Saga Twin Souls:ambar And Sapphire escrita por ninhacullen


Capítulo 4
Andando


Notas iniciais do capítulo

Depois de algum tempo,mais um capítulo!
Enjoy!



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Minha respiração era sonora no pescoço de Edward.Suas mãos apertavam minha cintura com força,seus lábios movendo-se molhado em minha bochecha.Um sorriso estava formado no canto da minha boca,enquanto esticava os dedinhos do pé embolados na coberta.Parecia que estava na enorme cama há anos...

 

Mas foi somente uma noite.Uma longa noite.

 

“Temos que nos levantar...”Edward suspirou em meu pescoço,me rodando na cama levemente.

 

“Eu sei...”murmurei,abraçando seus ombros largos e juntando nossos corpos.Eu queria passar a minha vida assim,grudada nele,mas infelizmente (ou felizmente) tinha alguém bem maior nos esperando.

 

“Será que Rose está acordada?”perguntei acariciando a barriga de Edward, perguntando se ainda tinha tempo para enrolar mais um pouquinho na cama com o meu marido.

 

“Ainda não ligaram para nós.Ou Alice invadiu o quarto.”Edward suspirou,pegando minha panturrilha fortemente e levando em encontro a sua cintura.

 

Isso era verdade,nos poucos dias em que Rose ficou na casa dos avós,ou porque um de nós foi caçar ou porque estávamos arrumando a papelada  sobre nascimento de Rose,sempre que Rose sentia nossa falta no meio da manhã (ou da noite,dependendo de sua vontade) , Alice ou um dos Cullen nos avisava.

 

E até agora nada.

 

“Então podemos ficar mais um pouquinho aqui.”me fiz manhosa,apertando meu corpo contra o dele,fazendo-soltar um suspiro rouco,mais parecido com uma suplica.

 

“Tem certeza disso?”ele perguntou,enfiando seus dedos na minha cintura.

 

“Edward,sério,a quanto tempo não transávamos?”perguntei fazendo biquinho,vendo se meu marido punha um pouco de juízo na cabeça.

 

“Você fala tão romanticamente do ato de fazer amor.”ele disse,revirando os olhos.

 

Edward podia parecer tão antiquado às vezes.

 

“Por favor,Edward.Eu sei que você gosta!”ri baixinho,beijando sua boca longamente.”Qual é o mal de ter sua mulher por alguns minutos a mais?”

 

Pude sentir a força aumentando no modo como ele me segurava,pensando cada vez mais que não tinha nada de mais mesmo.

 

Foi aí que o telefone tocou.

 

A mão de Edward procurou o telefone rapidamente,como ele sempre procurava quando se tratava de Rose.Ainda abracei ele forte,tentando,com o poder da mente,convencer ele a ficar.

 

“Alô?”sua voz cavernosa e rouca de noites agitadas falou,pigarreando um pouco.Suas mãos soltaram minha cintura,enquanto seus olhos antes tristes ficavam preocupados e depois alegres.

 

“Estamos indo!”ele exclamou,desligando o telefone num átimo e pulando a cama,mal se incomodando em por uma roupa ou se tampar com o lençol que estava enrolado em meus pés.

 

“Edward?”perguntei,levantando meu corpo pelos cotovelos,olhando sua figura pálida sumir no closet.

 

“Edward?”insisti,me levantando lentamente,abrindo a porta do closet meio aflita.

 

Um vestido caiu em meus braços,junto com um par de Christian Louboutin.Uma bolsa foi logo em seguida,junto com uma calcinha e sutiã.

 

“EDWARD!”insisti,largando as roupa no chão,vendo-o se arrumar com pressa.

 

“Rose já acordou.Deve estar confusa.”ele respondeu,acabando por me enfiar as roupas,enquanto eu continuava a olha-lo com uma cara de choque.

 

“Edward,ela não vai desesperar se a gente não aparecer em quinze minutos!”reclamei enquanto ele colocava meus saltos.

 

“Ela ficou em pé,Amanda!”ele exclamou,me pegando nos braços e correndo comigo.Eu via as arvores passando no que seria um vulto para Edward,enquanto nos aproximávamos mais e mais da casa branca.

 

Um galho me acertou em cheio quando paramos no gramado dos Cullen.Rosalie segurava a mão do meu bem,que estava paradinha e esbelta,olhando para os pais apressados e distraídos que tinham acabado de chegar.O sol batia a pino em nossa pele,me cegando um pouco e me deixando um pouco sonolenta,apesar de já ter dormido por um ano.

 

Andamos até Rose,que largou os dedos de Rosalie e ficou paradinha e imóvel no mesmo lugar.Seus braços se estenderam para mim,lentamente.Peguei-a no colo,conversando baixinho,enquanto via o vulto de Alice tirar fotos de tudo.

 

“Amanda.”Marcus chamou,se aproximando com os olhos mais brilhantes e dourados do que nunca. Sua blusa estava na mão,mostrando um físico invejoso. Edward olhou enviesado para mim,me fazendo dar um risinho.

 

“Sim?”perguntei,colocando minha filha no chão,que ficou em pé e elegante como a Cullen que ela era.

 

“Já tentou ver se ela anda?”Marcus perguntou,lançando um olhar preocupado para Rose,que deu uma cambaleada.

