Durante a madrugada Clark veio falar comigo, me encontrou enquanto sobrevoava a floresta, me avisou que eu estava muito distante da torre e talvez fosse muito perigoso sair das áreas de alcance do Brain, disse a ele para voltar a torre que eu ficaria bem não precisava se preocupar.

– Não me preocupo com você - ele sorriu, sorri de volta - Estou preocupado com o Anthony. - franzi o cenho, ele acenou para mim o vi sumindo pelas copas das árvores.

Continuei andando, estava chegando perto do limite de Brainiac. Fiquei curiosa para ultrapassar, já que eu não iria para campo porque não ter minha aventura sozinha...

andei por um bom tempo até que ouvi vozes humanas, meu coração ficou acelerado, continuei tomando cuidado. Cheguei perto de um acampamento, parecia ter barracas ali, escalei uma árvore e fui andando pelas copas para tentar não ser vista. Me aproximei bem do lugar r vi humanos, mas não apenas eles, robôs que imitavam um humano, eu os observei.

– Eles destruíram nossas sondas, espero que isso acabe com eles - eu forcei a visão - Quem aqueles moleques pensam que são?

Caramba, falavam de nós. Eu vi outras sondas.

Eu precisava voltar.

Mas como ser rápida sem ser notada? Eu estava distante da área protegida por Brainiac, eu precisava ser muito rápida.

Pensei em transformar minhas pernas, mas não parecia que seria discreta, a força do impacto chamaria a atenção. Desci da copa e comecei a correr o mais rápido que eu conseguia, eu ouvia os resquicios das vozes atrás de mim, mas tentei ignorar. Corri mais e mais, minhas pernas doiam. Entrei na área protegida, transformei minhas pernas e saltei, o primeiro salto não foi muito bom, eu já estava cansada, dei um segundo salto que já foi bem melhor e no terceiro cheguei ao pé da torre, olhei para a minha saca, talvez eu não fosse tão rápida se pulasse para lá. Teria de saltar mais alto, cair o mais próximo da sala de controle, respirei fundo, eu estava cansada, estar cansada e transformada piorava tudo, meu rendimento era péssimo. Fechei os olhos, olhei para cima e saltei.

Caí em uma outra sacada, entrei na sala, alguns me olharam, estavam jogando video-game. Eu passei correndo, subi pelo elevador mais dois andares, a sala de controle estava trancada, mas o sensor indicava que tinha gente lá dentro.

Tentei abrir, nada.

Acessei o comunicador do corredor.

– Bruce? - nada - Anthony? - nada - Droga! Alguém?

– Ah, veja só quem resolveu voltar...

– Anthony, para - eu falei séria - Eu preciso falar com vocês, é urgente.

– Sério?

– Anthony, por favor.

Abriram a porta, eu entrei, os dois humanos me olharam, olhei Brainiac, os olhos dele processavam tudo.

– O que houve? - Bruce me olhou, eu estava ofegante.

– Na mata, além da barreira - eles se olharam - tem um acampamento, nesse acampamento estão montando um exército.

– Exército? - Bruce acessou as cameras escondidas pela mata, aquilo era incrível, eu nunca tinha visto - De que exatamente?

– Tinham uns humanos, mas tinham robôs e reclamaram das sondas que destruímos - olhei Tony - Acho que vão nos atacar.

– Temos a proteção do Brainiac, eles não vão...

– Têm um hacker - olhamos Brain, ele piscou e nos olhou - Um hacker acabou de invadir nossa proteção.

– Um hacker te derrubou? - Bruce ficou tenso - Precisamos de uma equipe aerea e uma por terra prontas para nos defender.

– July, Abgail - Tony acionou os comunicadores - Juntei um grupo e vão aos pontos de terra - Clark, junte os aereos. Precisamos que todos estejam prontos para um ataque.

– Anthony, está tudo bem? - Clark enviou a mensagem.

– Vai ficar...

Os três me olharam.

– Você tem certeza do ataque?

