Guerreira do Trono - Parte II escrita por NandaHerades
Notas iniciais do capítulo
Olá meus leitores!Essa é a segunda parte da minha amada fic, espero que gostem! *A regularidades das postagens irá mudar, agora vou postar uma vez na semana*Beijos
“A vida é noite: o sol tem véu de sangue:
Tateia a sombra a geração descrida...
Acorda-te, mortal! É no sepulcro
Que a larva humana se desperta à vida!”
— Álvares de Azevedo
O anjo caído estava parado esperando pelo demônio. Mas sua mente se movimentava. Sim, ele havia errado, mas não de propósito. Nunca seria! Ele a amava. E aquele era o erro, o pior dos erros. O destino provara ser mais cruel. Em mais de trezentos anos vivendo em Eretz ele nunca havia se apaixonado por uma humana, nunca! Mas agora o amor consumia suas entranhas... Como explicar um amor como esse? Como ele pôde ter se apaixonado pela garota vítima da profecia que ele mesmo conjurara?
Se Saraí ao menos o tivesse perdoado. Se ela também o amasse... Seria tão mais fácil. Mas agora eles estavam em lados opostos da guerra, ela defendendo o Trono de Shamayim e ele... Bom, só o Criador sabia.
— Irriel. Entre — o demônio o chamou. Assim que adentrou a sala escura sentiu o cheiro de queimado. Suas narinas tentavam repelir aquele amargo odor — Sente-se.
O humor de Irriel não estava bom. Ele olhou para a cadeira e fez uma careta indicando que ficaria de pé.
—Assim seja — o demônio aceitou a escolha do Caído — Vejo que está nervoso.
— Isso não vem ao caso — Irriel respondeu rispidamente — Não me trouxeram aqui para discutir meu humor. O que querem demônios?
— Você sabe... O sangue da Salvadora — o demônio falou com calma.
— Não é disso que estou falando — Irriel tentou esconder a irritação. Como aquele demônio poderia pedir aquilo?
— Sinto por você, Irriel. Mas você só será perdoado quando nos trouxer o sangue de sua amada, Saraí. Foi muito cansativo capturá-lo, mas agora que é nosso prisioneiro terá que fazer o que mandamos — ele bocejou com indiferença.
—Não farei isso — o Caído disse.
— Acho que uma sessão de tortura será o suficiente... — o demônio falou e seus olhos ficaram levemente vermelhos.
— Nunca a matarei — Irriel protestou — Nunca!
Quatro demônios entraram na sala para deter Irriel. Ele seria levado para a sala de tortura... Sua mente trabalhava contra aquilo. A dor precisava ser controlada, ele nunca iria se render.
Colocaram-no sentado em uma cadeira desconfortável, correntes prendiam seus pulsos e tornozelos. Irriel sabia o que estava por vir, mas ele precisava ser forte, a dor seria passageira.
— Então é isso, Caído. Você se nega a levar-nos até a Salvadora? A nos entregar o sangue dela? — um dos demônios gritou.
Irriel não respondeu.
— Prefere se calar? — outro demônio gritou.
Uma lareira estava bem ao lado de Irriel. Ele sabia o que aconteceria. Um dos demônios esquentava o ferro com prontidão. O outro rasgou a camisa do anjo caído.
— Agora diga onde ela está? — o primeiro demónio gritou.
— Não — Irriel respondeu.
A dor foi aguda. Sua pele estava queimando, ele podia ouvir o estouro dela fritando. O grito não podia ser reprimido.
— Diga-me, Caído. Onde a Salvadora está escondida?
— Nunca — Irriel respondeu suportando a dor.
E novamente o ferro foi colocado em seu tórax. Estava tão quente. Irriel gritou. Ele nunca a entregaria.
— Sua dor pode acabar, basta que você me diga onde Shamayim a escondeu?
Ele não respondeu. E desta vez o ferro o atingiu no rosto. Seu rosto estava queimando. E seu corpo ardia...
— Chega... Deixe-o se recuperar. Mais tarde voltamos — o demônio falou e os outros acataram — Não pense que acabou, Irriel.
Ele ficou sozinho. Sua pele se recuperava, porém a dor persistia. A dor de perde Saraí, ele nunca a entregaria... Nem que para isso tivesse que viver uma vida de torturas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comente amiguinho!Uma escritora feliz é aquela que tem feedback, não importa se é um elogio ou uma crítica, o importante é saber o que você está achando! :)