 

“Ela aprendeu a ficar em pé agora,Marcus!”exclamei,revirando os olhos para a constatação absurda que ele tinha feito sobre minha filha.

 

“Não custa tentar.”ele falou,arrumando o vestido branco de algodão que balançava em volta de Rose.Suas mãos tiraram uma mecha do cabelos e colocaram atrás da orelha,prendendo-a com cuidado.

 

“Tem certeza?Ela pode cair e se machucar.”perguntei,tentando tirar a terrível sensação do meu peito.”Ela ainda não apresentou nenhum tipo de gene transmorfo ainda,para poder se curar rápido.Ela é uma mera humana que se alimenta de sangue,praticamente.”

 

Os olhos de Marcus se demoraram nos meus,analisando meu nervosismo.Era verdade que minha filha era mais frágil do que todos,mais frágil talvez que um bebe humano,apesar das presas e todos os outros afins.Ela tinha uma pele tão fina,um coração que batia tão alto que eu tinha medo por ela.Talvez,para ser tão poderosa ao completar o amadurecimento tinha que se pagar um preço.E esse era o preço por no mínimo dezesseis anos.

 

Não sentia somente medo dela se machucar caindo e outras coisas.Mas medo do que os nossos inimigos poderiam fazer com ela.

 

“Amanda,temos oito vampiros,uma vampira transmorfa e um transmorfo aqui.O que poderia acontecer de errado?”Marcus perguntou,pontuando com uma boa desculpa.

 

Peguei Rose no colo e a levei até o meio do gramado.O vento batia em seus cabelos e levantavam o meu vestido.Podia sentir as intenções de todos,os seus objetivos,as suas recordações.Era ótimo um olfato desses.

 

Edward se prostrou a alguns passos de nós,sua face brilhando como mil diamantes.Ele retirou os cabelos confusos ruivos dos olhos e sorriu para a nossa princesa.

 

“Vamos,Rosemarie.Olhe lá o Papai.”disse apontando para Edward.Minhas mãos seguravam seus pequenos pulsos,evitando que ela caísse.

 

“Vamos,Rosemarie.Venha para o Papai!”Edward exclamou,batendo palmas para chamar a atenção da minha filha,que olhava para todos os lados confusa.Seus olhos varriam o ambiente,em dúvida,analisando cada rosto,desde a tia super empolgada que tirava fotos até o moreno de sorriso cintilante que pedia para ir para o padrinho e não para o pai feio dela.

 

“Vá,Roza!” Marcus exclamou,os olhos brilhando lindamente.

 

“Pá!”Rose falou em uma vozinha de soprano.

“Isso,é o papai,Roza.Você não quer deixá-lo esperando!”Marcus falou,voltando a atenção do meu bem para o belo pai.Os olhinhos bonitos dela se viraram até mim,sua aflição mais e mais grande.

 

“Má!”sua vozinha encheu o ambiente.

“Pode ir,Rosemarie.”a incentivei,dando um empurrãozinho.

 

Rose deu um passo,as minhas mãos ainda segurando suas mãozinhas.Deu outro passo,indecisa,e eu ainda  segurando gentilmente. Mais dois passinhos desajeitados e as minhas mãos não a seguravam mais.

Rosemarie olhou para trás,com cara de preocupação,seus belos olhos cor de safira me analisando confusos.Nunca tinha abandonado ela,por que agora abandonaria?Tinha o desejo de correr e pegá-la no colo,sussurrando que tudo iria dar certo.Mas ela tinha que aprender.E foi isso que me manteve firme no lugar.Equilibrando-se meio mal,as pontas de seu cabelo batendo no narizinho.Então deu um passo lento.Outro.E outro.E mais outro,até se jogar nos braços do pai.

“Parabéns,pequena!”Edward  falou,apertando o narizinho dela e a jogando para o alto.

Ela ria alto,uma gargalhada sonora e bonita.

 

Em meio ao seu riso,a minha cabeça doeu,uma dor contínua e estranha,a pulsação desacelerando,minhas pernas bambeando,minha respiração se tornando errática.A presença era clara,quase incisiva e eu não a tinha percebido antes.

 

Um jovem,algo perto da minha idade,me olhava,seus cabelos louros caindo nos olhos vermelhos.Ele parecia em pânico,quase uma nuvem de fumaça em nossa volta.Eu reconhecia o homem de cabelos negros ao seu lado,cabelos longos e lisos que caíam que nem uma cortina,sobre a face pálida de pergaminho.Sua boca formou um meio sorriso enquanto a fumaça se tornava mais dispersa,sumindo no ambiente.

 

Olhei em volta,alerta,quase em pânico.A floresta estava silenciosa,sem o barulho usual dos animais que me perseguiam entre as árvores.Meu peito se apertou contra minha caixa torácica e levantei os olhos.

 

Um corvo me observava,seus olhos pretos parecendo contas me fuzilando.Um grasnado me levou a olhar todas as árvores.Em cada árvore eu via pássaros e mais pássaros pretos de contas nos olhos,seus bicos afiados rindo da minha cara.

 

Foi aí que eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

OBRIGADO PELOS REVIWES!!!!
continuem manadndo gal!!! BitesandKisses, Ninha Cullen