Guerreira do Trono - Parte II escrita por NandaHerades


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Esse é o capítulo que explica o motivo da guerra!
Obrigada pelo favorito Ana Clarke Montini!

Amores, agora minha fanfic tem um book trailer (olha que chique). Acessem e digam o que acharam! O link está no texto! Peça para abrir em outra guia ou vcs vão sair dessa página (não sei configurar para abrir em outra guia :/)



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Book Trailer

Meu terceiro dia no esconderijo. E Merl tinha razão, Lukiel não passava tanto tempo conosco, segundo ela, a guerra estava obrigando que todos os Anjos Guerreiros fossem a luta. Por isso não havia tantos guardas do lado de fora da casa, eu não estava tão protegida quanto o Chefe dos Anjos queria. Estava me preparando para aprender a telepatia. Sai do quarto e encontrei Merl na sala, duas cadeiras estavam colocadas de forma que ficassem de frente uma para a outra.

— Sente-se aqui — ela mais ordenou do que pediu — Vamos ficar de frente uma para a outra, assim você poderá pegar a conexão mais facilmente.

Sentei-me e fiquei encarando os olhos castanhos da minha anjo da guarda. Ela era muito bonita, sua pele negra, seus olhos castanhos e seus cabelos ondulados a faziam ser uma mulher atraente, se fosse humana com certeza seria muito cortejada pelos homens.

— Controle os pensamentos — ela falou. Corei sabendo que ela sabia o que eu estava pensando — Feche os olhos e relaxe.

A obedeci. Fiquei com os olhos fechados.

— Minha mente está aberta para você — ela falou baixo — Pense que sua energia está saindo, imagine uma bolha saindo de você.

Imaginei a tal bolha.

— Agora, se concentre em mim — ela continuou — Concentre-se.

Usei minha boa vontade, mas essa coisa de bolha não funcionava comigo. Eu não ouvia nada vindo da mente de Merl. Ela estava totalmente...

Enganada? Acho que não, ouvi em minha mente. Você é muito descrente, Saraí. Telepatia não é difícil, qualquer pessoa com um pingo de aptidão conseguiria. Você ainda tem toda a vantagem de ser metade anjo.

Abri os olhos e vi que Merl ria de mim.

Consegue me ouvir?, ela perguntou. Eu concordei.

— Você teve muita facilidade — ela falou.

— Como vou ouvir a mente dos outros? — perguntei.

— Você só escutará se a mente da pessoa estiver aberta, um humano certamente estará com a mente aberta, mas um anjo dificilmente. Nós sabemos bloquear a telepatia — ela me explicou.

— Então isso é inútil — reclamei.

— Você entendeu como se faz? — ela me ignorou — Tente imaginar uma bolha sair de você e atingir o outro lado, só isso fará você escutar o que quiser!

— Como bloqueio meus pensamentos? — perguntei.

— Imagine o contrário. Imagine a bolha se retraindo, se encolhendo ainda mais para dentro de você — ela falou e eu imaginei.

Minha bolha estava pequena. Muito pequena. Torci para que tivesse dado certo, olhei para Merl e sua expressão era a mesma. Pensei em algo que pudesse a ofender, algo como ‘você é a pior anjo da guarda do mundo’ ou ‘você não sabe me proteger direito’ e ela continuou do mesmo jeito. Será que havia dado certo?

— Deu certo? — perguntei.

— Não escuto nada — ela falou — E é um alívio, sempre achei que você pensava demais.

Eu ri.

— Mas eu não escutava sempre — ela continuou — Nós, na maioria das vezes, ignoramos os pensamentos dos humanos. Nossa ‘bolha’ nem sempre está grande, Lukiel e eu só ouvimos sua mente quando achamos que você está com cara de perdida.

— Agora não ouvirão por bastante tempo — falei rindo.

— Espero que você possa confiar em nós — ela falou — Não quero me arrepender de ter te ensinado.

— Não se arrependerá. Eu prometo! — falei contente — Você é a melhor anjo da guarda do mundo!

Ela sorriu emocionada. E eu a abracei com carinho, Merl estava de saindo uma ótima amiga.

Dois dias após o primeiro treinamento eu já conseguia bloquear minha mente com facilidade. E Merl sempre deixava a mente dela aberta para que eu pudesse treinar mais. Nós estávamos nos dando muito bem. No meio da noite Lukiel apareceu, ele estava diferente, parecia desgastado. Eu estava no meu quarto quando ele chegou, sai e fiquei na escada escondida, para poder escutar o que ele falava com Merl.

—Como estão? —Merl perguntou preocupada — Arquiel me falou que muitos estão morrendo.

