Guerreira do Trono - Parte II escrita por NandaHerades


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá lindo leitor!
Desculpe o atraso, mas foi por motivos justificáveis:
1 - Entrei na faculdade o/ e estou morta de trabalhos para fazer!
2 - O Nyah ficou um tempo em manutenção e no dia que eu pretendia postar esse capítulo, não consegui acessar.
3 - E por último, confesso que estou um pouco desmotivada. É chato pedir comentários, mas só quem escreve sabe como é bom saber a opinião dos leitores... Então se você não tem conta no site ou tem preguiça de digitar, pense nessa triste e deprimida escritora sedenta por um feedback! Mas vou postar mesmo que vocês fiquem anônimos, porque eu amo vocês hahaha ♥

Beijos!



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Três semanas antes...

Abri meus olhos. A claridade me assustou. Eu não estava mais em meu quarto, eu estava em um lugar totalmente diferente. Não parecia ser o bom e velho Planeta Terra. Comecei a caminhar, o chão era macio! Que estranho. E o ar era levemente adocicado. Tudo estava vazio. Passei por vários ambientes até parar em um local e olhar para cima. Estava repleto de anjos... Muitos anjos. Eu estava em Shamayim!

— Saraí Lima? — um anjo incrivelmente forte me chamou.

— Sim — eu respondi ainda impressionada com a quantidade de anjos.

— Meu nome é Arquiel e vim aqui para te levar ao Chefe dos Anjos — ele falou como um diplomata.

— A Salvadora? — ouvi um anjo, que estava acima de nós, gritar. E imediatamente dezenas de outros anjos me rodearam.

— Ela nos escolheu — gritaram — Viva!

Arquiel me pegou no colo rapidamente e começou a voar. A multidão ficou para trás. A sensação de voar era maravilhosa, eu sentia o vento em meu rosto. Voamos por um tempo curto.

—Você precisa se trocar — ele disse. Olhei para eu mesma e vi que ainda vestia as roupas de Irriel. Senti meu coração se apertar.

Tudo veio em minha mente como uma onda. Há alguns minutos eu não me lembrava do que havia acontecido, mas agora eu estava de frente com a minha tragédia. Meus pais estavam mortos, eu nunca mais os veria. E Irriel era um dos culpados por isso ter acontecido.

— Saraí? — uma mulher me chamou, na verdade ela era um anjo, mas suas feições eram como as de Merl — Você pode me acompanhar — ela começou a andar e eu fui atrás, olhei para onde Arquiel estava, contudo ele já havia ido.

Entramos em um tipo de vestiário. A mulher anjo me entregou um vestido branco parecidíssimo com o que ela usava, peguei-o e me arrastei até uma cabine. Tirei as roupas de Irriel e as joguei em um cesto para que fossem para o lixo, depois coloquei o vestido longo e branco e sai da cabine.

— Sente-se — ela me disse e eu obedeci. Sentei-me em uma cadeira e ela começou a mexer em meu cabelo. Senti quando ela retirou a presilha que Lavínia havia me dado antes da festa.

— Posso ficar com ela? — perguntei e estendi a mão para pegar a presilha de brilhantes. A mulher assentiu e colocou em minha mão.

Meu cabelo estava pronto. Um coque apertado havia sido feito. Coloquei a presilha no lado da cabeça para que eu não a perdesse. Olhei-me em um espelho e vi que parecia uma pessoa séria. Suspirei. A Saraí femme fatale do dia anterior havia morrido...

— Podemos ir? — Arquiel estava de volta, sorri para ele como resposta — Com licença, senhorita — ele me pegou no colo e já estávamos voando.

Olhei para baixo e vi parte do Reino de Shamayim, eu nem fazia ideia do tamanho daquilo tudo. Como poderia defendê-los? Olhei para o rosto sério de Arquiel e fiquei mais intrigada ainda: como um anjo tão poderoso poderia confiar em uma garota como eu?

Pousamos em frente a uma das construções mais majestosas que eu já vi. Nenhum palácio real se compararia àquela construção. Fiquei de pé e fui caminhando até a entrada, duas pilastras gigantescas sustentavam o prédio.

— Você não vem? — perguntei a Arquiel.

— Não — ele respondeu prontamente — Vejo-a em breve, Saraí.

Sorri e voltei a andar. Passei pelo grande portão e fiquei pasma com o salão. Eu já o havia visto em uma das minhas lembranças não vividas, a única diferença era que não havia as centenas de anjos, havia apenas um. Um anjo com aparência mais velha, com os mesmos olhos brancos e com asas encolhidas. O Chefe dos Anjos, eu presumi, estava sozinho no grande salão, sentado em um trono extremamente exagerado. Não fez menção de levantar, então caminhei até ele tentando manter a calma.

— Curve-se — o Chefe disse assim que estava parada em sua frente, não entendi sua colocação — Eu sou o Chefe dos Anjos e você deve me reverenciar.

