Saga Twin Souls:ambar And Sapphire escrita por ninhacullen


Capítulo 7
Drácula Jr.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



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“Calma aí.”eu falei,levantando um dedo. “Então você é o Drácula Jr?” a risada escapou dos meus lábios.

 

Sério.Que ridículo!Imagina o pai: ‘Senhora,eu pretendo me alimentar do seu sangue já que eu tenho um filho pra alimentar,sabe?O Junior!’

 

“Não tem graça,ok?Essa é a piada mais velha do mundo.”ele reclamou revirando os olhos.

 

“Oh Meu Deus,tá magoadinho tá?Quer que eu chame o papai Drac?Quer, bebe?”perguntei fazendo uma vozinha enjoativa.

 

Ele revirou os olhos,fazendo uma cara blasé e fechando os braços musculosos contra o peito.

 

“Infantilidade.”

 

Suspirei fundo,tentando parar de rir incontrolavelmente.A minha visão estava embaçada pelas lagrimas que caiam abundantes dos meus olhos e eu tentava respirar com alguma dificuldade.

 

Fui jogada contra a parede com um baque,o reboco caindo em meus cabelos.Além da minha respiração abafada,junto com a de Nicolai,só escutava o barulho longínquo da banda que eu deveria estar assistindo.A neblina cobria as luzes,as tornando opacas e amareladas.Os olhos dele brilhavam.

 

“Agora não acha tanta graça assim,não é?”ele perguntou,apertando seu corpo  contra o meu.

 

Tentei empurrá-lo com minhas mãos,mas ele as agarrou e colocou em cima da minha cabeça.Minha respiração ficou mais sonora conforme os lábios dele se repuxavam,formando um sorriso.

 

Cara,detesto admitir,mas ele fica lindo sorrindo.

 

Ok,repito,eu sou casada.Eu sou casada.Eu.Sou.Casada.

 

Os lábios dele se aproximam dos meus,seus olhos me sondando.

 

Eu.Sou.Casada.

 

“Eu...sou...sou...casad...”tento murmurar sem muito sucesso.

 

Os lábios dele já estão apertados contra os meus e o que eu faço é suspirar.A barba dele roça a minha bochechas e meus braços vão se tornando dormentes em cima de mim.É incrível como seu peito duro é totalmente sensível através da blusa apertada.

 

Suas mãos soltaram as minhas com violência,passando para a minha cintura,agarrando-as com força,juntando mais nossos corpos.Eu apoiei minhas mãos em seu peito,com um único objetivo em mente:tirar ele de perto de mim.

 

Eu sei,tem um gostoso me agarrando em m canto escuro e eu quero me afastar dele.Eu tenho algum problema?Na verdade,eu tenho dois:um marido e uma filha.

 

Ao invés de afastar ele com um belo empurrão,eu,como a perdedora que eu sou,lacei meus braços em volta do pescoço dele,me puxando para ele,desconsiderando a diferença marcante de altura.

 

A pressão que a parede exercia sobre minhas costas era inexplicável.Minha boca, livre da dele por mínimos segundos, buscou seu pescoço quase instantaneamente,meu nariz sentindo seu doce e maravilhoso cheiro de sangue.

 

Seu pescoço era macio contra minhas presas,seu sangue jorrando delicadamente em meus lábios.Soltei um gemido de prazer,me atracando mais perto dele.Eu queria ele,inteiro,só pra mim,como nunca quis tanto o sangue de alguém.

 

Ele também gemia baixinho em meu ouvido,sua língua estalando em meu pescoço,se preparando para uma mordida.Sua presas afundaram em minha pele,me fazendo suspirar e prazer.

 

Eu ainda estava sorvendo o sangue dele,nossos corpos tão juntos que era quase vergonhoso.Mas,finalmente,a parte sã me chamou a atenção e gritou para eu parar com essa babaquice se não eu ia me dar mal.

 

Então eu fiz a coisa mais insana na minha vida.

 

Eu empurrei Nicolai longe.E dei alguns passos para trás,só para me certificar que não voltaria para os braços o bonitão de novo.Ele estava manchado com meu sangue em seu rosto,que lambia lentamente.Seus olhos faiscavam de maldade e desejo,enquanto eu só conseguia arfar que nem uma retardada.

 

“Sempre achei que o casamento era uma instituição ridícula.Comprovado.”

 

Suspirei pesadamente,mantendo ainda uma distancia segura,limpando o sangue que pingava e minha boca..Minhas mãos tremiam,enquanto eu tateava o bolso da pólo colorida enfiada na saia de cintura alta.Peguei a chave do meu jaguar.

 

“Sem comentários ok?Eu não devia ter feito isso.”falei,andando pela ruela,seguida pelo bonitão.

 

Ele andou atrás de mim,murmurando algo como “antigamente todo mundo queria um amante” e blá-blá-blá.

 

“Quer parar de reclamar por um minuto?”perguntei.

 

“Eu não estaria reclamando se você me tratasse com um pouco mais de consideração.”ele reclamou,chutando uma tampinha.

 

“Escuta,você me agarrou!E eu sou mãe.E casada.Quer consideração nisso?”

 

“Você me beijou de volta com um entusiasmo muito...excitante.Acho que isso e mais uma consideração iam me tornar seu amante perfeito.”

