Esperando o Amanhecer escrita por Jack Allan Poe


Capítulo 8
Capítulo 7 – Sozinha - 7 horas para o amanhecer - SAM




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Estou a quase a meia hora na banheira, demorou bastante para enche-la. A única luz que ilumina o lugar é a das velas. Coloquei uma playlist de Bach para tocar enquanto escuto-a nos fones de ouvido, essa obra feita para violoncelos é espetacular e tensa ao mesmo tempo, me faz relaxar, adoro fazer isso com músicas tensas. Meus olhos estão fechados, estou mergulhada em cada acorde da musica, eles me ajudam a colocar os pensamentos em ordem.

Aquilo que rolou entre mim e o Josh lá no porão, juro que queria beija-lo, até que o idiota inventou de me dar um susto... Onde será que ele esta agora? Espero que já tenha voltado, estou preocupada com ele. E aquela vela acendendo sozinha, isso foi muito bizarro, mas deve ter uma explicação logica para tal coisa. Eu espero...

Sinto um vento vir da direção da porta, isso faz as velas apagarem, parecia que alguém tinha acabado de fechar a porta com força e a musica alta nos fones impediu-me de ouvir.

–Pessoal? Chris, é você ? - Digo enquanto tiro os fones do ouvido.

Silencio.

–Ok, isso não é nada engraçado Chris!

Levanto-me da banheira e me enrolo na toalha, procuro por minhas roupas, logo percebo que alguém tinha as roubado.

–Ah não, minhas roupas, serio?! Ok isso não é nada maneiro gente, quem fez isso não vai ganhar presente de Natal. Vocês mandaram muito mal, MUITO mal!

Abro a porta para procurar os engraçadinhos, esta frio aqui fora, a maioria das velas que iluminavam a casa estavam apagadas, fazendo com que enormes escuridões formem-se no espaço de uma vala a outra.

–Gente, isso já esta passando dos limites. Ok, ha-ha-ha muito engraçado, olha a Samanta andando por ai de toalha. Agora chega ok? Cadê vocês?!

Paro no segundo andar, percebo que uma porta que nunca tinha visto esta aberta.

–Gente, não estou gostando nada desse silencio.

O barulho dos meus passos rangendo na madeira é assustador, sinto um frio na nuca que gela minha espinha.

–Ok, se queriam me assustar, adivinhem... Conseguiram!

Crio coragem e entro no quarto, nele, encontro uma pequena sala de cinema com um projetor no meio dela. A porta se fecha atrás de mim.

Ouço uma voz distorcida e assustadora ecoar pela sala:

–Olá Samanta. Finalmente chegou...

–M...mas o que?... Onde você esta?! - Digo assustada enquanto procuro pelo quarto.

–Desista Samanta, você só vê o que eu quero que veja. E eu tenho muito para te mostrar, abra os olhos e veja.

Nesse momento o projetor liga, na tela consigo-me ver tomando banho. O desgraçado filmou tudo?!

–Veja, um lindo passarinho na banheira. Você acha que ele tem alguma ideia do que esta por vir? Serão estes os últimos momentos felizes dele?...

Meu deus ele tem tudo gravado, o filme mostra todo meu caminho pela casa até chegar aqui, ele filmou tudo. Então, a gravação finalmente chega no momento presente, estou assistindo-me assistindo essa gravação. O filme então, corta para o rosto de Josh, esta sem som mas vejo ele gritando, vejo uma serra cortando-o ao meio....

–JOOOSH! Oh meu deus oque você fez?! Josh... Não, não, não...

–Eu vou te dar dez segundos Samanta. É melhor correr.

Abro a porta e começo a correr, chegando ao final do corredor eu o vejo...

–Olá Samanta.

Ele usa um macacão completamente manchado de sangue, tinha o que parecia um soco inglês na mão esquerda e uma barra de ferro também manchada de sangue na direita. Seu rosto estava escondido por uma mascara assustadora de um palhaço caveira.

Consigo correr até a escadaria que leva ao salão principal. Onde estão os outros?! Continuo correndo até chegar á porta, ela esta trancada...

Mas que merda!

Ele desce a escada tranquilamente enquanto repete meu nome...

–Sam, sam, sam...

O único lugar para onde consigo correr é o porão, e é para lá que eu vou.

Chegando no porão que esta numa quase completa escuridão, ouço o chão ranger, ele esta aproximando-se. Me escondo atrás de uma parede e espero.

Ele finalmente chega, continua andando, consigo ouvir a respiração dele, é macabra, mas de repente, seus passos e sua respiração param. Com muito medo coloco metade da cara para fora do meu esconderijo, não vejo nada. Quando volto para uma posição supostamente escondida ouço:

–Olá Sam...


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