Hanna Rapture escrita por skammoon


Capítulo 8
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Noite desastrosa



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–Então o que pretende para seu futuro? – German encarou Jake. – Faculdade? Profissão?

–Eu gosto de cantar. – Jake sorriu.

Hanna se surpreendeu, nunca ouvira Jake cantar.

–Então vai ser cantor? – German continuou.

–É o que pretendo.

–E você acha que vai ter tempo para minha filha? Vida de cantor é difícil.

–Eu sempre vou ter tempo para ela.

Hanna soltou um sorriso.

–Você poderia cantar para nós – Amanda insinuo.

–Hum... – ele sorriu – vocês têm algum instrumento?

–Eu vou pegar o violão – Ange se levantou indo para o quarto.

–O que você vai cantar? – Hanna sussurrou.

–Não faço idéia.

–Pense rápido.

–Já sei.

Ele pegou o violão com Ange, que se sentou, German fez um sinal com as mãos para que Jake começasse, ele olhou para Hanna e cantou a musica Kiss Me de Ed Sheeran, ela sorria ao ver os olhos dele aprofundados aos seus, não reparou em Amanda, que devia estar ardendo de raiva, só prestou atenção em seu anjo cantando, a voz mais linda que ela já ouvira.

Quando acabou todos na mesa aplaudiram.

–Eu cantei pra você – ele disse em voz alta para Hanna.

Ela ficou vermelha, olhou para Amanda, que não dera nenhum sorriso.

–Esta se divertindo Amanda? – Clara perguntou.

–Sim, tem uma coisa que eu gostaria de perguntar para Hanna, mas... – ela parou – deixa quieto.

–Não – Hanna a respondeu – Pergunte.

–E se ofender?

–Por que eu me ofenderia?

–Porque o que eu vou perguntar é algo sério.

–Desembucha – Back se entediou, Fran o olhou, fez um olhar de “fica quieto”.

–Pergunta logo Amanda – Hanna ficou impaciente.

–Por que matou seu melhor amigo Spencer?

Ela ficou boquiaberta quando ouviu a pergunta de Amanda, não era ela que tinha o matado, aquilo foi uma das conseqüências da maldição sobre ela e Jake.

–Eu não o matei – finalmente disse.

–Desculpa, mas... Não acredito em você.

–Eu sei o que você esta tentando fazer.

–Como assim?

–Você quer estragar minha noite, esta com raiva porque você ficou afim de Jake e ele não quer nada contigo.

–Ele só não quer por causa de você. – ela aumentou o tom de voz.

–Você é uma invejosa, sempre faz isso, sempre quer ter algo igual a mim.

–Todos acham que você é a princesinha inocente, mas você não é! Você foi capaz de matar seu melhor amigo, e ainda dizia que o amava.

–E eu amava – Hanna também aumentou a voz – muito.

–Não parece! Alias, eu já o beijei também – Amanda riu.

–Você é uma descarada Amanda.

–E você uma vadia.

–Já chega – Ange levantou-se elevando o tom de voz mais alto que o das meninas. – que ridículo isso! Deviam ter mais respeito uma pela outra.

Hanna sentiu uma leve dor na cabeça enquanto seus parentes davam sermões, ela ficou zonza e a visão de Portland veio em sua mente, não conseguia mais prestar atenção em ninguém, é como se ela não estivesse mais lá. Ela apoiou as mãos sobre a cabeça para disfarçar e evitar que perguntem se ela estava bem, mas sabia que Jake notaria.

–Espero que tenha ficado bem claro! – Ange sentou-se novamente – vamos acabar de comer – ela finalmente sorriu.

–Tudo bem? – Jake sussurrou.

–Sim – ela tentou comer um pouco, mas a comida a enjoava, então desistiu – não estou com muita fome.

–Não minta para mim Hanna.

–Estou bem Jake, quero aproveitar essa noite.

–Hanna...

–Como anda as coisas no colégio Fran? – Hanna o ignorou.

–Tensa – Fran riu – lembra da Jane? Aquela que se achava porque namorava o mais ousado da escola?

–Sim – Hanna riu ainda se sentindo mal.

–Então, depois de um ano de namoro ela descobriu que ele a traiu com varias.

–Não acredito!

–Sério, ta todo mundo falando nisso.

–Noticia do ano!

–A professora de artes esta namorando o professor de física.

–Eu sabia que rolava um clima.

–Pois é – Fran deu uma colherada na gelatina de morango – você faz falta amiga.

Hanna sorriu, ela também sentia bastante falta de lá, de sua antiga escola, ver Fran todos os dias, de sua família, tudo!

–Não vai comer filha? – Ange perguntou.

–Hum... –ela suspirou – já comi bastante.

–Já? – Cleber riu – mais eu não vi você comendo quase nada. Tem que ser igual a mim, aproveitar de tudo.

–Ah você – Clara riu.

Hanna riu, a dor de cabeça estava piorando e ela estava sentindo frio, estava febril.

–Vamos tomar um ar? – Jake a olhou preocupado.

–Não – Amanda sorriu – quer dizer, tia Ange disse que tem mais sobremesa.

–Vamos – Hanna nem notou em Amanda, estava se sentindo mal e precisa sair um pouco dali.

Ela levantou, tombou na cadeira, Jake pegou sua mão a guiando para fora, se sentou no banco que tinha em frente sua casa, ela suspirou, Jake a abraçou.

–Você não esta bem.

–Não consigo disfarçar com você. – ela soltou um meio sorriso.