 

Meus passos tentavam ser o mais estrondosos possíveis de tanta raiva que eu sentia.

 

“Isso é ridículo.”falei.

 

“Essa situação é ridícula.”ele falou. “Pare de lutar contra os fatos!”

 

“Que fatos?”perguntei,tentando conduzi-lo mentalmente à aquele lugar.

 

“Que você respondeu ao meu beijo com um forte entusiasmo e que você me desejou por um momento qualquer.”

 

“Você está louco.”

 

“Admita.”ele falou,me puxando pela mão,seus braços envolvendo meus quadris.Uma parte louca e insana gritava para eu me atrelar nesse cara para toda a eternidade,mas ela era pequena.

 

Bem pequena em comparação à parte atormentada que gritava para eu parar com isso e voltar para o cara que eu amava,o pai de minha filha,meu marido.

 

“Eu não vou admitir.Eu não quero voltar a esse assunto.”disse,me afastando de seu abraço.

 

“Então você não se envolve com as presas?”ele perguntou,levantando o queixo,como se tivesse me pego desprevenida.

 

“Você não sabe nada sobre mim.”

 

“Você tem que se envolver com as presas.É uma característica sua,do que você é.”ele exclamou,parando no meio do caminho,me vendo ir embora.

 

“Não.”falei seca,tentando me desviar de seus braços. “Se você não percebeu,eu não sou uma garota normal da espécie.Eu não tive pais vampiro – transmorfos que nem você.Eu fui transformada por um vampiro normal.Nada em mim é normal.”

 

“Você está envergonhada.”ele pontuou,tentando me puxar para si.

 

“Não estou não,já que não aconteceu nada!”exclamei,nervosa.

 

“Me conte.”

 

“Não.”

 

“Por favor.”

 

“Não.”

 

“Me conte o que aconteceu!”ele pediu clemente.Essa foi a gota d’agua.

 

“Por Deus você não consegue calar a boca?”gritei,pouco me importando para os transeuntes. “Afinal,NÃO ACONTECEU NADA!”

 

Soquei o ar com força,quase não atingindo seu belo rosto.

 

“E por que raios você está me seguindo?”perguntei,balançando a chave do jaguar entre os dedos.

 

“Eu quero ver o Dr.Carlisle.Faz eras que eu não o vejo.”ele disse,seus olhos duros formando linha de apreensão na face.

 

“Você quer ver o Carlisle?” perguntei,esperando sua confirmação.

 

“Sim.”

 

“Então,CALE A BOCA!”gritei.

 

Ele balançou os ombros,meio que estivesse acostumado  a ataques histéricos.Ele balançando os ombros ficava tão másculo...

 

Ok,é agora que eu me dou um tiro.

 

“Ok,patroa.”ele falou,pegando a chave das minhas mãos e abrindo o carro.Ele deslizou até a porta de carona,abrindo com gentileza e oferecendo o assento.

 

Ele só podia estar de brincadeira.

 

“EU dirijo,Miss Daisy.”

 

El bufou,se infiltrando no assento,enquanto eu me acomodava no banco do motorista,jogando os saltos em seu colo,pronta para dirigir.

 

“Ah,que legal,ganhei um souvenir da noite!”ele piscou os olhos. “Não precisava.”

 

Encarei-o.

 

“O que eu disse?”

 

“Calado,já entendi.”ele murmurou,se ajeitando de qualquer jeito no carro.Pisei no acelerador e parti daquela cidade encrenquinha.Liguei a rádio,colocando em algo meio hip-hop,pra desabafar aquela onda de raiva.

 

Aquele cara sabia me irritar.

 

Mas também sabia seguir ordens perfeitamente.Não abriu a boca durante um segundo da viagem.

 

“Eu tenho que te pedir algo.”falei,enquanto ainda faltava alguns minutos para chegarmos ao radar mental de Edward Cullen.

 

“Pode falar,sou todo ouvidos e pedidos.”ele falou,com um sorriso presunçoso.

 

“Por favor,não pense em nada que aconteceu hoje a partir do KM 63.Pense em gatinhos morrendo,ou equações matemáticas,menos o eu aconteceu hoje.”

 

Ele levantou uma sobrancelha,pedindo explicações.Lógico que eu devia explicações.

 

Acho que não.

 

“Meu marido lê mentes.Menos a minha,devido a um bloqueio natural que eu tenho.Mas isso não importa.Só não pense em nada,pelo amor de Deus.”

 

Ele não me respondeu.Só continuou sorrindo,mesmo quando passamos pelo KM 63.E continuou sorrindo a viagem inteira,inclusive quando estacionei o carro na garagem dos Cullen e abri a porta.

 

Bem,mas quando eu abri a porta todo esse sorrisinho presunçoso virou uma careta de pavor.

 

“Cara,não vai ser fácil isso...”

 

Não é todo dia,afinal,que se vê Edward Cullen com ciúmes,após a mulher ter sumido por horas e aparecido com um cara bonito.

 

E uma vontade insana de arrancar algo de alguém que está ao meu lado,quase morrendo de um AVC.

 

Isso vai ser engraçado.


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Notas finais do capítulo

OBRIGADAAAAAAAAAAAAAA!
Bitesandkisses,
Ninha Cullen