Selection escrita por Pudim de Menta


Capítulo 6
VI - Catatônico


Notas iniciais do capítulo

Oiiie, mil desculpas a demora.



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Logo fomos liberadas para ir aos nossos aposentos, fomos em grupos, enquanto fazia o caminho do salão de refeições até meu quarto, eu calculava algumas pequenas possibilidades, teria que dispensar as criadas, me sentar no chão do banheiro, ligar a torneira e o chuveiro e usar meu relicário para me comunicar com os rebeldes.

Fiona fora embora, eu perdi minha única aliada.

Assim que me aproximei do quarto, vi o guarda Sirius prostrado diante da porta, cumprimentei o, com um aceno de cabeça, porém algo me chamou atenção, no exato momento em que Lily Luna Potter passava, ele baixou a cabeça, como se quisesse que ela não visse o rosto dele.

Guardei a pergunta para mim, talvez eu investigasse mais tarde, eu tinha muitas coisas a fazer, eu já estava para dispensar Amélia e Alice.

Elas pareciam sorridentes, até demais, vasculhei o quarto com meus olhos, finalmente reparei na caixinha branca em cima da cama.

― Do príncipe Scorpius. ― avisou Amélia.

Peguei a caixinha, era de madeira, com entalhes dourados, abri com o máximo de delicadeza possível, havia um papel ali, enrolado no estilo pergaminho.

Desenrolei e li cada palavra.

Olá cara Selecionada

Você tem permissão para andar livremente pelo castelo, exceto o andar dos aposentos reais.

Como gesto de respeito e amizade, aceite a flor.

Príncipe Scorpius Malfoy.

Olhei melhor, agora sem o papel obstruindo a visão do fundo da caixa, havia uma flor.

Era um crisântemo, eu reconheci, por que minha mãe e minha avó amavam crisântemos, era levemente rosado.

Analisei o bilhete, “cara selecionada”, mais garotas deviam ter recebido, por que se fosse algo especifico a mim, estaria Rose Weasley.

Sai do quarto, com a flor na mão, estava me dirigindo aos aposentos de Dominique, perguntar se ela recebera uma flor, mas parece que todas as garotas saíram dos quartos ao mesmo tempo indo checar com outras garotas se também tinham recebido.

Todas tinham uma flor na mão e sorriam apaixonadamente, como se exclusivamente ele tivesse mandando uma flor para elas.

Como se todas as outras não tivessem recebido, as meninas enxergavam aquilo como romantismo, mas para mim era cortesia, como sempre, Roxanne salvou o barco.

―Sério?Uma flor? Poderia me mandar uma torta. ― ela disse, era só uma piadinha, mas mesmo assim ri.

Observei que na mão dela havia orquídea, tentei ver as flores de outras garotas, Lucy, Lily e Lysander tinham uma Amarílis nas mãos, algumas como Molly e Dominique tinham Lírios.

Aproveitando que todas estavam ali, tentei contar, havia 29 garotas, Scorpius mandara seis embora na primeira eliminatória.

Depois que todo mundo averiguou que cada Selecionada tinha recebido alguma flor, cada uma procurou seu rumo, eu retornei para o quarto, disse a Amélia e Alice que o dia fora cheio e que eu queria ficar sozinha.

Elas saíram, assim que a porta fechou, corri para o banheiro, tranquei a porta, liguei a torneira e o chuveiro.

Abri o relicário e pressionei a foto da minha mãe, ouvi um pequeno clique, estava gravando.

Eu nem sabia como começar.

―Eu sou a Weasley, fui selecionada, estou em uma missão para os rebeldes, não houve muita coisa importante ainda, exceto que minha aliada foi mandada embora.

Apertei novamente a foto e gravação encerrou, porém o relicário começou a chiar bem baixinho, apertei o botão novamente.

―Rose. ― era a voz do meu pai que saia do comunicador. ― Sim! Eu posso me comunicar de volta, fique alerta, não existe só nosso grupo de rebeldes, só tentarei me comunicar de volta depois de você me mandar algo, mesmo assim cuidado, não quero te comprometer.

Ouve um clique e o chiado e voz do meu pai se foram, continuei sentada no chão, eu estava sozinha, mas eu tinha que me mexer, logo Amélia e Alice retornariam e eu não tinha uma história para explicar o por que meu chuveiro e torneira estavam ligados e por que eu estava trancada no banheiro.

Ergui-me, desliguei tudo e decidi dar um volta, assim que sai do quarto vi Lily à espreita na porta do seu quarto, Sirius estava de costas para ela, como se não quisesse ser visto.

