Vivendo sentimentos, sentindo emoções-Temporada 1 escrita por Rachelroth


Capítulo 15
Miami


Notas iniciais do capítulo

:)



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A fome do meio dia avisava Mutano que estava na hora de almoçar e então desceu para a sala de jantar da Torre. Estelar estava aprendendo a fazer receitas terrestres e os amigos realmente gostavam quando ela cozinhava esse tipo de comida. Ela sabia fazer a melhor lasanha vegetariana que o metamorfo já comera na vida e para sorte dele, hoje este era seu cardápio de almoço.

Robin ajudava a namorada alienígena a colocar a mesa enquanto Ciborgue tirava uma carne assada do forno. Ravena ainda não havia descido. Mutano não sabia como eles dois saíram da Torre para procurar um estúdio de tatuagem. Adiantou-se então:

Mutano: Faz tempo que não saio.

Estelar: De fato faz mesmo amigo… o que acontece?

Robin: *sorriso malicioso enquanto distribui os talheres* Está se recuperando daquele último porre?

Ciborgue: *riso alto* Verdade, você ficou mal aquele dia hein…

Mutano: *ficando sério* A-há. Muito engraçado… *pausa e sorriso* Por isso vou quebrar minha abstinência hoje e passarei a tarde fora. Tenho que colocar minhas gatinhas em dia…

Ciborgue: *sorriso malicioso* Então feliz ano novo… já que acho que só te vejo ano que vem.

Mutano: Também não exagera…

Estelar: *entrando com o recipiente de lasanha* É verdade amigo, desde que nossa querida amiga Ravena…

Ravena: *entrando e fala fria* O que tem eu?

Estelar: *olha e sorri para a amiga* Estávamos falando que desde que você voltou, o Mutano tem saído menos.

Ravena: *indiferente* É que agora ele voltou a ocupar seu tempo enchendo meu saco *senta-se*.

Mutano: *senta-se ao seu lado* Pode até ser… mas você gosta, não?!

Ravena: *indiferente* Melhor parar antes que eu te mande a outra dimensão…

Ciborgue: *senta-se* Fazia tempo que não os via assim… agora parece que tudo está normal.

Alguém bate na porta da Torre. Robin prontifica-se a abrir e volta acompanhado por Aqualad.

Aqualad: Boa tarde. *olha para Ravena e sorri* Olá.

Ravena e Mutano se olham discretamente.

Ravena: *olha para ele* Oi. *servindo-se* Quer almoçar conosco?

Aqualad: *vai para perto dela* Na verdade eu tinha vindo te convidar para almoçar, mas sem celular… acabei chegando atrasado.

Ravena: Pode almoçar aqui, o Mutano te cede o lugar, não?! *olha para o metamorfo que contrariado se levanta*

Aqualad: *sentando-se* Obrigado Mutano. *olha para Ravena* Pensei em darmos uma volta então, depois do almoço, que tal?!

Ravena olha discretamente para Mutano que encarava sua lasanha. Parecia preocupado e sem fome, no entanto ao ouvir a resposta da empata, voltou a comer.

Ravena: Não posso.

Aqualad: *sem graça* Hum… desculpe-me… eu não sabia que não poderia.

Ravena: *olha para ele* Não… hoje é um dia importante em Azarath, passarei o dia meditando *sentiu-se estranha por mentir*. E… vamos almoçar juntos, não? *se aproximou e deu um selinho no herói, o que fez Mutano dar uma engasgada que ninguém além dela, percebeu*.

Estelar: É glorioso você estar aqui Aqualad. Você e Ravena formam um casal magnífico.

Aqualad: *servindo-se com carne assada* Se eu soubesse que almoçaria aqui tinha vindo junto com a Abelha.

Ciborgue: Seria bom, mas já vou vê-la mais tarde.

Robin: E então você estão finalmente namorando?

Ravena: *cora e responde rápido* Não.

Aqualad: *pequeno sorriso* Ainda estamos nos conhecendo.

Mutano: Se conhecendo muito bem, não?!

Aqualad: *olhar apaixonado para a empata* Menos do que eu gostaria. *pausa curta* Olha, é lasanha vegetariana? *se serve com um pedaço e Mutano fica contrariado* Adoro.

