Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 131
Crise 131 - O Festival Gastronômico Intergaláctico


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu! Boa leitura! :)



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E assim fizemos. Após Estrela carregar seu Portal Gun para garantir sua bateria em nossa próxima aventura, abrimos um portal e caímos próximos a um local com uma paisagem bastante parecida com a Terra. Era noite, mas olhando à frente podíamos ver um grande ambiente aberto com bastante iluminação. Eu diria que era como um grande evento na Terra, mas com bem mais espaço.

—Onde estamos agora? - perguntei.

—Pelo radar – disse Estrela, atenta à tela de seu Portal Gun – Estamos bem próximos do fragmento. Ele deve estar naquele lugar iluminado.

—Que lugar é aquele? Parece um parque de diversões ou algo assim – especulei.

—Não vamos perder tempo com hipótese – falou Estrela – Vamos para lá de uma vez.

Não era muito longe, então não precisávamos gastar bateria para abrir portais. Fomos andando mesmo e, conforme nos aproximávamos, finalmente descobrimos do que se tratava.

—Ah, tem um painel ali – disse – Festival Gastronômico Intergaláctico.

—Ah, sim – disse Estrela, nada impressionada – Aqui é Saburia, um planeta que tem contato com vários outros povos alienígenas, especialmente no que diz respeito à culinária. Que ótimo, não precisamos nos preocupar em fingir que somos daqui. Finalmente um planeta com um mínimo de avanço.

Ela parecia aliviada e eu curioso. Festival gastronômico, heim? Isso quer dizer que eles deviam ter vários pratos desconhecidos da Terra. Enquanto andávamos por ali, podia sentir o aroma de diversos tipos de comida preparados por seres de várias raças e aparências estranhas – tão diversos quanto os alienígenas que encontramos no planeta resort naquelas férias.

—Você já veio aqui, Estrela? - perguntei.

—Não. É a primeira vez – disse ela.

—Será que...podemos experimentar alguma coisa? - perguntei.

—Vitor. Estamos aqui em missão e não para encher a barriga, ouviu? - disse ela, até sentir o cheiro de algo que conhecia – Espera...esse cheiro...

Imediatamente, ela se dirigiu para uma barraca próxima.

—Isso seria...purinate? - perguntou ela.

Apenas lembrando, purinate (ou purinity, como se diz em alguns lugares) é uma fruta especial bastante rara no universo, mas que Estrela adorava.

—Sim – respondeu a alienígena rosa de um olho só e lenço na cabeça que atendia na barraca – Estamos preparando uma nova receita de torta de purinate. Será um sucesso no planeta resort.

—Vou querer um pedaço, por favor – disse ela, mostrando um de seus cartões de crédito intergalácticos.

—E aquela história de que estamos em missão, heim? - perguntei.

—Sim, é verdade – concordou ela – Mas, pensando melhor, podemos cumprir nossa missão enquanto comemos.

Apesar do cinismo de Estrela, eu não podia perder a chance de aproveitar o bom humor dela para curtir o festival.

—Se é assim, então também quero comer alguma coisa – falei.

—Está bem. Já que está me ajudando tanto, pago o que quiser comer – disse ela.

—Assim é que se fala! - comemorei.

Passamos uns bons minutos explorando o festival, experimentando todo tipo de comida exótica de outros planetas. Algumas eram péssimas, mas muitas tinham um sabor fantástico. Infelizmente, não tenho como descrever detalhadamente como eram esses sabores – você teria que comer para saber. Mas, apesar disso, muitas das opções eram parecidas com o que tínhamos na Terra. Depois de comermos bastante, compramos algo que parecia um algodão-doce da Terra e sentamos em um banquinho.

—Nossa, comi demais – comentei.

—Eu também – disse Estrela, concordando, ainda que mantendo a classe (enquanto eu estava quase deitando no banco de barriga para cima) – Mas...acho que agora é hora de voltarmos para nossa busca, não acha?

—Ah, sim. É verdade. Onde está o fragmento? - perguntei.

Estrela ativou o radar do Portal Gun novamente e detectou a posição do cristal. Estava bem próximo.

—Está perto? - questionei.

—Sim. Na verdade, está bem ali no palco central – falou Estrela, apontando para um grande espaço no centro do evento que parecia estar ali separado para algum tipo de apresentação. Resolvemos chegar mais perto e vimos uma enorme taça dourada com um enfeite no topo que era nada menos do que o fragmento de cristal que estávamos procurando.

—Está lá – falei – O fragmento!

—Ele mesmo – disse Estrela – Pelo menos está fácil. É nossa chance de pegá-lo.

Tentamos seguir em frente, mas dois alienígenas enormes, de pele verde, óculos escuros, terno e gravata nos impediram.

—Com licença, estamos querendo passar – falou Estrela.

—Essa área é apenas para participantes do campeonato da gula – falou um deles – Não é para qualquer um.

—Campeonato da gula? - perguntei.

—Em que planeta você vive, garoto? - disse o outro guarda – É o momento mais esperado do festival gastronômico intergaláctico. Os chefs mais bem conceituados do planeta irão julgar os melhores pratos. A participação é livre, mas o julgamento será extremamente rigoroso.

—Enfim, é um concurso de culinária – resumi.

—Que seja – falou Estrela – Só queremos chegar até aquela taça e...

—O quê? - disse um dos seguranças, quase empurrando Estrela para trás – Ninguém toca no prêmio antes da hora.

—Mas é uma questão de vida ou morte! - explicou ela.

—Claro, qualquer um poderia dizer isso – falou o segurança – Cai fora, garota. Não vamos deixar qualquer um tocar no nosso prêmio.

—Mas só queremos olhar o pedacinho de cristal em cima da taça – falei.

—Ninguém toca no prêmio, já dissemos! - falou o grandalhão – Rapa fora, moleque.

E assim fomos praticamente expulsos do local.

—E agora? - perguntei.

—Simples. Vamos pegar o fragmento à força – disse Estrela.

—Espera...isso vai nos tornar criminosos – falei.

—Pedimos para o Kevin explicar tudo depois – disse ela – Nas nossas condições, é aceitável.

—Mas ele disse que a participação é livre, não é? - comentei – Então...será que não podemos ganhar a taça honestamente?

—O que está dizendo? - perguntou Estrela.

—Se ganharmos o concurso, podemos ganhar a taça e ficar com ela por direito – falei – O torneio vai ser daqui a pouco, então podemos fazer isso.

Estrela suspirou.

—Você e sua mania de resolver tudo pacificamente – disse Estrela – Bem, concordo que evitar confusão é melhor, mas se perdermos, pegaremos o fragmento do meu jeito.

—Sabia que você entenderia – falei animado.

—E qual seria seu plano para vencer, senhor bonzinho? - perguntou Estrela, cruzando os braços – Por acaso, você sabe cozinhar? É um chef de primeira e nunca me contou?

—N-não, mas...

—Mas o quê? - perguntou Estrela – Não olhe para mim. Minha comida é péssima.

—Na verdade, estava pensando em outra pessoa – falei – Acho que ela pode nos ajudar!

Sim, se ela nos ajudar, podemos ter alguma chance.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, mas esse mês estou cheio de trabalho, então tive que deixar a fic um pouco de lado para ver outras coisas. Por conta disso, o próximo capítulo também deve demorar um pouquinho para sair, mas ele sai, uma hora sai.

Até lá! ;)



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