O Acampamento - INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 16
Capítulo FINAL - Parte 1/2: Fim da Terra


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está de volta!
Não, não abandonei a fic pessoal, jamais faria isso, principalmente agora que está no finalzinho. Bem, sem mais enrolação, aproveitem!



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— Você está bem? – Perguntou Alex.

— Só estarei quando tudo isso terminar – Respondeu Ryan limpando-se da poeira.

— Se você soubesse o que nós passamos... – Murmurou Rosie.

Poluzi aproximou-se deles e os congratulou pela ação em conjunto. Alex tocou em Rosie e fez a gosma ficar líquida e em seguida inverteu o líquido em calor, evaporando-o, assim como o mau cheiro que a gosma tinha.

— Obrigada – Agradeceu Rosie.

— E agora, o que faremos? – Perguntou Luna.

— Continuamos até acharmos o Neo – Respondeu Alex.

— Mas e se for uma armadilha? – Comentou Ryan – Pense bem: eu vi o que seu amigo é capaz de fazer e ele é quase tão poderoso quanto nós todos juntos e ainda por cima ele está sob o domínio do rei. Acha mesmo que se ele não quisesse já não teria nos matado antes?

— É claro que é uma armadilha. – Respondeu Alex – O Rei quer o Pagpa e está usando o Neo para nos atrair até ele. Mas não temos outra escolha. É a maneira mais rápida e eficaz de chegarmos até Neo, até o Rei e até o portal de uma vez. Quanto mais tempo passarmos aqui, mais perigoso é. O Rei não pode ter o Pagpa e muito menos o Neo.

— Não acredito que estamos fazendo isso.

— E eu não acredito que você está reclamando até agora – Respondeu Rosie.

— O que você quer hein gata?

— Quero que você cale a sua boca e para de reclamar. Do contrário, pode ir embora.

— Rosie, já chega – Pediu Alex – Qual o seu problema?

— Meu problema é que esse cara fica enchendo o saco toda hora, querendo achar outras maneiras de nos ajudar. Até agora ele não entendeu que o Neo é importante para nós?

— Para nós ou para você? – Perguntou Luna.

— Como assim?

— Não se faça de idiota. Eu sei que você gosta do Neo.

— E se eu gostasse? O que você teria a ver com isso, baixinha?

— Tudo a ver. Ele é meu amigo.

— Esqueceu que quem o beijou quando ele “voltou da morte” foi você e não eu.

— E você bem queria estar no meu lugar, não é?

— Chega meninas! – Exclamou Alex – Isso não é hora e nem local de discutimos quem vai transar com o Neo. Temos que achá-lo primeiro e depois vocês caem no tapa por ele e com o Ryan também.

— Isso é ridículo – Disse Luna.

— Pois é o que vocês estão fazendo, mas sem as mãos.

— Não tem problema. E se você perder gracinha... – Disse Ryan se aproximando de Rosie – Tem Ryan de sobra para você beijar.

— É mesmo? – Falou Rosie se aproximando de Ryan, colocando a mão em seu rosto – Nem se eu estivesse no inferno e sua saliva fosse a última gota d’água eu te beijaria – Disse ela jogando o rosto dele para o lado.

— Vamos pessoal – Chamou Poluzi.

Eles então continuaram até avistarem a cidade.

— Lá está a cidade de Preato – Disse Ryan apontando para o horizonte.

— Certo, precisamos pensar em algo – Disse Alex.

— Gênio... – Sussurrou Ryan.

— Quer falar alguma coisa Ryan?

— Não, nada.

— Então vamos fazer o seguinte: - Disse Alex aproximando-se de Ryan – abre sua boca quando tiver uma ideia.

— Que foi? Está putinho por que seu amigo decidiu se juntar a eles?

— Na boa, eu sugiro você ficar calado.

— Ah qual é, Friedrich sempre disse que...

— Poupe-me da sua literatura ridícula.

— Ah você não disse isso de Friedrich.

— Sim, eu disse.

— Ok “Alexzinho”, está putinho porque seu amigo foi para o lado negro da força e matou sua amiguinha?

— Eu nunca sugeri nada a você, mas agora estou sugerindo que cale essa sua boca – Murmurou Alex andando em direção a uma árvore, parando frente a ela e colocando suas mãos em sua cintura.

