Vivendo sentimentos, sentindo emoções-Temporada 1 escrita por Rachelroth


Capítulo 23
A virada


Notas iniciais do capítulo

A partir desse capítulo é tudo novidade, não tem nada mais postado em lugar nenhum. Sempre vou postar nas duas redes sociais no mesmo dia.. espero que meus três leitores amores continuem gostando :)



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Estrondosamente. Foi como a porta da Torre se abriu dando entrada para os Jovens Titãs cansados e irritados. Principalmente Robin e Mutano, os outros três não ousavam interferir na discussão iniciada desde o término da batalha que, bom, havia sido rapidamente finalizada.

Robin: *gritando* VOCÊ NÃO PODE SAIR FAZENDO O QUE VOCÊ QUER! SOMOS UMA EQUIPE…

Mutano: *dando de ombros em direção à cozinha* Você ainda tá falando?

Robin: EU SOU O LÍDER, SABE O QUE ISSO SIGNIFICA?

Mutano: *olhar irritado e de desdém* Que você pode pegar o primeiro pedaço de pizza? *abre um suco*

Robin: *muito irritado* EU DOU AS ORDENS. O QUE SIGNIFICA QUE EU DOU O SINAL DE QUANDO NÓS PODEMOS ATACAR… VOCÊ COLOCOU TODO MUNDO EM RISCO COM SUA PETULÂNCIA.

Mutano: *caminha até Robin e o encara sério* E nós estamos aqui não? Bem né?!

Robin: *abaixa o tom da voz, mas não perde a postura* Por sorte.

Mutano: Ou pela minha força?

Robin: Você não pode atacar antes do meu comando.

Mutano: Mas eu salvei vocês, o dia… *indiferente* Está bravinho porque as glórias foram só minhas?

Robin: Não. Ninguém estava em posição ainda. E se você se desse mal? Se algum outro titã se desse mal? Quem iria socorrer? Você iria se responsabilizar por isso? Ninguém estava preparado… nem você.

Mutano: Robin… era só o Dr. Luz! Por favor né… *passa por ele, mas sente-o puxá-lo pelo braço*

Robin: Não faça mais isso. Não seja estúpido e saia atacando fora da formação. Outra dessa e te suspendo. *sério* Seja mais responsável.

Mutano solta seu braço e passa pelos outros titãs, completamente indiferente.

Ravena: Mutano?

Ele a ignora e vai até seu quarto. Estava irritado. Joga-se na cama e ali fica, fitando o estrado da cama, pensativo e poucos minutos depois ouviu o “toc toc” na porta, era Ravena, de novo.

Ravena: *encostada na porta* Podemos conversar? Numa boa…

Ele a ignorou novamente. Estava chateado, mas pelo menos dessa vez ele não ficara sem comer e sempre ia aos chamados de emergência, mas de fato, estava cada vez mais petulante. Não queria seguir regras e ordens, então não as seguia. Estava apático, isso sim. Ainda doía, mesmo fazendo duas semanas desde que brigara feio com Ravena.

No fundo sabia que havia sido grosseiro e exagerado, mas não tinha nenhuma vontade de se desculpar. Se por um lado ele se condenava por tudo que havia dito, por outro achava justo que ela ouvisse tudo aquilo. Ele ainda era apaixonado por ela, disso ele tinha certeza, mesmo ignorando todas as investidas descaradas de aproximação partidas dela.

Talvez nunca deixasse de gostar dela. Provavelmente não. Ela era muito especial e tinha um significado importante na vida dele. Além disso, era linda, beijava bem e tinha o sorriso tímido mais maravilhoso do universo, disso ele tinha certeza. Até porque, como poderia não gostar dela se toda noite chorava silenciosamente debaixo do travesseiro?

Mas, repetia mentalmente como um mantra “Ele pode fazê-la feliz” sempre que sentia a primeira lágrima molhar suas orelhas. E acabava sempre dormindo pensando nisso. De longe se percebia que ele não estava deprimido, pelo menos não daquele jeitão clássico, choroso e tristonho. A vida ia seguindo, com dias mais fáceis e outros mais difíceis. E estes com certeza eram os dias que Aqualad estava na Torre exibindo os cabelos negros e esvoaçantes, a pele clara bem na fuça do metamorfo. “Aqueles cabelos!!!”— pensava sempre cerrando os olhos ao vê-lo.

