Until One escrita por FanFicHunger


Capítulo 2
Today is the day! - Chester


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap. galera. Espero que gostem, e se estiverem lendo, peço que deixem reviews. Peço de coração!!!



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Hoje vai ser o dia! Eu já me decidi! Não vou mais guardar isso dentro de mim, passamos por muita coisa juntos e hoje eu vou abrir o jogo. Vou dizer o quanto estou apaixonado e apenas rezar para que o sentimento seja recíproco.

O balançar do ônibus está embrulhando meu estômago e sinto que posso vomitar a qualquer momento. Já deixei um saquinho de emergência em mãos. Só espero não ter q usá-lo.

Confesso que fiquei feliz e ao mesmo tempo surpreso quando recebi a ligação de Jason me convidando para um fim de semana na casa dos pais dele. Sempre considerei muito minha amizade com ele, mas depois da catástrofe no aeroporto, me distanciei muito do pessoal. Tive que frequentar vários psicólogos para meu stress pós-traumático e acabei indo embora com meu pai. Nenhum psicólogo pareceu resolver, mas assim que meu celular tocou e eu vi o nome de Jason na tela, algo se acendeu dentro de mim e fez com que eu concordasse em ir. Rezo para que um fim de semana esfriando a cabeça seja o que me falta para voltar ao normal, e assim que Jason me contou que todos estarão lá, eu vi a oportunidade perfeita para dizer o que sinto.

O ônibus faz uma curva para a direita e no fim da rua já posso ver o porto. Os pais de Jason são ricos o bastante para comprar uma ilha apenas deles. Mina imaginação não é fértil o bastante para imaginar quanto isso deve custar. O combinado é, todos devem se encontrar no porto, para então embarcarmos no barco particular do pai de Jason, rumo direta à ilha. Estou muito feliz em ver o pessoal novamente, e de certa forma, nervoso.

Desço do ônibus e caminho a passos largos para o porto. Minha mochila deve estar pesando uns 30kg, mas estou muito nervoso para caminhar mais devagar, quando vejo estou correndo pelas ruas da cidade. Ao me aproximar vejo ele, Chad. Alto, confiante, o cabelo cor de palha arrepiado na frente em um topete, os olhos azuis cintilando contra o sol da manhã, que também faziam realçar a cor dos braços bronzeados e sarados. Se tem alguém que eu NÃO esteja feliz de reencontrar, é ele. Pode parecer meio cruel, mas na minha opinião, teve pessoas que não mereceram ter saído vivas daquele aeroporto, assim como teve muitas pessoas boas que morreram lá.

– Olha aí! É o rosinha! - Ele diz assim que me vê. - Cê cresceu heim, rosinha.

– Bom te ver também, Chad. E meu nome é Chester, caso não se lembre.

– Claro que eu me lembro! - Ele abre os braços debochadamente. - Chester como o peru de natal, né. - Então ele ri debochadamente.

– Na moral, o dia em que você pediu pra ser idiota, deu eco. - Respondi sentindo meu rosto ficar vermelho de raiva.

– Calma, rosinha. To curtindo com tua cara.

– Ah, entendi. Mais alguém já chegou? Alguém menos impertinente?

– Molly ta lá no barco. - Ele aponta por cima do ombro com o polegar. Sem dizer mais nada, passo por ele e me dirijo ao barco. - Ei! - Ele me chama, paro de caminhar e me viro. - Foi bom te ver rosinha.

– Foi ótimo ver você também, Chad. - Digo debochadamente. Dou as costas e continuo andando.

_|/_

– É claro que ela vai vir. Deve estar à caminho já. - Molly estava sentada em uma cadeira de praia com os pés levantados no corrimão de proa do barco. Assim que me aproximo, ela me olha e larga um sorriso cintilante abanando. - Deixa de ser medroso! Onde vocês estão? - Ela continua falando no telefone. - Show! Se vemos daqui à pouco. Xau xau. - Ela desliga o celular e levanta para me dar um abraço. - Meu Deus, Chester! É muito bom te ver!

– Feliz em ver você também, Molly! - Digo abraçando-a. - Você não mudou nada. Parece ter perdido mais alguns metros apenas. - Digo bagunçando o cabelo com mechas azuis dela. Molly era baixinha, com apenas 1,56 de altura. A pele linda era levemente morena e os olhos negros como uma noite sem estrelas. O cabelo, também negro, tinha mechas azuis aqui e ali.

