Depois de A cura mortal -Thomas e Teresa escrita por Emilly Larissa


Capítulo 3
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Demorei a postar porque estava com bloqueio (Ainda estou). deixem seus comentários por favor, isso me incentivara a postar.



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THOMAS

***

flashback

Ela estava correndo em uma grande sala vazia, suas paredes eram brancas e não tinha nenhum móvel, uma garotinha que aparentava ter dez anos, era Teresa, os olhos azuis e a pele branca, o cabelo escuro e brilhoso. Ela ria e chamava meu nome, um garotinho aproximava dela, provavelmente era eu, sim era eu. O Thomas mais novo parava diante dela e a olhava nos olhos, de uma hora para outra desfez o olhar e demonstrou raiva.

–Você está roubando. –Disse-

–Não estou não. -ela bateu o pé –

–Está sim.

–Não estou. - A versão mais nova de Teresa lhe tacou um beliscão –

–Só não devolvo porque você é uma garota.

–Ora Tom, me bata. – A garota pirraçava-

–Não.

Os dois riram.

–Tom? –Ela disse-

–Sim?

–Você é tudo que tenho. Não se esqueça disso.

Sorri.

***

Acordei e vi Teresa me observando, ela parecia melhor. Sentei e esfreguei os olhos, então falei:

–Acho que tive uma lembrança.

–Lembrança? –Arqueou a sobrancelha- Sobre o Cruel?

–Não necessariamente. -Falei olhando-a nos olhos. Vacilei e ri- Nós dois brincávamos em uma sala, eu acho que era lá no Cruel.

Ela sorriu e ajeitou-se para prestar atenção em mim.

–Conta mais.

–Você era um pouco mais alta que eu, e me provocava.

–Eu sei. –ela disse-

–Você disse que eu era tudo que você tem.

–E você é.

Ela tocou minha mão.

–Vocês podem deixar pra namorar depois?

Minho chegou às preces. Teresa Recuou.

–Mas que droga Minho. –Falei- Ninguém aqui está namorando.

–Não é o que parece Trolho cara de mertila.

Teresa nos encarava com seus olhos azuis, sempre a achei linda, tudo nela era realmente lindo.

–Não somos um casal. – Sorri irônico -

–Essa garota não pode ficar aqui, ninguém á quer aqui.

–Está louco? Ela vai ficar aqui sim. –Fiquei irritado com o que Minho acabara de dizer, ele não podia expulsar Teresa. -

–Tom tudo bem. –Ela disse conformada-Eu acho outro lugar.

–Ótimo problema resolvido. –Minho deu de ombros-

–Não, Teresa. Não está tudo bem, daqui você não sai.

–Thomas. –suspirou – Está tudo bem sim, eu não pretendia ficar aqui mesmo, tudo bem, vou ficar bem.

–Legal. –Minho disse –

Ela não tinha nada além da roupa do corpo. Olhou-me com tristeza e caminhou até a saída. Observei seus braços nus, ela tinha marcas roxas e arranhões, a pele de Teresa que sempre foi tão delicada estava toda marcada desde o acidente, eu sabia que ela não estava bem, ela tentava me passar confiança de que estava ótima, mas não estava eu sabia que ela estava destruída. Empurrei Minho e a seguir a fim de impedi-la de ir embora, ela não sobreviveria no deserto, não nas condições que se encontrava.

–Teresa.

Puxei-a pelo Braço fazendo-a virar-se. Ela me olhou e vi seu esforço para não se desmanchar em lagrimas, passei as costas da mão em seu rosto. Naquele momento percebi, era Teresa, a minha Teresa, a garotinha que eu sabia que havia conhecido anos atrás, aquela que me chamava de Tom e que prometera que tudo iria mudar, eu queria lembrar-se de tudo como ela lembrava eu queria a verdade, queria lembrar-se de tudo que vivemos juntos.

–Eu não sou boa pra você Thomas. –Ela olhou em meus olhos- Você precisa cuidar deles, dos que sobraram.

–Deixe-a ir Tom. –Brenda apareceu e sorriu sarcástica –

–Tom? –Teresa semicerrou os olhos- Ela te chama de Tom?

–Chamo. –Brenda não hesitou-

–Legal. –Ela deu de ombros e cruzou a porta-

–Teresa não.

–Você não cansa de ir atrás dela?

–Você não entende Brenda. –Falei atordoado-

–Entendo. –Ela sussurrou aproximando-se – fique calmo e a deixe ir.

Eu não podia Teresa não ficara bem sozinha. Fui atrás de Teresa e a visualizei parada. Estava encostada a um grande pedaço de concreto, lembrei-me da cena que me fizera pensar que havia perdido-a para sempre. Aproximei-me.

–Então garota cabeça de concreto. –Enfiei a mão no bolso-

–Não tem graça.

Falou como a garotinha que fora um dia.

–Desculpe-me, é que você é cabeça dura.

–Estou deixando você, Tom. Estou deixando você para Brenda.

Sorri de lado e a puxei pela cintura, pressionei-a contra o grande pedaço de concreto e a beijei. Ambos tínhamos os batimentos acelerados, Teresa tentava acompanhar meu ritmo, durante o beijo lembrei-me de nossa ultima semana na sede do CRUEL.Teresa e Eu observávamos e a clareira ,naquela altura já sabíamos que nossas vidas mudariam para sempre, ela estava mais tranquila que eu ,e nos momentos em que eu estava mais tenso sua voz ecoava em minha cabeça.

“Serão só alguns dias, logo vou estar com você”.

E eu me acalmava, a ideia de Teresa ir ao meu encontro dias depois de minha chegada a clareira me tranquilizava. A ideia de tê-la por perto me fazia relaxar. Parei o beijo e fixei o olhar nela, ela parecia recuperar o fôlego.

–Thomas! –Ela exclamou-

–Você não gostou? –Indaguei- Desculpe-me, pensei que...

Antes de me deixar terminar a frase Teresa grudou seus lábios e riu soltando-me.

–Eu gostei.

–Então fica aqui. -falei olhando-a-

–Tom. Há algo que eu não te contei. –Ela disse mudando a expressão-

–O que?

–Cruel ainda nos quer. –Ela contou-

***


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