Selection escrita por Pudim de Menta


Capítulo 7
VII - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

oiiii, para vocês suas lindas ♥



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Eu já estava atrás da poltrona, às portas se abriram e houve passos pesados, eu podia escutar meu coração batendo e eu esperava quem quer que fosse não escutasse.

Os passos se aproximavam, quando eu vi alguém sentou do meu lado, era o príncipe, ele ainda olhava para o outro lado, tinha uma arma de brinquedo na mão, daquelas que sai um laser vermelho para simular um tiro.

Ele virou a cabeça e finalmente me viu, mas a situação não foi agradável, ele deu um pulo de susto.

― O que faz aqui senhorita Weasley? ― ele sussurrou.

―Desculpa. ― pedi. ― eu acabei me perdendo, estava atrás de um guarda ou uma criada para me informar e acabei parando aqui, escutei gente se aproximando e me escondi aqui.

― Olha, oficialmente ainda não podemos nos encontrar, eu vou distrair meu irmão, você vai sair pelo corredor da biblioteca, vá até o fim dele, lá tem dois caminhos, pegue o da esquerda, de jeito nenhum vá pela direita, lá é o escritório do meu pai e ele não vai ficar contente em vê-la, depois que entrar na lateral esquerda, continue reto, até aparecer uma escada, desça dois lances, depois vire à direita e vai parar no salão das mulheres, de lá você consegue chegar aos seus aposentos?

―Sim. ― agradeci. ― obrigada.

―Seria muito legal da sua parte que não comentasse esse nosso “encontro”. ― ele disse enquanto se levantava. ― agora vou levar meu irmão para outro lugar, ele ainda não pode vê-la, sabe das regras, nada de contato com o príncipe por uma semana e blá-blá, meu irmão acabaria soltando para a mamãe que eu a vi, porém senhorita foi um prazer ter essa breve conversa.

Ele pegou minha mão e deu um beijo nas costas dela e saiu correndo porta a fora gritando o nome de seu irmão.

Logo percebi minha deixa e dei o fora, passei pela abertura no corredor onde eu entrei, eu devia estar tão aturdida que nem vi que por onde eu havia entrado era o meio da passagem.

Corri até o fim dela e vi a encruzilhada, eu devia ir pela esquerda, mas como uma rebelde pareceu tentador a ideia de remexer no escritório do rei, porém teria guardas, câmeras e também o fato do rei estar por lá.

Como pessoa sensata, peguei o caminho da esquerda, fui reto até a escada aparecer, desci os dois lances e virei à direta e pude ver as portas do salão das mulheres, de lá eu conseguia voltar.

Fiz o caminho até meu quarto, Sirius esperava na porta.

― A senhorita está bem? ― ele perguntou. ― Demorou.

― É que eu me perdi. ― justifiquei.

Entrei no quarto e Amélia e Alice já tinham voltado.

―Senhorita. ― chamou Alice. ― trouxemos seu lanche.

Olhei na minha mesinha, havia uma bandeja prata, com pãezinhos, duas xícaras com conteúdos diferentes, quatro fatias de bolo e morangos.

―Obrigada. ― Agradeci e puxei a cadeira disponível para a mesinha. ― Querem um pouco?

― Não. ― recusou Amélia.

― Eu insito. ― deixei claro.

―Não podemos comer a comida dos “patrões”. ― Alice explicou.

― os “patrões” não saberão e tem o bastante para nós três. ― repliquei.

Elas pegaram um pãozinho e morango.

― O que tem nessas xícaras? ― perguntei.

―Uma é chá e outra é café. ― revelou Amélia. ― não sabíamos do que você gostava, então trouxemos os dois.

― gosto de chá. ― falei. ― querem um pouco.

Por fim elas concordaram, Amélia ficou com café e Alice disse que detestava ambos, dividimos o lanche.

Enquanto eu comia coloquei meus pensamentos em ordem.

Revisei minha saída do quarto, Sirius evitando que Lily o visse, depois a doida me encurralado em um corredor, revisei sua fala.

Olha aqui Weasley, só por que minha mãe não passou na primeira fase dessa competição idiota.

Além de mim tinha outra garota filha de uma selecionada, puxei o nome da mãe de Lily na memória, ela era senadora de Hudson, Gina Potter, acho que o sobrenome de solteira era Pinnkley.

