They do not know about us. escrita por BCarvalho


Capítulo 4
Capitulo 4 - All it took was a magic powder


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU AQUI MEU POUUUVO! Gente, felicidade ter vocês aqui acompanhando, lendo e comentando a fic. ♥ ENTÃO LEIAM LOGO E COMENTEM! Estou mega feliz. Obrigado pelos votos, e vamos que vamos!



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Como em quatro horas, a sua vida pode se tornar outra? Desde o momento que coloquei os pés nessa escola hoje, as coisas mudaram. Pensei que tinha saído em paz de um relacionamento que nem se quer tive tempo para chorar. Mas pensando bem, eu não tinha só perdido o Ben. Na verdade, eu também ganhei. Ganhei rejeição, verdades, mentiras, humilhação, e a lista não termina por aqui. Pensei que eu me sentiria livre sem ele, que eu ainda teria as minhas amigas, e até as imaginei me consolando. E só agora consigo enxergar a quão ingênua eu era. Ou sou, já que não tenho nada agora. A não ser um seminário de química para fazer sozinha, levando em consideração que Samantha me odeia, tenho zero chances de ela fazer comigo.

Só que existe uma diferença no que você acha que vai acontecer, e no que realmente vai acontecer.

Descarreguei todos os meus livros no meu armário, no último horário de aula. Quando fechei a porta de mental, minha visão foi preenchida por um rosto com olhos cobertos de rímel e cabelos negros socados dentro de uma touca.

Samantha.

Esperei em silêncio as palavras deixarem a sua boca.

“ Eu vim me desculpar. Quer dizer, eu fui uma idiota. Não sei o que deu em mim. “, ela disse, apoiando as costas em um dos armários. Sua voz soava desespero e arrependimento.

Sorri, aliviada.

“ Tudo bem. Realmente foi estranho sua reação “, respondi. “ Nós só íamos fazer um trabalho juntas, e parecia que você imaginava que eu iria te comer viva “.

“ Acho que sim. Então, ainda vamos fazer o seminário juntas? Isso se você ainda quiser o fazer comigo “, um suspiro e sorriso foram arrancados de sua boca, ela parecia mais calma agora.

Concordei com a cabeça.

“ Esse aqui é o meu endereço. Às 03:0hpm, o.k.? “

Concordei com a cabeça.

“ Quem não está falando muito agora, é você “, ela disse, e não pude deixar de rir.

Eu me senti mais leva. Como se ainda tivesse uma amiga, mesmo só sendo a parceira de seminário da Samantha. Eu me sentia especial novamente.

As 03h00pm caminhei em direção à sua casa. Ela mora perto de mim, quatro ruas para baixo, então não me preocupei com a distância. No percurso, verifiquei o meu celular três vezes, me condicionando que talvez receberia uma mensagem de Santana, ou sei lá de quem.

Eu estava me auto perturbando.

A casa da Samantha é três vezes maior que a minha, e com certeza, três vezes mais cara. Apertei a campainha com certeza timidez, e de imediato, fui atendida por uma mulher loira com algumas plásticas incontáveis na cara, e com um sorriso que parecia grudado em sua face.

“ Sam! Ela chegou! “, gritou a mulher, dando espaço para eu entrar, e me concebeu com umas tapinhas nas costas.

Sorri forçadamente, desconfortável.

Em alguns segundos, Samantha apareceu no topo da escadaria, acenando com a mão para eu a seguir.

“ Segundo quarto a esquerda, querida. Sinta-se em casa “, disse a mulher, enquanto eu caminhava em direção aos degraus.

Não pude desviar o olhar das inúmeras fotografias pregadas na parede. Sam aparecia pequena, junta de outras duas crianças, que presumi ser seus irmãos. Na primeira foto, aparecia uma Sam pequena, sorridente, abraçada com um coelho. Na outra, com a cara toma lambuzada de um liquido vermelho, com um sorriso de orelha-a-orelha. Em uma que aparentava ter uns quatorze anos, Samantha não tinha nenhum vestígio do visual gótica, e não tinha nenhum piercing.

