—Você está bem pai? – eu falei para Helias que estava na mesa de café, que hoje estava cheia. Tinha na mesa Eu, Daniel, mamãe, papai, Paulo, Benezeu, roxane, Finn, Roberto, Cássio e Dennis (os últimos conselheiros que eu nunca vi antes).

—Sabe minha filha, depois de morrer eu comecei a ver a vida de forma diferente – disse Helias filosofando enquanto mexia seu café na xícara – Vi quão doloroso é o nada, isso que vi: Nada. Até você me ressuscitar...

—A deusa fênix – disse Daniel corrigindo a fala de meu pai. Ele não queria que ninguém achasse que eu dava vida e que outros viessem pedir para mim ressuscitar os mortos.

—Até a deusa me ressuscitar, - continuou meu pai sem incomodar pela correção, ele queria o mesmo que Daneil - eu estava perdido no nada. – completou o Helias por fim.

—Significa que está bem. – eu sorri e voltei a comer minha deliciosa refeição.

—Meu amor, desculpa do jeito que eu agi com você, eu estava em pânico. – disse Laila com a expressão triste – Você sabe que a mamãe te ama e sempre vai amar, mesmo de você tivesse matado seu pai eu iria entender a tradição e...

Eu abracei a Laila. Ela estava do meu lado na mesa, mas me levantei para abraçar minha mamãe direito – Está tudo bem mamãe, eu também assustei.

—Porque não contou antes sobre isso? – perguntou Daniel, depois de meu pai ressuscitar eu me reunir com minha família e o conselho, menos com Denis e Cássio, e contei sobre meu sonho e o que aconteceu com o pássaro.

—Foi tanto coisa que aconteceu que eu não tive tempo ou oportunidade para falar. – e me sentei do lado do Daniel que estava na outra ponta da mesa – Você me desculpa?

—Desculpo, pois você é minha irmã e eu te amo. – ele disse sorrindo, mas logo desfez o sorriso olhando para a companhia diferente em nossa mesa.

—Primeiramente, parabéns! – disse Paulo em um tom feliz zombador, tipico dele. Mexeu nos cabelos prateados e ficou os olhos roxos em mim – E você é a primeira Imperadora com pouca idade, a primeira mulher no trono! Então não precisa agradecer a mim por ter te treinado.

—Nem serviu o treinamento, para esse caso, mas se um dia eu precisar controlar quando vou matar alguém me lembro do treino!  - disse feliz por ver que ninguém estava bravo comigo. E fiz o mesmo tom que Paulo fez para mim.

—Agora vamos resolver sua coroação. – disse Cássio. Ele era alto de cabelos castanhos e muito serio – Você tem até 10 dias para nomear quatro conselheiros pra você e os de classe A, Três guerreiros de Drakenyard iram ser eleitos pelo povo, o povo tem conhecimento de sua historia e sabe que é uma três almas e, por incrível que pareça, eles aceitaram bem. - terminou com um tom desagradável, mas eu não sentia raiva dele de qualquer maneira.

—Eu já tenho os quatros que eu quero nomear, e quero que os antigos continuem a ajudar nas atividades de administração, pois são realmente competentes.

—Tudo bem a sua ordem é lei, imperadora. – disse Denis, tinha cabelos azuis e olhos verdes. Ele parecia ser mais simpático do que Dennis, mas não se demostrou feliz com tudo isso.

—Quem são os quatros? – perguntou Benezeu que apesar de ter me denunciado na má fé que eu era uma três almas acabou sendo perdoado, pois finamente eu tinha sido aceita. E sei que não foi de todo mal. Benezeu só queria o melhor para Drakenyard.

—Mamãe, papai, Daniel e Lisa.

—Você deveria escolher por qualificação, e não por afinidade! – disse Cássio impaciente e meio nervoso.

