Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 132
Crise 132 - A Melhor Cozinheira que Conheço


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Finalmente estou de volta, heim?

Boa leitura! ;)



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Sim, havíamos encontrado o terceiro fragmento do cristal Eternium. A parte ruim é que ele estava anexado ao prêmio de uma competição culinária na Feira Gastronômica Intergaláctica que se realizava naquela noite. Estrela pretendia simplesmente tomar o fragmento à força, mas parece que tínhamos uma opção mais pacífica: entrar na competição. Tínhamos poucos minutos antes do início do concurso, mas com nosso Portal Gun não seria difícil ir e voltar de grandes distâncias. Especialmente, quando tínhamos a pessoa certa para nos ajudar.

—Ah, vocês! - falei, aliviado, ao ver Mabi e Eduardo caminhando de mãos dadas na pracinha próxima à casa dela.

—Vitor! Estrela! - disse ela, simpaticamente – O que estão fazendo aqui?

—Não temos muito tempo para perguntas – disse Estrela, praticamente tentando arrancar Mabi das mãos de Eduardo – Venha com a gente!

Mas Eduardo não era o tipo de pessoa que aceitava algo sem muitas explicações.

—Desculpe – disse ele – Mas não podemos ajudar muito se não soubermos no que podemos ajudar. Aliás, Estrela...estávamos falando de você hoje mesmo.

—De mim? - estranhou ela.

—É que...reparamos que não sabemos muito sobre você – disse Eduardo, ainda lembrando da desconfiança que tivemos de Estrela algumas horas atrás.

—Pelo visto, vamos ter que explicar tudo – falei.

De fato, explicamos a situação o mais rapidamente possível. Desde os planos do Setor W, a questão dos fragmentos espalhados pelo universo e o nosso atual problema de não ter ninguém para participar do concurso de gastronomia.

—Espera, então vocês querem que eu participe do concurso? - perguntou Mabi, não muito convencida.

—Você é a pessoa que mais poderia nos ajudar agora – comentei.

—Agradeço muito pela consideração – disse ela – Mas...eu não sou boa o bastante para entrar em uma competição culinária de nível intergaláctico, eu...

—É, isso vai demorar mais do que eu imaginava – reclamou Estrela – Por favor, esperem aqui um instante.

Ela abriu um portal e, poucos segundos depois, retornou com um pequeno tablete.

—O que é isso? - perguntei.

—É o tablete de fermento que compramos no mercado intergaláctico – disse Estrela – Lembra dele? (*) Queria comprá-lo para ajudar Mabi na competição dela, mas achei que seria mais honesto não fazer isso.

Ah, sim. Aquele fermente especial que realçaria absurdamente o sabor de uma massa. Se Mabi usasse aquilo, teria grandes chances de vencer.

—Puxa vida, eu me sentiria muito mal se ganhasse com isso – lamentou Mabi.

—Mas agora não é uma questão de honra – falou Estrela, jogando o pequeno tablete para Mabi – Olha, você tem a escolha de usar isso ou não, mas precisamos muito daquele fragmento.

—Diante de tudo que vocês contaram – disse Eduardo, entrando na conversa – Parece ser mesmo um problema sério. Afinal, os planos do Setor W são bem assustadores.

—Desse jeito vou me sentir pressionada – lamentou Mabi.

—Se quiser sentir menos pressão...vamos pegar o cristal de qualquer jeito, você ganhando ou não – falou Estrela.

—Mas não queremos roubar, não é, Estrela? - tentei amenizar o senso ético questionável de Estrela – Se pudermos levar esse prêmio com nosso próprio esforço, será melhor. É nossa oportunidade, já que o concurso começará daqui a pouco.

—Não precisa se preocupar com ingredientes – falou Estrela – Eles tem tudo lá.

—Bom, certamente seria uma boa experiência – disse Mabi.

—De fato – falou Eduardo – E eu estarei lá para torcer por você.

—Ah, amor. Obrigada – disse ela, dando um selinho nele. Tá, tá legal, eu preferia não ter visto isso.

—Estamos perdendo tempo – disse Estrela, sem o mínimo de romantismo como sempre (mas nesse ponto até que gostei) – Vamos logo.

