Hanna Rapture escrita por skammoon


Capítulo 7
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Ação de Graças.



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–Mal vejo a hora de rever minha família – Hanna não parava de falar – como será que eles estão? Devem estar preocupados, meu Deus o que eu vou dizer?

–Calma – Jake riu pegando sua mão.

–Estou tão ansiosa.

–Eu sei – ele sorriu colocando a mão em seu rosto – que bom que não esta mais febril.

–Eu estou bem.

–Eu sei que você não esta Hanna.

–Deve ser a ansiedade.

–Conseguiu decifrar mais alguma coisa?

–Não, cada vez que tento eu fico pior, as palavras estão embaçadas, é como se eu não entendesse mais.

–Talvez seja melhor você parar de tentar.

–Eu não estou mais me sentindo tão ligada a ele.

–Que bom.

–Bom? Como vamos saber onde esta o deridum?

–Vamos dar um jeito.

–E o que esta em Portland?

–Hanna...

–Temos apenas seis dias Jake.

–Você precisa dormir.

–Não estou com sono.

–Esta sim.

–Não...

–Hanna você continua pálida, não esta se alimentando direito, pode ao menos descansar? Por mim?

Hanna suspirou e assentiu. Jake sorriu e a pegou no colo.

–Amor... Sinto-me uma bebe – ela riu.

–Eu gosto de te carregar – ele beijou sua testa.

Hanna sorriu, Jake abriu a porta com o pé e colocou Hanna na cama.

–Deite-se comigo – ela pegou sua mão o impedindo de sair.

–Eu não vou recusar. – ele riu.

Ele a abraçou, seus rostos estavam a um centímetro de distancia, até suas testas se tocarem, Jake a beijou, estava carinhoso e cuidadoso, a beijava suavemente e a abraçava como se estivesse abraçando um urso de pelúcia, com cuidado e amor, Hanna sentia os beijos quentes dele em seu pescoço, e como sempre se arrepiava, a cada beijo, cada toque, a sensação de estar em seus braços era maravilhosa, ela não queria mais o soltar, se esquecia de tudo que estava acontecendo, de todos os problemas, para Hanna - nesse momento - só existia ela e Jake no mundo.

Hanna teve o mesmo sonho, estava em Portland, com a lança matando a mulher que ela não conseguia ver o rosto, ela chorava e todos os anjos a olhavam sem a impedir.

Acordou, Jake estava dormindo ainda a entrelaçando, olhou o relógio pendurado na parede, eram cinco horas da manha, ela não estava mais com sono, então ficou observando Jake dormir, agora tinham apenas seis dias, para conseguirem se salvar, eles tinham que conseguir, já haviam encontrado duas relíquias, só faltava a lança e depois o deridum.

–Ei – ele acordou – tudo bem?

–Sim.

–Teve um pesadelo?

–Acho que não, tive o mesmo sonho, de Portland.

–Depois que encontrarmos a lança, devemos ir lá.

–Concordo.

–Vamos – Jake se levantou.

–Vamos? – ela disse confusa.

–Sim, a viagem até sua casa é um pouco longa.

Hanna sorriu e levantou-se rapidamente, escovou os dentes penteou o cabelo com os dedos, em sua casa aproveitaria para tomar um banho e se trocar.

Jake pegou a mochila com as relíquias e colocou em Hanna, sua ansiedade era tanta que ela nem percebeu ele a puxando para fora, seus pensamentos estavam em sua família, sentia tanta saudades dele, quando percebeu já estava nas alturas, a cabana foi se diminuindo aos poucos, até não conseguir mais enxergar nada.

Hanna fechou os olhos e sentiu a leve rajada de vento em seu rosto, ela deitou a cabeça no ombro de Jake e acabou pegando no sono.

–Hanna – ele estava sentado no banco em frente a casa dela, com ela no colo.

–Chegamos? – ela abriu os olhos aos poucos e viu a pequena rua em sua frente, reconheceu que já haviam chegado.

–Chegamos agora – ele sorriu – você estava dormindo tão bem, que só quis te acordar quando estivéssemos aqui.

