Guerreira do Trono - Parte II escrita por NandaHerades


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Resolvi postar essa capítulo, assim de supetão. Nem ia postar, mas sou assim, faço o que dá na telha!
Obrigada por acompanharem minha fic, fico muito grata em saber que alguém gosta do que escrevo... Não é fácil escrever, mas quando recebo um comentário parece que fico mais motivada a continuar!
Feliz ano novo para nós!
Em 2016 tem mais Guerreira do Trono... E a terceira parte já está a caminho! Então não desistam da Saraí e continuem a leitura!
Beijos ♥



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Fui obrigada a permanecer o dia seguinte presa dentro do quarto com Ada. Ela me vigiava como um cão de guarda. Para não dormir tomei mais de um litro de café, eu não suportaria ver Merl sendo torturada ou até morta, por isso evitava dormir. Lukiel não aparecera para me dizer como estava indo o plano dele e Ada parecia ignorar tudo que eu pedia.

Estava na hora do almoço, Ada tinha ido buscar minha comida. Eu estava sozinha no quarto e essa era uma ótima oportunidade para sair. Abri a porta e dei uma olhada no corredor, estava vazio. Sai e andei por aquele labirinto. Observei como o Palácio era requintado, as paredes eram tão intocadas e cheias de luz. Em uma das janelas pude ver como Shamayim tinha uma beleza angelical, exatamente a imagem de seus habitantes. Após minhas observações andei mais rápido. Esbarrei em uma anjo que carregava uma cesta de flores recém-colhidas, ela sorriu quando me viu.

— Desculpe — falei gentil — Mas você poderia me dizer onde ficam as masmorras?

Eu já nem sabia o que estava fazendo... Meus atos me levavam para Irriel, e eu o veria!

— Você tem que descer aquela escada — ela apontou para uma escada escondida atrás de uma porta — Vá até o fim e você encontrará.

Agradeci e fui em direção a escada. Desci quase correndo, eu precisava ver Irriel! Eu estava tão confusa, talvez fosse o excesso de café. A escada era desgastada e ia se estreitando na medida em que descia, quando cheguei ao final encontrei um portão de grades bloqueando meu caminho. Um guarda olhou pra mim.

— Vim ver um prisioneiro — falei como se eu fosse alguém importante que teria o direito de visitar os prisioneiros a qualquer momento — Sou Saraí.

Assim que falei meu nome o guarda ajeitou sua postura, como se estivesse com medo de mim. Ele destrancou o portão e eu passei. As masmorras tinham cheiro de queimado, talvez fosse porque dezenas de demônios estivessem ali. E quando passei por suas celas percebi que todos gritavam meu nome. Eram horripilantes, seus lamentos me deixavam aterrorizada. Procurei Irriel e o encontrei em uma das últimas celas, sentado no chão, olhando para baixo... Olhei para guarda e indiquei que queria falar com aquele, ele assentiu e abriu a porta de metal para que eu ficasse no mesmo lugar que Irriel. Ele levantou a cabeça e olhou diretamente pra mim, com seus olhos negros como uma noite sem lua... Obviamente, meu coração acelerou e algumas lágrimas se preparavam para sair.

Eu não sentia raiva dele. Eu o amava. É isso, eu o amava. Por isso quis ficar longe dele, mas ele estava ali, de pé, bem na minha frente. Esperando que eu dissesse algo.

Mas não disse. Eu corri para abraçá-lo. Senti seus braços marcados com suas tatuagens tribais me envolverem. Seu corpo estava quente e o meu frio, nos encaixávamos perfeitamente. Eu sentia seu coração batendo, como tambores. Irriel acariciava meu cabelo e me apertava, como se estivesse querendo provar que eu era de verdade. Coloquei minha mão no rosto dele e o beijei. Senti seus lábios contra os meus, me saboreando com calma, queríamos que aquele toque durasse pela eternidade, que nossos corações fossem um só... Eu o queria, ele me queria. Aquela equação era a mais simples, quando duas pessoas se queriam elas deviam ficar juntas. E eu me sentia tão protegida ali, nos braços dele, com nossos lábios se tocando... Ele me amava!

