O Acampamento - INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 12
Capítulo 11: Um Furacão de Perigo


Notas iniciais do capítulo

EAE AMIGOS, COMO VOCÊS ESTÃO????????????????????????????????
Estou bem, obrigado.
Mais um capítulo aqui para vocês, espero que gostem. Nos vemos lá embaixo, beijos.



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Pela manhã, os jovens acordaram e se aprontaram para partir. Enquanto Neo pegava algumas coisas, Luna o interceptou, tocando em suas costas.

— Ei – Disse ela.

— Ei querida, dormiu bem? – Perguntou Neo.

— Dormi sim.

Neo deu um sorriso e continuou arrumando uma mochila feita de madeira com feixes de uma árvore semelhante à trepadeira terrestre, que juntava os espaços referentes aos lugares onde se colocava os objetos. Ela continuou olhando para ele, querendo falar algo. Neo sentiu que ela queria dizer-lhe alguma coisa e virou-se para ela.

— Algum problema?

— Não, nada. É que eu nem acredito que você esteja vivo.

— Na verdade nem eu, mas não é isso que você queria me falar.

— Só queria te pedir desculpas por ter te beijado. Eu não sei o que deu na minha cabeça.

— Não precisa se desculpar. Você ficou feliz por eu estar vivo e demonstrou isso como um beijo, não é nada demais, certo?

— Sim, claro. Nada demais.

— Vem cá – Disse Neo abraçando a amiga, colocando a cabeça dela em seu peito – Eu te amo, Lu, não vou te deixar tão cedo. Vamos voltar para casa e tudo será como antes.

— Pessoal, vamos! – Chamou Alex.

Neo e Luna então foram até ele, enquanto Spectro, ao seu lado, falava com Muskox.

— Certo, é o seguinte: temos que sair da vila e seguir até o leste – Disse Spectro.

— Mas o esconderijo de Poluzi fica a oeste – Disse Rosie.

— Se formos a oeste, teremos que passar bem perto do centro da cidade, e isso é o que devemos evitar.

— Eu acho melhor seguirmos pela cidade mesmo – Disse Katrina – Existem túneis que vão nos levar até a rede de esgoto de lá, onde podemos passar pela represa e assim chegarmos mais rápido. É mais perigoso, porém nos poupa o tempo que não dispomos.

— Vocês que sabem.

— Vamos pelo centro – Disse Alex.

— Certo, então vamos.

Spectro se despediu de Muskox e de toda a população da vila que os olhavam sair pelos portões e os jovens então seguiram rumo a seu destino. Os jovens andavam por um campo de gramas curtas e cinzas por algumas horas, até que começaram a duvidar de onde estavam indo.

— Tem certeza que esse é o lugar certo? – Perguntou Alex – Parece que estamos andando em círculos há horas.

Katrina pegou seu mapa e começou a olhá-lo.

— Por que você não se teleporta até a cidade e depois vem fazendo igual fez com a tempestade de areia?

— Você quer dizer: ir fazendo um caminho para vocês? – Perguntou Spectro.

— Exatamente.

— Não consigo teleportar para mais de um quilômetro de distância.

— Meu Deus, você é um inútil – Disse Luna.

— O que você disse? – Perguntou Spectro dando um passo em direção à Luna.

Neo se pôs frente a ela.

— Se afasta – Disse ele.

— Não vou bater na sua namoradinha, fica calmo.

— Estou calmo, você quem não deveria estar.

— Garotos, não comecem – Disse Beatriz apartando os dois.

— Aqui diz que estamos indo na direção correta – Disse Katrina – Vamos continuar andando. É a única maneira de descobrirmos se estamos certos ou não.

— Eu posso voar e ver se consigo enxergar algo – Disse Alex.

— Melhor não, você pode se perder.

— Pessoal, vamos andando, Luna pode usar seu sonar telepático periodicamente para tentar achar algo, ou alguém – Disse Beatriz.

Eles então continuaram andando e, após alguns minutos, Rosie avistou alguma coisa.

— O que é aquilo? – Perguntou ela.

— Eu vou verificar – Disse Spectro.

— Não! – Exclamou Rosie – Vamos com calma. Alex, voe com a uma certa distância e nos diga o que está vendo.

Alex fez o que a amiga pediu e logo depois voltou.

— Vocês não vão acreditar... – Disse ele.

— É um ferro-velho, certo? – Perguntou Katrina.

— Sim, mas...

— É o ferro-velho dos Tchiulers – Disse Spectro.

— O que um ferro-velho faz aqui? – Perguntou Neo.