Mutano: *resmunga para si mesmo* Até minha lasanha…

Robin: Bom, a Ravena sempre foi a mais reservada… é natural que ela demore mais pra se abrir…

Ravena: Que tal eu deixar de ser o assunto do almoço? *silêncio curto*

Mutano: *levantando-se* Bom, vou me arrumar para meus encontros… *sai lentamente e antes de sair dá uma piscadela com o olho esquerdo para Ravena, e esta cora*.

Aqualad: *ri* O Mutano nunca vai criar juízo não?!

Ravena: Acho… *volta a olhar a própria comida* acho que não.

Após o almoço, Ravena e Aqualad retiram a mesa e lavam a louça. Ele é engraçado e divertido, com um humor inteligente e interessante. Estelar alimentava Silkie em um cadeirão de bebê enquanto Robin e Ciborgue conversavam sobre casamento.

Ravena: *pega nas mãos de Aqualad* Preciso ir agora. *dá um selinho*

Aqualad: *a puxa pela cintura* Não vou aceitar um selinho como despedida.

Então ele a beija de uma forma muito apaixonada e quente. Estelar, Silkie, Robin e Ciborgue até param para ver o beijo. Aquele beijo tão bonito de ver. Muito bonito de ver, e só de ver, como um beijo Hollywoodiano digno de Oscar. Já para Ravena, o beijo era o tempo que ela precisava para colocar o plano de procurar um tatuador junto com o Mutano em ordem. Mas seus pensamentos foram interrompidos pela voz do metamorfo.

Mutano: *pigarreia* Uhum… estou indo.

Aqualad: *dá um selinho em Ravena e saí seguindo o garoto verde* Vou sair com você.

Ravena abriu um portal para seu quarto. Estava decepcionada consigo mesma por ter sido flagrada por Mutano, como se isso tivesse alguma importância. Fitava o guarda roupa. Precisava de uma camiseta soltinha que não machucasse a tatuagem caso conseguisse fazer naquela tarde. Logo cedo havia sido acordada pelo amigo metamorfo com os desenhos de suas costas tatuadas. De fato de ombro a ombro ficaria muito melhor. E depois de decidirem o local a ser tatuado combinaram que se encontrariam no topo do Mega Tower Office após o almoço.

Mutano: *sem olhar para Aqualad* O que quer?

Aqualad: *para na frente dele* Quero pedir a Ravena em namoro!

Mutano: *sente a garganta secar* Não sou o pai dela, *contorna o herói e segue se caminho* não tem que pedir nada para mim.

Aqualad: *corre até ele e segue caminhando em seu lado* Ainda não acredito que estou pedindo a sua ajuda, mas… queria que você me ajudasse a ser especial.

Mutano: *para e fita o cara atrevido* Porque eu?

Aqualad: Porque seu quarto é de frente ao dela.

Mutano: E?

Aqualad: E ai você pode me avisar quando vê-la entrar no quarto, para que eu possa fazer-lhe uma serenata.

Mutano: *ri sarcasticamente* Serenata? Em que século você parou?

Aqualad: Poxa… ela é especial e culta. Tem que ser tudo extremamente perfeito.

Mutano: *bate com a mão direita no peito de Aqualad* Numa boa cara, não posso te ajudar… mesmo que eu achasse que você é o cara perfeito pra ela… eu não posso mesmo… *segue seu caminho deixando Aqualad parado e perplexo*.

Mutano se transformou em uma águia e voou até o topo do prédio, sentou-se ao lado de Ravena que estava sentada no parapeito observando a paisagem, vestindo um cropped preto e um jeans bem apertado. O look se fechava com All Star preto de cano curto.

Ravena: *sem tirar os olhos da paisagem* Demorou.

Mutano: *sorriso largo* Eu normalmente voo, não me teletransportou.

Ravena: Eu também não me teletransportou *olha para ele, estava serena* Eu abro portais.

Mutano: *apoia seus braços atrás de seu corpo, não olha para ela* Você gosta dele?

Ravena: *volta a olhar o horizonte* Acho melhor começarmos a procurar o estúdio, queria tentar começar hoje.

Mutano: *ajeita sua postura* Melhor sairmos de Jump City, vai que algum paparazzi nos encontra… como vamos explicar?!

Ravena: Você tem razão *fica em pé e abre um portal, estende sua mão para ele* Quer carona?

Mutano: *olha para ela e sorri* Miami gatinha?! *pega em sua mão*

Ravena pega em sua mão e entram no portal. Sentir a mão do metamorfo fez a sua própria mão suar. Ela já estava se acostumando a ter sensações estranhas ao lado dele. Quase não ligava. Em um instante estavam em Miami.