Nos dias mais vivíveis conseguia se divertir no videogame, atrapalhar Ciborgue na oficina, sair e beber algumas e até responder ao “Bom dia” da empata. Dessa vez ele se prometeu que não deixaria a Fera lhe dominar, e então voltou a meditar, claro que sem ninguém saber. E sempre, sempre pensava nela. Lembrava-se dela.

Mutano: *faz movimento de mágica com as mãos* Pirilim… sabe o que é isso? Um feitiço que não permite que você entre mais no meu quarto. Respeite *bate a porta, irritado*

Do lado de dentro do quarto, Mutano se esforçava para não deixar lágrimas rolarem. Estava irritado, cansado, chateado. Em sua cabeça a discussão continuava, pensava em muitas outras coisas que poderia ter falado, gritado e acusado. Quanta raiva daquelazinha. Mimada. Fitava a porta imaginando ela do fora. Apesar da vontade de abrir a porta e continuar a provocá-la, decidiu se deitar. Ao encostar a cabeça no colchão sentiu o peso da culpa de tê-la feito chorar com suas palavras. Chorou e se encolheu em posição fetal, e daquele mesmo jeito adormeceu.

No dia seguinte levantou com os olhos inchados, estava abatido, cansado e esvaziado, parecia que não havia nenhum sentimento dentro dele. Estava com fome, pelo menos era o que sua barriga dizia. Esfregou os olhos e levantou, não eram nem 7 da manhã. Mesmo assim levantou e andou até a cozinha (antes parou no banheiro e lavou o rosto levemente inchado das lágrimas do dia anterior).

Na cozinha encontrou a empata já acordada, no entanto fingiu que ela não estava lá. Ela sentada no balcão da cozinha olhava nada discretamente o caminho que o metamorfo fazia até a despensa. Ele pegou duas fatias de pão de forma integral e colocou na torradeira. Sentia-se observado, mas ainda assim fingiu que ela não estava ali.

Ela, que segurava a sua xícara com as duas mãos, sentiu tristeza, mas já não poderia distinguir se a mesma seria dela própria ou dele ou dos dois. Fitou o corpo verde, as costas dele, o pouco da cueca a mostra por baixo da calça de pijama quadriculado, não conseguia parar de lembrar daqueles braços a envolvendo.

Ravena: *suave* Bom dia.

Mutano continuou preparando seu café da manhã. Derretia um pouco tofu quando suas torradas ficaram prontas. As retirou da torradeira e colocou-as em um prato. Fazia várias coisas ao mesmo tempo se esforçando para continuar agindo normalmente, como se ela não estivesse lá.

Ravena: *um pouco mais alto* Bom dia… acho que falei muito baixo.

Ele servia leite de soja no copo e misturava com chocolate sem lactose. Continuava sério, agindo como se estivesse sozinho. Pegou seu café da manhã e colocou no balcão e em uma atitude birrenta sentou-se de frente para a empata, mas não falou com ela.

Ravena: *encara ele* Vai ficar sem falar comigo para sempre?

 Mordeu seu sanduíche de tofu derretido e colocou um gole de sua bebida na boca e sequer olhou para a empata. Mantinha-se sério. Ele sabia que ela o encarava, sentia aquele olhar em cima dele. Quem diria… a rainha do gelo, da indiferença e do sarcasmo olhando fixamente para ele e pedindo atenção… negou com a cabeça, a abaixou e sorriu ao pensar isso.

Ravena: *tirando a xícara da boca* Parece que seus pensamentos estão bem divertidos… *pausa - desafiante* Gar.

Mutano: *rapidamente* Mutano para você. “Burro, burro, burro, devia ter mantido o silêncio, burro…”

Ravena: *coloca a xícara no balcão* Pelo menos sei que você sabe que estou aqui… *sarcástica* e que não perdeu a capacidade de falar.

