Nova fase' escrita por HungerGames


Capítulo 41
Pov - LUÍZA




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644677/chapter/41

Eu levanto a folha e a encaro por alguns segundos demorados, um sorriso orgulhoso aparece nos meus lábios e eu tento esconder, mas é impossível, depois de quase dois dias sem noção do que fazer e sem um desenho que realmente me fizer suspirar, aqui está ele, eu estou tão animada que levanto da cadeira num pulinho, me afasto da mesa e saio da sala de criação, entro no corredor dos escritórios e então Pérola surge saindo da sua sala.
— Gosto quando você tem esse sorriso – ela fala sorrindo esperançosa – E aí? – eu mordo o lábio meio nervosa e então viro o desenho pra ela, seus olhos se arregalam e ela abre a boca num grito mudo, pega o desenho da minha mão, sorri e o observa por alguns segundos, assim como eu fiz – É incrível como eu não me arrependo nem um segundo de ter você aqui – ela fala e dessa vez tenho a sensação que meu sorriso pode partir meu rosto ao meio.
— Então você gostou?
— Se eu gostei? Isso tá perfeito, Lu! Eu estou um pouco além do que apaixonada – ela continua olhando o desenho, o afastando e aproximando – Eu só não estou mais impressionada por que sei que você tem o dom!
— AI MEU DEUS!!! Eu PRECISO de uma dessas! – Hazel fala vindo de trás da Pérola e olhando o desenho.
— Acho que nós já temos o acessório perfeito pra liderar o próximo desfile – Pérola fala e deixa Hazel pegar a folha.
— Vai ficar perfeito naquele vestido verde...
— Perfeito! – Pérola sorri satisfeita – Pode confirmar, eu quero isso liderando o desfile – eu sorrio novamente.
— Eu tenho que confessar que também adorei – eu falo orgulhosa do meu trabalho.
— Qualquer pessoa com bom gosto né – Hazel fala sem desgrudar os olhos do papel.
— Bom, mas eu estava mesmo indo te chamar, preciso que me ajude na montagem dos looks para aquela apresentação que teremos semana que vem, eu pensei em colocar um pouco mais de cor nos acessórios e quero sua opinião... – ela sai andando na frente e eu a sigo tentando parar de sorrir, mas é que ela pra mim sempre foi a maior estilista do mundo, eu lembro de ver ela pela televisão, de olhar cada vestido e roupa que ela desenhava e ficar me imaginando um dia conhecendo ela, mas mesmo nos meus sonhos mais loucos, não me imaginava trabalhando com ela, vendo-a todo dia e muito menos que ela me pediria ajuda pra decidir um modelo, essa não é a primeira vez que acontece, na verdade em todo desfile ou apresentação eu participo de alguma maneira das seleções, mas é impossível não me emocionar ou me orgulhar de ter chegado até aqui.
Eu saio do atêlie um pouco mais cedo que de costume e aproveito pra passar no mercado, pego um carrinho e tento me lembrar de tudo que preciso comprar, paro entre os corredores várias vezes com medo de ter esquecido algo, eu odeio fazer compras pra casa, mas eu também não posso deixar tudo nas costas da Patrícia, ainda mais agora que ela tem trabalhado tanto que mal para em casa. Eu repasso a lista na minha mente mais umas duas vezes antes de começar a colocar tudo sobre a esteira do caixa, a menina que me atende sorri simpática e eu saio do mercado um pouco enrolada carregando as cinco sacolas mais a minha bolsa, consigo caminhar até o prédio, o portão se abre automaticamente depois que toco o interfone, entro no elevador e meu celular começa a tocar, eu me enrolo, mas consigo alcançar o aparelho, olho o nome na tela e sorrio, já sabendo do que se trata.
— Oi, Pyter!
— Você comprou o que eu pedi? – acabo rindo, ele consegue ser mais impaciente que o Pietro as vezes.
— Sim, Pyter, eu comprei o que você pediu...
— E não disse nada a ele, certo?
— Eu sei o que significa a palavra “surpresa”, ok? – reviro os olhos, mas no fundo acho até engraçado essa preocupação dele, amanhã é o aniversário do Pietro e ele está planejando uma festa surpresa, o que significa que tem duas semanas que ele simplesmente não me deixa em paz por causa disso, ele só sossegou um pouco nesses dois dias, por causa de todo o processo de adoção da Iris, eu penso nisso e logo sorrio e não consigo me irritar com ele.
— Então tá tudo combinado né? Eu falei com Chris e ele disse que tá tudo certo...
— Tá tudo certo! Eu passei agora no mercado e não falta mais nada, relaxa ok? – quase consigo ouvir o suspiro de alivio dele e reviro os olhos – Eu tenho que ir! Beijos! – a porta do elevador abre e eu já ia saindo quando uma sacola ameaça escapar e eu tento pegá-la, no mesmo momento minha bolsa escorrega do ombro e eu quase deixo o celular cair, se não fosse a mão que me segura e logo levanta a sacola do chão, eu levanto o rosto agradecida e com um sorriso largo, mas quando vejo a figura parada na minha frente, meu sorriso diminui e eu não consigo evitar a expressão de susto.
— Oi! – ele fala naturalmente como se nos víssemos todo dia, eu o encaro esperando mais algum tipo de reação, porém tudo que ele faz é sorrir e esticar o braço pra evitar que o elevador feche – É o seu andar, não é? – pisco algumas vezes tentando dar algum sentido a isso e então saio do elevador, ele continua segurando minha sacola e anda até a porta do meu apartamento.
— O que você tá fazendo aqui? – é a única pergunta que se passa na minha cabeça.
— Nossa, parece até que você esperava nunca mais me ver...
— E eu não esperava mesmo – ele fica sério e então me dá um sorriso fraco.
— Eu não te culpo por isso.
— Claro que não, você não teria nem como fazer isso – ele sorri, de um jeito divertido demais pra ocasião – Contei alguma piada?
— Não, é só que... Meu Deus, você não mudou nada...
— Ah eu mudei, acredite em mim, eu mudei muito! – puxo a sacola da mão dele e vou até a porta, com a outra mão alcanço a chave, enfio na porta e giro, empurro-a e entro – Muito obrigada pela sacola, eu tenho que ir – já estava fechando a porta quando ele coloca a  mão impedindo.
— Não vai me convidar pra entrar?
— Não vejo por que – ele ri.
— E ainda diz que mudou... – eu reviro os olhos começando a me irritar e vou até  o balcão que divide a cozinha, coloco as sacolas lá e quando me viro ele já entrou e fechou a porta.
— Eu não te convidei – encaro ele séria e ele mantem a mesma expressão irônica e divertida que tanto me irrita, em pensar que um dia isso me fazia suspirar, hoje me causa um grande desconforto – Mark, eu estou falando sério, eu não quero você aqui dentro – ele levanta as mãos em inocência.
— Eu só quero trocar duas palavras com você, vai ser rápido, prometo! – eu o encaro e mesmo já tendo se passado 4 anos desde a ultima vez, ainda me lembro que ele não cedia tão fácil e que pode passar o resto do dia insistindo em algo, eu respiro fundo, cruzo os braços e o encaro.
— O quê que você quer?
— Conversar, eu já disse...
— Nós não temos nada pra conversar, eu não entendo por que isso agora...
— Eu tô me mudando pra cá!
— Você o quê? – meu choque é ainda maior do que o de quando vi ele.