–Amor – ela levantou-se o puxando para um abraço – estou tão feliz que esteja aqui comigo.

–Eu também.

Foram até a porta, Hanna tocou a companhia, ouviu a maçaneta da porta girando, e abriu, era Back, irmão dela. Hanna pulou nele o abraçando com tanto impulso que ele caiu alguns passos para trás.

–Você veio – ele sorriu – senti tanto sua falta chatinha.

–Eu também – ela o soltou – esse é Jake.

–Oi – Jake acenou.

–Oi – Back disse friamente os chamando para dentro.

–Não se preocupe, ele só quer te dar medo, depois vai dar um sorriso e mandar que cuide de mim – Hanna cochichou para Jake, que sorriu.

–Hanna? – Ange desceu as escadas – que saudades filha – ela a abraçou apertada – German venha aqui querido.

–Filha – ele gritou correndo nas escadas.

Hanna foi ao seu encontro e deu um longo abraço, Ange cumprimentou Jake.

–E você, quem é? – German foi a sua direção.

–Jake – Back disse lentamente.

–Prazer. – Jake estendeu a mão.

–Conversaremos depois – ele apertou a mão de Jake.

–Daqui a pouco a Fran chega – Ange sorriu.

–Mal vejo á hora de vê-la.

–Eu já vou começar a preparar a mesa – Ange se dirigiu a cozinha, German o seguiu olhando para Jake.

Hanna o puxou para ir ao seu quarto, Back assoviou fazendo os dois pararem.

–Vocês vão para o quarto?

–Fica de boa Back – Hanna riu.

–Eu estou observando.

Hanna riu, foi até seu quarto, Jake ficou parado na porta a olhando sorrindo.

–Por que esta me olhando assim? – ela perguntou.

–É tão bom te ver feliz.

Hanna sorriu, observou seu quarto, as cortinas rosa presas com um laço ao lado da janela, sua cama com edredom rosa e branco, seu computador na pequena mesinha organizada com enfeites, tudo continuava igual, sua mãe sempre arrumava com tanto cuidado.

Ela abriu o guarda roupa, pegou seu outro tomara que caia azul turquesa, sua calça jeans e sua outra sapatilha preta, talvez ela se lembrasse de por uma roupa mais apropriada e uma bota para a guerra que estava enfrentando.

–Eu vou tomar um banho – ela disse para Jake.

–Espero lá embaixo.

–Tudo bem.

Ele saiu, Hanna entrou no seu banheiro todo organizado, tomou uma longa ducha, lavou seu cabelo que estava realmente sujo, ficou por um tempo embaixo da água com os olhos fechados.

Colocou sua roupa e desceu, viu Jake na cozinha, estava ajudando preparar a mesa, conversava com seus pais como se já conhecessem há séculos, era incrível como Jake conseguia conquistar as pessoas, menos Back.

–Faz um esforço – Hanna disse apoiando-se em Back.

–Você sabe como eu sou.

–É, sei – Hanna riu.

Ela escutou o barulho de um carro parando em frente sua casa, olhou pela janela e viu um táxi, um pé com uma sapatilha rosa saiu, depois viu uma menina com um vestido azul claro, cabelo curto preto com uma pequena facha, reconheceu na hora que era sua melhor amiga, Fran.

Hanna abriu a porta e correu rapidamente em direção à amiga, dando um forte abraço.

–Senti tanto sua falta – Hanna sorriu.

–Ai eu também, você vai ter que me contar tudo.

–Claro e você também.

–É, eu tenho que te contar uma coisa – ela desviou o olhar para Back, que estava na porta a observando.

–Hum... – Hanna os olhou – o que ta rolando?

–Vamos entrar e conversamos – Fran disse a levando para dentro.

–Oi Fran – Back a abraçou.

Hanna ficou sem palavras, desde quando eles se davam tão bem?

–Senti sua falta – Fran o respondeu.

–O que? – Hanna se surpreendeu.

–Ei – Jake foi até ela – seus pais são legais.