— Quando o rei de Preato usou o Pagpa pela segunda vez, ele ainda não tinha o conhecimento que temos agora, então, ao invés de abrir um portal para levá-lo à terra, ele simplesmente criou uma espécie de furacão que sugou tudo ao seu redor, inclusive casas e carros – Respondeu Katrina.

— Mas... Como assim? Como você sabe dessas coisas? – Perguntou Alex.

— Eu vi através do portal que foi criado. Aparentemente tudo que acontece com o Pagpa aqui, acontece na terra. A natureza parece ter revidado às tentativas de criação de um portal.

Neo pensou um pouco.

— O que foi, nerdão? – Perguntou Alex.

— Só estou pensando em uma coisa – Respondeu Neo – Katrina, quando você olhou através do portal, o que você viu?

— Não sei explicar. Eram como se fossem retângulos de várias cores, como telhados de casas submergidos em água.

— Não pode ser.

— O que foi, Neo? – Perguntou Beatriz.

— Foi isso que causou o furacão Katrina.

— O quê? Isso é impossível – Disse Alex – Tem certeza disso Neo?

— Tenho sim. Quando eu tinha três anos minha mãe me contou que teve que se mudar Oklahoma por conta do emprego do meu pai. Três dias depois ocorreu o desastre do furacão Katrina que destruiu quase toda a cidade de Nova Orleans.

— Então isso quer dizer que os portais criados aqui culminam por causar catástrofes naturais na Terra? – Perguntou Luna.

— Exatamente.

— Então ele não quer o Pagpa para invadir a Terra... Ele quer para destruí-la – Deduziu Rosie.

— E se nós formos pegos, já era – Disse Alex – Vamos, temos que ir.

— Não! – Gritou Katrina.

— Pelo amor de Deus, o que foi agora?

— Não podemos simplesmente ir. Eles vão tentar nos atacar ou nos prender e se a gente fizer algo contra eles pode ser que ativem o alarme e mandem tropas para nos pegar, ou até mesmo o próprio rei.

— Tem plano melhor? – Perguntou Spectro.

Katrina se calou.

— É o único jeito – Disse Alex.

— Certo, então se preparem – Disse Rosie.

— Já sei. Rosie, você vai na frente e tenta desativar o alarme e qualquer comunicação deles – Pediu Beatriz – Estaremos bem atrás de você, e se algo der errado tente nos avisar de alguma forma.

— Certo, estou indo.

Rosie ficou invisível e foi correndo em direção ao ferro-velho.

— Luna, preciso que você me diga quantos “Tchiualgumacoisa” existem lá – Pediu Beatriz.

Luna então lançou um sonar telepático, onde pôde ver cada um dos que estavam lá. Ela então comunicava-se com Rosie telepaticamente, avisando os locais que deveria evitar por haver Tchiulers naquele lugar. Rosie então desativou um alarme.

*º*º*º*º*Luna’s telepathy on*º*º*º*º*

Rosie, sua direita está limpa. Há um soldado a uns vinte metros na sua frente. Toma cuidado.

— Pode deixar – Respondeu Rosie, mentalmente.

Rosie passava por entre os carros com muita agilidade, entrando e saindo dos mesmos até alcançar o segundo alarme. Porém, ao desativá-lo, um outro alarme toca e um pó é espirrado contra seu corpo, deixando-a visível, mostrando que aquilo era um disfarce para pegar algum intruso. De repente aparecem cinco soldados com cetros e atiram contra Rosie, tentando acertá-la.

*º*º*º*º*Luna’s telepathy off*º*º*º*º*

— Droga! – Exclamou Luna – Ela está com problemas, temos que ir.

Alex então pegou na mão de Katrina e voou.

— Vem comigo – Disse ele.

— Luna, vá com a Beatriz, ela vai correr até o ferro-velho.

Beatriz então enrolou seu braço em Luna e correu com ela.

Neo olhou para Spectro e fez um sinal de “sim” com a cabeça. Após isso ele teleportou e Neo correu até os amigos.

*º*º*º*º*Luna’s telepathy on*º*º*º*º*

Ela está no círculo formado por uns carros azuis, vermelhos e cinzas – Disse Luna mentalmente ao seus colegas.

*º*º*º*º*Luna’s telepathy off*º*º*º*º*

Katrina a avistou e pediu para Alex a lançar no topo da pilha de carros. Ele fez como ela pediu e a lançou. Foi quando Beatriz e Luna chegaram até Rosie que já havia dado cabo de dois soldados, porém haviam aparecido mais oito além dos que estavam atirando nela inicialmente. Beatriz correu entre eles tirou seus cetros e Luna entrou na mente de cada um e os fez ficar ajoelhados.

— Não os matem – Pediu Katrina.