— Opa, esse é o espírito. Só porque eu toquei no nome da sua amiga você ficou assim? Transou com ela não foi?

Alex arrancou a árvore e jogou contra Ryan que desviou.

— Cala a boca filho da puta! – Exclamou Alex indo para cima de Ryan, tentando socá-lo, porém o corpo de Ryan desviava-se sozinho de seus ataques.

— Alex, para! – Disse Luna criando uma barreira ao redor dele – Não adianta tentar atacá-lo.

— Ele falou da Beatriz! – Gritou Alex virando-se para Luna.

— E ela está morta! Bater nele não vai mudar nada independente do que ele a xingar. Vamos focar agora no próximo passo, ok?!

Alex se calou.

— Ok Alex?! – Perguntou Luna mais uma vez.

— Ok, ok – Respondeu o amigo.

Luna entrou na mente de Ryan e viu seu passado.

— Ryan, posso falar com você? – Perguntou Luna.

— Claro gatinha, tem uma árvore muito legal que a gente pode conversar, mas de preferência atrás dela.

— Hahaha, que engraçadinho. – Disse Luna entrando na mente de Ryan, controlando seu corpo, paralisando seus membros.

— O... O que é isso?

— Agora me escuta seu idiota: está com saudade da sua mãe? Ou da sua madrasta? Ou quem sabe do Ronald, seu irmãozinho?

— Você entrou na minha mente sua...

— Sim, entrei e a menos que queira que eu apague todas as lembranças dos seus parentes você vai me escutar agora: nós queremos a mesma coisa e não gostamos nem um pouco desse seu jeito ou sequer de você seu merdinha insignificante, se quiser nos ajudar como ajudou agora pouco, ótimo, só que não queremos ser seus amigos, muito menos ir a sua casa num chá da tarde para ler Dostoievski, mas se continuar com essas suas idiotices a gente te mostra que inseto insignificante a gente esmaga e não carrega. Você me entendeu ou tenho que recitar contos de Clarice Lispector que eu vi no Facebook há seis dias?

Ryan silenciou-se.

— Ótimo.

Rosie olhava para tudo isso admirada com o pulso firme de Luna.

— Mandou bem, lindinha – Comentou ela, fazendo Luna dar um sorriso de canto de boca.

— OK, o que vamos fazer? – Perguntou Alex.

— Vamos descansar um pouco e amanhã pensaremos nisso – Disse Rosie.

— Certo, vamos juntar as coisas – Ordenou Rosie.

Os jovens então construíram camas com troncos de árvores e folhas e fizeram uma lareira a lá escoteiros. Eles então deitaram para descansar, porém Alex continuara em pé, olhando para a vila dos Creatikes. Luna acordou foi até Alex, ao aproximar-se dele, o amigo falou:

— Não consigo dormir. A imagem da Beatriz não sai da minha cabeça.

— Eu entendo. – Disse Luna.

— Aquele... Aquele não era o Neo. Ele jamais faria algo assim. Quando ele deu aquele sorriso, aquele maldito sorriso, eu não senti que era ele. Eu só... Eu sei lá. Não consigo imaginar que isso seja real. Se eu tivesse sido mais forte, talvez Beatriz...

Luna colocou seu indicador nos lábios de Alex, o abraçou e disse:

— Alex, você não tem culpa. Ela morreu, se foi, não adianta agora se lamentar porque nem se você fosse Deus você iria salvá-la.

— Pelo menos se eu fosse Deus eu reverteria isso tudo.

— Alex, presta atenção – Disse Luna colocando a mão no rosto de Alex que derramava tímidas lágrimas – Você não tem que se culpar e nem se remoer por isso. O que nós temos que fazer agora é trazer Neo de volta para nós, senão a morte dela será em vão. Você me entendeu? Eu preciso de você, nós precisamos de você. Por favor, preciso que esteja focado e conosco. Eu sei a dor que está sentindo, Beatriz era minha melhor amiga igual a você, mas não podemos deixar com que a morte dela não tenha significado. Temos um amigo para salvar e um lar para retornar.

— Tudo bem, desculpe – Disse Alex abraçando-a.

— Ótimo, agora tenta dormir pelo menos um pouco que já iremos levantar.

Luna retornou ao seu leito e deitou-se. Alex também deitou.