— Sou o novo morador do Distrito 12 e do 5° andar...
— Você só pode tá me zoando né?
— Na verdade não, eu cheguei hoje cedo.
— O que você veio fazer aqui?
— Trabalho! Precisam de um mecânico no Hangar!
— Você vai trabalhar no Hangar?
— Começo na segunda.
— Isso não acontecendo, não é possível – esfrego meu rosto tentando acordar desse pesadelo.
— Achei que você fosse ficar um pouco mais feliz quando me visse...
— FELIZ? Você realmente achou que eu fosse ficar feliz em te ver? Você só pode tá brincando comigo...
— Eu sinto sua falta!
— 4 anos depois? Meio demorado isso, não? – uso minha ironia, mas ele não se abala e ainda se aproxima de mim.
— Eu sempre amei você! Você sempre foi a mulher da minha vida, eu soube disso desde o primeiro dia que te vi, até agora... – ele estica a mão pra me tocar e eu recuo.
— Por isso você levou aquela biscate pra nossa cama, um dia depois de me pedir em casamento? – ele engole em seco e me olha.
— Isso ainda te machuca né? – eu dou uma risada irônica – Por isso eu não apareci antes...
— Isso não me machuca mais, Mark, por que eu não sinto bosta nenhuma por você – a raiva que as palavras saem faz ele sorrir.
— Tem certeza? Isso parece muito com o jeito que você falou comigo na ultima vez e eu tenho certeza que você sentia algo por mim...
— Meu Deus, como você é ridículo! – eu o olho e não consigo entender o que eu via nele, quer dizer ele é razoavelmente bonito, com seus músculos bem definidos, cabelo loiro, olhos verdes e tatuagem nos braços, mas tirando isso não consigo ver mais nada nele – Quer saber? Que se dane se você mora no prédio, eu não quero falar com você! Sai do meu apartamento agora – eu aviso já passando por ele e abrindo a porta.
— Você sabe que não pode evitar uma conversa pra sempre, não sabe? – ele fala e eu ainda estou impressionada com a cara de pau dele.
— Sai!
— Nossa história ainda não acabou...
— Ah acabou, pode ter certeza que acabou. Acabou no momento exato que você levou aquela garota pra nossa cama...
— Isso foi há 4 anos atrás, eu era novo, idiota e não sabia o que tava fazendo, mas agora não, agora eu realmente sei o que eu quero...
— Só vai embora, por favor – minha voz sai mais cansada do que eu gostaria, ele me dá um sorriso fraco, então vem até a porta, se inclina e beija minha testa, recuo assim que os lábios dele tocam minha pele,  sinto uma espécie de ânsia por ele me beijar onde o Pietro sempre beija quando nos despedimos e o que geralmente me faz sorrir como uma idiota, agora me faz querer correr pro banheiro e vomitar.
— A gente se vê! – ele fala e então fecho a porta, passo a chave e me encosto nela, fecho os olhos e tento acordar desse pesadelo, quando os abro ainda estou no mesmo lugar.
— Merda! – eu xingo esfregando as mãos no rosto, me afasto da porta e vou até as sacolas que comprei, separo o que Pyter me pediu pra comprar e então corro até o quarto, desisto da ideia de um banho, puxo minha mochila de trás da porta, pego algumas roupas do armário, outras coisas que posso precisar, enfio tudo dentro , jogo nas costas e saio do quarto, pego as sacolas, rabisco um recado pra Patrícia e saio do apartamento me sentindo pela primeira vez encurralada aqui dentro, não espero o elevador e apenas começo a descer as escadas correndo, como se a cada passo que eu desse mais longe eu iria dessa história.
Chego na Vila mais rápido que de costume, encontro os gêmeos e Iris correndo pelo espaço junto com Boldo.
— Tia, você viu a televisão hoje? – Lucca pergunta com aquele sorriso animado, eu sorrio.
— Você tava muito bonitão, aliás, os três estavam – eu faço a melhor cara de impressionada que consigo.
— Eu apareci na televisão – Iris realmente impressionada, eu sorrio.
— Agora você é da família Everdeen Mellark, melhor se acostumar com isso – Theo fala todo orgulhoso.
— Eles tirarão um montão de fotos – ela arregala os olhos, eu acabo rindo, imaginando que realmente eles devem ter feito um book de fotos deles, já que hoje, depois de amanhecer com a vila cheia de fotógrafos, Pyter e Keyse acabaram dando algumas notas a eles e posaram pra fotos, mostrando a nova formação da família.
— Achei que você só viria aqui amanhã de manhã – Pyter fala entrando pela Vila, com a bolsa que ele sempre leva pros treinos pendurada em um ombro, antes que eu possa responder, Iris corre a uma velocidade impressionante e se joga nos braços dele, com apenas uma mão ele a ergue do chão, fazendo ela rir, ele beija a bochecha dela e depois várias vezes o seu pescoço causando gargalhadas que fariam qualquer pessoa se derreter com a cena.
— Eu tava com saudade – ela fala e o que eu vejo é um homem de quase 1.90 de altura, músculos fortes e geralmente uma cara irônica, se transformar em um menino bobo de 12 anos, o sorriso dele é tão largo que eu poderia apostar agora mesmo que irá rasgar o seu rosto, seus olhos suavizam e brilham quase tanto quanto o sol no verão e eu tenho quase certeza que ele ficou até mais corado.
— Eu também tava com muita, muita, muita, muita saudade – ele a aperta e beija suas bochechas, ela ri tanto que quase perde o fôlego – Até de certos gemêos que nem sequer vieram me dar um oi – ele fala com ironia, os meninos reviram os olhos, Lucca vai até o pai e pega a bolsa que continuavam pendurada no ombro dele, Pyter, passa a mão pelo cabelo dele e o puxa pra mais perto beijando sua cabeça – Seu uniforme novo ficou pronto! – ele aponta pro Theo.
— Sério? – os olhos dele brilham de ansiedade.
— E só assim eu consigo sua atenção né? – Pyter faz uma cara de magoado, então coloca a Iris no chão – Eu só preciso falar 2 minutos com a tia de vocês e já vou – ele avisa e me faz sinal pra me afastar um pouco – E aí?
— Tá tudo aí – eu entrego a sacola pra ele que abre e olha dentro com um sorriso satisfeito.
— Achei que você só fosse vim amanhã pro café... – ele parece confuso.
— Mudanças de planos!
— Espero que elas parem por aí... Você não contou nada, né? – reviro os olhos.
— AÍ Pyter, por favor, não me cansa, vai – saio andando e deixo ele lá.
— Olha lá, ein – eu reviro os olhos mais uma vez e não olho pra trás, subo a varanda da casa dos pais deles e bato na porta, aguardo uns segundos e então Katniss abre.
— Luíza! – ela abre os braços e me recebe com um sorriso que apenas pessoas muito selecionadas conseguem receber dela e cada vez que isso acontece me sinto muito sortuda – Que surpresa, não esperava você agora...
— É, eu sei, espero que não tenha problema, mas é que eu dei uma pequena mudanças nos planos...
— Problema nenhum! – ela me faz entrar e fecha a porta.
— Ele só não chegou ainda...
— É, eu imaginei, é que eu sai mais cedo hoje
— Ah claro, não tem problema... Eu estava passando um café agora mesmo, me acompanha? – sigo ela até a cozinha e o cheirinho de café me deixa relaxar um pouco, nós nos sentamos e ela me serve o café, abre um pote de biscoitos e coloca num prato a nossa frente.
