Messed Up escrita por E R McKendrick


Capítulo 3
Ash, Roxy e Zach


Notas iniciais do capítulo

Oiê
Espero que goste do cap
Flw vlw
ps: comenta, tá?



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Collin recebe uma ligação de Michael. Antes de atender, pega o isqueiro e um cigarro dentro da gaveta do quarto e vai para fora da casa, se sentando na calçada e dizendo “oi” para o parceiro enquanto acende o cigarro na boca.

Mike pergunta para Collin o porquê dele não ter atendido o telefone nos últimos dias e Collin explica como foi pego e a pena decretada à ele, no final xingado Mikey, pois a culpa é toda dele.

Michael anuncia que arranjara um fornecedor de LSD que vende mais barato do que o último e pergunta a que horas pode aparecer no apartamento de Collin.

– O problema, Mikey, é que eu estou na casa da minha tia. É outra condição do Xerife, sabe. Pra você ter noção, eu tive que sentar aqui na calçada da frente da casa pra fumar um cigarro. Um cigarro. Se ela não deixa nem isso, imagine LSD, cara.

Foda-se as exigências da sua tia, Collin.

Collin fica um tempo em silêncio, pensando nas consequências com mais calma e encara o cigarro como se ele fosse lhe dar uma sugestão do que fazer. Solta a fumaça lentamente.

Você pode me encontrar lá, então? – insiste Mikey.

– Mike, eu não quero ir para a cadeia de novo. – Collin olha para os lados, dando mais um tragada e se sentindo mal com tudo o que estava acontecendo.

Puta que pariu, Collin, deixa de ser frouxo. É só um pedaço de papel.

Collin hesita, soltando a fumaça do cigarro enquanto ouve mais argumentos de Michael. Ele observa a fumaça e percebe que está um pouco cansado, mesmo, daquela vida desprezível. Quem sabe a proposta de Stanley não fosse assim tão ruim. Collin aguentaria viver sem fumar nada ilegal. Na verdade, isso seria um benefício para a sua saúde.

– Mais o risco de uns trinta anos de cadeia por descumprir a oportunidade do Xerife. Sinto muito, Mikey, mas não vai dar.

Porra, Col-

Collin desliga a chamada na cara de Michael antes que possa mudar de ideia e começa a pensar se realmente aquilo fará alguma diferença na sua vida. Traga o cigarro novamente, quando Trinna estaciona o carro debaixo da sombra de uma árvore do outro lado da rua.

Quando ela se aproxima, ele aponta para o carro e comenta:

– Ficou torto. – em relação a baliza do carro.

Ela ignora a observação do sobrinho e para perto dele, procurando as chaves da casa dentro da bolsa.

– O que está fazendo aqui fora? – pergunta ela.

– Fumando. – ele responde enquanto solta mais fumaça. Trinna começa a tossir, o olhando com a cara feia e ele dá um sorriso de vitória, observando a procura interminável da tia na bolsa. – Você sabe que esqueceu as chaves em casa, certo? – inspira novamente todas as substâncias prejudiciais que se encontram no cigarro.

– Por que não me disse antes? – ela o repreende, em meio a tosses. – Pelo amor de Deus, Collin, pare de fumar.

– Não estou dentro de casa. Estou respeitando as suas regras.

– Eu não achei que você realmente fosse apelar a esse ponto. – resmunga, entrando na casa.

Collin escuta o toque do telefone e vê que é Mike de novo. Ignora a chamada e joga o cigarro no chão.

*

Rosemary grita novamente para que alguém atenda a porta. Roxy tem que parar de se olhar no espelho e arrumar o cabelo para ir atender a maldita porta. Sua cara brava se esvai quando vê Rebecca.

As duas se abraçam e entram na casa. Mesmo quando tagarela, Roxy presta atenção em quão bonita Becca está. Usa um vestido verde claro com detalhes brancos mal perceptíveis, pouco rodado e apenas alguns dedos acima do joelho.

– Vejo que se aprontou muito adequadamente o reencontro de uma pessoa especial, huh? – comenta Roxy.

– Rox, pare! Me arrumei como faria se estivesse indo para qualquer outra ocasião.

– Sei. – ironizou, rindo e a convidando para sentar no sofá da casa dos O’Neil, que por sinal, estava cheia de alguns parentes e amigos próximos por todo o lado.

– Qual é, você está tão bonita quanto eu. – elogia Becca para o vestido roxo tomara que caia da amiga. – Combina com as suas mechas coloridas.

Não falta muito para a chegada de Ashton. São umas seis da tarde e enquanto espera o antigo amigo, Becca cumprimenta Rosemary e Emmett, os pais de Roxy e Ashton. Conversa com alguns conhecidos também, mas principalmente com Roxy, Zach (o namorado de Roxy), Tim e Luke (dois amigos de Ashton que acabaram virando amigos das duas garotas).