–Meu pai fez um interrogatório? – Hanna riu.

–Fez sim – ele sorriu – e ele não acabou ainda.

–E quem é esse? – Fran a provocou.

–Esse é Jake, meu namorado.

–Ah, prazer cunhado – ela sorriu – Hanna é minha irmã de mãe diferente.

–Prazer – ele sorriu.

Back não disse nada, ele saiu e foi para a cozinha.

–Podemos conversar? – Jake perguntou.

–Ah – Fran riu – daqui a pouco nos falamos.

Os dois estavam sozinhos na sala, Hanna puxou Jake para se sentarem no sofá.

–O que foi?

–Vamos ter que ir embora às onze horas, tudo bem pra você?

–Sim, e ai vamos para...?

–Jerusalém.

–Legal.

–Aproveite o máximo que puder dessa noite.

–Você também.

Hanna acariciou seu rosto e o beijou, ela ouviu uma tossi forçada e viu que Back estava os observando.

–Back – Hanna murmurou.

–Back nada – ele se aproximou – sem agarrações.

–Tudo bem – Jake se levantou – converse com sua amiga.

Hanna assentiu, foi até Fran que estava sentada na rede da varanda, ela se sentou junto à amiga, que parecia pensativa.

–Fran, o que quer me dizer?

–Se você achar estranho e não aceitar tudo bem, pode dizer amiga, de verdade.

–Ei – Hanna riu – esta falando rápido demais.

–Talvez você não aceite.

–Me conta logo.

–Ta – ela suspirou – esse tempo todo que você esteve fora, eu vim aqui algumas vezes.

–E...?

–E que eu pude conhecer melhor seu irmão, o Back.

–Continua...

–Descobrimos que temos muitas coisas em comum.

–E se apaixonaram?

–Sim – ela disse num tom choroso e brincalhão – isso é horrível?

–O que? Não – Hanna riu – eu super apoio.

–Sério? Porque eu gosto muito dele, nos damos tão bem e você sabe que minha vida amorosa sempre foi bagunçada, mas de algum jeito ele conseguiu concertar tudo!

–Calma Fran, vocês estão apaixonados e não tem porque de eu não aceitar, estou muito feliz por vocês.

–Ufa! – ela aliviou – então você não vai me encarar a noite toda? – ela riu.

–Claro que não.

–Estou até aliviada.

–Vamos porque eu estou com fome.

–Algum parente seu ira vim?

–Meus tios, Clara e Cleber.

–Ah, aqueles que têm uma filhinha irritante?

–Uma filhinha de quinze anos – Hanna riu.

–Ei – Fran a parou na porta – não me contou sobre Jake.

–Posso resumir?

–Sim – ela riu.

–Nos conhecemos no reformatório, amor à primeira vista, ele é fofo e eu o amo.

–Ele beija bem?

–Muito.

–Cuidado em.

–Com o que?

–Com sua prima que vai vim. Como ela chama mesmo?

–Amanda.

Ange estava acabando de por a mesa, Hanna se ofereceu para ajudar, mas não precisou, Jake estava lavando a louça, Hanna o olhou e riu.

–Gosta de lavar louça ou só esta agradando minha mãe? – ela se aproximou rindo.

–Estou agradando – ele riu.

A campainha tocou, German atendeu, eram seus tios.

–Ola German – Clara o abraçou – que saudade irmão.

–Já faz um tempão que não vem nos ver em. – ele cumprimentou seu cunhado e Amanda.

–Hoje estou com fome em – Cleber zombou com a mão na barriga.

Amanda foi até a cozinha sem cumprimentar ninguém, apenas se sentou e ficou mexendo no celular.

–Converse com sua prima – Ange sussurrou para Hanna.

–Mas mãe – ela resmungou.

–Mas nada, vai logo.

Hanna olhou para Fran para pedir ajuda, mas ela estava com Back e pareciam tão fofos que ela não quis atrapalhar.

–Por que não quer falar com ela? – Jake se aproximou enxugando as mãos.

–Ela é uma chata.