Algumas horas depois, Rosie levanta com um barulho de passos rondando o local. Ela então anda em direção ao que parece ser uma sombra formada pela árvore, porém, de repente, um cetro aparece atrás da árvore e ela simplesmente grita:

— São eles!

Instantaneamente ela corre e, atrás dela, aparecem centenas de soldados atirando contra os jovens e contra os soldados restantes. Luna cria uma barreira de energia contra os tiros dos cetros, porém a quantidade de disparos faz com que ela não aguente e o escudo se rompa. Os soldados do rei avançam à medida que são combatidos não tão efetivamente pelos soldados de Poluzi, que acabaram sendo mortos no decorrer do processo.

Os jovens, ao centro, se veem cercados quando percebem a quantidade de soldados formando um círculo ao redor deles.

— Luna, consegue entrar na mente deles? – Perguntou Alex.

— Vou tentar – Respondeu a amiga.

Quando Luna tentou acessar a mente dos soldados, mas o bloqueio que havia na mente deles causou um colapso nela e ela desmaiou. Alex agachou-se para segurar a amiga.

— Luna? Luna? Acorda! – Dizia ele repetidamente, dando leves tapas no rosto de Luna.

— Pai, fica atrás de mim – Chamou Ryan a Poluzi.

Enquanto os jovens olham ao seu redor, o círculo ao redor deles abre espaço para alguém que encaminhava-se aos jovens que estavam de braços levantados, rendidos.

De repente, um homem de capuz e capa marrom surge no espaço do círculo. Ele então tira seu capuz e revela sua face: um rosto com feições humanas, porém seus olhos eram completamente negros, careca, sua pele era de cor verde azulada, suas orelhas eram pontiagudas como de elfos, seu nariz era inexistente e suas narinas consistiam em dois orifícios grandes em seu rosto.

Atrás dele, surge Neo.

— Neo! – Grita Alex.

Neo olha para ele com desprezo.

— Liberta ele, agora!

O Rei andou até Alex, agachou-se e disse:

— Você não está em posições de dar ordens aqui.

— Eu vou matar você se não libertá-lo agora.

— Tsc, tsc, tsc, Alex, Alex, Alex, você não entende, não é? Esse é o fim da linha. Acabou.

Alex tentou golpeá-lo, porém o Rei o jogou telecineticamente contra uma árvore e o suspendeu no ar.

— Quem você acha que é seu verme? Acha que pode me ferir? Realmente pensou nisso? Hahaha! Vai precisar de muito mais que socos e vôos para isso.

O Rei então o lançou com violência contra o chão, próximo a Luna que ainda estava desmaiada.

— Levem-nos e prepare o portal.

Alex tomou Luna nos braços e os soldados escoltaram os jovens pelo interior da cidade, situação que lhes era familiar, assim como os habitantes olhando para eles, não mais assustados como antes, mas com um olhar diferente, como se estivessem decepcionados com o desfecho da história.

Ao chegarem frente ao palácio, os soldados abriram o portão e conduziram os jovens até o portão interior do palácio. Dentro do mesmo havia inúmeros soldados espalhados, fazendo a ronda do rei. O palácio tinha o tamanho de cinco quarteirões, era extremamente grande, com jardins floridos e verdejantes, vários postos de guarita, várias janelas, portas, quartos para os servos e para os escravos. Completamente feito de outro, exceto suas muralhas, esbanjava luxo através das pedras preciosas que enfeitavam o pátio interno do palácio, como ametistas, turquesas, sardônico, rubis, quartzo rosa, opala preto, berilo e diamantes.

O palácio era constituído de apenas uma torre cilíndrica e com um raio de mais de 200 metros. Eles então foram até o interior do palácio que era constituído de colunas grossas de ouro, bronze e prata. Suas janelas e paredes eram ornamentadas de cortinas roxas e mais pedras preciosas. Tudo era feito com muito perfeccionismo, chegando a parecer arquiteturas barrocas. O trono do rei tinha almofadas azuis, apoiadores de mãos roxos e era ornamentada de ouro e marfim em suas arestas. Ao fundo, uma grande escadaria de tapete roxo dava acesso aos andares superiores. Logo no fim da escada, havia uma porta de madeira vermelha, da qual os jovens e Poluzi entraram.

