Frozen heart escrita por luluDarc


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey hey! Mais um cap! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/645133/chapter/7

–Como eu ia saber que ela tem poderes? E que ela explodiria daquele jeito? E por que eu estou falando com um cavalo?- Anna estava andando há alguns minutos pela neve e como não conseguia passar esse minutos calada, criou um diálogo com seu cavalo, que alternava o olhar entre intrigado, tentando decifrar o que a dona meio maluca dizia, e ficava atento ao que antes era uma estrada, mas agora estava encoberta de gelo.

–Elsa! Elsa! Sou eu, a Anna. Desculpa, foi minha culpa e...- Seu cavalo de uma parada brusca, enquanto as orelhas se moviam para todos os lados.

–Argus? O que houve?- Perguntou Anna, afagando a cabeça de seu cavalo e percebendo seus músculos tensos. Ela olhou para os lados, a procura do perigo que o incomodava.

Repentinamente, o cavalo deu um pulo, jogando Anna para cima, tendo sido assustado por um monte de neve que caiu perto de si. Começou a correr, e foi possível ouvir vários uivos seguidos e algumas manchas cinzentas tentando alcançar o cavalo em disparada.

Anna bateu em uma árvore e estava enterrada na neve até esse momentos, alheia aos lobos que passaram por si.

Levantou-se da neve e saiu resmungando a procura de um abrigo contra o grande frio que sentia.

–Fogo.- Ela falou com alivio enquanto a boca tremia, indo em direção ao fogo, onde provavelmente tinha um chalé.

Claro que aconteceria algo com Anna, então ela escorregou e caiu em uma pequena poça de água congelada, quebrando o gelo e fazendo com que suas roupas ficassem mais frias do que o possível. Levantando-se novamente, se direcionou mais rápido para o fogo.

"Ah! Achei o chalé! Na verdade é um... 'Armazém do carvalho errante' Uh, e spa!"

Anna abriu a porta, que fez um barulhinho de sino, e logo foi recebida por um homem de aparência baixa, sentado em um banco atrás do balcão.

–Uhu. Liquidação de verão. Biquínis, shorts e um bronzeador que eu mesmo fiz- Ele falou com um sotaque estranho, mostrando um pequeno frasco amarelo viscoso.

–Amm, não, obrigada. Poderia me dizer se aqui tem botas ou.. roupas de inverno?- Anna perguntou, aproveitando do calor local.

–Claro, logo ali na nossa sessão de inverno.- O homem apontou para um par de botas, duas roupas de frio, uma corda, uma picareta e um par de raquetes que deviam ser usadas para andar na neve.

Anna se direcionou para lá, e como quem não quer nada perguntou:

–Am, será que outra mulher, jovem, passou por aqui? Ah, sei lá, talvez a rainha?- Como está evidente, a sutileza não é um dos pontos fortes da princesa. Pegou as duas roupas e as botas enquanto fazia a pergunta e se direcionou para o balcão para pagar.

–A única louca que tem coragem de sair numa tempestade dessas é você.- Respondeu simpaticamente com um sorriso, quase não pareceu uma ofensa e fez com que Anna mudasse sua atenção para o sotaque, que agora parecia alemão. Ouviram o barulho do sino e uma grande ventania da nevasca entrou. Oaken, que Anna descobriu ser o nome do dono em um quadro de funcionário do mês, olhou por cima de seu ombro e apontou para a porta. -Você e aquele cara ali.

–Uhu, liquidação de verão.

Um homem coberto de neve, que Anna carinhosamente apelidou do nome super criativo Homem das neves, foi se aproximando do balcão onde ela estava até ficar tão próximo que era possível ouvir sua respiração pesada.

–Crelobas.- Disse ele, numa voz abafada pelo pano em sua boca. Chegou mais perto, se é que era possível, e repetiu: -Cenouras. Atrás de você.

Anna olhou para trás e viu as cenouras que ele pedia, então afastou o vestido e murmurou um "desculpa".

Ele as pegou e se direcionou para a sessão de inverno enquanto Oaken tentava puxar assunto.

–Que nevasca, hein? De onde será que está vindo?- Anna por alguns segundos achou que o homem deixaria aquele senhor tão simpático no vácuo, até que quando voltou da sessão com a picareta e a corda disse:

–Ela vem das montanhas do norte.

–Montanha norte...- Anna repetiu para si mesma.

–Deu 40.- Oaken interrompeu, olhando as coisas que o homem das neves havia pego.

–40?!- O tom do homem era de incredulidade. Anna já havia visto muitas discussões de negócios e sabia que essa não seria fácil.- Isso só vale 10. -Ele completou, apontando para suas coisas.

–Não vai dar não. Isso aqui é da nossa sessão de inverno. Isso tem a ver com a oferta e a procura.- Revidou, apontando para as coisas com a cabeça.

–Você quer discutir a procura comigo? Eu ganho a vida vendendo gelo.- Respondeu amargamente, indicando indicando com a cabeça a janela, onde do lado de fora estava alojado seu trenó cheio de cubos de gelo.

–Uhh, que péssimo negócio pra se estar agora, isso é muita...- Antes de completar, ganhou um olhar repreendedor do desconhecido. -Falta de sorte.- Murmuro ela, baixinho.

–Meus pêsames, mas comprando só as cenouras, você pode dar uma visitinha ali.- Apontou para uma sauna no final da cabada, onde seis pessoas acenavam. -Uhu, oi família!- Oaken acenou de volta para todos aqueles loiros.

–Mas eu só tenho dez. Por favor, colabora.

–Bom, então leve apenas as cenouras.- Pegou a corda e a picareta e estendeu as cenouras.

–O que você viu lá na montanha parecia um tipo de... magia? - Anna se intrometeu novamente, mas não podia conter a curiosidade. Esse homem arrogante podia levá-la até sua irmã!

Tirando o pano da boca, o homem que se mostrou loiro respondeu:

–Isso. Agora se afasta, enquanto eu lido com esse espertalhão.- Empurrou um pouco ela para o lado enquanto olhava para Oaken.

–Você me chamou de que?- O homem que antes parecia baixinho e inofensivo para Anna, se levantou do banco e demonstrou seus 2 metros de altura e expulsou o homem das neves com uma jogada, logo depois voltando para loja e voltando a ter sua expressão simpática, como se nada tivesse acontecido.

–Desculpe pela violência. Vai querer isso?- Oaken perguntou, apontando para as coisas dela.

Anna ponderou um pouco, olhando para as suas coisas, as do homem estranho e para as pegadas que ele havia deixado ao se direcionar para um pequeno casebre. Ainda bem que ela havia pensado em levar dinheiro.

–Eu vou levar a picareta, a corda e as cenouras, se não se importa. -Ela olhou para ele, piscando os olhinhos e lhe lançando um sorriso. Compra na certa. Primeira lição de um comprador: Conquiste seu vendedor, e vice-versa.

Infelizmente, Anna tinha um plano na cabeça, e logo após pegar as coisas e se despedir, saiu da loja em direção ao casebre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está! Desculpem se vcs queriam mais jelsa, mas tenham só um pouco de paciência, próximo cap eu prometo jelsa!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Frozen heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.