E assim foi feito. Abrimos um portal e caímos em uma região mais vazia do festival. Dali, seguimos direto para o balcão de inscrições do concurso de culinária. Enquanto andávamos, Eduardo admirava o aroma dos vários pratos que eram servidos ali.

—Mais tarde podemos experimentar os pratos daqui. O que acha, Mabi? - perguntou Eduardo.

—Você não está calmo demais? - perguntou Mabi – Pelo que Estrela contou, a situação é bem complicada.

—Sim, eu sei – disse Eduardo – Mas não acho que vai doer se aproveitarmos os momentos, não acha?

—Posso pagar o que quiserem, já que estão me fazendo um favor – disse Estrela – Mas...se me permite dizer...você é uma pessoa bastante peculiar, Eduardo.

—O que quer dizer com isso? - ele respondeu, mantendo o mesmo sorriso no rosto.

—Você está sempre calmo e sorrindo – explicou Estrela – Para um humano que experimenta coisas tão incomuns, o esperado seria que você se sentisse um pouco mais incomodado. Vitor é extremamente nervoso para essas coisas, como todos podemos ver. A Mabi é um pouco mais otimista, mas é claro que ela parece sentir um mínimo de ansiedade, mas você...você nunca se abala, nem mesmo diante das piores situações. Faz um tempo que queria dizer isso.

Eduardo apenas manteve seu sorriso de sempre.

—É, talvez você tenha razão – disse ele – Essas experiências são incomuns, mas...sempre procuro manter a mesma tranquilidade diante de qualquer situação, seja ela qual for. Esse é meu lema de vida, evitar a instabilidade emocional.

Pelo que parecia, a conversa ficou um pouco mais pesada.

—Mas em termos de frieza...acho que não ganho de você, Estrela – cutucou Eduardo.

—Quer insinuar alguma coisa? - retrucou a w-ana.

—Assim como fez com Vitor, nada me tira da cabeça que é perfeitamente possível que você também tenha afetado a minha memória ou mesmo a memória da Mabi.

—Eduardo! - bronqueou Mabi – Como pode falar assim com ela?

—Mas não estou criticando, de forma alguma. Se você fez isso, certamente só fez com uma boa razão. Só que...não confiar nas próprias memórias é uma sensação muito incômoda, sabe?

—Fique tranquilo – disse Estrela – Se eu quisesse, já teria apagado sua memória.

—Chega, tá bom? - falou Mabi – Vamos continuar sendo os bons amigos que somos, que tal?

—Claro – respondeu Eduardo, com um sorriso.

—J-Já estamos chegando – falei, apontando para o local da competição – É ali.

E seguimos imediatamente para a inscrição. Não tivemos muitos problemas com isso, mas os outros competidores pareciam bem mais agressivos. Não que quisessem nos agredir fisicamente, mas estavam empolgados com o concurso. Eram várias espécies de alienígena disputando.

—Fico imaginando que tipo de prato eles vão preparar – falou Mabi.

—Há ingredientes de todas as partes do universo aqui – explicou Estrela – Pode esperar qualquer coisa.

—Atenção! - disse um alien verde, usando terno e gravata – Vamos iniciar nosso concurso em dez minutos. Por favor, todos os participantes estejam no salão das bancadas nesse meio-tempo. Repito: dez minutos.

—Tá legal – disse Mabi – Podem contar comigo. Vou dar o meu melhor para preparar a melhor comida que esses aliens já provaram.

—Manda ver! - falei.

—Boa sorte, amor – disse Eduardo, com o sorriso de sempre.

—Obrigada – agradeceu Mabi, com um sorriso ainda mais doce. Eu poderia me derreter, mas tinha muita coisa em jogo ali (sem contar que, enquanto olhava o sorriso dela, esbarrei em um alien roxo e gordo não muito bem-humorado que quase me metralhou com os olhos, mas...essas coisas acontecem na Terra também).

—Acho que ela tem chances – falou Estrela – A culinária da Terra é muito boa em comparação a vários povos.

—Sério? - falei (espantado também com um raro elogio de Estrela à cultura terráquea).

—Mas...ao mesmo tempo há muitos outros povos intergalácticos bons na cozinha – falou ela – Só nos resta torcer.

Como Mabi se sairá nessa competição?

(*): ver capítulo 20.


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Notas finais do capítulo

Espero postar o próximo capítulo na semana que vem.

Até! :)



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