Luna então acorda e se vê nos braços de Alex.

— Nosso bebezinho acordou – Disse Ryan.

— O que aconteceu? – Perguntou Luna.

— Fomos emboscados e capturados – Respondeu Rosie.

— Aquele... Aquele é o Neo?

— Sim, mas não adianta chamá-lo, ele ainda está sob o controle do Rei – Responde Alex.

O Rei vira-se para seus soldados e os ordena que coloquem os jovens ajoelhados.

— Em breve o Pagpa será meu novamente e eu vou me vingar da desgraça que trouxeram ao meu mundo.

— Já parou para pensar que não fizemos nada de propósito? – Perguntou Ryan.

— Vocês lançaram bombas em suas terras, criaram doenças, guerras e continuam a devastar a natureza como se não houvesse amanhã. Ainda acha que fazem isso sem querer?

— Ah qual é, todo mundo erra às vezes.

— Mas eu não pretendo errar agora. Assim que o poder do Pagpa for meu, a Terra será aniquilada e não precisaremos mais ter vínculo com esse planeta recheado de humanos patéticos que atrofiam sua própria evolução. Galos, prepare o portal – Disse o Rei chamando um de seus soldados.

Diante os jovens estava o mesmo portal pelo qual eles entraram em Preato. A porta para casa estava lá, tão perto e tão longe. Mas eles sabiam que era a única chance de retornarem ao lar.

— Como pretende usar o Pagpa se ele está em nós? – Perguntou Rosie.

— Bem... Acho que vocês merecem saber, já que me fizeram o enorme favor de me poupar o trabalho de buscar o Pagpa – Disse o Rei andando em direção à porta – Há alguns anos eu descobri que o Pagpa precisa estar no corpo de um hospedeiro vivo para que o portal seja aberto...

— Por isso que não deu certo quando tentou a primeira invasão que resultou naquela abdução, certo Katrina? – Perguntou Alex.

— Exatamente. – Respondeu o Rei, transformando-se na Katrina e tornando à sua forma original rapidamente – Desde então estive procurando por hospedeiros vivos dignos de receber o grandioso poder do Pagpa, e vocês foram os escolhidos. Tive de capturar, matar e assimilar os poderes de Katrina para que então pudesse entrar disfarçadamente e colocar meu plano em prática...

— Que honra – Comentou Ryan.

— Cala a boca – Sussurrou Luna que não parava de olhar para Neo.

— Porém, o que eu não os contei é que eu não destruí Nymphylus, eu a guardei para esse grande dia, assim como Keqluch, – O Rei apontou para o arco superior do portal e, em duas das três inscrições que havia no portal, estavam Nymphylus e Keqluch, cravadas – e com o Pagpa eu posso mandar minhas tropas até seu planeta e destruir habitante por habitante, dos mais jovens aos mais velhos, para que vejam seus filhos sendo dolorosamente mortos e torturados em sua frente, como eu vi o meu morrendo em meus braços por culpa da estupidez e da índole escrota de vocês, então, era só uma questão de tempo até ter o último ingrediente: vocês, meus amores.

— Foi um ótimo plano para alguém tão bastardo – Comentou Ryan.

O Rei virou-se e estendeu sua mão direita em direção de Ryan, levantando-o e sufocando-o através do seu controle telecinético.

— Do que você me chamou, seu bastardo inconsequente?

— Vai ficar repetindo meu xingamento agora? – Zombou Ryan forçando a voz com o pescoço apertado e quase sem ar.

— A sua sorte é que preciso de você vivo...

— Ótimo, então já pode...

— Mas não inteiro.

O Rei então o lançou contra a parede, fazendo Ryan quebrar seu braço esquerdo e gritar de dor. O Rei criou uma sombra que envolveu Ryan, quebrando todos os ossos de seu corpo, menos as costelas e a sua coluna para que as mesmas não pudessem perfurar seu coração.

O Rei jogou o jovem no chão e o deixou agonizando por alguns segundos, até que Ryan começou a curar-se. O Rei então arrastou-o até os jovens e um soldado o pôs ajoelhado.

— Logo não terei que me esforçar para matá-los, mas antes, quero que testemunhem a destruição de seu próprio povo. Soldados! – Os soldados do rei se aglomeraram em fileiras perante a majestade – Preparem os Reglers, hoje é o grande dia.

