Guerreira do Trono - Parte II escrita por NandaHerades


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!!!

Mais um capítulo para vocês! Eu gosto de postar os capítulos rápido assim porque eu acompanho umas fics que demoram muito para atualizar e isso desanima um pouco... Então eu posto sempre, para vocês não me abandonarem hahahaha
Fiquem com esse capítulo (que eu adorei escrever)

Beijos ♥



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Dois dias na estrada e finalmente estávamos em uma pequena cidade do interior, pequena mesmo, vi apenas três casas em toda a extensão. Durante a viagem paramos em vários lugares, mas nunca podia conversar direito com Irriel, porque ele sempre estava correndo para me livrar de um perigo que nem eu mesma via.

Foram dois dias sem descanso e a partir disso percebi que meu corpo estava diferente, o ritmo dele era outro. Eu não me sentia morta de cansaço, poderia ficar dias sem dormir. Eu estava diferente, só não pude perceber antes porque vivia presa em uma casa no meio do nada, no entanto, agora estava encontrando meu destino e isso me mantinha forte.

Irriel estacionou em frente a um portão com uns cinco metros de altura, era feito de um metal pintado de dourado. A propriedade que esse portão protegia parecia ser incomum para uma cidade tão pequena.

— Onde estamos? — perguntei assim que desci da moto.

— Só fique perto de mim — ele falou sério.

Eu concordei e meu aconcheguei em um de seus braços.

O portão dourado estava aberto, Irriel me guiou pelo grande gramado, onde eu conseguia ver várias casas com um aspecto sofisticado, no centro havia uma mansão que poderia ser um palácio. Ao longe eu via dezenas de pessoas virando a cabeça para observar Irriel e eu, como se visitas não fossem comum para o lugar.

— Bem vinda a Fortaleza dos Anjos Caídos — Irriel falou enquanto me protegia.

Olhei com mais atenção para o lugar. Para aquelas pessoas, que na verdade eram anjos expulsos de Shamayim. Homens e mulheres que passariam despercebidos pela sociedade, com suas tatuagens nos braços. Muitos estavam pertos o suficiente para que eu visse o estranhamento que surgia em seus olhares.

— Eles não parecem amigáveis — falei ao constatar que os olhares ficavam cada vez mais raivosos.

Irriel ouviu aquilo e continuou andando para a grande mansão que dominava as construções da Fortaleza. Evitei olhar para os moradores e passei a fitar o anjo caído que me segurava, o cara que estava me protegendo há quase três dias e que não se importava em perder seu tempo comigo. Irriel, que queria me matar no começo, agora era minha única chance de permanecer firme nisso tudo.

Paramos na entrada da mansão e ele falou para mim:

— Fique aqui.

— Eles não vão me atacar? — perguntei duvidando da boa recepção dos Caídos.

— Não enquanto eu falar com o líder deles, mas você não pode entrar agora. Não sei se ele te aceitaria tão fácil, eu já volto — ele acariciou meu rosto, abriu a porta e sumiu dentro da mansão.

Fiquei sozinha, sentada no chão. Os Caídos não chegavam perto de mim e isso me deixava calma. O céu estava incrivelmente azul naquele dia, ao longe eu sonhava com o dia em que olhar para o horizonte deixaria de ser tão dramático. Também pensava em Merl e no que ela estaria passando, agora que Irriel não me levara para os demônios. Será que Merl me odiaria por não ter ido salvá-la? Eu iria salvá-la! Depois que descobrisse o motivo que me trouxera a Fortaleza dos Anjos Caídos. Com o tempo eu aprenderia a usar minhas habilidades e aí poderia tirar Merl das garras dos demônios. E ajudar os anjos a vencerem a guerra, e finalmente, vingar a morte dos meus pais, os únicos que não deveriam ter sofrido com o meu destino, pois eles apenas adotaram uma adolescente problemática que precisava ser amada.

Irriel estava parado de pé ao meu lado, ele ofereceu a mão para que eu me levantasse.

—Entre — ele indicou a porta e fui devagar.

— Você não vem? — perguntei.

— Não, agora depende de você!

Suspirei e passei pela porta. Lá dentro estava um grupo de anjos caídos, eles tampavam outro Caído que se sentava em um sofá. A decoração era um tanto simples para a aparência externa da mansão. Os meus passos estavam receosos e cobertos de desconfiança, mesmo que meu sexto sentido não me alertasse para o perigo. A distância diminuía e o grupo se afastava do homem tampado por eles. Parei em um determinado momento e esperei para saber o que eu deveria fazer.

— Saraí, a Salvadora — o Caído sentado no sofá disse — Fiquei anos te procurando e agora você está aqui, em minha casa. Não tenha medo, seu amigo já me disse coisas o suficiente.