Entendi. Fiz o que ele ordenou, imitando o movimento que já vira em vários filmes. Mas já sabia que não iria com a cara daquele chefe dos anjos.

— Cuidado com seus pensamentos — ele me repreendeu — Seja bem vinda a Shamayim! Não esperava que fosse escolher tão rápido, até estava planejando lhe trazer para conhecer o Reino... Espero que esteja sendo bem tratada.

Eu estava sendo bem tratada até você aparecer, pensei. Ops! Acho que não devia ter pensado isso.

— Desculpe-me. Ainda não me acostumei com a falta de privacidade — falei com um tom baixo, não queria que ele me achasse uma presunçosa.

— Acostume-se — ele falou rispidamente — Mas não estamos aqui para discutir seus modos. Temos que mantê-la protegida, impedir que Sheol a encontre até que a guerra acabe.

— Não entendi — falei — Pensei que eu fosse lutar.

— Não vamos arriscar sua vida — ele falou como se eu fosse uma peça de porcelana que se quebraria a qualquer momento.

— Mas eu... — tentei argumentar — Eu não posso ficar escondida. Não era isso que a profecia dizia, ela diz que tenho que liderar um exército.

— Olhe para você. Quem em sã consciência te colocaria para liderar um exército? — o Chefe falou com um sorriso horroroso — Mensageiro — ele gritou — mande chamar Lukiel imediatamente, tenho outra missão para ele.

Fiquei ali parada tentando digerir tudo. Então eu ficaria escondida enquanto a guerra ocorria? Não era isso que esperava. Lukiel pousou do meu lado e me mandou uma expressão caridosa. Depois se curvou e esperou o Chefe se pronunciar.

— Leve a Salvadora para o abrigo em Eretz. Não deixe que nada chegue perto dela — o anjo mais velho falou e Lukiel assentiu — Adeus, Saraí.

Olhei para o Chefe dos Anjos e pensei em como eu não gostava dele. Eu queria que ele soubesse que eu não ficaria parada. Fiquei de costas para ele e comecei a seguir Lukiel para a saída. Do lado de fora eu voltava a sentir a sensação de paz de Shamayim.

— É bom vê-la aqui — Lukiel falou relaxado.

— Você sabe o que ele disse, não é? — ignorei suas últimas palavras— O que ele acha que sou? Vocês disseram que eu poderia tomar minhas próprias decisões depois que escolhesse um dos lados, mas ele acabou de me mandar de volta como se eu fosse um cachorro doente.

— Não vamos falar sobre isso — ele endureceu a expressão — Me dê à mão. Vamos nos transportar para Eretz.

Segurei as mãos dele e fiquei com a cara fechada. Aquilo era ridículo, eu não queria me esconder.

— Se segure — Lukiel disse e eu senti algo estranho passar por meu corpo.

De repente não estávamos mais em Shamayim. Eu não sabia por onde estávamos passando, mas aquilo não era a Terra. Meu corpo tremia e eu sentia muito frio. Lukiel me segurava e quando olhei para ele não havia nada de diferente em sua expressão, ele já estava acostumado em se transportar.

Senti meus pés baterem em um piso e minha visão me mostrava uma sala de estar muito bem organizada, algo que só uma pessoa rica poderia ter. Lukiel soltou minhas mãos.

— Você ficará aqui — ele falou — Temos guardas em todas as portas e janelas, nenhum demônio conseguirá te encontrar.

— Não — eu falei sem acreditar — Eu vou para casa. Não vou ficar aqui... Tia Lavínia deve estar preocupada.

— Você não pode sair daqui — ele prosseguiu — Se você quer manter sua tia segura tem que se afastar.

— Vou ter que ficar sozinha? — perguntei sentindo falta da minha vida.

— Merl ficará com você — ele me respondeu.

— Ótima companhia — falei revirando os olhos.

— Venha, vou lhe mostrar seu quarto — Lukiel começou a subir a escada e eu fui atrás.

O andar de cima estava repleto de quartos. Lukiel me conduziu para o último quarto do corredor, abriu a porta e me mostrou o enorme cômodo. Havia uma cama de casal no centro, um guarda-roupa, uma escrivaninha e uma estante lotada de livros. Entrei e vi que minhas roupas estavam lá. Sentei na cama e acariciei o edredom macio, aquele lugar seria minha casa por um bom tempo.

— Sinto muito — Lukiel falou após uns minutos em silêncio — Eu sei que você é capaz, Saraí.

— Obrigada —respondi comovida — Será que eu posso ficar um pouco sozinha?

Lukiel saiu. Fechei a porta e cai na cama. Aquilo tudo era desesperador para mim. Eu estava sem família, abandonada em uma casa no meio do nada sob cuidado de anjos que não me entenderiam nunca. Aquela era minha ruina.


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Notas finais do capítulo

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