— Sim senhor! – Gritaram em uma só voz.

— Você não vai se safar dessa – Disse Alex.

— Por quê? Quem vai impedir? Você? Você nem sequer impediu que sua amiga fosse assassinada, você é patético. Gosta de ser altruísta, mas não consegue nem se safar, como acha que pode proteger seus amigos?

Alex encheu-se de fúria, uma raiva tão forte e intensa que era possível ver em seus olhos.

— O que foi? O que vai fazer? Vai voar até mim e me socar? – Disse o Rei se aproximando do jovem que foi levantado pelo soldado, deixando-o cara a cara com seu oponente – Então tenta.

— Alex... – Disse Rosie, chamando os olhares do amigo – Melhor não.

Alex tornou a olhar para o Rei.

— Foi o que eu pensei, agora fica de joelhos que é o seu lugar e com a boca fechada, ou eu fecho ela para você – Disse o Rei virando-se e indo até o portal.

Um dos soldados chegou até o Rei e anunciou:

— Senhor, meu rei, os Reglers estão prontos.

— Ótimo, vamos começar agora – Respondeu o Rei.

O Rei então tomou seu cetro nas mãos, abriu a porta que selava o portal e colocou seu certo numa das inscrições abaixo das pedras. Nesse momento o palácio começou a tremer e os jovens viram que seria a última chance deles impedirem isso.

— Temos que passar pelo portal! – Gritou Ryan por conta do barulho de pedaços do palácio desabando.

— Não, não podemos fazer isso, isso abrirá o portal e o Rei nos seguirá. – Retrucou Alex – Não podemos deixar com que ele abra o portal.

— Como vamos fazer isso? – Perguntou Luna.

— Temos que tirar o controle mental de Neo antes de tudo. Luna, preciso que você entre na mente dele, é o único jeito.

Luna então tentou acessar a mente de Neo. Ela tentava destruir a barreira mental criada pela magia do Rei, mas parecia forte demais.

— Não dá, é muito forte! – Gritou Luna com seus olhos azuis.

— Tenta Luna, você não pode parar – Incentivava Rosie.

Luna travava uma batalha mental contra o controle mental que se apoderava da consciência de Neo. Enquanto suas narinas sangravam e ela se enfraquecia, Luna se lembrava dos momentos que passou com seu amigo. Flashes de memória invadiam sua mente, fazendo-a sentir a necessidade de dar o melhor de si para salvar o seu amigo.

— Alex, os soldados – disse Rosie.

— Certo, preciso que você fique invisível e me toque, agora! – Gritou Alex.

Rosie tocou Alex que inverteu o poder da amiga e brilhou tão forte que fez os olhos dos soldados arderem. Ele aproveitou esse momento para nocautear os 89 soldados que estavam no local com a ajuda de Rosie. Alex foi até Neo e disse:

— Neo, você tem que lutar contra isso.

Neo partiu para cima da Alex, criando clones que tentavam atingir Alex.

— Neo, por favor...

— Cala a boca! – Gritou Neo, jogando rajadas de fogo contra o amigo que deixou ser atingido por uma das rajadas pirocinéticas, transformando as outras em gelo ao inverter seu poder.

— Eu sei que você está aí Neo, você precisa me ouvir.

Alex ficava na defensiva, evitando os ataques de Neo que criava diversos clones onde alguns eram congelados por Alex e outros repelidos por barreiras de gelo. Neo soltou raios no amigo que voou e congelou seus pés, porém Neo desfez o gelo.

Enquanto isso Luna conseguia gradativamente quebrar a barreira mental de Neo que, enfraquecido, colocava a mão em sua cabeça, abaixando-se. Quando percebeu que se tratava de Luna, Neo jogou uma rajada de raios na amiga que ficou vulnerável por usar toda sua força na mente do amigo. Alex se pôs na frente e recebeu toda a carga de raios. Ryan correu até Neo, desviando das outras rajadas de raio, fogo e gelo que os outros três clones de Neo lançavam ao seu lado. Ryan se aproximou dos clones e tocou na mente de cada um, desfazendo seus poderes e os transformando em pó. Até que Neo parou de lançar raios em Alex, que caiu enfraquecido no chão, e começou a batalhar contra Ryan que, através da capacidade do seu corpo de esquivar-se sozinho de perigos iminentes, desviava de todos os golpes de Neo com maestria. Ele tentava chegar perto do amigo de Alex para que pudesse anular seus poderes como fez da primeira vez da qual lutaram. Mas cada vez que tentava, Neo criava um clone, tornando inúteis suas tentativas.