— Não existe biscoito melhor que esse – eu falo quando o sinto dissolver na boca, ela sorri.
— Não fale isso perto do Peeta, ele anda se achando muito ultimamente... – eu acabo rindo.
— O que tem eu? – ele entra pela cozinha e sorri quando me vê, anda até a mim e beija minha cabeça.
— Eu estava perguntando onde o senhor estava...
— Senhor? Filha, não faça isso comigo – ele coloca a mão no coração fazendo drama, mas tudo que consigo é sorrir por ele ter me chamado de filha, não é a primeira vez, mas sempre adoro ouvir, por que por mais que eu tenha encontrado meu pai e ele seja o melhor que eu pude imaginar, sinto como se o Peeta fosse meu segundo pai, desde que entrei pro circulo da família Everdeen Mellark, eu fui incrivelmente bem recebida por ele e por todos os outros.
— Força do hábito – levo a mão a boca me desculpando.
— Tudo bem! E então tudo certo pra amanhã?
— Tudo, eu acabei de entregar algumas coisas pro Pyter, pra decoração e tudo mais, acho que eles tem tudo sob controle – ele ri.
— O Pietro vai matar ele – eu sorrio sabendo que vai ser uma cena realmente engraçada – Bom, pelo menos vamos rir bastante – ele puxa uma cadeira e se senta – Será que eu posso acompanhar vocês, o café tá com cheiro ótimo – então continuamos o papo com ele tomando café junto com a gente, quando terminamos ajudo a limpar a mesa e lavo a louça que usamos, Peeta avisa que vai preparar o jantar, Katniss vai para os fundos da casa pegar ervas na horta e  eles se recusam a aceitar ajuda, então subo para o quarto do Pietro, jogo a mochila no canto perto da cama e me jogo nela, encaro o teto e depois fecho os olhos, a imagem do Mark parado na minha frente me faz querer chorar, não por que eu ainda sinta algo por ele ou tenha ficado balançada ao vê-lo depois de todos esses anos, mas por que simplesmente essa era uma parte da minha vida que eu não queria me lembrar, não queria me lembrar do quanto eu era estupidamente apaixonada por ele e fazia qualquer coisa que ele quisesse, não queria me lembrar de como adiei meu sonhos, de como me afastei de pessoas que eu gostava por que ele simplesmente não aprovava alguma amizade minha, não queria me lembrar de como eu quase explodi de emoção quando ele me pediu em casamento e me deu uma aliança, não queria me lembrar de ter entrado no nosso apartamento no dia seguinte e ter encontrado ele na cama com outra mulher, eu simplesmente não queria me lembrar de nada disso, por isso nunca toquei no assunto, por isso nunca falei muito sobre meu antigo relacionamento para o Pietro, por isso Paty nunca comentava sobre isso, ela era a única pessoa na minha vida agora que sabia exatamente o que eu passei, ela segurou minha mão, me deu muita força e me convenceu a vir para o 12 tentar alcançar meus sonhos, eu já tinha desistido, mas ela conseguiu me animar com todos os seus planos loucos e eu fiz a melhor escolha da minha vida quando entrei naquele trem vindo pra cá, na direção de todos os meus sonhos mais loucos, aqui eu encontrei tudo que sempre sonhei ter e é então que eu realmente percebo o por que  a volta dele me abalou tanto, não tem nada a ver com sentimentos confusos, na verdade é sobre os meus sentimentos mais reais e fortes, é sobre tudo que eu mais amo no mundo, é sobre o medo desesperado que cresce dentro do meu peito de perder tudo que eu tenho, se fosse antes, eu não me importaria, eu não tinha nada a perder, mas agora, eu não posso nem pensar na possibilidade de que a volta dele pra perto da minha vida mude as coisas, não posso pensar em perder tudo que conquistei.
— Ei! O que aconteceu? – só percebo sua presença quando ouço sua voz doce e macia, abro os olhos e Pietro se senta na cama ao meu lado, ele se deita e apoia o corpo em um cotovelo, passa a mão livre pelo meu rosto enxugando as lágrimas que escorreram sem permissão, então tudo que consigo fazer é me virar e abraçar ele, o mais forte que consigo, como se ele fosse simplesmente evaporar a qualquer minuto, sinto o corpo dele surpreso, mas logo me aninha para mais junto dele, seus dedos passando pelo meu cabelo – Tá tudo bem, eu estou aqui – sua voz é calma e eu tento controlar minha respiração, me dizendo que tudo ficará bem, mas ainda assim, não consigo me soltar dele – Você tá me deixando preocupado – balanço a cabeça em sinal negativo, tentando dizer a ele que não precisa se preocupar, mas as palavras não saem, ele coloca a mão no meu rosto e me faz olhar pra ele – Eu tô aqui, tá tudo bem! – encosto minha testa no peito dele e inspiro e expiro algumas vezes antes de me recompor, quando levanto o rosto dessa vez estou mais firme, ele ainda parece preocupado – O que aconteceu?
— TPM! – eu dou de ombros e sinto um pouco da preocupação dele diminuindo, mesmo assim seus olhos ainda são cautelosos.
— Mas aconteceu alguma coisa especial? – dou de ombros.
— Eu só entrei aqui, me deitei e fiquei pensando no quanto minha vida mudou desde que eu encontrei você... – a cautela no seu rosto desaparece e ele sorri, com a ponta dos dedos ele acaricia meu rosto e segura meu rosto.
— Só a sua? – eu sorrio – Posso te contar uma coisa engraçada?
— Acho que é exatamente disso que preciso – ele sorri.
— As vezes eu não consigo lembrar como era minha vida sem você... Quer dizer, não é como se eu tivesse uma amnésia nem nada assim, é só que quando eu paro pra pensar em como eu me divertia ou o que me fazia feliz, eu simplesmente não lembro... Eu só vejo um belo par de olhos azuis na minha frente – eu sorrio e ele aproxima o rosto do meu, nossas bocas perto demais – Você estragou todos os meus momentos bons de antes – eu rio.
— Eu gosto disso – ele também ri e então me beija, seus lábios são firmes e ao mesmo tempo suaves, sinto o calor da sua boca e parece que eu não o sinto a muito mais do que 12 horas, por isso eu o beijo com ainda mais paixão, eu me inclino sobre ele, apoio meus joelhos no colchão, um de cada lado do seu corpo, ele cai deitado pra trás e quando eu paro o beijo, ele está sorrindo de um jeito que só me faz querer beijá-lo ainda mais, então alcanço a barra da minha camisa e a tiro, jogo pra trás sem me importar onde vai cair e os olhos dele se tornam mais selvagens, ele agarra meu quadril e me joga pra trás da cama, em um movimento rápido ele está em cima de mim, segurando meus braços e sorrindo vitoriosamente.
— Porra, como eu te amo, garota – eu sorrio e então ele me beija, meu corpo já está gritando por ele e não tem nenhum sentimento mais forte do que esse, quando ele alcança minha saia e levanta eu sorrio ainda mais, seus dedos sobem pela minha coxa, indo pela parte interna dela e eu me contorço de ansiedade, sua boca escorrega para o meu pescoço e eu agarro seu cabelo e seu ombro, os dedos continuam o caminho e alcançam minha calcinha, ele a coloca pro lado e então não existe mais nada que eu esteja pensando se não o toque dele em mim e a maneira como nossos corpos já se conhecem.