— Laila, princesa do antigo reino de Goldty's, ela ajudou na pacificação dos reinos e evitou conflitos vindo todos os dias até drakenyard resolver assuntos diplomáticos, hoje ela é a principal gestora de harmonização cultural do reino inteiro. – eu comecei a falar com um tom um tanto agressivo, ou diria enfrentador? – Helias, o antigo imperador, ele tomou decisão de unir os nove reinos que se dividiram após o desaparecimento de Dhiren, e elaborou táticas de alto nível para manter a paz e ir à busca de seus inimigos na terra, tendo sua própria base na terra e criado uma três almas para derrotar qualquer coisa que faça mal a Drakenyard. – eu respirei um pouco, pois estava falando muito depressa – Daniel, sem duvidas alguma o dragão mais inteligente e equilibrado politicamente do reino, resolveu questões importantes de documentos e acordos durante todo o terceiro reinado de Helias, e administrou toda a área secreta dos planos de conselho, deixando em absoluto sigilo os humanos, ou aberrações que vieram antes para drakenyard, e a minha existência.  – eu me ajeitei na cadeira, quase chegando a cabeça para frente para desafiar o conselheiro abusado por ter falado de maneira inadequando comigo – Lisa, a filha da maior família religiosa do reino, que era de Findoram, ela administra todos os cultos, orações e festivais que moldam a personalidade da sociedade dos dragões, sendo eles conhecedora de todas as crenças, hábitos, tradições e costumes no reino. – eu olhei bem para o Cássio com um olhar irônico – Você quer mais motivos?

—Que bom que você sabe o que está fazendo. – disse Cássio baixo com raiva de mim ou de si mesmo. Todos na mesa me olharam impressionados pelo meu discurso.

—Fiquei orgulhoso de você – disse Daniel arrumando o casaco que vestia.

— As eleições serão amanhã. – disse Cássio saindo da sala com passos pesados e curtos.

—Fiquem a minha família, Finn, Roberto e Paulo, por favor. – eu disse me sentindo a chefe agora. Todos saíram menos os que mandei ficar.

—Não vá ser mandona Lunally! – disse meu pai fazendo careta. Eu não ficaria estupida e deixar o poder subir minha cabeça, mas era muito legal poder mandar em tudo.

—Não posso governar. – eu disse seria com as mão entrelaçadas.

—Como assim? – Paulo falou descrente me olhando com os olhos espremidos e balançando a cabeça devagar para os lados.

—Não sozinha, eu sou forte, e tenho um objetivo, nos devemos ver os arquivos e analisarmos eles, eu tenho que ir para terra e achar Dhiren. - falei rápido, eu estava angustiada.

—E sugeri o que? – disse meu pai, tapando a boca de Laila que iria protestar.

—Quero que vocês se comportem como conselheiros – virei para Laila – e não como família. Eu vou fazer todo o procedimento de coroação, e virarei Imperadora, mas governarei longe, eu vou para terra e vocês governam aqui de perto.

—Eu vou com você para a terra. – disse Paulo agora um pouco mais serio.

—Veremos isso depois. – eu disse, mas eu tinha certeza que precisaria de Paulo, alias quem melhor para ajudar a procurar Dhiren do que o filho dele? – Vou pedir ajuda dos onedara’s.

—Eles não vão ajudar. – disse Paulo.

—Vão sim, confie em mim, ele estão atrás dos Preminger’s também. - protestei em defesa ao meu plano.

—É verdade. – disse Finn um pouco tímido – Acho que agora podemos tentar pedir ajuda deles. Os homens que eu administro na terra, na base, conversam com alguns Onedara’s e eles ficaram mais amigáveis.

—Só os puros que talvez possa ser difícil, mas as famílias mistas quase certeza que vão aceitar. – diz Roberto.

—Pode dar certo – disse Laila.

—E o que vamos falar para o povo? – perguntou Daniel.

—A verdade, que Drhiren está sendo caçado.

—Nunca! – disse Helias levantando de supetão – Você não pode, mesmo sendo Imperadora!

—Vamos dizer que queremos as espadas de volta. – disse Laila tentando acalmar meu pai.

—Mas vai envolver o mundo humano. – disse Daniel analisando a situação – Pode deixar os dragões suspeitos.

—Vamos dizer a verdade! – eu insisti – vamos dizer que vamos nos unir aos Onedara’s, derrotar o Drhiren e os Preminger’s!

—Pode ser bom dizer a verdade, já que ps dragões aceitaram uma Imperadora três almas, poderão aceitar outra coisa inusitada. Não subestimem a população, ela é forte – disse Paulo.