Luna, já praticamente esgotada, fez o último esforço para destruir em cinquenta por cento a barreira mental do amigo que, fraco, caiu ajoelhado. Deixando uma ótima oportunidade para que Ryan pudesse tocar sua mente e anular seus poderes. Porém Neo continuava com seu controle mental, mas de repente ele vira para Alex e diz:

— Alex, me aju...

Enquanto falava foi interrompido pelo que parecia ser a outra personalidade do mesmo manipulando seu amigo.

— Neo, você tem que resistir, por favor, eu sei que você consegue. Vamos lá cara, você é ca...

De repente Alex lembrou-se de algo.

— O que foi Alex? – Perguntou Rosie.

— Fiquem aí que eu já volto. – Respondeu Alex voando a toda velocidade, quebrando a parede de ouro do palácio.

Rosie foi ver como Luna estava e a levantou.

— O... O Neo... Ele... – Tentava falar Luna.

— Ele vai ficar bem, estamos tentando fazê-lo voltar – Disse Rosie.

— Eu tenho que...

— Não Luna, você já se esgotou demais, precisaremos de você, não tente entrar na mente dele novamente.

— Você... Você não ente...

— Não entendo e nem quero entender, só entendo que você é tão importante para nós quanto Neo, e você é mais importante para ele do que qualquer coisa. Por favor, não entre na mente dele de novo porque você não vai resistir.

De repente vê-se Alex voando em direção aos jovens. Ele então pousa e anda lentamente em direção de Neo que o olha assim como os jovens. Alex então coloca no chão o corpo morto de Beatriz, olha para Neo com lágrimas e diz:

— O Neo que eu conheço jamais faria isso com ela. Você vai deixar esse Neo te dominar ou vai vencer isso e lutar ao nosso lado?

Neo então começou a batalhar internamente contra si mesmo. A pressão dentro de si era tão forte que ele sangrava continuamente por seus orifícios superiores. Até que caiu exausto no chão.

— Não, não, não – Dizia Alex repetidamente indo em direção ao amigo.

Rosie e Luna também foram, Rosie tocou seu pulso e sua carótida e não sentiu nada.

— Ele...

— Não diga isso! – Disse Luna.

— Ele morreu... – Disse Rosie com os olhos enchendo-se de lágrimas.

— Não! – Exclamou Luna com toda a força.

— Não faz isso comigo, parceiro. Por favor, não! Você não pode! – Disse Alex.

Ryan virou-se para o canto para que ninguém o visse derramar tímidas lágrimas que rolavam de seu rosto apesar de fazer tanta força para segurá-las.

Alex virou o amigo e colocou em seu rosto, ainda quente, o óculos de Neo e deu um beijo em sua testa.

De repente, barulhos de palmas são ouvidos do andar superior. Era o Rei que descia as escadas lentamente enquanto os jovens se colocavam de pé e ele dizia:

— Nunca vi uma cena tão linda assim. Sinceramente, lamento pela morte do seu amigo. Na verdade eu acho que não. Porque ninguém lamentou quando eu perdi o meu filho! – O Rei jogou os jovens contra a parede – Estão sentindo essa tristeza? Foi a mesma que eu senti quando perdi meu querido filho. Vocês os mataram com sua ignorância e agora vão morrer pelas suas próprias mãos!

Os jovens eram sufocados pelas sombras que apertavam seus pescoços.

— O corpo desfalecido de vocês na Terra será apenas o início do fim da sua espécie ridícula.

Os jovens deram as mãos enquanto choravam amedrontados pela morte iminente. O portal, já aberto, aguardava para receber a última peça do quebra cabeças: os portadores do Pagpa.

Até que, já sem ar, ouve-se uma voz:

— Eu sugiro você se preparar, porque será você provará o gosto amargo da morte agora mesmo.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Comentem e critiquem :). Todos detestamos leitores fantasmas, não custa nada um comentário, vai. Até a próxima e beijos do THE



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