Continuei parada e com a expressão paralisada.

— Sou Arghaus, líder dos Anjos Caídos — ele disse solene —Mas eu não posso te ajudar se não souber se o que Irriel disse é verdade. Você pode me provar?

— O que ele disse? — perguntei com coragem.

—Das suas habilidades... Que tal começar pela telepatia? Eu adoraria que você ouvisse meus pensamentos.

Analisei aquele homem, com aparência de 40 anos e olhos pretos. Sua mente não me parecia difícil de entrar, ele era esnobe demais para acreditar em minha habilidade. Imaginei minha bolha e lá estava eu ouvindo os pensamentos dele.

O que teremos para jantar? Espero que tenha galinha assada... ele parecia ridículo com pensamentos tão aleatórios, claro ele não acreditava mesmo em Irriel.

— E ai? Muito difícil? — ele perguntou irônico e os outros que estavam na sala riram.

— Talvez devesse economizar na galinha assada, quem sabe perde um pouco da barriga — falei em um tom sarcástico que fez o riso dele desaparecer.

— Hum... Então, o que me diz sobre o transporte? — ele desconversou sobre perder a barriga.

Olhei para o topo da escada que ocupava uma parte da sala e fechei os olhos. Foi tão rápido que nem os expectadores esperavam. Pousei com facilidade no tapete vermelho que enfeitava a escada em espiral, segundos depois já descia com uma pose de vencedora. Só não esperava que fosse ser atacada por um dos Caídos.

Ele me deu uma rasteira e eu caí antes de chegar a sala. Aquela era a prova de luta, obviamente. Levantei e me posicionei para a briga. Consegui acertar um soco no rosto do Caído robusto, ele devia ter o triplo do meu peso. Segurei o braço dele e torci como aprendi com Arquiel. O rosto do meu oponente se contorceu de dor, mas ele foi esperto e me derrubou. Fiquei um momento no chão e percebi que ele estava de costas para mim.

Nunca vire as costas para seu oponente

Levantei e pulei nas costas do Caído que foi pego de surpresa. Posicionei meu braço de forma a impedir a respiração dele e usei meu peso como apoio. O Caído estava sufocando e eu sabia que poderia continuar, já que ele no máximo desmaiaria. E foi isso que aconteceu.

Contudo, outro Caído apareceu e desta vez armado. Larguei o outro desmaiado e corri para de desviar da espada pronta para me perfurar. Aquilo estava muito desigual, visto que não havia uma arma para mim. Afugentei-me da espada e corri para atacar. Acertei um chute na perna do inimigo, mas ele apenas se desconcentrou. Do outro lado da sala, o Arghaus sorria como se eu fosse uma piada, aquilo me irritou profundamente. Tanto que eu queria acabar logo com aquilo e foi aí que algo aconteceu...

— Ela desapareceu, como um demônio — um dos Caídos gritou. Arghaus me procurou pela sala, eu estava no mesmo lugar, mas ele não me via.

Aproveitei para atacar meu oponente. Tirei a espada da mão dele e acertei um chute forte em seu rosto, pouco depois eu estava visível. O meu oponente caiu e não se levantou. Eu havia ganhado, não fosse por um último golpe... Uma espada atravessava meu corpo e meu grito invadiu os ouvidos de todos da sala. Caí.

Percebi quando Irriel entrara na mansão querendo saber o motivo do meu gemido de dor. Eu estava estendida no meio da sala, cobrindo o ferimento na barriga com a mão esquerda. Meu braço direito jogado como de uma boneca de pano. Eu não sentia dor, mas sentia algo não prazeroso. Como se meu corpo se repuxasse e lutasse para se reconstituir. Ao meu lado, Irriel me puxava para seu colo. Talvez eu estivesse desmaiada.

— Você não disse que iria machuca-la, Arghaus — Irriel gritou irritado, me levando para algum lugar dentro da mansão que ele conhecia.

— Ela é imortal — Arghaus respondeu — Você mesmo me disse. Não confia em sua própria palavra, Irriel?

Irriel o ignorou e continuou me levando para algo além da minha visão. Fiquei ali em seu colo, em silêncio e sentindo meu corpo se regenerar.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo me deu trabalho viu, mas gostei do resultado!
O que acharam? Será que Arghaus é confiável? Suspense.... hahaha

Meus leitores, agora estou no momento fã kkkk Quero indicar para vocês a fic da minha amigona, a Águida, leiam e digam o que acham do Reino de Telmamlet. Link: https://fanfiction.com.br/historia/666687/O_Reino_de_Telmamlet_-_O_Castelo_de_Gelo/

Obrigada!!! ♥



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