Ele permanece em silêncio, comendo e com raiva de si mesmo por ter cedido ao inimigo em sua batalha mental. Percebeu quando ela se levantou e sentou no banco ao seu lado, mas fingiu que ela não havia feito isso.

Ravena: Sei que está chateado, eu também estou… O que você me falou ontem foi… foi muito ruim de ouvir, ainda estou processando tudo, pensando em como consertar os meus erros… mas eu preciso da sua ajuda… *coloca sua mão sobre a coxa direita dele, fazendo-o corar na mesma intensidade que ela mesma cora*

Mutano sem dizer nenhuma palavra tirou a mão da empata de seu colo e levantou pegando o resto de seu café da manhã. Dirigiu-se até o corredor de acesso aos quartos.

Ao chegar em seu quarto terminou de comer no puff verde. Enquanto mastigava o resto de seu sanduíche viu em cima da escrivaninha o livro de infância de Ravena. Sentiu-se triste, mas ao mesmo tempo enfurecido. Bom agora Aqualad que a ajudasse com seus sonhos de infância. Por que ele faria aquilo? Ela o fizera se sentir especial para depois tirar-lhe toda a felicidade. Megera.

Após comer, embrulhou o pequeno livro em um papel sulfite, pois por mais que estivesse com raiva dela, sabia que aquele livro era um segredo e ele não a exporia daquela maneira. Abriu a porta de seu quarto e olhou o pequeno embrulho com os dizeres “Para Ravena” escrito, para evitar que outro pegasse, e deixou na porta do quarto dela.

Ele soube que ela encontrou o embrulho, pois a ouviu bater em sua porta, mas permaneceu deitado como se ela não estivesse lá, não estava como clima para falar com ela, apesar de não poder mentir para si mesmo de que estava com vontade tanto de falar com ela quanto de ver como a tatuagem dela havia ficado quanto de abraça-la, quem sabe até beijá-la.

Por sua vez, Ravena ao encontrar o embrulho, desconfiou do que podia ser, pois a letra esgarranchada do amigo era inconfundível. Rasgou uma parte do embrulho e engoliu seco ao ver seu livro infantil. Juntou fôlego e bateu na porta do metamorfo. Sabia que ele estava lá dentro! Porque não podia abrir a droga da porta? Estava decepcionada, mas não sabia com quem exatamente. Ele havia desistido dela.

Mesmo sabendo que ele não abriria a porta para ela, encostou na porta dele com pesar e pensou “Por favor, não faça isso, não desista de mim” e saiu para seu quarto completamente desapontada. Do lado dentro ele estava pensativo “Por favor Rae, não desista de mim”, queria chorar e logo se culpava por esse pensamento. Ela fez a escolha dela.

As duas semanas que se passaram foram bastante parecidas. Por vezes Ravena armava uma tocaia para entrar em seu quarto ao mesmo momento tempo em que ele sairia do dele. Normalmente estava de toalha, tentando forçá-lo a ver sua tatuagem, mas sempre falhava. Ele, por precaução, já saia do quarto de cabeça baixa, para não correr o risco de encará-la, sinceramente não saberia o que fazer caso seus olhares se cruzassem.

Ambos com pensamentos ambíguos sobre eles mesmos. Um misto de raiva e saudade. Ravena sentia-se rejeitada e por vezes sentia-se ridícula por estar tentando chamar a atenção dele. Sentia-se como as garotas da balada em Las Vegas, só que agora ela não era mais a “garota de sorte” e sim mais uma que dançava loucamente em volta dele.

Ele também se sentia infantil por ignorá-la, no entanto, ficava bastante contente e vê-la correr atrás dele, era engraçado algumas vezes. Porém, mesmo rindo internamente de algumas situações que ela criava para tentar falar com ele, ele ainda ficava mal e irritado, principalmente quando “O Namorado” ia vê-la.

Os dias que o Aqualad ia eram os piores, dia-sim-dia-não nas suas contas. Ele, perverso, esfregava o relacionamento dele com a empata na fuça do metamorfo. De fato Ravena o cortava muitas vezes, mas Aqualad era insistente.