— Você não vai mesmo me dizer o que o Pyter está aprontando né? – ele pergunta beijando minhas costas nua enquanto eu estou deitada de bruços na cama, eu rio com a sensação dos lábios dele na minha pele.
— Eu não sei de nada – ele para o beijo e coloca o rosto na frente do meu.
— Eu não sei se acredito nisso – sorrio e coloco um beijo rápido na boca dele.
— Eu amo você! Nisso você acredita? – o sorriso dele ilumina o rosto.
— Acredito por que eu também amo você – ele me devolve o beijo – E por que eu sou gostoso pra caralho, não tem como você não me amar – solto uma risada, me virando de barriga pra cima.
— Você é um idiota – ele ri e vem pra cima de mim, deixando o corpo apoiado nos cotovelos.
— Você também é – ele pisca um dos olhos e eu acerto um tapa nele que me dá um beijo rápido antes de sair de cima de mim – Preciso ir no banheiro – ele corre até lá e eu sorrio quando o vejo pelado, me espreguiço na cama com um sorriso, mas quando me lembro do que estava pensando antes meu sorriso diminui, eu deveria contar pra ele sobre a volta do Mark, mas isso implicaria contar tudo que aconteceu antes e eu não acho que estou pronta pra isso – Tô cheio de fome – ele fala passando a mão pela barriga como se fosse a coisa mais normal do mundo.
— Você tá pelado – eu falo me divertindo com a visão.
— Eu sei, pode olhar sem pudor – ele pisca um dos olhos e eu realmente olho e admiro cada pedaço do seu corpo, ele está ainda mais forte do que quando começamos a namorar, ele tem malhado junto com o Chris, que desde que casou ano passado tinha engordado 7 quilos e resolveu entrar em forma, como melhor amigo, ele simplesmente arrastou o Pietro pra essa meta junto com ele e eu devo até agradecê-lo por isso, por que os braços musculosos, junto com a barriga definida conseguem prender toda minha atenção, além de um belo par de coxas, ele sorri quando vê o meu olhar para a parte mais intima dele, então volta pra cama – Achou algo que te interesse? – eu sorrio e mordo meu lábio, ele já ia me beijar quando as batidas na porta o faz revirar os olhos.
— O jantar está pronto! – a voz da Katniss soa pelo quarto.
— Já vamos! – ele grita em resposta e volta a me olhar – Só preciso de cinco minutos...
— Achei que você tivesse cheio de fome...
— Ah e eu tô, acredita em mim, eu tô morrendo de fome – ele fala e puxa o lençol que me cobria, ele sorri quando me vê sem roupa e quando volta a me beijar, eu não reclamo.
Quase dez minutos depois nós descemos as escadas e entramos na cozinha, os pais dele já estão se servindo.
— Não sabíamos se vocês iam demorar – Peeta fala e olha pro Pietro numa troca de olhares que me faz rir, Pietro também ri orgulhoso.
— Eu tô cheio de fome – ele pega o prato e me passa e depois pega outro pra ele.
Nós jantamos juntos e eu e Pietro ficamos com a louça do jantar, os pais dele sobem e quando já estava guardando o ultimo prato sinto o calor dele atrás de mim e sua boca na parte abaixo da minha orelha.
— Então... O que o Pyter vai aprontar amanhã? – eu dou uma risada.
— Desiste, eu não vou arriscar entrar na lista do Pyter por que eu abri a boca...
— Então tem mesmo alguma coisa né?
— Sempre tem, você sabe disso – ele sorri – E você adora né? – ele dá de ombros tentando parecer desinteressado – Eu adoro isso em vocês, sabia?
— Isso o quê?
— Esse jeito de vocês, vivem brigando, se ameaçando, mas estão sempre aí quebrando a cabeça num jeito de fazer o outro feliz... – ele ri – Eu amo fazer parte disso, mesmo que um pouquinho...
— Você não é um pouquinho de nada... Você é tudo pra mim – ele afirma me olhando com uma devoção quase impressionante.
— VOCÊ que é tudo pra mim... – assim que falo isso sinto todos aqueles medos voltando – Eu não consigo pensar em te perder algum dia, em não poder mais chegar tão perto de você – passo meus braços ao redor dele e ele faz o mesmo em mim – Eu não teria mais nada se te perdesse algum dia, nada que me importe de verdade, entende? – ele nega.
— Não entendo por que você tá pensando nisso... – ele afasta alguns fios de cabelo da minha testa – Eu estou aqui e vou continuar aqui pra sempre, não tenho nenhuma intenção de sair de perto de você...
— As vezes não temos intenção de fazer algo, mas quando vemos acabamos fazendo – ele sorri, passa o dedo pelo meu rosto e encosta os lábios nos meus.
— Você me ama? – ele pergunta com os olhos nos meus.
— Mais do que a mim mesma!
— Então não tem que pensar isso, por que eu não tenho nenhum plano de me afastar ou deixar você se afastar... Então agora podemos só colocar essa tpm de lado e subir por que eu tô realmente com muita vontade de te mostrar o quanto eu tô falando sério... – ele sorri e eu também, então ele me pega no colo e saímos da cozinha, nós subimos as escadas e assim que alcançamos o quarto ele me coloca no chão, levanta o dedo me pedindo pra esperar um minuto, entra no banheiro, ouço o barulho de agua e então ele volta, vem até a mim e segura meu rosto com as duas mãos, ele me olha fixamente alguns segundos e então sorri – Puta merda, você é muito linda! – eu sorrio e ele também.
— Você é muito exagerado – dou de ombros e ele finge que não escutou, ele estica meu braço, pega um elástico que eu tinha no pulso, tira e então vai para trás de mim, ele enrola meu cabelo num coque meio sem jeito e então prende com o elástico, suas mãos escorregam para o meu ombro, meu braço e então volta para a minha frente, o sorriso sumiu do seu rosto, no lugar ele está sério e concentrado, suas mãos alcançam a barra da minha camiseta, levanto os braços e ele a tira devagar, depois joga em cima da cama, ele escorrega as mãos pelo meu corpo, até alcançar minha saia, ele escorrega também lentamente e se abaixa junto com ela, quando o tecido já está no chão, ele dá um toque no meu tornozelo pra que eu levante o pé, obedeço, então ele faz o mesmo com o outro, tira a saia do chão e levanta, joga-a em cima da cama junto com a camisa e volta a me olhar, dessa vez seus olhos descem pelo meu corpo e eu sinto uma arrepio de ansiedade correndo cada centímetro, ele coloca mão na minha cintura e chega mais perto de mim, seu rosto se aproxima do meu pescoço, eu o inclino pro lado dando mais espaço e ele aproveita perfeitamente, subindo e descendo o nariz pela minha pele, deixando os lábios tocarem apenas em momentos certos, ele faz uma trilha de beijos até a minha orelha e sua voz sai sussurrada – Você tem o melhor cheiro do mundo – os arrepios aumentam e sinto onda de sensações, ele traz o rosto de frente pro meu e me encara fixamente, sem nenhuma hesitação ele leva as mãos até a abertura do meu sutiã que fica entre meus seios, ele abre e então escorrega as alças pelo meu braço, o sutiã tem o mesmo destino do restante da roupa, mas dessa vez seus olhos não se desviam de mim, ele dá um passo atrás e continua me olhando como se eu fosse uma pintura que devesse ser observada, então ele sorri, mas vira as costas e volta pro banheiro, eu não me mexo por que não sei se conseguiria, com toda onda de emoção e sensação que passa por mim, ele volta depois de alguns segundos, dessa vez ele está só de cueca, ele anda até a mim e se ajoelha na minha frente, seus dedos tocam a minha calcinha e ele me faz tirar ela, me deixando completamente nua, ele se levanta sorrindo, então segura minha mão e me leva com ele, entramos no banheiro e a banheira está cheia de espuma, ele me ajuda a entrar na agua, tira a cueca e entra logo atrás de mim me puxando de encontro ao seu peito, ele despeja um liquido nas mãos e começa a massagear meus ombros, sua mão é firme e eu me permito começar a relaxar, depois de alguns minutos dedicados a meus ombros, ele despeja mais liquido nas mãos e desce dos meus ombros para os meus seios, suas mãos são firmes e delicadas ao mesmo tempo, minha cabeça cai pra trás apoiada no seu ombro quando ele continua a massagem e meu corpo se contorce ansioso quando ele desce pela minha barriga, ele escorrega lentamente até chegar na minha parte mais sensível, um gemido engasgado escapa da minha boca e eu me permito viver exclusivamente esse momento, afastando qualquer outro pensamento.