Zach é quatro ano mais velho que a namorada e bem mais alto também. Os dois formam um lindo casal, embora os motivos das brigas sejam os mais irrelevantes. Estão juntos há quase seis meses e o único deslize de verdade foi quando Roxy o flagrou numa conversa cheia de “eu te amo”(s) e “saudades” no telefone de Zach e tiveram um briga feia. Mas acabaram se reconciliando quando Zach finalmente conseguiu explicar a Roxy que a garota era uma prima dele que estava num intercâmbio.

Meia hora depois da chegada de Becca, Ashton passa pela porta de entrada com um grande sorriso no rosto. Depois que os pais dele e Roxy o abraçam, Ashton é rodeado por cumprimentos, então Becca resolve esperar o tumulto se dissipar.

Ashton esbarra com Roxy e Zach na cozinha e depois da breve conversa, Ash pergunta à irmã:

– Hm, a Rebecca, veio, não é?

– Claro que sim, ela está sentada na sofá da sala com Luke, Tim, Chloë, Henry... Esse povo aí. – tenta não lhe lançar um olhar que revele o quanto ela desconfia daqueles dois.

Ashton vê Becca lá no meio de alguns antigos amigos seus ali. Ela bebe água de um copo, mas Luke faz alguma piada e ela quase engasga com a vontade de rir. E quando Luke ri dela, Becca lhe dá um tapa no peito. Então os olhos dela encontram com o dele e Ashton sorri mais ainda. Ela pede licença e vai até o jovem lhe esperando escorado na parede com as mãos no bolso.

Quando estão próximos o suficiente um do outro, não esperam nem um só segundo a mais para se abraçarem apertado, um sintoma do tempo que não se viam. Como ele é mais alto que ela – geralmente todos são mais altos do que ela –, Becca tem que se por nas pontas dos pés para passar os braço ao redor do pescoço de Ashton

– Senti muito a sua falta, Ash – diz ela, sem descolar seus corp.o.

– Eu também. – ele murmura no ouvido dela baixinho e Becca se arrepia.

Os dois se afastam um pouco e se analisam melhor. Ashton comenta o quão mais bonita ela está e ela agradece, corada. Ele a convida para uma volta no jardim dos fundos para conversarem. Becca pergunta sobre a faculdade dele, as pessoas, a vista da Califórnia, sobre as garotas da faculdade e o tio dele.

Ele pergunta sobre o ensino médio, os amigos dela, seus planos para o futuro, sobre o irmão mais velho dela e o trabalho dele como advogado, mas, principalmente, insiste em falar dos garotos da escola dela.

– Não é possível que você não tenha um namorado, Bec. É muito linda pra não ter alguns veteranos aos seus pés.

E ela ri e argumenta que está focada demais nos estudos para se preocupar com esse tipo de coisa.

– Então está me dizendo que não gosta de ninguém lá? – eles param de caminhar.

– Bem... – ela dá de ombros. – Você não pode me criticar, porque disse que também não está com nenhum interesse amoroso na faculdade.

– Isso porque terminei com uma garota com quem eu estava saindo.

– Sei. – brincou ela. – De qualquer jeito, isso não muda meu argumento anterior.

Ela desvia o olhar para as duas crianças brincando ao longe e, quando volta a olhar para ele, Ashton está mais perto dela do que ela se lembra. Ele se aproxima mais ainda e Becca recua até encostar na parede do fundo da casa. Ashton apoia as duas mãos na parede ao redor da cabeça de Rebecca, uma de cada lado.

– Significa que podemos... – ele se aproxima mais um pouco, mas ela o repreende com o olhar. – Eu estava com muita saudade de você, Becca, mas eu ainda estou com saudade dos seus lábios.

Ela desvia o olhar, hesitante. Sabe que o quer, ainda mais com aquela declaração, porém não sabe se é certo. Ao voltar seu olhar para os olhos suplicantes dele, percebe que não conseguiria resistir, mas tenta do mesmo jeito, ficando em silêncio por mais alguns segundos. Ele encara a boca dela com desejo.

– Só um beijo, Becca. Por favor. – Ashton insiste, sussurrando no ouvido dela.

Ela então posiciona seus braços no ombro dele e ele não demora muito para entender a resposta e se jogar contra aqueles lábios com que tanto sonhou. Ash a beija com pressa, envolvendo sua cintura levemente, e Becca retribui no mesmo ritmo um pouco desesperado.

Só se separam quando seus pulmões clamam mais alto por oxigênio do que seus lábios por os do outro. Ashton avança para a boca da garota, mas antes que se encontrem de novo, ela põe um dedo delicadamente nos lábios dele e murmura:

um beijo, lembra? – Rebecca recorda. Ashton está prestes a protestar, mas ela beija sua bochecha e o pega pela mão. – Vem, seus pais devem estar te procurando.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até o final!!!!
Comenta plsssssss estou carente demais. Nem que seja só um "oi"