Certa vez o metamorfo chegou à torre e encontrou o exibido jogando com Ciborgue e Robin na sala enquanto as “namoradinhas” conversavam e riam na cozinha. Isso, riam! Ravena ria com Abelha e Estelar. Estava solta e aparentemente feliz. Mutano sentiu raiva e tristeza naquele momento. A raiva por Aqualad invadir completamente seu espaço – seus amigos, sua casa, sua melhor amiga por quem ele é apaixonado – e por de repente sentir que nunca fizera Ravena rir daquela forma – e foi neste momento que sentiu tristeza, como se ele fosse incompleto e incompetente.

Tudo isso aconteceu numa fração mínima de segundos e ele foi extremamente rude com seus companheiros naquele dia, e nos outros também. E inclusive, fora por isso que ele voltou a meditar com mais frequência. Não ficou embotado, mas ficou insolente! Não obedecia mais ordens e fazia o queria quando queria e se queria.

Apesar de se sentir mais íntegro assim e parecer que sofria menos, a tensão com a equipe aumentou. Robin não cansava de chama-lo de irresponsável, preguiçoso e muitos outros elogios inglórios. Mas, mesmo com a tensão, todas as vezes que Robin e Mutano se desentendiam, Ravena batia na porta do metamorfo tentando conversar e mesmo sendo ignorada 100% das vezes não desistia.

E o fato dela não desistir o fazia sofrer mais, porque isso alimentava o resto de esperança que ele tinha de que tudo fosse um pesadelo ou um mal entendido. E era um círculo vicioso, onde ele se culpava por ignorá-la ao mesmo tempo em que agradecia mentalmente por ela não desistir dele.

Ravena: *encostada na porta* Podemos conversar? Numa boa…

A empata ouve a porta se abrir depois de esperar quase dez minutos e pela primeira vez em duas semanas sentiu seu coração acelerar. Ele finalmente aceitaria conversar com ela. Sentiu suas mãos suarem e mil pensamentos passaram na cabeça dela “e se ele tentar me beijar? E se ele falar mais grosserias? Não, não posso deixar. Eu poderia abraçá-lo, mas e se ele rejeitar?…”— mas seus pensamentos foram cortados pela frieza do metamorfo ao passar por ela como se a mesma não estivesse ali… de novo.

Ravena: Podemos conversar?

Mas ele a ignorou e caminhou até a entrada da torre e ignorou também as advertências de Robin sobre ele ser mais responsável e não voltar tarde e blá blá blá… que tédio!!! Passou pela entrada e viu o dia… ensolarado, fresco e lindo. Mas ele estava de saco cheio, cansado da torre, do Robin, do noivado do amigo, da Ravena, de si mesmo, do mundo… da vida.

Melancólico, caminhava com as mãos no bolso sem destino certo. No caminho viu pessoas seguindo a vida normalmente. Crianças brincando, adultos conversando, um casal brigando, um cachorro alegremente corria atrás de uma bola. Mas Mutano olhava para os próprios pés chutando uma pedrinha, em um jogo inconsciente de chutar a pedrinha o mais longe que pudesse, mas o jogo acabou quando a mesma caiu em um bueiro. Isso o obrigou a olhar para frente e ver que o destino (ou a barriga) lhe trouxera para sua lanchonete favorita.

“All Burguers” era muito frequentada por Mutano, porque era a única no bairro que se gabava por servir todos os tipos de hambúrgueres, inclusive vegetariano. Entrou e escolheu uma mesinha do lado de fora da lanchonete, estava um dia fresco, bonito, esteticamente bonito. E só. Porque mesmo o belo dia não tinha capacidade de deixar os sentimentos de Mutano mais amenos.

O guarda-sol vermelho e azul cravado no centro da mesinha redonda, branca e de plástico, fazia uma sombra refrescante pra ele. Ali se sentou e logo recebeu o cardápio. Os subtítulos em letras garrafais azuis traziam os tipos de carnes servidos na lanchonete.

Mutano: *sussurrando para si mesmo* Bovina… frango, peixe… suína, répteis… vegetariano… *sorriu tirando sarro* Bom só faltou carne de inseto.

