Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 11
O Começo.


Notas iniciais do capítulo

17 dias depois de atualizar, trago as sereias que estavam sumidas em alguns cápitulos.



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A Noite caiu sobre a floresta e os dias para as embarcações chegarem estava cada vez mais próximo, e no barco do capitão algo inusitado estava prestes acontecer.

Duas mulheres servas que serviam dos prazeres aos marujos, encontravam-se se sentada dividindo um pão velho a aparência de mofo estava nele.

Ambas não trocavam nenhuma palavra, os olhares era sua fonte de comunicação, hora ou outra eles se cruzavam e transpassavam o mesmo sentimento.

O piso de madeira do barco era precário, escutava-se roedores transitando por ali.

Porém a poeira teve uma utilidade, com os dedos à ruiva escreveu.

''Pronta? ''

A outra serva apenas balançou a cabeça, seus olhos estavam cheio de lágrimas, era mais nova que à ruiva alguns anos, inexperiente na arte do prazer.

Uma ingénua recolhida das ruas da cidade com promessas de uma vida melhor.

A Porta se abriu.

Era um pirata, o sorriso malicioso em seu rosto já atormentava a pobre garota seus olhos negros se fecharam descendo escorrer uma lágrima.

–E a sua vez moreninha - Disse o marujo lambendo os lábios.

Não chore ainda, quero as lágrimas e gritos na hora certa.

Ele fechou a porta e a trancou.

Ele aproximou-se da morena e apertou seu pescoço a empurrando contra a parede.

–Você gosta da dor? Admito que irá gostar.

Ela manteve se calada, mal conseguia respirar mas tentou tanto em anos que já desistiu de qualquer reação, porém apenas ela.

Em um ataque ligeiro a ruiva cravou a adaga nas costas dele, tentou gritar de dor porém a morena arrancou-lhe um beijo.

Apos alguns segundos caiu no chão.

–Nunca achei que iria ter prazer em lhe beijar - Murmurou a morena.

–Tem que ser rápido - Murmurou a ruiva.

Ambas ajoelharam-se perante o corpo, se encararam por alguns segundos, uma troca de olhares um único sentimento, a esperança.

A Ruiva fechou os olhos a lâmina da adaga entrou em contato com seu pulso fazendo o sangue escorrer sobre o sangue do marujo.

A Morena pegou a adaga fazendo o mesmo.

O Sangue de ambos misturou-se e no local de maior concentração ela cravou a adaga no barco fazendo a agua aos poucos adentrar o convés.

Ambas olharam para a porta fechada e deram-se as mãos.

Se arrepiaram, a liberdade estava mais perto do que nunca.

Porém a agua parou de entrar no barco, por um segundo sequer se encararam em desespero e olharam para o pequeno buraco buscando entender porque a agua não fluía.

Elas pularam para trás de susto uma língua apareceu diante delas sugando todo o sangue.

Uma voz gritou fora do convés, escutaram a porta ser destrancada.

–A Algum buraco no convés, capitão - Gritava um marujo.

A Maçaneta girou.

A porta se abriu e não havia ninguém, nenhum buraco, nem agua.

Mas isso na visão dos pobres marujos.

As servas estavam lá e escutavam uma leve canção ressoar pelas paredes, a agua voltou a encher o convés, elas não entendiam como ele não conseguia à vê-las

Uma mão fortemente tocou o braço da ruiva, tal mão atravessava a madeira do navio e a puxou para baixo, logo outra mão atravessou a madeira e puxou a morena, porém olhou para trás e seus olhos arregalaram-se, a agua encobria metade do convés e seu corpo flutuava.

Um arrepio de arrepiar os pelos da nuca, ela estava morta? Pensou consigo mesma.

Começou a ser puxada na escuridão do mar, estava perplexa.

Olhou para frente, e uma sereia com uma enorme cauda esverdeada e cabelos azuis que brilhavam em meio a escuridão.

Porém algo a fazia gostar daquela situação. O grito dos marujos em desespero a tiravam um sorriso em seu rosto.

Algo mais a espantou uma civilização em alto mar, pequenas pedras com buracos e esferas que iluminavam todo o local.

–Cada pedra parecia ser uma casa, e sereias saiam delas e se rodeavam em um local especifico, e para seu maior medo estava indo para lá.

Foram jogadas contra uma enorme pedra em formato retangular.

–Parecem ser deliciosas. -

–O que está acontecendo? - Indagou a ruiva

–Você nós chama e indaga o que acontece? Disse uma mulher com as curvas perigosas para um marujo, era atraente da calda a cabeça, seu olhar penetrante combinava com seu cabelo castanho.Segurava um enorme tridente em uma das mãos. O seu corpo havia mais joias do que podia aguentar.