Ele pega no sono com a cabeça apoiada na minha barriga, eu passo meus dedos pelo cabelo dele e o sinto relaxado sobre mim, fecho os olhos e também me entrego ao sono.
Quando abro os olhos novamente a luz da manhã já está tendo entrar pelas cortinas, Pietro continua com a cabeça em cima da minha barriga e sorrio ansiosa quando me dou conta de que dia é hoje, eu tenho que me controlar pra não acordá-lo enchendo-o de beijos, uso todo meu esforço pra sair da cama e sorrio vitoriosa quando consigo, vou na ponta dos pés até minha mochila, levo-a pro banheiro comigo e quando saio de lá já estou vestida, passo uma maquiagem leve, olho pra ele ainda na cama e sorrio mesmo sentindo uma pontadinha de culpa por deixa-lo na cama sozinho, mas como não quero arriscar ser comida viva pelo Pyter, eu saio do quarto na ponta dos pés, encontro Peeta e Katniss na cozinha.
— O Pyter acabou de sair daqui – eu acabo rindo pela impaciência dele e então saímos da casa, vamos os três para casa do Pyter, assim que entro na sala não consigo segurar a risada, está tudo perfeito pelo menos se o Pietro estivesse fazendo cinco anos e fosse uma menina.
— Eu ainda não sei de onde você tirou essa ideia – Katniss fala mas está achando graça.
— É uma piada interna, ele vai entender – Chris fala quase tão orgulhoso que o Pyter, os dois riem e terminam de jogar purpurina dentro de uma balão.
— Ele ainda tá dormindo? – Pyter pergunta ansioso.
— Como uma pedra – afirmo e ele comemora, olho em volta e a sala dele está toda transformada, tem balões cor de rosa pra todo lado, borboletas estão penduradas no teto, balões em forma de cachorro estão em volta da mesa com o bolo rosa e cheio de florzinhas, uma cadeira está no meio da sala com uma coroa cheia de pingentes coloridos, fitas rosa estão espalhadas pra todo lado.
— Até eu já tô meio enjoada de tanto rosa – Pérola fala rindo enquanto endireita os chapéus coloridos em cima da mesa.
— E quem vai chamar ele? – Keyse pergunta curiosa.
— Deixa ele acordar sozinho e ele vai ficar louco quando não achar ninguém... – Chris sugere e eu nego.
— Isso só vai acontecer na hora do almoço, alguém tem que acordar ele – eu falo conhecendo perfeitamente a capacidade que ele tem de dormir o dia inteiro.
— Deu canseira no moleque né? – Chris fala me olhando e rindo.
— Vai se ferrar – eu o empurro mas acabo rindo – Eu vou! – falo sem conseguir aceitar o fato que outra pessoa o veja primeiro que eu.
— Ah não, você vai acabar estragando a surpresa...
— Pyter, vai te catar, eu não falei nada até agora! – ele revira os olhos meio contrariado.
— Deixa que eu vou!
— Eu vou! – me viro, mas ele é mais rápido que eu e para na minha frente.
— Ele é meu irmão!
— Ele é meu namorado! – ele não perde a pose, então eu sei que só tem um jeito de ganhar essa luta, desfaço minha postura autoritária e me encolho um pouquinho – Esquece, você tem razão, não tem como eu competir, eu sou só a namorada...
— Não foi isso que eu disse...
— Relaxa, tá tudo bem – eu forço um sorriso triste e me viro voltando pra junto dos outros.
— Ah droga! – ouço ele xingando e então tento esconder meu sorriso vitorioso – Vai logo, com certeza ele vai preferir acordar olhando pra sua cara e não pra minha – eu me viro e dessa vez sorrio agradecida.
— Obrigada – eu dou um pulinho  e beijo sua bochecha, saio da casa correndo antes que ele se dê conta do que eu fiz e corra na minha frente.
Subo as escadas devagar, abro a porta do quarto e ele continua dormindo exatamente do mesmo jeito de quando eu o deixei, sorrio e subo na cama devagar, passo meu nariz pela nuca dele, subindo pelo seu cabelo, ele se move e libera um sorriso ainda de olhos fechados.
— Bom dia aniversariante mais gostoso do dia... – ele ri e se vira me puxando pra ele, dessa vez abre os olhos.
— Do dia e do ano inteiro né?
— Não vamos arriscar tanto – eu rio e o beijo rapidamente, mas ele me aperta ainda mais e rola na cama comigo.
— Ainda não descobri nenhum jeito de acordar melhor do que com você do meu lado... – ele fala e eu sorrio mais ainda.
— Tô com o mesmo problema – ele apoia o cotovelo na cama e fica suspenso por cima de mim me olhando de um jeito divertido, então seus olhos descem pelo meu corpo.
— Arrumada?
— Eu tenho que te levar pra uma festa surpresa – eu dou de ombros e ele sorri animado, já se sentando na cama.
— Então tem uma festa surpresa!
— Fala sério, sempre tem, é o bônus de ser irmã do Pyter – ele ri.
— É verdade, ele adora essas coisas e a Keyse mais ainda, então...
— Então você precisa ficar pronto bem rápido por que eu não tô afim de levar bronca... – ele ri e pula da cama, abre a porta do guarda roupa e desiste rápido.
— Vou deixar você escolher! – ele pisca um dos olhos e corre pro banheiro, eu paro na frente do guarda roupa e abro um sorriso divertido quando pega a camisa do cabide, o Pyter vai adorar e Pietro vai querer me matar, dou de ombros adorando minha escolha, pego a camisa rosa e uma calça clara, jogo em cima da cama, quando sai do banheiro, ele está só de cueca e não questiona nada, apenas se veste e como sendo o Pietro ele volta pro banheiro e passa quase dez minutos ajeitando o cabelo, por que até o bagunçado do cabelo dele tem que ser calculado, mas quando ele sai de lá me pego suspirando por ele, nossos lábios se tocam rapidamente e saímos do quarto.
— Onde vai ser dessa vez? – ele pergunta ansioso descendo as escadas.
— No único lugar onde já tem comida pronta e ele poderia comer enquanto te espera...