— Sara — ele sussurrou ofegante — Eu te amo.

Olhei para seus olhos e me senti no meu próprio mundo. Aquele olhar sempre me intrigou.

— Eu sempre te amei —falei. Precisava que ele soubesse que meu coração sempre fora dele — Me desculpe —minhas lágrimas saíram lenta e sorrateiramente.

— Você nunca me magoou — ele voltou a me abraçar — Não quero te soltar, nunca mais.

— Então não me solte — falei e sorri.

Eu não pensei que seria assim. Desde o dia em que nos separamos tinha a certeza de que queria ver Irriel morto, porém eu o vira sendo torturado. Eu sabia que ele não era meu inimigo, Merl estivera certa o tempo todo, eu o amava. O problema seria explicar para os anjos como me apaixonei pelo maior traidor de Shamayim.

— Vou te tirar daqui — falei, mas eu sabia que aquilo não duraria para sempre.

— Serei mandado de volta para Eretz — ele falou e eu fiquei alerta.

— Eu vou com você!

— Não! Você não está segura lá... — ele franziu o cenho.

— Nem você. Eu sei o que os demônios querem, e se você não me levar eles vão...

— Eles não podem fazer nada comigo. Não vou te entregar! — ele tinha tanta convicção no que dizia.

— E Merl? Eu não posso deixa-la ficar nem mais um minuto com aqueles monstros. Eu vi o que fizeram com você! Eles vão mata-la —eu não podia deixar Merl morrer por minha causa.

— Merl é minha amiga, não quero que ela morra! Mas ela sabe o próprio destino e você tem que estar segura! — ele tentava me convencer.

— Lukiel vai salvá-la, eu sei que vai — falei tentando acreditar no que dizia.

— Lukiel sozinho não pode fazer muita coisa. Ele não tem apoio dos outros soldados! — Irriel sabia bem mais do que eu.

— Por quê?

—Porque o Chefe dos Anjos não está colaborando. E os anjos querem que você tome seu lugar, você é a Salvadora! É você quem deve dar as ordens... Não deixe o...

Fomos interrompidos.

— Vejo que já está se enturmando, Saraí. Pena que seja com um imundo, como esse aí — O Chefe dos Anjos estava nas masmorras, eu nunca imaginaria alguém como ele pisando ali — Melhor você voltar para seu aposento, o que acha?

Olhei para Irriel e para o Chefe dos Anjos. Eu sabia o que devia fazer, a profecia era a prova de que eu devia comandar o exército dos anjos. No entanto, Merl tinha razão, o Chefe dos Anjos era o meu principal inimigo agora.

— Não vou a lugar nenhum — falei com firmeza.

— Não pode se relacionar com um de nossos prisioneiros — o anjo falou com uma voz contida — Principalmente com o nosso maior traidor, o que os soldados vão pensar sobre isso? Você acha mesmo que eles vão ficar do seu lado se souber que você anda dormindo com o inimigo?

Eu estava pronta para atacar aquele anjo, mas Irriel me segurou. Sua mão prendia meu braço, assim eu não fazia uma loucura.

Deixe- o achar que está certo. Procure Lukiel, ele vai te ajudar! Vou ficar bem! Ouvi a voz de Irriel em minha mente, fazia muito tempo que ele não fazia isso. Minha mente estava bloqueada, então o Chefe dos Anjos não sabia o que eu pensava. Olhei sorrateiramente para Irriel e sai da cela, deixando-os sozinhos.

Ada estava louca atrás de mim. Percebi isso quando ela correu para me abraçar assim que virei no corredor do meu quarto. Todos estavam me tratando como uma grande boneca de porcelana que estava quase se quebrando. Mas eu poderia me cuidar, eu fiz isso por muito tempo. Entrei no quarto e sucumbi ao sono que me consumia.


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Notas finais do capítulo

Está aí!
VALEU ♥



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