pingou duas gotas de água na boca da pantera e ela adormeceu rapidamente, ela alisou a barriga dela tentando sentir as crias, e com a maior facilidade retirou dois pequenos filhotes, ambos muito parecidos com a mãe.

–Filhotes lindos, senhora pantera. -

Ela colocou eles perto dela para amamentarem.

–Eles serão poderosos como pai e ao mesmo tempo doceis como a mãe -

Disse sorrindo.

–Mas neste momento precisam de proteção. -

Sairia pegou um graveto logo ao lado e cravou no chão.

–Pelas forças destinadas a mim, estão protegidos -

Naquele momento um escudo esverdeado meio transparente surgiu em volta da pantera e seus filhotes.

–Até você acordar, não terá problema com predadores, mas depois disso o ciclo continua. - Disse sorrindo.

E assim bateu asas indo em direção ao cálice, porém notou algo na costa da praia.

Ela aumentou sua velocidade e quando enxergou nitidamente seu coração disparou.

–Um humano? - Murmurou

Continuou voando e orando pela floresta que ele não esteja vivo, entre tantos problemas lidar com um humano neste momento não seria nada agradável.

Pousou bem próximo a ele, e caminhou com passos leves.

Ela segurava um galho enorme para cutuca-lo.

–Onde estou? - Disse o jovem se levantando. -

Ele disparou seu olhar para a fada que estava com os olhos arregalados -

Ela não pensou duas vezes, e sentou lhe o galho na cabeça dele.

–Ai, reclamou da dor. - O que diabos está fazendo? - neste momento ele olhou mais para ela e notou as asas.

–Ai Meu Deus, o que é você? - Eu morri? Disse olhando para as próprias mãos.

–Obrigado senhor, Eu morri. - Disse ajoelhando.

–Um humano com sérios problemas mentais. - murmuro quase inaudível, quase...

–Falou quem acabou de me acertar com um galho. -

O galho começou a crescer na mão de Sairia, crescer e crescer. Até que ficou enorme o suficiente...

Ela o acertou na cabeça dele novamente.

Um humano nunca havia sobrevivido as sereias, e Sairia nunca havia olhado para um tão perto, isto significa que aquelas sereias fracassaram pensou consigo mesma.

Ela correu para o mar pegou a primeira concha e soprou três vezes.

Logo a sereia líder apareceu.

–Tínhamos um acordo - disse rosnando os dentes.

–E foi feito maravilhosamente, tenho que dizer as almas estavam deliciosas -

–Então me explique aquilo - Disse Sairia apontando para o humano na praia.

–Olhar o que? - Indagou a sereia.

–Não está vendo o humano ali? -

–Humano? A Floresta já está afetando seu psicológico? -

Sairia olhou para a praia, e ele não estava mais lá.

–Pela Santa árvore. - Disse abismada.

–Havia um humano, ele sobreviveu ao ataque de vocês -

A Sereia olhou para o relento. -

–Então você sabe de algo, não e mesmo Jasmin?

–Quando estávamos afundando o barco por completo os piratas hipnotizados se afogavam sem mesmo notar, enquanto a agua invadia seu corpo eles sorriam para nós, joguei minhas correntes em todas os piratas, mas quando uma chegou perto de um jovem, elas não se conectaram a alma dele. -

–Nunca havia acontecido, nem mesmo um coração puro sobrevive a mim. -

–E Então o deixei afundar na escuridão do mar, sabendo que morreria afogado -

–Pois ele não morreu - Interrompeu Sairia.

–Morto ou não, isto agora é problema seu, nosso acordo acabou fadinha. -

Enormes algas surgiram do mar e prenderam a Sereia e ergueram no alto.

–O graveto na mão de Sairia se transformou em uma enorme lança -

–Eu poderia acabar com isso agora. - Disse sorrindo

A verdadeira face de Jasmin apareceu com os dentes afiados e olhos vermelhos.

–Não me desafie, Fadinha. -

–Me ajude a acabar com este humano -

–Se ele é mesmo puro, minha magia e inútil, eu poderia dizer para você mesmo acabar com ele, mas você não pode - Disse caçoando da fada.

–Você sabe muito bem o motivo -

–Mas não precisa ser pelas suas mãos fadinha, use a floresta como nós usou. - Disse jasmin com os olhos brilhando.

Em um momento de descuido uma enorme bolha da agua se formou em volta de Sairia a impedindo de respirar.

As Algas foram cortadas por rajadas de agua.

–E melhor saber aonde está pisando da próxima vez que tentar atacar a Soberana das águas. -

Aquele impasse entre as duas e de muitos anos, no entanto Sairia e mais nova e foi escolhida pela floresta há apenas cem anos sua imaturidade e notável, enquanto Jasmin e a líder das sereias daquela região a mais de mil anos.

–Não mato você pois ainda tem muito o que aprender - Disse Jasmim.

–Mas a próxima vez que me desafiar, não acabarei apenas com você afundarei essa ilha junto com tudo que você ama -

O graveto na mão de Sairia cresceu o suficiente para ficar milímetros da garganta de Jasmin.

Ambas estavam em um impasse.

A bolha se desfez e a lança logo voltou ao normal.

Os olhos de Sairia estavam verdes escuros brilhavam intensamente. -

–Da próxima vez não terá garganta para falar. - Disse Sairia batendo asas para o alto.

Jasmin voltou ao mar.

–Imatura - murmurou consigo mesma.

Aquele impasse acabou e a floresta agora enfrenta um parasita, um humano a raça destruidora, aquela que consegue ser insignificante mas avassaladora, todo cuidado deve ser tomao por Sairia.


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Notas finais do capítulo

Comenteeeem :3



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