— Na padaria – ele fala rindo e eu confirmo, saímos da casa e como o pessoal veio a pé ou escondeu os carros ele não desconfia de nada, nós saímos de mãos dadas da Vila e começamos a andar pela rua, até que quando estamos na metade eu paro rápido.
— MERDA! – coloco uma mão na cabeça e entro na minha melhor atuação – Droga, o Pyter vai me matar, a gente tem que voltar...
— O que foi?
— Ele pediu pra eu pegar a caixa com seu presente, ele deixou na casa dele... Pior que eu nem lembro onde ele disse que deixou... – esfrego meu rosto como se estivesse realmente desesperada – Ele vai me matar! A gente precisa voltar... – começo o caminho de volta e ele logo vem ao meu lado.
— Ei, relaxa! Ele nem vai saber disso...
— Aham, sei... – então meu celular toca, viro o visor pra ele e o nome “cunhado folgado” pisca na tela, ele ri – Ele VAI me matar! – confirmo e Pietro passa o braço pelos meus ombros.
— Ele não tiraria minha maior alegria – deixo um sorriso escapar e beijo sua bochecha, entramos apressados pela Vila e vamos direto pra casa do Pyter.
— Eu acho que ele disse que tava no escritório... – eu falo enquanto Pietro coloca  a mão na maçaneta.
— Tomara que seja um presente baca... – a frase para quando todo mundo grita “supresa” e ele começa a ri, ele me olha e abro os braços.
— Supresa! – ele solta uma gargalhada e me pega no colo.
— Você me fez andar quase metade do caminho – eu dou de ombros.
 - Surpresa é surpresa – ele me dá um beijo rápido e me solta, então vai até a sala pra junto dos outros e parece que só agora que ele vê a decoração, ele ri ainda mais e quando Pyter abre os braços vindo até ele, ele faz sinal de soco pro irmão.
— Ah seu filho da...
— Acho bom pensar bem – ele aponta pra Katniss e então os dois se abraçam, logo Chris também está no meio deles e aos poucos todo mundo vai abraçando, zoando e parabenizando ele, Pietro ainda está reclamando e dizendo o quanto Pyter, Chris e Ryan são uns idiotas pelo tema da festa, mas não parou de sorrir um único segundo, os gêmeos também pulam em cima dele e o zoam dizendo que ele é uma princesinha, ele dá uns cascudos nos dois que riem ainda mais e depois pega Iris no colo, ela está com um vestido rosa e uma coroa e está toda sorridente, todo mundo está achando graça e se divertindo com tudo, até com o trono improvisado que eles inventaram, eles fazem Pietro sentar e tirando dezenas de fotos, minha barriga começa a doer de tanto ri, até que Paty e Léo chegam, eles vão cumprimentar o Pietro, zoam com a cara dele e tiram foto, mas quando ela vem até a mim, apenas pelo seu olhar, eu sei que ela já sabe.
— Você viu ele? – ela confirma minha suspeita quando me pergunta ansiosa, dou um aceno confirmando.
— Ele não podia ter feito isso... Isso... Não devia tá acontecendo – falo sem conseguir segurar minha revolta e meu medo, ela me puxa pra um abraço.
— Vai ficar tudo bem! Ele não pode mais atingir você – e é aí que ela se engana, agora é quando ele pode, agora ele tem tudo nas mãos pra me atingir e de um jeito que pode causar consequências estrondosas, mas não digo nada, apenas olho pro Pietro que está soltando uma gargalhada enquanto fala algo com Chris e com Pyter.
— Tomara – a palavra escorrega da minha boca e eu respiro fundo me recompondo.
A festa surpresa até depois do almoço, depois que todos vão embora, ajudamos a limpar e então também vamos embora, vamos para a casa dos pais dele mesmo e subimos para o quarto, assim que a porta se fecha ele me pega pela cintura, me tira do chão e me joga na cama dele, eu solto uma risada.
— Agora vamos a segunda festa – ele fala já tirando a camisa e jogando longe, eu o puxo pra mim e nós nos beijamos.
A noite jantamos com os pais dele e depois subimos para nos arrumarmos, ele marcou com Chris e Pyter de irmos na balada hoje, as crianças vão ficar aqui com os pais dele e vamos comemorar pela terceira vez no dia, eu entro no banheiro e ele vai pra o banheiro do quarto de hospedes, levo cerca de uma hora e então estou pronta, me olho no espelho e sorrio satisfeita, estou com um vestido justo, preto, de mangas longas, ele seria absolutamente simples se não fosse as pedras brilhosas que ele tem na gola que fica próxima demais do meu pescoço, como se fosse um maxi colar e as costas dele é toda aberta, as mesmas pedras brilhosas estão em volta abertura que deixa muita pele a mostra, jogo o cabelo pra frente, sabendo que isso vai fazer ele pirar, calço meus saltos alto preto, caprichei no lápis e contorno dos olhos e eles estão mais azuis do que eu me lembrava, o batom arrisquei no vermelho mesmo e então saio do banheiro, Pietro está no quarto de costas mexendo em algo na carteira.
— Pronto! – ele se vira pra mim e então para com os olhos fixos nos meus, mas apenas alguns segundos por que os olhos logo descem pelo meu corpo e se demoram nas minhas coxas que estão apenas metade cobertas, como minha cartada final, eu dou uma volt a lentamente mas sem perde-lo de vista e sorrio satisfeita quando vejo a reação ele olhando para minhas costas nua.
— Puta que pariu, você é a mulher mais linda que eu já vi na minha vida – eu sorrio e ele avança em mim, me puxa pra perto dele e me dá o beijo mais apaixonado e cheio de desejo que eu poderia pensar, quando paro estou rindo como uma boba e ele me olhando admirado – Não exista nada que você me peça que eu não faça!
— Não esqueça que eu te amo, mais do que eu possa tentar te explicar – os olhos admirados são ainda mais profundos e ele me beija mais uma vez.
— Não vou esquecer – ele garante e então me beija na testa, sorrio e então depois de retocar meu batom, saímos do quarto.
— CARACA! – Lucca fala quando me vê e Theo também imita o irmão, me deixando meio sem graça.
— Vocês estão lindos – Katniss fala e sorri quando me vê sem jeito.
— Divertam-se e juízo – Peeta fala, Pietro manda um beijo no ar pra eles e saímos, do lado de fora Pyter e Keyse já estão saindo de casa, Keyse está com um vestido vermelho com um decote fundo nos seios e um pouco mais longo que os meus, mas ela é linda e não é nenhuma novidade estar ainda mais hoje, a única novidade é quando a porta da casa o lado se abre e Pérola e Ian saem, ela está com um vestido verde suave, de tecido mais leve, vai até acima do joelho dela, marca sua cintura perfeitamente e tem um leve decote, está maquiada e com o cabelo solto caindo pelos ombros.
— Eu ainda nem bebi e já tô vendo coisa – Pietro fala e ela finge uma risada.
— Eu disse que ia!
— Você SEMPRE diz isso – Pyter fala como se fosse óbvio.
— Bom, nós vamos ou a festa é aqui mesmo? – ela pergunta e nós rimos e nos dividimos em dois carros.