— O controle mental não durará muito tempo – Disse Beatriz olhando para Luna e seus olhos completamente azuis.

— O que vamos fazer? Eles ativaram o alarme – Perguntou Rosie.

— Vamos ficar e lutar – Disse Spectro chegando do teleporte.

Neo também apareceu.

— O que houve? – Perguntou ele.

— Nada, Neo – Respondeu Beatriz.

— Por que Luna está os controlando? Ela não vai aguentar muito tempo. Prenda-os em algum lugar.

Luna então os fez andar até uma van que estava no ferro-velho, sentou todos eles e Neo fez uma barreira de fogo ao redor do automóvel após soldar as portas, impedindo que saíssem. Luna retornou do controle mental, meio tonta, sendo amparada por Alex que, após ouvir um barulho, voou para ver do que se tratava. Eram os soldados que vinham com sua tropa, comandada pelo mesmo capitão que os prendeu quando chegaram em Preato. Eram cerca de duzentos homens, armados com cetros. De repente eles pararam frente ao ferro-velho e o capitão se pôs a falar:

— Rendam-se agora e não haverá feridos.

Enquanto isso, os jovens sussurravam entre si.

— O que vamos fazer? – Perguntou Beatriz.

— Vamos lutar, é o único jeito – Disse Neo.

— Mas são muitos.

— E nós valemos por milhões deles – Disse Alex.

— É o último aviso! – Disse o capitão.

Luna subiu numa pilha de carros, olhou para o capitão e disse:

— Vem nos prender agora, seu otário.

O capitão deu a ordem e eles começaram a invadir o local. Os jovens se separaram. Spectro teleportava-se entre eles, lutando corporalmente com alguns homens que nem sequer conseguiam feri-lo. Luna se protegia dos ataques dos cetros e ataques físicos com sua barreira cinética enquanto batia nos soldados com seu bastão. Beatriz corria entre os homens que utilizavam armas brancas além dos cetros. Eles tentavam cortá-la, mas ela esticava sua pele o suficiente para que a lâmina não a ferisse, além de contra atacar com seus socos certeiros. Alex usava sua força para destruir todo o flanco que vinha em sua direção, jogando carros, motos e outras ferragens quando necessário, além de desviar de seus tiros provindos dos cetros. Rosie tirou sua blusa de cima, manchada pelo pó, deixando que apenas uma regata preta vestisse seu torso e lutava usando sua invisibilidade para ataca-los furtivamente, deixando-os desorientados e atirando uns nos outros. Katrina apenas vigiava os homens que estavam na van, para que não fugissem e Neo ficava junto dela.

— Não vai ajudar seus amigos? – Perguntou Katrina?

— Não sei se devo abusar do Pagpa – Respondeu Neo – Da ultima vez não foi algo agradável.

Após toda horda ter sido derrotada, o capitão entrou no ferro-velho, olhando para os corpos de seus soldados e em seguida para os jovens que se reuniram, um do lado do outro.

— Inúteis! – Exclamou ele – Duzentos homens para nem sequer ferir esses delinquentes. Mas não tem problema, porque agora eu os mostrarei um pouco de respeito.

Spectro, teleportou-se para perto do grande homem que simplesmente se virou e pegou em seu pescoço. Ele tentou teleportar-se de novo, mas por algum motivo não conseguia. Alex correu para ajudar Spectro, porém, o capitão olhou para ele e de seus olhos saíram rajadas de energia concussiva, que jogaram Alex a metros atrás. Rosie ficou invisível e tentou acertar o capitão, porém ele sentiu sua presença e lançou uma rajada no solo perto de seu pé. Rosie pulou, porém o capitão usou sua outra mão para socar sua barriga, fazendo-a ser jogada para trás, inconsciente pelo impacto. O capitão olhou para Spectro e disse:

— Eu disse que ainda ia te matar, ratinho.

Luna tentou entrar na mente do capitão, porém ele sentiu sua presença psíquica, e, por ter poderes telepáticos, lançou em Luna uma rajada psiônica, fazendo Luna cair no chão, gritando por causa de uma dor excruciante que sentia. O capitão então eletrificou Spectro até sua pele começar a queimar, foi quando Beatriz correu, desviou das rajadas de energia do capitão, segurou num carro preso pela esfera magnética de um grande guindaste e logo em seguida esticou seu braço e agarrou Spectro através da sua imunidade à eletricidade. Ela então o colocou em um lugar seguro, com Spectro já inconsciente.

Katrina e Neo ouviram Luna gritando.

— Luna?! – Perguntou Neo.

— Eu também ouvi – Disse Katrina.

