Delilah escrita por Pamisa Chan


Capítulo 5
1, 2, 3, 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!! :(
Espero que gostem! ♥ Falta pouco pra história acabar!



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Segunda, 22 de junho.

Ok, chega de contar como foi a noite de ontem. Depois de tocar por mais ou menos meia hora, peguei no sono. Acordei hoje bem inspirado. A noite foi fantástica, mas a Delilah provavelmente não lembraria de nada... Então eu decidi que hoje vou me declarar pra ela! Só não tenho certeza como... Bom, talvez com o que sei fazer de melhor. Uma música! Sim! Vou cantar a música que compus ontem pra ela! Só preciso achar a oportunidade... Vou ligar pra Alessa. Mas eu não tenho o número dela. Oh, droga! Bom, melhor ligar pros pais da Lalah, então.

–-

Ótimo, eu perguntei se a Lalah já tinha voltado pra casa e o pai dela nem sabia que ela estava fora! Ele dorme cedo, então achou que ela voltaria depois de ele ter pegado no sono. E ficou achando que ela já estava dormindo. Ele quase surtou depois de ver que ela não estava no quarto, mas pude ouvir a Sra. Olivia tentando explicar pra ele que ela estava na casa da amiga. O Sr. Johnson é o tipo de pai superprotetor. Não do tipo absolutamente restritivo, mas do tipo "MINHA FILHINHA QUERIDA!! VOCÊ ESTÁ BEM?? VOCÊ ESTÁ CRESCENDO!!", até que gosto dele. E acho que ele gosta de mim também. O problema é: Como um irmãozinho pra filha dele, não como um possível namorado. De qualquer forma, a mãe dela pegou o telefone e me ditou o número da Alessa.

Liguei pra Alessa, que me atendeu com voz de sono, dizendo que estava morrendo de dor de cabeça. Perguntei se a Delilah já estava acordada e ela disse que sim, que já estava se arrumando pra ir pra casa. Avisei pra ela que o Sr. Johnson estava preocupado e ela respondeu que ia dar um jeito. Pedi pra falar com a Lalah e ela passou o telefone pra ruiva.

"Oi, Tom, tudo bem?", falou animada. "Tudo bem... e você?". "Também. Essa noite tive um sonho estranho... Sonhei que a gente tava em Adventureland. Lembra? Aquele parque que a gente ia quando era criança! E eu estava cantando uma música inventada pra você! Foi um sonho legal... Depois aconteceu uma coisa estranha. Depois te conto.", ok, então ela acha que tudo que aconteceu ontem foi um sonho. Legal. Ela acha que sonhou que me beijou e vai me contar isso. Aproveitei a situação pra convidá-la pra sair. "Humm... o que você acha de me contar mais sobre esse sonho hoje à tarde, depois do almoço? Lá pra umas 2 ou 3 horas... Vamos nos encontrar no Pappajohn, que tal?", ela estranhou um pouco "Você quer tanto mesmo saber sobre esse sonho?". "Na verdade, eu queria te ver também. Vou te mostrar uma música nova.". "Ok, até lá então, Tommy." ELA ME CHAMOU DE TOMMY DE NOVO!!!!!!! Eu comecei a pular pelo quarto que nem um doido e minha mãe apareceu na porta pra perguntar o que estava acontecendo.

"Nada não, mãe. Só terminei uma música nova. Vou mostrar ela pra Delilah hoje, lá no Pappajohn, ok?". Ela assentiu e saiu com uma cara de "cada louco que me aparece" e fechou a porta. Fiquei uns minutos pensando no que ia dizer pra Delilah. Pensando num discurso que eu prooovavelmente iria esquecer e improvisar tudo quando realmente estivesse lá. Fiquei imaginando o que podia dizer antes e depois da música. Pensando no que aconteceria se ela me rejeitasse... Ai ai... quantas dúvidas. Algum tempo depois, minha mãe me chamou pra almoçar. Macarrão! Êee! Eu amava comer macarrão de fim de semana com a Delilah, nós nos reuníamos às vezes aqui em casa e às vezes na antiga casa dela. Nossas famílias são realmente muito próximas.

Agora já são umas 13h15, então vou me arrumar pro nosso encontro-não-encontro. Nem sei que roupa escolher.

–-

Estou aqui no parque, sentado num banco, esperando a Delilah. Sim, sim, ninguém deveria escrever num diário em público, mas eu trouxe porque é aqui que escrevo minhas músicas, então, vai que eu esqueço, né? Já são... 14h25 e a Delilah não está aqui ainda. Talvez eu devesse ter combinado um horário fixo em vez de combinar um período de 1 hora. Ok, espero que eu não fique esperando aqui até às 3...

Ela chegou! Finalmente! 14h55... Fiquei jogando joguinho no celular enquanto ela não aparecia, então o tempo passou rápido. Ela tá linda, usando um vestido branco cheio de desenhos de flores.