Mutano: *olha para ela* Gatinha, vir para Miami e não dar nenhum mergulho? É quase pecado!

Ravena: *indiferente* Acontece Mutano, que nós não viemos passear, logo esqueci minha mala de viagem…

Mutano: *puxa a empata pela mão e corre em direção à areia da praia* E daí?

Ravena corria, sendo puxada. Poderia pará-lo, mas não o fez, seguiu correndo de mãos dadas com ele. Até que ele parou na parte mais molhada da areia, tirou os tênis e a camiseta. Entregou a ela junto com seus pertences, celular, carteira… e correu para a água. Ele tinha uma liberdade que era invejável. Do mar ele acenava para ela, chamava-a e ela justificava mostrando os pertences dele na mão dela. Rendeu-se e sentou na areia. Podia sentir a felicidade dele. Podia sentir o quanto ele estava satisfeito. E a vontade dentro dela foi crescendo e crescendo. Até ele sair todo molhado da água e respingar em cima dela.

Mutano: *estende a mão* Vem?

Ravena: * tampa o Sol que aquecia seu rosto com a mão para olhá-lo* Estou de guarda coisas…

Mutano: *mantém a mão estendida* Até parece que você não pode fazer uma magia qualquer e proteger nossas coisas…

Ravena: Poder eu posso…

Mutano: *sorri divertidamente* Então tem medo de água fria? *se transformo em um cachorro e se sacode*

Ravena: Mutano…

Mutano volta a sua forma humana e corre até a água.

Ravena: Azarath Metrion Zinthus *enquanto tirava seus sapatos*.

E pronto, as coisas de ambos flutuavam seguras na areia da praia. Ravena correu atrás dele entrando na água gelada do oceano Atlântico. Mutano se transformou em pequeno peixe e ficou nadando entre as pernas da empata que tentava pegá-lo. Mutano voltou a sua forma humana e corria o mais rápido que podia para o fundo e Ravena sorria, sentia-se leve e corria atrás dele. O alcançou e o agarrou pelas costas.

Ravena: *sorrindo* Peguei, seu peste. Azarath Metrion Zinthus *estavam de volta à areia da praia. Senta-se molhada na areia e respirava profundamente, tentando retomar o fôlego*

Mutano: *senta-se ao lado dela* Vamos virar titãs empanados *sorri e olha para ela*

Ravena: Agora como vou fazer a tatuagem toda molhada?

Mutano: Quem disse que você vai fazer hoje?

Ravena: *olha para ele* Oras, eu achei que era por isso que tínhamos vindo à Miami *olha sarcasticamente*

Mutano: *sorriso largo* Gatinha bobinha, hoje no máximo vamos marcar…

Ravena: É isso que vamos ver *levanta-se* Vamos?

Ele se levanta e cada um carrega seus pertences. Ambos descalços esperando o corpo secar para colocar os sapatos. Caminharam rumo ao centro de Miami. Já estavam quase secos quando Mutano sugeriu que eles parassem para tomar um sorvete e para colocar os sapatos. Ravena aceitou.

Mutano pediu para si sorvete de limão e creme para a empata. Ele estava muito contente com este passeio deles. Queria fazê-la feliz, pelo menos um pouco.

Ravena: *terminando de amarrar os tênis, olhando para a taça que ele lhe trouxera* Gosto de creme…

Mutano: Com calda de frutas vermelhas… eu sei *se senta*

Ravena: Pelo menos o sorvete não derreteu… *sorri*

Mutano: Ah não. Não vai ficar lembrando daqueles encontros trágicos, né?! *Ravena ri com desdém* Ah, aqueles encontros nem eram pra valer…

Ravena: *olha para ele* Faz melhor do que aquilo? *cora*

Mutano: *encara os olhos dela* Você nem imagina.

Um silêncio ensurdecedor se faz presente, sendo quebrado por uma piada sem graça de Mutano. Ravena não riu e ainda lhe deu uma bronca. Ele jurou que a faria rir de uma piada dele e ela o provocou que então teria que rir dele mesmo, já que ele conseguia ser uma piada. Terminaram o sorvete e caminharam, agora calçados, pelo centro buscando estúdios de tatuagem. Entraram em alguns, mas Ravena não foi com a cara do tatuador, em outros Mutano não gostou do trabalho deles, “ele deve ter a mão pesada” ele dizia e ela não entendia como ele poderia ter essa opinião. Enfim encontraram o “Tattoo Heroes”, um nome bem apropriado, divertidamente apropriado. Mark era o nome do tatuador.