– Voltou depois de um ano e com essa graça toda né. - Ela diz ainda segurando minhas mãos. - Ai você não sabe como eu estou feliz em te ver. Foi o ano mais triste da minha vida. Ninguém pra escutar meus desabafos e dengos.

– Eu voltei só pra isso. - Digo sorrindo e dou outro abraço na pequeninha. - Senti saudades.

– Eu também mas, porque você foi embora? - Ela se distancia para me olhar nos olhos. - Fico um momento encarando os olhos castanhos, quase negros dela.

– Eu só não queria que vocês vissem como eu fiquei.

– Nós estávamos aqui por você. EU estava aqui por você. Promete que nunca mais vai fazer isso? Sumir assim?

– Eu prometo. - Digo. Então ela me dá mais um abraço. Quando nos separamos ela pega o celular e vê que tem mensagens no whatsapp.

– Jess e Geremy chegaram. - Ela diz ainda olhando para o celular.

– Eles chegaram agora? - Meu coração disparou.

– Sim, estão vindo nos encontrar. - Ela olha do celular para mim. - Chester, você não está pensando em... - Deixo escapar um suspiro.

– Sim, estou.

– Olha, eu sei que vocês passaram por muita coisa naqueles escombros, mas... - Ela também suspira - Mas eu não quero que você se machuque. - Ela hesita um pouco mas fala. - Acho que já há outra pessoa. - Aquilo foi como um soco no estômago, mas eu já estava decidido. Vou abrir o jogo custe o que custar, e vou ver no que vai dar.

– Não precisa se preocupar, eu vou me sentir melhor fazendo isso. E se não der certo, eu vou ficar bem. Confia em mim. - Ela me encara por alguns segundos e então concorda com a cabeça.

– Se você diz que vai ficar bem, então eu confio em você.

– Eu sabia que podia contar contigo.

– Olá pessoas! - Escuto a voz de Jess e meu coração dispara. Jogo meu olhar na direção dela. Vejo Alícia logo atrás e ele, subindo a rampa do barco. Os cabelos negros, lisos e bem aparados, a pele pálida parecia reluzir ao sol. Os olhos de um castanho dourado cintilavam. O jeito tímido de ser refletido até mesmo no seu jeito de andar. Ele estava absurdamente lindo naquela manhã.

– O...Oi. - Digo sem jeito.

– Ai meu Deus! - Jess corre na minha direção e me dá um abraço apertado. - Chester! Você está mesmo aqui! Deixa eu olhar pra você - Ela se distancia de mim e segura meu rosto entre as mãos. - Está muito bonito. Como você mudou!

– Vou aceitar isso como um elogio. - Digo rindo. - Olá Alícia! Você mudou muito! - Alícia era morena dos olhos verdes quando a conheci. Hoje os cabelos estão totalmente loiros, ressaltados na linda pele morena.

– Espero que para melhor, não é mesmo? - Ela me dá um abraço. Por algum motivo senti que ela não queria estar ali.

– Olha se não é o meu parceiro aventureiro. - Meu coração dispara novamente ao ver ele se aproximando. Ele estica a mão esperando que eu aperte. - Cara, você não imagina o quanto é bom te ver de novo. - Ergo a mão e aperto a dele. Uma onda de eletricidade parecia estar percorrendo meu braço. Queria ficar ali, apenas segurando a mão dele. Mas solto.

– É muito bom ver vocês também, pessoal. E eu acho que devo a vocês um pedido de desculpas, não é mesmo? - Geremy dá um gentil soco no meu braço.

– Concordo! - Ele diz. - Passamos pelo inferno naquele aeroporto. Você não pode simplesmente abandonar um parceiro de aventura assim. - Deixo escapar um sorriso e sinto meu rosto corando.

– Olhem, a Júlia chegou. - Diz Jessica animada.

– Ai caramba! - Geremy ergue a mão na cabeça e suspira.

– O que foi? - Me obrigo a perguntar.

– Cara, você ficou fora por muito tempo e perdeu muita coisa. Mas confio em você e sei que posso te contar - Ele se inclina e fala no meu ouvido. O hálito quente fez cada pelo do meu corpo se arrepiar. - Acho que estou apaixonado pela Júlia.


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