― Gostaria que eu a acompanhasse? ― perguntou o guarda.

― Não. ― agradeci. ― fique ai e avise a Amélia e a Alice que fui dar apenas uma volta pelo castelo.

Fui caminhando, tentando conhecer o castelo, eu já havia saído do corredor das selecionadas, virado duas esquerdas e acho que três direitas, mas eu tinha a sensação que alguém me espreitava.

Virei o pescoço, eu estava em um corredor, não tinha guardas e nem câmera, era coberto por um carpete creme e as paredes brancas, virei-me para trás e Lily vinha avançando rapidamente.

Quando vi ela colocou o braço um pouco abaixo do meu pescoço e me prensou contra a parede.

― Olha aqui Weasley, só por que minha mãe não passou na primeira fase dessa competição idiota, não que dizer que eu também estou fadada ao fracasso, mas o que eu realmente quero tratar é o que você fez para que o príncipe Scorpius se lembrasse de você? ― o tom de Lily era ameaçador e eu não tinha força para empurra-la, eu não sabia que a nanica ruiva era tão forte.

― Fui gentil. ― respondi. ― coisa que você não é capaz de fazer.

Por dentro eu torcia para que um guarda aparecesse, se Lily partisse para agressão e eu me defendesse, não haveria prova de quem começou a briga, ela era filha de um figurão do conselho, ela era mais baixa e tinha cara de anjo, estaticamente analisando friamente Lily tinha vantagem, ela poderia alegar que eu estava com inveja e parti para agressões, eu seria expulsa, pois encostar um dedo em qualquer selecionada era punível com a saída da competição.

― você fez mais alguma coisa. ― alegou Lily.

― não fiz não, nanica ruiva! ― provoquei, mas eu estava pisando em ovos, a menina parecia burrinha, mas acredito que era a candidata mais esperta. ― me solta, você não sabe, mas eu e meu guarda, Sirius combinamos antes, no primeiro dia, se eu sumisse por muito tempo ele viria atrás de mim e ele nos verá assim e as coisas ficarão feias para você.

Era mentira, eu e o Sirius não combinamos nada, ela me soltou e se afastou, quando estava saindo da minha vista, Lily virou-se na minha direção e apontou seus dedos para olhos e apontou para mim.

― Estou de olho Weasley.

― Tenho olhos também, fogueira anã. ― foi golpe baixo, mas eu estava irritada.

Eu tinha ficado em estado catatônico por alguns segundos, eu até havia esquecido quantas esquerdas e direitas havia dobrado, tentei refazer o caminho, mas peguei o corredor errado, virei, subi escadas e tentei abrir portas, mas estavam trancadas.

Subi um lance de escadas, mas eu não vi guardas para me dar qualquer orientação, fui parar em um corredor que havia apenas uma porta dupla.

Talvez eu tivesse uma pista de onde deveria ir, talvez tivesse uma criada ali ou um guarda, eu estava desesperada e situações drásticas pedem medidas drásticas.

Bati na porta, ninguém atendeu, girei a maçaneta, abri a porta e entrei.

Assim que vislumbrei o ambiente meu queixo caiu, era uma biblioteca enorme, com prateleiras do chão até o teto, os tapetes eram persas, havia almofadas aqui e ali.

Havia também uma lareira e um quadro da família real, também poltronas, uma estava mais escondida, era cinza, havia uma mesa pequena e redonda perto dela, aproximei-me.

A mesa tinha três livros, Código das flores, em baixo dele havia um exemplar de teoria da economia e crescimento e por ultimo um livro de fantasia, havia também um marcador feito por criança e estava intitulado nele Scorpius Malfoy.

Levei um susto e tentei deixar tudo do jeitinho que estava, virei-me e reparei que no outro canto tinha uma poltrona menor, feita para alguém do tamanho do príncipe Luke e mais a frente, uma do lado da outra, imponentes estavam duas poltronas.

Quatro poltronas + quadro da família real + marcador Scorpius Malfoy.

Era a biblioteca da família real e se me pegassem ali eu estaria ferrada, talvez ferrada fosse eufemismo, eu já estava prestes a dar meia volta quando ouvi um cantarolo alto e masculino, parecia à voz do príncipe e cantava em um tom de provocação infantil.

― O Luke não me pega! ― gritou e passos se aproximavam, sem pensar duas vezes enfie-me atrás da poltrona cinza.


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Notas finais do capítulo

Beijos



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