Bonitão, tatuado do pescoço ao pé, ele analisou o desenho da empata.

Mark: É um belo desenho…

Mutano: Obrigado *se gabando*

Mark: *olha para ele* Você quem fez?

Mutano: Sim. O que achou?

Mark: O traço é bem preciso…

Ravena: Dá pra fazer hoje?

Mark: Hoje? Sem chance.

Mutano: Eu disse…

Ravena: Por quê?

Mark: O desenho está menor do que você quer, vou ter que ampliar, passar o desenho pro papel vegetal já ampliado, não faço isso em menos de uma semana… é um desenho grande e com muito detalhes, para ficar perfeito como o original, é preciso trabalhar bastante.

Ravena: Ah *desapontada* Então semana que vem?

Mark: Acho que minha agenda está com vaga para daqui duas semanas, podemos tentar fazer em duas sessões, mas pode ser que a gente precise de três, se você não suportar a dor.

Ravena: Duas sessões?

Mutano: Eu disse… Ou seja… Miami mais duas vezes pelo menos!!!

Ravena: Achei que já ia fazer hoje…

Mark: Não, não. Quer marcar?

Ravena: Sim… já que não em outro jeito…

Mark: Mas deixe seu telefone, caso surja um horário antes e eu termine também… eu te ligo.

Ravena: *desconcertada* Um telefone?

Mutano: Claro… anota o meu *passa seu número de celular*

Mark: Certo, falo com você mesmo Mutano?

Mutano: Aham… *olha para o tatuador* E se puder não divulgar. Ela não quer que outros saibam da tatuagem.

Mark: Sem problemas… estou acostumado a tatuar celebridades.

Ravena: Não sou celebridade.

Tatuagem agendada para dali 15 dias. Ao sair desapontada, Mutano a convidou para curtir o fim de tarde em Miami antes de voltarem para Jump City. Ele conhecia um bar latino com uma música bem interessante. Falou tanto de uma porção de batatas com queijo e alho que Ravena aceitou o convite.

O barzinho pequeno, com poucas mesas e muitos lugares em balcão chamava a atenção pela música quente, dançante e envolvente. Casais dançavam e bebiam. Nem ligavam para a presença de dois titãs lá. Mutano a puxou para o balcão, pediu um drink para ela e uma cerveja para ele.

Ravena: *pegando a bebida* O que é?

Mutano: Sex On The Beach.

Ravena: Que nome, não?! *dá um gole na bebida*

Mutano: O que achou? *dá um gole em sua Corona com limão*

Ravena: Hum… docinho… interessante…

Mutano: Só não vai tomar muito hein… Não vai ter como justificar a bebedeira.

Ravena: Não vou ficar bêbada!

Terminam seus drinks e Ravena pede mais uma rodada. Mutano a tira para dançar. Ela lembra-o que não sabe dançar. Ele insiste e ela se nega. Pelo menos se negou até terminar seu segundo copo de Sex. Logo estava ela rindo de sua má coordenação motora. Onde raios Mutano havia aprendido a dançar? Ele tentava conduzi-la, mas ela era realmente ruim. Pisava em seu pé, trocava os passos. Mas ela ria. E seu riso era especialmente bonito. E lá vem a terceira dose e o Sol se pôs. Saíram para a área externa do bar. Cada um segurando a sua bebida.

Ravena: *engolindo* Acho que já bebi mais do que devia…

Mutano: *senta de frente à ela* E você já bebeu antes?

Ravena: *com as bochechas rosadas pelo álcool* Algumas taças de vinho quando saí com o Aqualad pela primeira vez… *soluça e ri* mas com certeza não fiquei assim *soluça de novo*

Mutano: *retira o copo da mão dela e bebe todo o seu conteúdo* Chega para você mocinha.

Ravena: Ah… que absurdo… e você pode?

Mutano: *sorrindo* Estou mais acostumado que você…

Ravena levanta-se e chega mais perto dele tentando pegar a long neck dele. E então ficam de novo próximos. Ela sorri: “Você bebeu o meu… posso beber o seu”. Ele sorri: “Não não, gatinha, chega, temos que voltar”.