Apesar do cardápio vegetariano só apresentar três tipos de lanche, ele contemplou o cardápio por mais de uma hora. O garçom já havia tentado retirar seu pedido umas quatro vezes, e na última Mutano pediu uma água, para não ficar chato.

Olhava o cardápio e pensava no quanto sua vida estava sem sentido. Acabou percebendo que Ravena sempre foi o seu combustível. Isso mesmo. Na pré-adolescência ele fazia de tudo para ela rir dele, depois ela foi embora e ele deprimiu, virou a fera, quase foi expulso do grupo. Quando ela voltou, ele a ajudou, com tudo… tatuagem, vídeo game, bebida e até em arranjar um namorado. É, ele se sentia culpado por ela e Aqualad namorarem. Se ele não a tivesse ajudado… mas foi se dando conta do quanto ele se deixou envolver.

Ela nunca o quis. Analisando friamente os acontecimentos ele chegou nessa conclusão. Ela sempre o viu como um amigo, não, como um capacho. Ela pedia, ele fazia, ela mandava, ele obedecia. Sentiu muita raiva do sentimento que nutria por ela. Tentava se convencer que ela estava indo atrás dele para que ele continuasse a ajuda-la, para o peixe-metido-de-cabelos-sedosos nunca descobrir as fraquezas dela.

Olhou em volta. As crianças continuavam a brincar. O cachorro, agora cansado, estava deitado ao lado de seus donos e com sua bola perfeitamente estourada posicionada embaixo das patas. Casais tomavam sorvete. Amigos brincavam entre si. A vida seguia como se os problemas do metamorfo não existissem, e não existiam mesmo, para todas aquelas pessoas não existiam. A vida seguia. Havia sentido na vida. Talvez não na dele, naquele momento. Mas o mundo não havia parado. Tudo continua normal. Completamente normal.

Sentiu raiva e decidiu! Ia mudar. Ia esquecê-la. Ia deixar isso pra lá. Prometeu para si mesmo que voltaria para a torre diferente. Voltou a olhar o cardápio. Aquele Mutano morreria e morreria naquele momento. Mas, o metamorfo nunca fez o perfil suicida, então planejou sua morte simbólica. Dessa vez, e apenas dessa vez, ele não comeria um hambúrguer vegetariano. Depois de uma hora e meia chamou o garçom e fez seu pedido.

Mutano: Eu quero o X-infarto.

O x-infarto trazia dois hambúrgueres bovinos, tomates, cebola caramelizada, gordas fatias de bacon, alface e cheddar. A lanchonete ainda se gabava em dizer que o molho especial que vai dentro do lanche é preparado com o líquido gorduroso que saia do hambúrguer.

Ao reler a descrição do sanduíche sentiu certo arrependimento, mas convenceu-se que era para seu próprio bem. Ia comer “sua própria” carne e depois seria diferente. Mataria a Ravena dentro de si e procuraria sua identidade particular, sem pensar em mulheres, amigos e vilões. Ele precisava disso. Não podia ficar sofrendo para sempre.

Ela fez a escolha dela.

Ela fez a escolha dela.

É. Ela fez. E não o incluiu como ele a incluiria em seus planos. Ele simplesmente não podia ficar preso para o resto da vida. Seus amigos estavam seguindo a vida deles, namorando, noivando, mas ele ainda era muito jovem para isso. Não tinha nem 19 anos ainda. Uma vida inteira pela frente. Mutano tomara sua decisão.

Enquanto aguardava seu lanche namorava outras especiarias do cardápio vegetariano, como um dos três lanches que ele ainda não havia experimentado já que não iria deixar de ser vegetariano, ouviu uma voz feminina “Ainda bem que eu estou com fome e você pediu um lanche que eu gosto… trouxe um para você” e a garota de pele clara colocou à frente do metamorfo um sanduíche natural. Olhou o lanche e voltou seu rosto para descobrir quem seria a atrevida que trocara seu sanduíche.

Era ela.

CONTINUA…


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Notas finais do capítulo

Curiosidade? Dúvida? Whatever?

Fala aê...



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