Não sei o que tal informação poderia me acrescentar, mas mesmo assim anotei na memória.

Depois vi os títulos que Scorpius tinha na sua mesinha, o livro de fantasia, código das flores e a teoria da economia.

―Vou sair de novo. ― falei.

― Por favor, senhorita, peça para um guarda te acompanhar. ―pediu Amélia. ― ficamos assustadas com a ideia da senhorita se perder.

Concordei, Sirius estava prostrado no seu posto.

― Poderia me levar à biblioteca e depois uma volta no castelo? ― perguntei.

― Claro. ― e saímos andando, passamos por um corredor e paramos em frente a algumas pinturas.

A primeira mostrava um homem de cabelos despenteados e castanhos, óculos de armação quadrada, li a inscrição abaixo do quadro.

James Potter, esposo, pai, herói e grande homem.

―Espera. ― espantei-me. ― Esse é o pai do conselheiro Harry Potter?

―Sim. ― James sorriu. ― Ele nasceu sete, até onde sei seus pais tinham muito filhos e aos dez anos ele fugiu de casa por se considerar um peso para os pais, vivia em abrigos e trabalhava limpando piscinas e fazendo jardinagem, o que sobrava de sua magra renda ele deixava anonimamente na porta da família, ele fez 18 e veio o alistamento, se alistou e virou um dois, no seu primeiro mês ouve um ataque rebelde da organização que se intitula comensais da morte, na época Illéa estava em guerra, essa organização queria matar Severo Snape, um espião do Illéa e que tinha a estratégia para vencer a guerra, Tiago Potter salvou o Snape e ajudou capturar o líder dos rebeldes, Voldemort, ele foi considerado um herói, se casou com uma três, Lily Evans, que era uma ativista de causas sociais, depois o Harry Potter nasceu e teve uma carreira brilhante no conselho.

Tentei absorver toda informação, Lily Potter descendia de um sete e se gabava por ser uma Dois?

Como Sirius sabia tanto da família Potter?

―Quem é esse? ― Apontei para o quadro intitulado Sirius Black.

― No dia do ataque em que James Potter se tornou um herói, Sirius também foi, ele estava procurando nos corredores comensais da morte, havia dois deles, agarrando a rainha da época, Narcisa Malfoy, estavam prestes a viola-la, Sirius deu um tiro nas costas dos dois homens e salvou a rainha. ― ele explicou.

―E esse? ― Olhei para o quadro de Remus Lupin.

― Remus Lupin, era um mero guarda, mas era muito inteligente, um dia enquanto fazia escolta do rei, conhecia química, era bom de olfato, era observador, naquele dia um rebelde infiltrado nos cozinheiros mandou um pouco de café para o rei, Lupin sentiu com a sua intuição que tinha algo errado, pediu ao rei para verificar a bebida, ele cheirou e sentiu cheiro de veneno, um veneno muito forte, ele salvou a vida do rei e o monarca disse que nunca teria sentido o tal cheiro.

― Como sabe tanto sobre eles, principalmente sobre os Potter? ― Questionei.

Ele pareceu sem resposta, olhei para o seu rosto pela primeira vez, subitamente me lembrei, quando eu tinha 15 anos um fato foi noticiado por uma semana, estava em cada manchete.

“Filho do conselheiro Potter e da senadora é sequestrado”, nunca encontraram pistas, a foto do garoto era igual a Sirius, à diferença é que Sirius tinha o nariz mais fino e o cabelo mais escuro.

― Você é James Sirius Potter. ― Sussurrei, por que a hipótese ainda parecia devaneios de um louco. ― Por isso que evita Lily Potter, ela é sua irmã.

― Está louca. ― ele mediou.

― Não. ― rebati. ― Acho que vou compartilhar essa loucura com todo mundo.

―Não. ― ele ficou desesperado. ― Saiba que eu fugi, agora eu sou Sirius Blakart, um garoto da casta seis, que virou um dois, não conte meu segredo.

Ainda parecia loucura, até demais, dei um tapa na minha testa por não ter percebido, eu vi tantas vezes o rosto daquele garoto no noticiário que todos julgavam morto ou desaparecido e ele esteve guardando minha porta o tempo inteiro.


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Notas finais do capítulo

beijos bolinhos de chocolate



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