— Fique aí – Disse ele deixando sua mochila aos pés de Katrina.

Neo correu e subiu numa pilha de carros e viu Alex tentando se levantar, Luna caída no chão com as mãos no estômago, chorando e suada. Depois ele olhou para o capitão que lançou raios em sua direção. Neo repeliu os raios por também controlá-los, então o capitão lançou rajadas de energia de suas mãos. Neo criou seis clones que lançavam chamas contra as rajadas de energia que eram repelidas pelo calor formado pelas chamas dos clones. Alex aproveitou esse momento de distração e correu até o capitão, que virou uma de suas mãos contra o jovem, porém, Alex colocou seu pé numa pilha de carros à sua esquerda e tomou impulso que o jogou para outra pilha na sua diagonal, à direita. Ele então voou até a face do capitão que tentou acertar-lhe com uma rajada de seus olhos, mas Alex caiu em suas costas e socou a coluna do capitão que virou-se tentando acertar o jovem, que desviava de seus golpes o socava sua barriga, por ser mais fácil de acertar.

— Neo, Bia, fiquem com Luna! – Gritou o amigo.

Até que o homem se enfureceu e lançou uma rajada contra Alex. Ele então tentava parar a rajada com sua mão esquerda e se aproximava com muita dificuldade do capitão. O homem ficou surpreso com a capacidade de Alex de conseguir parar sua rajada de energia e aumentou a intensidade, lançando rajadas com as duas mãos e os dois olhos. Alex tentava se aproximar, mesmo com a ponta dos pés que eram arrastadas para trás por conta da intensidade dos raios. Alex então desviou para a direita e voou até um ônibus que estava do outro lado ferro-velho, ele então viu pilhas de garrafas de gasolina e colocou dentro do veículo. Em seguida, ele pegou o ônibus pela parte de baixo e voou com o mesmo sobre suas mãos que estavam acima de cabeça. Alex ficou em uma distância considerável de Neo e do chefe e gritou para o amigo:

— Neo! É hora do “bum”!

Alex então jogou o veículo contra o capitão. Neo que estava agachado cuidando de Luna, levantou-se e criou uma barreira de gelo ao redor do veículo que voava em direção ao alvo, protegendo-o das rajadas de energia do capitão que dissolviam gradativamente o gelo. Ao ver que o ônibus estava bem perto do capitão, Neo criou um clone embaixo do solo onde estava o pé do inimigo que segurou seus pés, prendendo o vilão. Ele então criou quatro colunas de raio que giravam ao redor do capitão e quando o ônibus ficou a pouquíssimos metros de sua cabeça Neo e Alex gritaram:

— Bum!

Neo então lançou uma bola pirocinética contra o ônibus que, além de ter explodido com o contato das chamas e dos galões de gasolina, aumentou a intensidade da explosão com os raios que giravam em alta velocidade. Porém a explosão ficou fora de controle, foi quando Alex viu que os destroços das pilhas de carro viriam em direção ao amigo e da Beatriz que estava junto dele. Alex então voou até Neo e ficou de frente dele.

— Abaixados!

Alex os abraçou enquanto os destroços batiam em suas costas. Quando tudo cessou e poeira abaixou, Neo olhou para Alex e viu que o amigo estava com uma estaca de metal perfurando a extremidade direita de seu abdômen.

— Droga, Alex! – Disse Neo – Bia vai pegar a Rosie e traga-a aqui para ela cuidar do Alex.

Neo derreteu a parte da estaca que estava nas costas do amigo, permitindo que ele deitasse. Rosie chegou, cambaleando um pouco e foi verificar Alex que tremia por conta da quantidade de sangue que perdera. Luna ficou inconsciente e Neo foi ver o porque ela havia parado de gritar. Nesse momento, o capitão aparece no topo da máquina com uma esfera magnética. A sombra formada pelo seu corpo fez com que os jovens olhassem para ele. O homem estava sem o braço esquerdo, cego de um dos olhos e sem uma orelha. Ele estava com Spectro em sua mão direita. Ele então olhou para os jovens e disse:

— Isso é um lembrete para que vocês saibam o que ainda espera por vocês. Acha que ganharam? Acha que me derrotaram? A diversão só começou.

Ele então eletrificou o corpo de Spectro até o mesmo explodir. Suas vísceras sujavam o corpo do capitão que passava sua língua fina como de uma serpente e comprida por toda sua face, lambendo o sangue do oponente que jazia em pedaços. O capitão então pulou para baixo e sumiu da visão dos jovens que olhavam impressionados com o que tinham visto.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Deixe seu belíssimo comentário cheio de críticas, sugestões, elogios e reclamações.
Até a próxima e beijos do THE



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