— Sheol está muito bem preparado, milhares de humanos já morreram! — Lukiel disse — O Chefe não está conseguindo fazer com que todos os anjos lutem. Eles acham que a Salvadora tem que ajudar.

Arregalei os olhos. Os anjos queriam minha ajuda!

—Não podemos deixar Saraí sem treinamento, Lukiel — Merl falou —Em breve ela terá que lutar, eu não vou obedecer ao Chefe. Ele quer deixa-la para morrer, ele acha que ela vai roubar o Trono dele. Se você não quiser, tudo bem, mas eu vou ensiná-la!

— Faça isso — ele respondeu — Eu não posso ajudar, tenho que voltar para Shamayim.

— Eu cuido dela — Merl respondeu — E se cuide.

Lukiel foi embora e eu voltei para meu quarto. Deitei e fiquei pensando no que ele disse. Shamayim estava perdendo a guerra, os demônios estavam matando mais humanos, meus pais não eram as únicas vítimas. Eu não podia ficar parada, mas o Chefe dos Anjos não me deixava agir, ele não queria que eu me machucasse. O que eu faria? Não fazia ideia.

Acordei com o sol bem no meu olho. Levantei e corri para a sala ver Merl, encontrei-a sentada no sofá lendo alguns livros. O seu rosto estava sério.

— Acordou cedo — ela disse.

— Não consigo dormir sabendo que há pessoas morrendo por causa dessa guerra que eu nem sei porque está acontecendo — desabafei.

— Sente aqui — ela apontou para o sofá — Eu vou explicar a você.

— Explicar o quê? — perguntei.

— Vou lhe mostrar — ela respondeu — Leia minha mente.

E foi o que fiz. Logo estava vendo o Reino de Shamayim e a voz de Merl começou a me explicar:

“Há milhões de anos os anjos viviam em paz em Shamayim. A harmonia reinava entre todos, não existia guerra ou ódio. Até o dia em que o Criador fez sua maior criação, a humanidade. No começo todos os anjos aceitaram os humanos, novos cargos foram surgindo, os anjos da guarda.

No entanto, alguns se rebelaram, não conseguiam ver os humanos como iguais. Eles achavam que a humanidade estava tomando seu direito, sua honra diante do Criador. E foi por isso que eles foram expulsos de Shamayim, foram mandados para um lugar onde teriam o tempo para se redimir. Mas acabaram criando seu próprio reino, com suas próprias regras, o Reino de Sheol”

Eu conseguia ver imagens passando em minha mente, Merl me mostrava o que ela viu. Eu via Lukiel e Irriel assustados com a notícia de um novo reino. E todos os anjos resmungavam.

“Sheol ficou em silêncio por muito tempo. Eles não se manifestavam. Apenas quando roubaram as almas dos humanos os anjos souberam do que eles eram capazes. Os humanos ficaram rebeldes, não eram bons como deveriam ser e foi aí que Sheol ganhou força. O Criador prometeu que não interferiria nas escolhas dos humanos e eles acabaram se influenciando com as ideias dos anjos expulsos, que se transformaram em demônios.

Os anjos de Shamayim entraram na guerra. Lutaram e ainda lutam por cada alma humana, essa é a única missão de um anjo: trazer mais humanos e impedir que Sheol avance.”

— Mas agora não estamos conseguindo manter Sheol afastado — Merl falou em voz alta — Quando Irriel conjurou a profecia estávamos quase acabando com a Guerra, teríamos ganhado se ele não estivesse contando nossos planos aos demônios.

— Eu nunca imaginei isso — falei enquanto me recuperava de tanta informação.

—Preferimos não contar a verdade a você — ela continuou — Pensamos que seria mais fácil assim.

— Eu preciso fazer alguma coisa — levantei — Não posso deixar tantas pessoas morrerem. A profecia é clara, eu tenho que liderar um exército.

— O Chefe dos Anjos não quer que você se arrisque — ela argumentou.

— Eu ouvi o que Lukiel disse, os anjos querem que eu lute — falei.

— Você está certa — Merl sorriu levemente — Mas você precisa aprender a lutar, não pode entrar na guerra sem saber se defender.

Lembrei-me das palavras de Irriel semanas antes, quando ele me ensinou a lutar.

— Eu vou te ensinar tudo que sei, infelizmente não sei muito sobre luta, mas consegui a ajuda de um soldado quanto a isso — ela falou — Quando estiver pronta Lukiel vai te levar daqui.

— Isso é sério? — perguntei animada.

Merl confirmou com a cabeça, corri e a abracei. Aquilo era tudo que eu queria.

— Nunca vi alguém tão contente em entrar em um guerra — ela falou e retribuiu meu abraço.


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Notas finais do capítulo

Viram meu book trailer? Espero que sim!
Um beijo ♥



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