–Não, não consegue.

–Eu realmente não sei o que tenho.

–Essas dores já deveriam ter parado, você não esta mais decifrando o livro.

–Então, eu sinto que... – ela fechou os olhos, suas pálpebras pesavam – sei lá.

–Devemos ir ao médico.

–Não temos tempo para médicos.

–Eu queria discordar.

–Mas não vai, porque você sabe que estamos sem tempo.

–Estou tão preocupado com você.

–Eu vou ficar bem.

–E se for algo grave?

–Não creio que... – ela começou a tossir sem parar, tapou a boca e quando tirou a mão viu uma pequena gota de sangue.

–Ah droga – ele abriu a pequena torneira que tinha ao lado do banco e lavou a mão de Hanna. – o que esta acontecendo com você meu amor?

Hanna não conseguiu responder, ouviu um barulho agudo e atordoante, estava mais zonza, seus olhos encheram de lagrimas e ela apenas abraçou Jake, afundando sua cabeça ao peito dele tentando se proteger daquele barulho.

–Hanna... – ele a apertou – não posso deixar que nada aconteça com você.

–Ah... – ela tentou falar, mas não conseguia. Aquela era pra ser sua melhor noite, por que tinha que acontecer tudo aquilo? Lagrimas rolaram de seus olhos, ela não conseguia mais as segurar.

–Eu prometo que você vai ficar bem.

–Jake – ela finalmente disse enxugando suas lagrimas. – talvez eu não fique.

–Não diz isso.

–Mas olha pra mim, olha como estou.

–Linda como sempre e vai ficar bem, eu prometo.

–Estou pálida, sentindo frio sendo que para todos esta calor, eu vomito sangue, estou péssima, eu neguei esse tempo todo para focarmos em ganhar de Azazel, mas não consigo mais disfarçar.

Jake tirou sua blusa de frio e deu para Hanna, ele a abraçou novamente.

–Venham para dentro, nossos tios já vão embora – Back os chamou.

Jake ajudou Hanna a se levantar, foram até a sala.

–Esta com frio? – German se dirigiu a ela. – esta com febre?

–Não pai, eu sou frienta mesmo.

–Desde quando?

–Pai...

–Me deixa ver se esta febril.

–Não – ela afastou sua mão – estou bem pai.

–O jantar foi ótimo – Clara abraçou todos.

–Voltem sempre que quiser – Ange sorriu.

Amanda se despediu de Ange e German, deu uma ultima olhada para Jake e entrou para seu carro.

–Ei – Fran chamou Hanna até o sofá – esta tudo bem?

–Sim.

–Você esta mentindo?

–Sim – Hanna não conseguia mentir para Fran.

–Eu sabia, reparei que você esta estranha, me conta o que foi.

–Hum... – Hanna pensou em uma desculpa, que na verdade não era exatamente uma desculpa, era o que ela estava sentido – estou triste por ter que ir embora.

–Você não vai embora, logo voltará.

–Vou sentir tanto sua falta.

–Eu também.

–Cunhada – Hanna a abraçou.

Fran estava quase chorando, quando Hanna viu, suas lagrimas escaparam novamente, estava tão frágil.

–Ah Hanna – Fran riu enxugando as lagrimas. – viu? Você me fez chorar.

–Sinto muito – Hanna riu.

–Amor, são onze horas – Jake se aproximou.

–Já?

–O que tem ser onze horas? – Back foi ao lado de Jake.

–Já temos que ir – Hanna se levantou.

–Ah – Fran a abraçou novamente – até logo melhor.

–Até melhor.

–Então – Back sorriu para Jake – cuida bem da minha pequena.

–Pode deixar – eles deram um aperto de mão que acabou se transformando em um abraço.

Hanna sorriu, se despedir de sua família era tão difícil.

–Chorona – Back a abraçou – vou sentir sua falta maninha.

–Eu também.

–Volte logo em.

–E você não vacila com a Fran.

–Claro que não.

–Você já vai filha? – Ange perguntou.

–Sim mãe – seu tom de voz era baixo.

–A noite passou tão rápida – Ange a abraçou apertada – nem matei a saudade.

–Nem eu – Hanna acabou chorando novamente.

–Não chora filha, assim você me faz chorar também.

–Eu ela já fez – Fran ainda enxugava os olhos.

–Tchau filha – German a abraçou e beijou sua testa – juízo em.

–Ta pai – ela sorriu. – eu amo vocês.

–Nós também. – German se dirigiu a Jake – e você toma conta dela em.

–Claro – ele sorriu.

Então todos se despediram, eles os acompanharam até a porta, Jake teve que falar que tina um carro que estava do outro lado da rua, pois não poderiam saber que eles iriam voar.

Foram até a outra rua que não havia ninguém, Hanna ainda se sentia mal, agora estava pior, sua cabeça estava girando, ela não conseguia prestar atenção em nada e seus passos eram lerdos.

–Jake, acho que vou... – ela desmaiou.

Jake a segurou rapidamente a impedindo de cair, ele a chamava, mas ela não acordava, a pegou no colo e voou rapidamente, não poderia voltar à cabana, o tempo estava curto, tinha que ir para Jerusalém, ele entrelaçou Hanna a aquecendo e afundou sua cabeça ao seu ombro, para protege - lá do vento, estava preocupado com Hanna, aquilo não deveria mais acontecer, ele a amava tanto, não poderia deixar nenhum mal acontecer a Hanna, ele não se perdoaria se a perdesse.


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