Continuei o meu percurso até o quarto de Samantha, e quando entrei, fui totalmente pega de surpresa.

Admito que fiz um pré-conceito sobre o estilo de vida de Samantha Rasley. A imaginei uma garota gótica, roqueira, revoltada com a vida, de mal humor vinte e quatros horas, e que provavelmente, colecionava livros de Crepúsculo.

Mas foi totalmente ao contrário.

O quarto de Samantha era revestido por um papel de parede rosa com flores brancas, com três estantes enormes cobertas de livros. Um quarto totalmente organizado nos mínimos detalhes, e quando subi o olhar até a garota parada no centro do quarto, a peguei sem aquelas roupas pretas e calorentas. A única coisa que não havia mudado era os seus olhos cobertos de rímel, e os inúmeros piercings jogados no rosto.

Ela sorriu, e não me importava mais quem eu imaginei quem ela era, ou quem ela realmente era.

“ Bem-vinda a minha cova “, Samantha disse desconfortável, mordendo os lábios.

“ Seu quarto é bem legal “, comentei, despejando a minha bolsa em cima de sua cama.

“ Minha mãe decorou “, ela respondeu, aparentando nervosismo novamente.

Caminhei em direção às suas estantes de livros, dedilhando as capas a procura de algo interessante.

“ Clássicos da literatura. Sério? Você? “, indaguei perplexa. Analisando Samantha, ela não faz o tipo que lê livros, muito menos os clássicos.

“ Me surpreende mais ainda, você, saber diferenciar um livro clássico “, ela me respondeu sarcasticamente, se juntando ao meu lado.

“ O meu favorito é Orgulho & Preconceito “, disse vitoriosamente, puxando o livro da estante. “ O que são esses marcadores coloridos? “.


Perguntei a ela, analisando que todos os livros das estantes, em suas capas, estavam marcados com papeizinhos de várias cores.

“ É para me manter organizada. Os livros que estão marcados com a cor azul, são os meus favoritos. De verde, são os que eu recomendo. De amarelo, são os que eu li por curiosidade, mas não gostei. E de vermelho, os que eu acho que nem deveria ter sido publicado “.

A cor vermelha reinava naquela estante.

“ Legal “, respondi, puxando outro livro da estante. “ Por que então Harry Potter está marcado com a cor amarela? “, perguntei perplexa, em um tom de sarcasmo.

“ Eu não gostei desse livro “, ela respondeu, indiferente.

“ O quê? Qual é o seu problema? “, brinquei, fingindo estar medindo a temperatura dela na testa.

“ Como alguém não pode gostar de Harry Potter?! “, indaguei brincalhona, mas como uma pitada de verdade. “ Você por acaso leu todos os livros, ou pelo menos, viu os filmes? “

“ Não tive tempo e nem interesse “, ela respondeu, rindo.

De imediato, peguei o controle de sua televisão, e a liguei. Cliquei no botão da Netflix, enquanto Samantha me observava e começava um questionamento do que eu estava fazendo. Apenas a mandei esperar. Selecionei o primeiro filme de Harry Potter, na categoria de ficção, e cliquei para carregar.

“ Mas, e o seminário? “, ela se apressou, confusa.

“ Temos duas semanas para o fazer. Agora, senta aí, e se prepara para mudar o marcador amarelo, para azul “, pisquei para ela, puxando uma cadeira e sentando.

Samantha riu e não hesitou em entrar na brincadeira. Desligou o receptor de luz, e deitou em sua cama. Notando o meu desconforto na cadeira de madeira, ela me perguntou timidamente.

“ Se quiser, pode deitar aqui comigo. “

Levando em consideração um filme de aproximadamente duas horas, ficar em uma cadeira de madeira não parecia favorável. Me levantei enquanto ela liberava espaço, e me deitei ao seu lado, enquanto assistíamos á Harry Potter.


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