Ravena concorda com ele e tenta se afastar dele, mas a visão turva faz ela cambalear e quase cair. Não caiu porque Mutano laçou ela pela cintura. Ela soluça e ri, levantando sua mão até a boca.

Ravena: Ops.

Mutano: Calma ai. *levanta-se e deixa a cerveja no banco* Vai cair assim.

Continuam próximos. Ela aos poucos parou de sorrir e se concentrou nos lindos olhos verdes dele. Era tão intrigante, porque ela, tão sábia e estudada não conseguir decifrar aqueles olhos. Sentiu seu corpo esquentar e não conseguia entender porque ela se sentia assim ao lado dele. Ele aos poucos parou de sorrir e se concentrou nos intrigantes olhos púrpura dela. Ela era tão fascinante. Estava tão sexy, não só pela cara alcoolizada ou pela roupa provocante, mas pela leveza em que se encontrava. Ele gosta dela. Gosta de estar com ela, e não se imaginaria com mais ninguém naquele momento.

Nela vivia um impulso. Que mal havia? Afinal ela é uma mulher, adulta, dona de si e moderna. Poderia beijá-lo. Porque não? Mas antes que ela pudesse se decidir, ele já havia se decidido. Não teve tempo de pensar, de raciocinar ou de impedir. Seus olhos foram compulsoriamente fechados ao sentir os lábios dele roçando em seus lábios. Seu coração estava mais acelerado do que um carro me pleno Grand Prix. Não podia dizer nada. Fazer nada. Apenas poderia se entregar. E assim ela fez. Entregou-se.

Nenhum pensamento. Nenhuma ideia. Nada. Apenas as sensações que lhe corriam pelo corpo. O calor e o frio, o peito acelerado, a respiração ofegante. E a vontade. Cruel e terrível cruel de puxar o corpo dele pra dentro do seu. Ele de olhos fechados, sentia a respiração quente dela em seu lábio superior. Com sua mão direita acariciava os lábios dela junto aos seus. Sentia com os dedos e com a própria boca como os lábios dela eram tão macios e proibidos. A mão esquerda permanecia na cintura dela. Os braços dela impulsivamente se levantaram e se acomodaram na cintura dele, e ele entendeu isso como um sinal verde.

E então ambos começaram a roçar o lábio um no outro de maneira mais voraz, até que a língua do metamorfo rendeu-se primeiro e pediu licença para conhecer a língua dela.

Eram só sensações. Um beijo carinhoso. Apaixonado. De quem não só quer obter prazer, mas de quem quer cuidar, abraçar. Ninguém nunca poderia saber quanto tempo esse beijo durou. Mas Ravena o interrompeu.

Ravena: *ainda de olhos fechados, ainda nos braços dele* Me desculpe…

Mutano: *também de olhos fechados, sem soltá-la* Eu que te peço desculpa.

Ravena: Isso não poderia ter acontecido.

Mutano: Não… eu sei… *respiração ofegante*

Ravena: *abre os olhos* Preciso ir…

Mutano: *abre os olhos e lentamente a solta* Tudo bem… me deixa no topo do prédio?

Ravena: Claro.

Mutano sai em direção ao bar para pagar a conta. Ravena estava estática, aérea, não sabia o que pensar. Não tinha o que pensar. Na verdade todo o resto de sua sanidade concentrava-se em tentar parar de sorrir. Então ele voltou e calados entraram em um portal.

Ravena: Bom… vou indo…

Não sabia como se despedir. Abraço, beijo no rosto, na boca? Não. Na boca não. Optou por dar “Boa noite” e voltar para seu quarto em um portal. Mutano deitou ainda zonzo, no teto do prédio, e observou o céu. Nenhum pensamento teria a audácia de invadir a lembrança daquele beijo.

Depois de certo tempo transformou-se em uma coruja e voou até próximo a Torre. Voltando a sua forma humana entrou em casa. Encontrou Estelar e Robin jogando cartas. Caminhou a seu quarto. Ficou olhando a porta da empata. O que será que ela estava pensando? Sentindo? Achando?

Entrou sorrindo em seu quarto. E ela sorriu aliviada em seu quarto ao sentir a presença dele em casa. Ora, ele não havia saído depois de beijá-la.

CONTINUA…


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Notas finais do capítulo

Morri? Ai ai? Socorro?

Fala aê...



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