–-

Ok, vou contar agora o que aconteceu à tarde. Quando a Delilah me achou ela chegou até mim e sentou do meu lado. "Oi, tudo bem?" "Sim..." Eu tava suando frio. "E você?". "Ah, eu também! E então, você quer ouvir sobre o sonho ou mostrar a música primeiro?". "Conta o sonho...". Então ela me contou quase tudo que aconteceu ontem, só que de forma mais fantasiosa. Ela realmente achava que aquelas palavras que ela estava balbuciando durante o passeio faziam parte de um musical. E isso foi hilário. Quando ela foi falar da roda gigante, começou a ficar vermelha, e quando ia chegar na parte do beijo, começou a travar e gaguejar. Mais ou menos assim: "Aí a gente subiu na roda gigante e... e... quando a gente estava lá no alto... você... bom... é... eu não sei se deveria te falar..." e eu pedi pra ela dizer. "A gente... se beijou.".

Eu não tinha certeza se devia contar a verdade pra ela, mas acabei contando. "Bom, isso não foi um sonho. A gente saiu da festa quando a minha namo... EX namorada chegou na festa dançando com o meu EX melhor amigo. Aí você tava bem doidona, porque algum idiota colocou bebida alcoólica no ponche. E você ficou falando umas palavras doidas e você ficava dormindo e eu te levei no parque. Então, basicamente, você não tava sonhando. Só viajando." Ela ficou muito envergonhada mas em seguida gargalhou. E eu também. Aí ela parou de repente e começou a pensar. "Peraí... se isso aconteceu mesmo quer dizer que você... eu... a gente... a gente realmente... se beijou?!" e aí nós dois coramos. A Lalah fica engraçada quando cora, ela é branca demais então ela fica vermelha fácil demais. Você olha e ela tá branca, aí você se vira e quando olha de novo ela parece que tá pegando fogo. É hilário. Eu não tenho esse problema.

Depois disso, ela desconversou e perguntou sobre a música e eu resolvi não fazer nenhum discurso antes, apenas mostrar a música e ver a reação dela ao saber que era a mesma coisa que ela estava cantando ontem. Peguei o violão, respirei fundo, fechei os olhos e comecei a cantar. "I know a place that we can go to..." quando terminei de cantar, Delilah, que estava boquiaberta começou a aplaudir freneticamente. "Uau! É quase igual à letra que eu estava cantando no... sonho!" "É, no sonho que não foi sonho.", respondi e rimos juntos. Depois disso eu falei a ela que tinha mais umas coisas a dizer e comecei meu discurso, que cedo ou tarde poderia virar outra música.

"Olha, Lalah... você sabe que sempre fomos amigos. Muito amigos. Mas... bom... de uns tempos pra cá... eu sinto que as coisas mudaram. E eu não quero ser só o seu amigo. Eu quero que você me ame como eu nunca fui amado, que me faça sentir melhor quando eu estiver triste e que me diga que sou especial, mesmo quando eu sei que não sou. Quero que faça eu me sentir bem, mesmo quando estiver machucado. Delilah... eu sou tão feliz que te encontrei. Você deixa tudo tão fácil. E eu demorei pra perceber isso. Você deixa as coisas fáceis como contar 1, 2, 3, 4.

There's only 1 way 2 say those 3 words 4 you. I love you."

Quando eu disse isso, ela riu, mas eu podia ver o quanto ela estava surpresa, talvez quase a ponto de chorar. Ela disse que aquilo foi criativo. E eu disse que tinha mais.

"Lalah... se você realmente quiser tentar... eu lhe peço que me dê amor. Que me recomponha se eu me despedaçar e me diga coisas que você não fala nem pra Alessa e pra Jahynne. Eu vou fazer tudo isso e muito mais se você me amar, e quero que você também seja esse meu porto seguro. Podemos proteger um ao outro, Lalah. Eu... amo... você."

Depois disso, ela me abraçou enquanto ria, me abraçou forte, mas eu sentia suas mãos tremendo. Acho que... ela também queria aquilo. Só não sabia como dizer. Pude ouvir a voz trêmula dela falando no meu ouvido "Eu... amo... você...!"

Ficamos ali, nos abraçando por alguns minutos, senti ela chorando, nervosa, porém evidentemente alegre. Chorando de felicidade, talvez? E eu fiquei feliz por isso. Agora eu teria a minha pequena Delilah pra sempre e poderíamos voltar a viver como antes, quando éramos crianças. Tudo seria perfeito!

Quando nos soltamos do abraço, a beijei. Não era nosso primeiro beijo... Não era nem o segundo. Mas com certeza não seria o último também. Combinamos que nos veríamos novamente no dia seguinte, agora que ela estava de férias e que eu não voltaria mais pra escola. E eu prometi que logo pediria ela em namoro para o sr. Johnson. Mas estávamos com medo. Mas esse era só o começo de uma nova história. Uma história de amor.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? ♥
Comentem >.



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