Encontramos Chris, a esposa, Paty, Léo, Ryan e Nathy logo na entrada, nos juntamos e escolhemos um espaço perto do bar, tem duas poltronas e uns banquinhos, pedimos uma rodada e começamos a entrar no clima das músicas, Pietro me puxa pela mão e vamos pra pista de dança que já está movimentada, a musica é rápida e sensual, eu danço colada no corpo dele sua boca vez ou outra alcança meu pescoço me fazendo sorrir ainda mais.
A noite é divertida, rimos, dançamos, bebemos e zoamos a Pérola por estar fazendo todas essas coisas e ela não liga, apenas dança e ri ainda mais. Os meninos se cansam e vão para o bar, deixando apenas as mulheres na pista de dança, mas mantendo os olhos sob nós que nos aproveitamos da situação pra dançarmos e rirmos ainda mais, quando olho novamente pra onde eles estão vejo Pietro com uma garrafa de cerveja na mão me olhando fixamente, então eu sorrio com minha ideia e quando a musica se torna mais sensual, eu mordo o lábio e começo a dançar na minha melhor performance, sem desgrudar os olhos dele e conforme minha mão desce pela lateral do meu corpo, os olhos dele seguem fielmente, assim como quando elas sobem até meu cabelo, ele me dá um sorriso divertido e vira  o resto da cerveja, ele já estava se levantando quando uma mão para na coxa dele, eu paro de dançar na hora e encaro a cena, a loira abusada e com uma mini saia preta e cropped vermelho se inclina sobre ele deixando o rosto perto demais do dele, sinto meu sangue ferver, então ele agarra no braço dela e o afasta, ele se levanta, diz algo a garota e ela parece furiosa, puxa o braço dela do aperto dele e acerta um tapa na cara dele, só então reconheço que é a Bruna, uma garota que ele já ficou antes e que nunca perde uma oportunidade quando o vê sozinho, mesmo sabendo que ele nunca deu ideia pra ela, sinto meu sangue fervendo de ódio e não espero por Pietro, apenas vou direto até ele, sua boca já estava se abrindo em alguma desculpa quando o braço me segura, me viro pra trás e dessa vez meu sangue congela, meu coração dispara e eu queria poder desaparecer nesse exato momento.
— Você está linda! – a voz é rouca e grossa e sinto meu estomago embrulhara – Dança comigo – ele começa a tentar me levar, mas estou ainda em choque e não consigo em mover, mas as mãos que tocam o peito dele sim, Pietro se coloca entre nós dois e o encara.
— Ela tá acompanhada – ele fala sério e olha pra mão do Mark que continua segurando meu braço – Eu disse que ela está acompanhada – ele repete mais sério ainda, Mark solta e ri.
— Desculpa aí, amigão...
— Eu não seu amigão, eu não sou nada seu, eu nem te conheço!
— Mas ela sim – ele sorri orgulhoso e aponta pra mim.
— Mark, some daqui – eu exijo quando minha voz reaparece, sinto a surpresa no rosto do Pietro mas ele logo volta a o encarar sério de novo.
— Você escutou, cai fora!
— Então você é o namoradinho rico e famoso que encantou ela...
— Mark, vai embora! – eu vou até ele e o empurro o máximo que consigo, ele não se move um único centímetro.
— Quê foi, flor? Disse alguma mentira?
— Sai daqui, Mark ou eu juro que eu mato você – não me importo se estou parecendo louca, apenas quero que ele desapareça.
— Você não teria coragem de matar o cara com quem você quase subiu no altar, teria? – assim que ele fala eu olho pro Pietro, seus olhos não demonstram muita coisa e ele evita me olhar, sinto meu coração de afundar e as lagrimas querendo descer, mas me proíbo de chorar, Pietro dá um passo pra mais perto do Mark, de um jeito que eles quase se tocam.
— Cara, se eu tiver que falar mais uma vez, não vai ser de um jeito legal... Sai daqui! – a voz dele é ameaçadora, talvez Mark não se dê conta do quanto por que ele solta uma risada e olha pra mim.
— A gente se vê lá no prédio! – ele fala dando sua cartada final, então vira as costas e se enfia no meio das pessoas na pista de dança, eu fecho os olhos sabendo que o que ele fez não tem mais volta, queria não ter que abrir os olhos, queria não ter que encarar o rosto do Pietro e a decepção que vai estar estampadas nele, mas quando a mão toca meu ombro sei que não posso fugir disso pra sempre, abro os olhos e ele está me olhando com uma mistura de coisas.
— Você tá bem? – faço que sim com a cabeça por que esse é máximo que consigo – Quer ir embora? – eu olho ao redor, não quero estragar a noite dele, mas não suporto mais ficar aqui, não com a ideia que o Mark possa estar aqui nos observando, de repente me sinto sozinha, presa, sufocada, do mesmo jeito que me sentia quando eu morava no orfanato e faço a única coisa que fazia naquela situação, eu choro, os braços me envolvem assim que a primeira lagrima escorre, ele me aperta nele e me leva junto de seu corpo, não vejo pra onde estamos indo e também não me importo com isso, apenas me deixo ser levada, tentando apreciar o contato dele com minha pele, por que dependendo de como ele encarar tudo que eu escondi dele, talvez essa seja a ultima vez que fiquemos tão juntos, ele me coloca dentro do carro e não tento entender como paramos aqui, só me encolho no banco e continuo chorando, o carro acelera e quando para a porta se abre e ele me puxa com cuidado, as lagrimas escorrem em silêncio e não tenho coragem de olhar pra ele, entramos na casa com cuidado e ele me coloca na cama, só então segura meu rosto e me faz olhar pra ele.
— Por favor, faz o que quiser, mas não chora mais, isso tá me matando – ele pede e o pedido dele só me faz chorar ainda mais, ele me abraça e me aninha nele – Eu não sei o que fazer... Só Se acalma, por favor – sua voz está entre preocupado e desesperado e me sinto culpada por deixa-lo assim, então me forço a parar de chorar, leva alguns minutos mas consigo, ele usa uma camisa dele que estava em cima da cama e seca meu rosto – Melhor assim – ele fala mas ainda não consigo olhar nos olhos dele.
— Você não deveria estar sendo legal comigo – falo e ele segura meu queixo e me obriga a olhar pra ele.
— Por que não? Você é a mulher que eu amo, encontrou um ex filho da puta e está chorando, não entendo por que eu não deveria ser legal com você...
— Eu menti pra você!
— Mentiu? – ele parece em duvida – Eu lembro de você me contar sobre um Mark, só não mencionou que ele era tão idiota assim, mas me lembro dele... – o fato dele tentar me fazer sentir melhor só piora toda culpa e medo que eu sinto, então resolvo acabar de uma vez com todas com isso.
