Depois de A cura mortal -Thomas e Teresa escrita por Emilly Larissa


Capítulo 2
A visita do Crank


Notas iniciais do capítulo

Contém Spoiler de A cura mortal .



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. TERESA

Puxei a respiração como se estivesse afogando-me, não em água, mas sim em angustia. Quando abri os olhos visualizei o teto do hospital, meu corpo doía, eu mal conseguia me mover, senti que alguém apertou minha mão levemente e passou a outra em minha testa com delicadeza. Estava tão cansada, eu deveria está morta, eu queria está morta. Com um sopro de coragem virei para ver quem segurava minha mão.

–Tom. –Sussurrei fraca-

–Teresa. -Ele falou bem perto do meu ouvido- Você vai ficar boa.

Enquanto Tom manteve seus lábios perto de meu ouvido, consegui arrastar minha mão direita até seu cabelo e o agarrei com a pouca força que me restava. Ele desceu a cabeça e a encostou em meu pescoço, eu conseguia ouvir e sentir sua respiração. Quando puxei um pouco seu cabelo ele não reclamou, pelo contrario se manteve na mesma posição, ambos chorávamos.

–Shii... Tudo bem. –Falei-

Ele desenterrou a cabeça de meu pescoço e me olhou.

–Eu voltei lá, eu te procurei como louco. –Ela tentava explicar-

–Eu deveria está morta. –Debati-me na cama sentindo dores insuportáveis –

–Pare, por favor. -Ele tentava me acalmar – Não fale isso.

–Tom...

–Escute Teresa, apenas ouça o que vou lhe dizer. –Ele suspirou- Eu fiquei com raiva por não ter me contado o que o Cruel lhe propôs, fiquei com raiva não por ter sido enganado, mas sim pelo fato de ter sido você a pessoa que me enganou.

–Eu tinha que salvar vocês, tinha que salvar principalmente você. - gemi de dor-

–Porque beijou o Aris? –Ele fixou o olhar em minha mão –

–Fazia parte do plano.

– E você? Beijou a Brenda quando eu provavelmente estava morta? –Senti um pouco de raiva quando imaginei –

–Beijei.

Virei ficando de costa para ele.

–Sai. -Disse-

–Não, eu vou cuidar de você. -Ele insistiu-

–Vá embora Thomas, vá cuidar de sua garota, ela deve está louca atrás de você. – Eu quis chuta-lo dali, mas nem forças para levantar eu tinha-

–Já estou cuidando de minha garota, Ela está ferida em uma cama de hospital e se bem a conheço ela está a fim de me chutar.

Segurei o riso.

–Sua garota é a Brenda. –Bufei-

–Minha garota é você, sempre foi você. –Ele sorriu-

–Você não se lembra. –resmunguei ainda irritada-

–Não, mas eu sei que te conheço há muito tempo.

–Vá embora Thomas, Sou Teresa Agnes, a traidora. Agora suma, não preciso de seus cuidados. -Eu não estava falando serio, eu precisava dele, mas estava magoada demais para mantê-lo ali-

Não deu tempo discuti mais, uma gritaria se espalhou por todo hospital. Thomas saltou da cadeira indo até a porta do quarto que me abrigava, voltou correndo e começou a puxar o tubo de soro que estava ligado ao meu braço, não tive tempo de reagir, ele me pegou no colo e ergueu-me.

–O que está acontecendo? –Perguntei apoiando a cabeça em seu ombro-

–Cranks. Por incrível que pareça eles estão aqui.

Ainda comigo no colo Tom passou pelo corredor o mais rápido possível, na saída de um segundo corredor um Crank pulou em cima dele fazendo com que caíssemos no chão, rolei a um metro de distancia de Thomas e assisti a luta, ele o empurrava para longe a todo custo, mas o Crank não desistia, enquanto lutavam percebi um canivete preso ao cinto de Tom.

–Thomas, o canivete.

O Crank com um rápido movimento agarrou o cinto puxando o canivete antes dele, com um sorriso macabro ele apontou a lamina para o rosto de Thomas, apoiada na parede levantei e corri em direção a eles, sem que o Crank desse conta lhe chutei com toda força possível,mas isso não foi o suficiente para atrasa-lo por muito tempo,mesmo com dores esforcei-me para correr e acompanha r o ritmo de Tom, ele segurou minha mão e descemos as pressas uma escada que eu jamais imaginara que existisse ali.

–Quantos andares tem esse hospital de Mertila? –Perguntei-

–Não sei, parecia muito mais fácil quando aquela mulher me levou até você.

–Você deveria saber.

–Subimos pela rampa. -Ele disse ofegante- Você consegue correr mais alguns metros?

–Acho que sim.

Gritei quando vi um cadáver no final da escada.

– Tudo bem. –Thomas olhou o cadáver e me trouxe para junto dele fazendo com que eu não olhasse mais - vamos sair daqui.

Nesse momento o Crank voltou a surgi me lançando contra a parede.

–Tom, fuja. –gritei-

Thomas arrancou um extintor e o lançou contra a cabeça do Crank que caiu desacordado. Aliviada abracei Tom.

–Como ele chegou até aqui?

–Não sei, mas não é nada bom. Vem. –Ele voltou a segurar minha mão e saímos do hospital-

Quando chegamos ao acampamento onde se encontrava os clareanos sobreviventes senti um aperto no peito,sabia que alguns dos meu amigos não estariam ali,olhei para Thomas mas não falei nada,era melhor não lembrá-lo das perdas.

–Fedelha cara de mertila .-Era Minho ,e Brenda vinha logo atrás- Sua traidora .

Minho apertou meu braço com muita raiva. Não reagi.

–Você está bem? –Brenda pendurou-se no pescoço de Thomas-

–Estou. –Ele disse afastando-a e foi até Minho-

–A solte seu Plong.

–Essa fedelha nos traiu e você esta a defendendo.

–A solte. –Thomas ordenou mais uma vez- Vamos esquecer o que aconteceu.

– Você pode esquecer, mas eu não.

Minho bufou me soltando e afastou-se indo ao encontro dos outros meninos -

–Achei que estivesse morta. –Brenda disse- Bem vinda de Volta Teresa.

– Pois é, estou viva para a infelicidade de algumas pessoas.

Thomas sentira que o clima ficaria pesado e nos interrompeu.

–Brenda se importa em arrumar algo para Teresa comer?Ela precisa ficar forte esta muito machucada.

–Sem problemas. –ela virou-se saindo-

–Eu não vou ficar aqui Thomas. –Afirmei-

–Vai, e comigo. -Ele disse-

Depois de comer o que Brenda arrumara, Tom cedeu sua cama para que pudesse descansar um pouco, ele ficou ali comigo, Brenda também decidira ficar com a justificativa de fazer companhia a ele enquanto eu dormia. Sonhei que o labirinto jamais existira, nem o deserto ou os clarões solares, não tinha fulgo nem Cranks ,nem o Cruel. Chunk ,Alby ,Newt e os demais clareanos que perdemos no meio daquela guerra travada contra o Cruel estavam bem, tínhamos famílias e éramos felizes.

***


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