–Consigo sentir o pedido de socorro dentro de vocês - Disse ela.

A sereia de cabelo azul acalmou a multidão.

–Acalmem-se, essas almas não serão devoradas. - Disse com voz de tristeza.

A Sereia com o tritão aproximou-se delas, estavam deitadas uma forte pressão as impedia de mover.

Alisou o rosto de ambas.

–Finalmente terão a liberdade que sonham.

A ruiva sorriu.

–Será a primeira cabelo de fogo -

Cravou sem pensar o tridente em seu corpo.

O sangue não flutuou, começou a escorrer por seu corpo indo em direção de suas pernas, era abundante o rubro sangue cobriu totalmente suas pernas e em piscar de olhos, não havia mais pernas.

Uma enorme cauda se formou, seus olhos mudaram, ela agora era uma predadora em busca de uma caça.

Rosnou com os dentes afiados a sua verdadeira forma se mostrou por um leve segundo, porém o tridente foi apertado mais forte contra seu corpo a fazendo voltar ao normal.

A sereia fez sinal de silêncio e ela adormeceu.

Olhou rapidamente para a morena, estava em desespero, a liberdade que ela queria era diferente daquilo que sonhava, porém concordava era mais satisfatório do que viver com aqueles marujos.

O Tridente cravou seu peito e o mesmo processo aconteceu com ela, seu olhar mudou, porém era diferente de todas as sereias e aquilo intrigou a Imperatriz das Sereias a portadora do Tridente.

Aquele olhar esboçava algo além de uma predadora, algo que à fazia arrepiar.

Não muito longe dali, Joseph analisava os navios e notou que algo estava diferente, não estavam todos ali.

Olhou para trás em busca de Sairia porém arregalou os olhos ao se deparar com a Ninfa do ar Tera.

–O Humano, então os boatos são verdadeiros -

–Aparentemente - Disse Joseph continuando a caminhar e ignorando a presença da ninfa.

Colocou a mão em seu peitoral.

E a outra em seu decote robusto, vestia um vestido branco, seus cabelos negros e olhar penetrante à tornava uma das mais belas da floresta.

–Pois não? Indagou Joseph estranhando.

–Há tantas histórias sobre os prazeres que os humanos podem proporcionar -

Ele estava perplexo, sem palavras.

–Como a floresta o aceitou, não será nada errado eu desfruir disto não é mesmo? -

–O que está insinuando? Disse afastando.

–Não seja ingénuo, mostre-me do que um humano e capaz -

Coloco a mão na nuca de Joseph em uma tentativa frustrada de roubar-lhe um beijo.

Pois foi interrompida por uma rajada de vento feita pelas enormes asas de Sairia que estava atrás de Joseph.

Tera arregalou-se seus olhos e afastou do humano.

–Perdão - Ajoelhou-se perante a Fada.

Sairia caminhou até ela.

–As ninfas realmente estão precisando de uma nova lição -

–Um ser divino perdendo tempo com pecados - seu tom de voz aumento. - Inaceitável -

–Porém irei perdoar - Disse em tom de deboche.

Virou-se para Joseph.

–Quem será que irá te perdoar pelos seus pecados? Disse a Ninfa levantando-se

Sairia a fitou com um olhar assustador, que a fez arrepiar, havia se arrependido de tais palavras.

A fada realmente tomaria uma atitude que não se orgulharia naquele momento.

Apenas aproximou-se da ninfa e murmurou em suas orelhas.

–Tenho uma tarefa para você - Sorriu

Os olhos da ninfa lacrimejava-se.

–Sei que todos estão esperando por um pronunciamento do que irei fazer contra o perigo à vista -

–Informe à todos para se reunirem na árvore mãe. -

A Ninfa apenas balançou a cabeça positivamente e voou o mais rápido que pode em toda sua vida, o medo estava em suas veias.

Sairia fitou Joseph, com um olhar vago, ele aproximou-se dela.

–O que lhe aflige minha Fada?

Ela apenas queria um abraço é recebeu, se jogou contra seus braços e chorou em seu peitoral.

Ambos fecharam os olhos e quanto notou ele estava em sua árvore.

Seus lábios tocaram a testa de Sairia que sorriu de canto.

–Vai ficar tudo bem -

A Confiança exalava de sua voz.


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Notas finais do capítulo

Me desculpeeem, quero atualizar mais rapido agora. :3



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