— Ele foi meu primeiro namorado sério, no começo ele era perfeito, aí depois começou a me proibir de falar com alguns amigos, ir a certos lugares ou usar certas roupas, mas eu não via nisso um problema, eu achava que ele estava cuidado de mim e me sentia protegida, acho que por isso que aceitei morar com ele com só cinco meses de namoro e por isso que aceitei os dois anos que ficamos juntos, ele me proibia de muitas coisas, tinha um monte de regras que eu deveria seguir e riscava qualquer sonho que eu tinha, mas eu achava que era proteção, que era o amor dele por mim, então quando ele me pediu em casamento, eu aceitei, eu achei que seriamos felizes pra sempre, até que no dia seguinte, eu sai mais cedo da lanchonete e encontrei ele na cama com uma garota qualquer que ele achou na rua... – pauso tentando sentir a raiva que senti naquela época, mas não sinto, não sinto absolutamente nada em relação a isso, só sinto um medo gigantesco de que Pietro me olha diferente, então termino a história sem olhar pra ele – Eu terminei com ele, a paty já era minha amiga e me deu maior força, eu pensei que fosse morrer sem ele, fiquei um ano parada esperando ele me pedir perdão, mas ele nunca apareceu, então eu vi que a Paty tinha razão e eu me mudei pra cá atrás dos meus sonhos, eu sempre desenhei e quando vi que a Pérola precisava de alguém achei que fosse a chance da minha vida... – agora eu o olho, ele está concentrado nas minhas palavras – E eu meio que estava certa! Vim pra cá mudou a minha vida, eu encontrei tudo que eu sempre sonhei aqui... Do seu lado – seguro sua mão e ele olha pra nossas mãos – Eu não sabia o que era amor até te conhecer, não sabia o que era se entregar pra alguém e ter alguém entregue a você até ter você na minha vida, não sabia o que era ter uma família até me sentir parte da sua... E eu não suporto o pensamento de perder tudo isso... Eu simplesmente não suportaria perder você... – as lagrimas voltam – Eu soube ontem que ele vai morar aqui, eu sai do trabalho fui pro apartamento e ele estava no corredor, ele disse que ia morar no prédio e que queria conversar, mas eu não quis, Pietro, eu juro que não falei com ele por mais de 2 minutos e mesmo assim eu não queria, eu sinto muito que eu não tenha te contado isso antes e eu entendo que você possa me odiar, mas você precisa saber que eu te amo, eu amo cada segundo que eu tive do seu lado, amo cada momento que passamos juntos e eu... Eu amo você! – as lagrimas descem mais apressadas, ele as enxuga com o dedo e me puxa para os braços dele, eu estranho e levanto meu rosto pra olhar pra ele – Você não tá com raiva? Chateado? Se sentido enganado? – ele sorri.
— Você não tem noção nenhuma do quanto eu amo você, né? – seus olhos tem um pouco de surpresa, ele toca meu rosto, coloca uns fios de cabelo atrás da minha orelha e sorri – Quando eu digo que não imagino um único dia da minha vida sem você, quer dizer que: Eu não imagino um único dia da minha vida sem você! Não quer dizer que dependendo do seu passado eu não me imagino sem você. NÃO. Quer dizer, única e exclusivamente que eu, Pietro Everdeen Mellark não me imagino nenhum único dia da minha vida sem você, Luíza Brachant – ele sorri e então fica mais reto e olha pra mim avaliando algo, ele entrelaça nossos dedos e sorri ainda mais – Casa comigo? – eu paro sem saber se escutei direito, meus olhos piscam várias vezes e eu ainda não sei se ouvir certo – Sim ou com certeza sim?
— Pietro, isso é...
— O pedido mais maravilhoso do mundo? – eu solto um sorriso, mas nego.
— Você não tem que fazer isso por causa do que eu te contei...
— Isso não tem nada a ver com meu pedido – ele garante, mas não sei se consigo acreditar, por que até outro dia nós conversamos sobre isso e decidimos continuar como estamos, já que os dois concordaram que está tudo ótimo assim.
— Nós não precisamos adiantar nada – ele balança a cabeça meio irritado, então sai da cama, vai até o banheiro e volta com algo na mão, mas não me deixa vê, ele se senta na minha frente.
— Um mês atrás eu me contorcia cada vez que pensava em casamento, não por que eu tivesse alguma duvida sobre nós dois, não era isso, eu te amei desde a primeira vez que nós nos olhamos, alguma parte mina sempre soube disso, outra parte tentou lutar pra caraca pra não se entregar... Deu errado – ele sorri de um jeito fofo – Eu me apaixonei por você sem nem me dar conta disso e quando percebi eu estava te amando com cada parte do meu corpo, um amor que eu nem sabia que existia ou que era possível de sentir, mas eu sentia e ainda sinto e mesmo parecendo que não pode aumentar, ele aumenta toda vez que eu te vejo, é inacreditável e parece impossível, mas eu te amo cada segundo mais e as vezes parece que tudo que eu consigo sentir é amor, mesmo assim ainda sobra espaço pra respeito, carinho, orgulho, paixão e qualquer outro sentimento bom que você me mostrou... O medo era só... A mudança, era sair de algo que estava perfeito e entrar no escuro de algo ainda não visitado, mas isso acabou... Quando Pyter encontrou a Iris e mesmo tendo a certeza que não queria ter outro filho ele a recebeu com todo amor e viu que era tudo que eles precisavam, então eu percebi, eu vi o quanto a vida é louca, ela cruza nossos caminhos e nos dá muito além do que pedimos e tudo que precisamos fazer é não ter medo de pisar no escuro... Eu tinha. Tinha muito. Mas não tenho mais, por que eu sei o que eu sinto por você, sei o que você sente por mim e sei que não existe ex peguete nenhuma, não existe ex namorado babaca nenhum que mude isso. Então... Luiza Brachant... – ele se ajoelha no chão e me olha – Você aceita se casar com esse medroso desgraçado que te ama mais que já pensou ser possível? – o sorriso do meu rosto é tão grande que não consigo falar, apenas me jogo nos braços dele, ele ri e quase rolamos no chão – Vou encarar com um sim!
— SIM! SIM! SIM! SIM! SIM! MIL VEZES SIM! – ele ri ainda mais e então abre a mão e revela uma caixinha, eu paro tentando controlar minha ansiedade, pego a caixinha e quando abro sinto meu peito explodindo de felicidade, o anel é perfeito, ele tem uma pedra verde esmeralda lapidada em forma de coração presa por três pontinhas, cada ponta tem um pequeno diamante brilhante, o aro do anel é prateado e são duas linhas que seguram a pedra que me arranca suspiros – É perfeito! – eu me emociono, quando ele pega o anel, segura minha mão e com o sorriso mais lindo do mundo ele coloca o anel no meu dedo.
— Eu ensaiei pelo menos umas vezes e fiz tudo diferente – eu acabo rindo.
— Foi perfeito! Tudo perfeito! – passo meus braços por trás da cabeça dele e o beijo várias vezes.
— Eu tinha planejado um jantar a luz de velas e... – eu paro os beijos.
— Eu ainda aceito o jantar – ele ri.
— Nós teremos o jantar – eu sorrio animada e então o beijo mais uma vez – É agora vai ser oficial, todas as solteiras da cidade vão te odiar por pegar o melhor partido... – solto uma risada alta demais e ele também ri.
— Idiota!
— Em breve, Senhor e senhora Idiotas!
— AI meu Deus, eu vou casar!!!! – dou pulinhos ainda nos braços dele e ele ri – Acho que eu não vou conseguir dormir hoje...
— Eu acabei de te pedir em casamento, a ultima coisa que vamos fazer hoje é dormir, temos que treinar pra lua de mel – ele me faz deitar no chão e fica com o corpo sobre o meu, eu estou rindo, mas paro quando percebo o olhar dele fixo e concentrado em mim – Porra, eu te amo muito, garota! – então tudo que eu faço é puxa ele pra mim e o beijar com todo meu amor, desejo e paixão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi pessoal, pra quem leu o capitulo da outra fanfic que botei aqui, vou postar ela em outra história nova, ok? Seria muito legal se vocês me dessem essa força e acompanhassem lá também, enfim, é isso, espero que gostem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nova fase'" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.