– Eu não sei quando vai acontecer, mas vejam - eu apontei para a camera na tela de Bruce - os robôs parecem prontos.

– Quem vai? - Tony perguntou olhando Bruce.

– Você vai, eu ajudo Brain daqui.

– Mas vai dar conta?

– Eu vou ajudá-los. - os três me olharam - Ficar tanto tempo aqui aprendi alguns truques - falei rindo - Não se preocupe, Anthony.

Ele confirmou e saiu.

Liguei as cameras externas e as organizei na minha tela, olhei Bruce, ele acionava as aberturas dos aviões. Assim que Tony voou eu o vi saindo, mandei uma das sondas para acompanhá-lo pelo ar. Ele se juntou a Clark que estava com mais dois meninos no alto. Em terra mandei uma sonda com July, ela olhou e sorriu.

– Quem nos acompanha hoje? - ela mandou pelo comunicador.

– Se surpreenda, a Agnes - ela sorriu.

– Cuide de nós.

– Eu vou.

Brainiac lutava contra o hacker que parecia ser muito bom, eu estava tensa. Torcia para que nada realmente acontecesse e que eu tivesse entendido errado. Olhei as sacadas, todos saiam em pontos alternados e observavam os céus e a terra.

– É o reforço - Bruce falou, eu o olhei - Eles entenderam que estamos em perigo - ele sorriu - Legal não é?

– Muito - eu sorri para ele. - Bruce... - ele me olhou - Vai dar tudo certo, não vai?

Ele se levantou e veio até mim, abaixou na minha frente com as mãos nos meus ombros e sorriu.

– Você confia neles? - confirmei - Você confia em nós? - confirmei - Então vai dar tudo certo. - eu sorri.

– E se não der?

– Se não der, veremos depois - ele riu e voltou par ao lugar no instante que as cameras e sensores detectaram movimentos não computados. - Começou, boa-sorte.

– Cuide de nós, central de controle - Abgail falou se preparando para lutar.

Eu sentia minhas mãos suando.

– Vamos! - Tony falou avançando.

– Anthony! - ele apareceu na minha tela - Eles têm rastreadores, Clark, July e Luke podem estar em desvantagens, como vocês parece que podem computar os ataques, então tentem atacar sem serem vistos, talvez consigam não serem detectados.

– Como você sabe disso?

– Brainiac me mandou a analise do receptor e conseguiu remontar a nave.

– Me manda.

– Já estou fazendo.

– Agnes... - eu olhei a tela - Desculpa por ontem - eu sorri e confirmei.

A tela dele se fechou, Bruce nos encarava sorrindo, eu o encarei, ele riu e se virou para a tela dele.

Os robôs ainda estavam distantes e isso me deixava tensa.

Pela tela Clark já tinha se movimentado, ele observava os robôs em terra, com os raios laser conseguiu acertar dois que explodiram, eu tentei fazer a analise dos robôs, mas estava muito distante para conseguir estudar.

– Mande a sonda aérea, ele deve conseguir detalhes.

Assim que Bruce falou eu o fiz. A sonda desviava de outros robôs, cheguei até o robô destruído, cada peça fora escaneada, peguei em uma tela separada e comecei a montar o robô, era dificil, eu nunca tinha visto essa tecnologia. Quando fiquei presa, o Senhor Stark e o Senhor Wayne me mandaram alguns livros e peças para que eu fizesse algo enquanto estava lá sozinha, não era suficiente para chegar ao ponto que queriam, mas pude aprender um pouco.

– Bruce... - ele me olhou - Você consegue montar?

– Acho que sim - ele me olhou surpreso - Você consegue fazer o controle central dele?

Confirmei e fui para outra tela. Vez e outra observamos as telas em que os outros estavam. A equipe de terra tinha avançado, a de ar estava parada, apenas Clark avançou.

– Espero que fiquem bem... - falei.

– Eles vão - ele passou a mão pela tela e tocou meu ombro, sorri. - Sempre ficam.