—Vamos dizer isso depois que conseguirmos a ajuda dos Onedara’s  – disse Roberto –, assim teremos uma garantia para a população. 

—Boa! – disse Daniel – Assim pode funcionar.

—Não sei. – disse Helias receoso com tudo. Era compreensível, ele por vários seculos manteve humanos e Dragões sem contato para proteção de seu povo. Ele não deixaria desfazer todo seu trabalho de repente.

—Pai, você tem medo do Drhiren? – eu perguntei encarando os olhos pretos de meu Helias – Saiba pai que eu não vou o deixar fazer mal nenhum a você!

—Qualquer coisa você ressuscita ele de novo. – disse Paulo de forma ingênua.

—Acho que não tem como. - eu falei baixo – Mas meu pai não vai morrer, eu não vou deixar!

—A deusa fênix está do nosso lado. – disse Laila em tom firmo – Mesmo não ressuscitando ninguém de imediato como fez com você, Helias, ela irá nos abençoar.

—Correto! -  falei animada.

—Amo vocês. – disse Helias – Menos o Paulo, Roberto e Finn. Me deram muito trabalho como conselheiros – papai riu - Faça o que achar melhor para seu povo Lunally.

Eu dei a notícia para lisa por telefone, que ela seria uma conselheira, e marquei de ver ela e Cecília.

—A partir de hoje sou realeza – disse brincando com as meninas.

—Burra! Você sempre foi! – disse Cecília rindo – Você é filha de Helias.

—Mas agora é diferente. – eu falei rindo.

—Escrevi nos registros já o que você fez, luna. – disse Lisa referindo nos grandes livros que eram catalogados todos os casos, historias do mundo Dragão – Eu vou adorar ser conselheira.

—Só fico preocupada com meus eleitos, mas os do meu pai eram de boa, Benezeu, Roxane e Paulo me ajudaram muito, só o Cássio e o Denis que eu não gostei, e eles foram escolhidos pelo meu pai e são tão arrogantes comigo.

—Mas é porque eles perderam o cargo, para uma três almas ainda, eles ficaram bravos – disse Cecília fazendo trancinhas em sua madeixas vermelhas.

—É verdade é um enorme status ser um classe S. – disse Lisa ponderando a situação.

—Que pena que tem que ser classe A para ser um conselheiro, se não eu seria um! – disse Cecília.

—Claro que seria! – eu falei – Só fico curiosa com meu irmão é classe A, assim ele é inteligente, mas é fraco.

—Família real! – as duas falaram juntas. 

—Todo integrante da família real é classe A, você também é, ou era, pois agora é Imperadora. – diz Lisa.

— Entendo. – eu respondi distraída.

As meninas estavam conversando, as pessoas da cidade estavam me olhando, bem mais do que o normal, eu me levantei e fui conversar com eles, como eu sempre fazia, mas senti algo diferente, eles tinham um respeito maior por mim.

—Quem diria que você, apenas com 14 anos, o que é pouco para um humano, e insignificante para um dragão, virou uma Imperadora. – disse à moça que vendia flores, eu sempre falava com ela. Tinha um tanto de gente em volta, Cecília e Lisa também. –Você é um orgulho, unificou os reinos, fez a inclusão de todos e se tornou a mais forte.

—Obrigada, mas não fiz sozinha, minha família e amigos e vocês me ajudaram muito! – eu disse envergonhada, mas eu estava adorando aquele ambiente amoroso, os pequenos dragões pediam para tirar foto comigo e meu autótrofo, eu estava pensando que eu era algum tipo de estrela.

—Sem falar que é amiga da divindade! – disse um dragão – Ela ressuscitou Helias.

—Foi tudo obra da Deusa fênix! – eu falei feliz – E sei que ela vai nos abençoar muito!

Conversei o resto do dia com a população de Drakenyard, eu conhecia muita gente já, pois a população não é muito grande, aproximadamente 700 mil (mas ele viviam muito), e hoje eu conheci outras pessoas e realmente fiz amizade com todos, alguns tinham receio (medo) de chegar perto de mim, pois a maneira que me revelei foi assombrosa, mas aos poucos mais dragões viam conversar comigo.

Retornei para o castelo e contei tudo aos meus pais e meu irmão, eu estava feliz, e não deixaria nada estragar a minha felicidade.

Nada.