Jake riu e deu um beijo na bochecha dela, depois se sentou, Hanna sentou-se ao seu lado.

–Oi Amanda – ela sorriu forçadamente.

–Oi – ela respondeu friamente.

–Tudo bem?

–Eu não to a fim de... – ela parou ao erguer a cabeça e ver Jake.

–Hum... – Jake sorriu – ola.

–Oi, tudo bem? – Amanda sorriu.

Hanna soltou um leve sorriso irônico, estava indignada, com ela Amanda foi fria, mas com Jake foi doce, nem parecia que era ela que estava falando.

–Sim e você? – Ele disse.

–Melhor agora – ela solou o celular.

–Nossa – Hanna disse – você nunca larga o celular, é um milagre.

–Eu só largo quando tem algo mais importante – ela olhou para Jake.

–Algo mais importante? – estava enciumada.

–Então qual seu nome? – ela voltou-se para ele.

–Jake e o seu?

–Amanda Jake – Hanna ficou irritada.

–Então – Amanda se levantou e sentou na outra cadeira ao lado dele. – Amei seu cabelo – ela acariciou o cabelo dele.

Hanna ficou boquiaberta, que menina oferecida – pensou ela.

–Valeu –

–Você tem celular?

–Sim...

–Me passa seu numero.

Ele olhou para Hanna, que se enrijeceu e não disfarçava os ciúmes.

–Então, me passa?

Hanna riu ironicamente e levantou-se, ela saiu da cozinha e foi até sala, se ela ficasse ali mais um pouco, iria arrancar os cabelos da Amanda.

Seus parentes vieram a cumprimentar, Hanna dava sorrisos forçados.

–Como você cresceu – Clara disse.

–Seu pai já esta tendo problemas com garotos né? – Cleber riu.

–Hoje ela me apresentou o namoradinho dela – German disse – depois tenho que acabar meu interrogatório.

–Pai – Hanna riu olhando para cozinha, ela parou de sorrir na hora quando viu Amanda puxando Jake para um beijo. – eu já volto.

–Ei – Jake se soltou dos braços dela.

–Ta pensando o que em Amanda? – Hanna chegou.

–Que foi agora? – Amanda disse entediada.

–Você ainda pergunta? Beijou o meu namorado sua...

–Hanna, calma – Jake a interrompeu.

–Sua o que? – Amanda a provocou.

–Oferecida.

–Ah – ela riu – qual é, Jake queria me beijar, eu senti.

–Que? – Jake riu.

–Se você não quer ter a pior noite da sua vida, então fica longe do meu namorado.

–A única que terá a pior noite é você.

–Você não faz idéia de como eu sou Amanda.

–Nem você. – ela sorriu e sentou-se a mesa novamente.

Hanna olhou para Jake sem dizer nada, e foi para o quarto.

–Jake – Fran o chamou – ela ta bem?

–Eu vou falar com ela.

Jake subiu até o quarto dela disfarçadamente para que seus pais não o vissem.

–Ciumenta. – ele sentou na cama com ela.

–Eu a odeio, sempre que ela vem, tenta me deixar irritada.

–Eu não queria beija - lá.

–Eu sei, mas ela gostou de você, droga!

–Eu não tenho culpa – ele riu.

–Podia ser um pouco mais feio.

Jake riu e virou o queixo dela, a fazendo olhar para ele.

–A única que eu quero e sempre vou querer, é você.

–Promete?

–Sim.

Hanna acabou soltando um sorriso, Jake a beijou, se arrepiou, como sempre.

–Desculpa atrapalhar – Fran abriu a porta – mas é para todos irem à mesa.

–Estamos indo – Hanna se levantou.

Jake a seguiu, os dois desceram as escadas e foram até a cozinha de mãos dadas, sentaram-se nos mesmos lugares que estavam.

–Essa noite vai ser ótima – Amanda disse provocando Hanna.

Ela ainda estava ao lado de Jake, Hanna sabia que ela a provocaria, mas dessa vez ela não estragaria sua noite, e se tentasse, a única prejudicada seria Amanda.


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