Hanna Rapture escrita por skammoon


Capítulo 15
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

O grito



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Estavam caminhando na longa estrada da Palestina, era pura areia, seus pés afundavam a cada passo que davam, o Sol estava ardendo de quente, Livy se aproximou de Hanna, que estava ao lado de Jake.

–Hanna, lembra quando eu implicava com você?

–Sim.

–Eu queria me desculpar, na época eu gostava do Jake, mas agora o vejo só como um irmão e até acabei gostando de você. – Livy riu.

–Tudo bem – Hanna sorriu – vamos ser ótimas amigas.

–Claro.

Livy voltou ao lado de Lola, Hanna se sentia feliz por não mais problemas com ela.

–Que bom que se resolveram – Jake disse.

–Sim. – ela não parava de ajeitar o cabelo.

–Seu cabelo esta ótimo amor.

–Todo embaraçado.

–Mais três quilômetros e chegamos – Debye apontou para um local um pouco distante.

–Prefiro ir voando – Cam resmungou.

–Se você quiser se revelar para as pessoas que passam por nós toda hora. – Tifany disse.

–Todo lugar que vou tem que ter areia, droga!

–Para de reclamar Cam.

–Vai dizer que não esta cansada de ficar andando nesse Sol quente, afundando na areia!?

–Estou, mas não fico reclamando.

Cam arfou.

A sapatilha de Hanna já estava cheia de areia, depois de alguns minutos avistou o rio, era lindo.

–Até que enfim – Debye sorriu parando em frente ao rio. – estão vendo aquele pequeno templo do outro lado?

–Um templo sem teto? – Cam zombou.

–Sim, é abandonado, antigo, o teto caiu.

–Entendi...

–Enfim, é lá que temos que ir.

–Do outro lado? – Hanna surtou.

–Sim querida.

–Não poderemos abrir as asas, há pessoas aqui. – Jake sussurrou entre eles.

–Eu sei, teremos que nadar.

–Mas é fundo – Hanna relatou.

–Eu sei querida, mas é o único caminho.

–Vamos de roupa? – Cam riu.

–Mas é claro – Debye sorriu. – melhor nos apressarmos antes que chegue mais gente.

Todos foram entrando no rio, Hanna segurou a mão Jake.

–Seus celulares vão pifar.

–Não tem problema. – ele a olhou – esta com medo de nadar?

–Não – ela sorriu – não é nada...

A verdade é que Hanna se sentia fraca para nadar até do outro lado do rio, mas ela não queria causar problemas.

–Hanna – ele acariciou seu rosto – eu sei que não se sente bem, mas vou estar ao seu lado, segurando sua mão, nada vai acontecer.

Ela sorriu, Jake deu um beijo rápido nela. Então entraram no rio, a água estava morna, Hanna segurou a mão dele, começaram a nadar, passaram a barreira que indicava até onde as pessoas poderiam nadar.

–Mais rápido, antes que chamem nossa atenção por ter ultrapassado a barreira. – Debye gritou da frente.

Hanna estava ao lado de Jake, eles mergulhavam e subiam toda hora, de repente ela ouviu um grito.

–Jake – ela o parou – ouviu isso?

–Isso o que amor?

–Um grito, de uma mulher.

–Não ouvi nada.

Ela assentiu e seguiram em frente, depois de alguns minutos Hanna ouviu o grito novamente.

–De novo – ela relatou.

–O grito?

–Sim.

–O que esta havendo? – Lola perguntou.

–Eu ouvi gritos.

–Eu não escutei nada.

–Deve ser coisa da minha cabeça e... – ela parou e seu coração se acelerou.

–Que foi Hanna?

–Tem algo em volta de mim, acho que é uma cobra.

–Uma cobra?

–Por que pararam? – Debye perguntou.

–Tem uma cobre em volta de... – afundou instantaneamente.

Hanna estava sendo puxada por uma sombra, que tinha o formato de uma cobra, estava afundando cada vez mais, quando viu os anjos mergulhando em sua direção, a sombra se enrolou em todo o seu corpo, ela se lembrou do labirinto.

Todos tentavam tirar a sombra em volta de Hanna, que fez um grande esforço para agüentar segurar mais a respiração, a sombra se apertava nela, como uma corda estrangulando seu corpo.

Cam pegou sua seta e a espetou varias vezes, com cautela para não machucar Hanna, a sombra se desfez rapidamente, subiram de volta para superfície.

–Que bom revê-los – Lorelay saiu da água com suas enormes asas. – já estava com saudades.

–O que você quer Lorelay? – Jake se enrijeceu.

–Estou sabendo de tudo que esta acontecendo, me aliei com Azazel.

–Você é uma tola – Debye a insultou.

–Ola Debye, não sabia que ainda estava viva.

–Saia daqui!

–Eu saio, quando eu matar Hanna.

–Isso não vai acontecer!

–Eu garanto que vai! Mas antes me digam o que estão fazendo aqui?

–Não é da sua conta!

–Ah Debye, tão boba como sempre! Sei que estão tentando se salvar, mas tudo que se relaciona ao meu amado se relaciona a mim também.

–Seu amado? – Hanna riu. – e por acaso, ele te ama?

–Mas é claro, quando ele acabar com vocês viveremos nossas vidas fazendo nossas próprias regras.

–Se ele te amasse ele não estaria tentando se vingar de mim.

–Nem tudo gira ao seu redor meu bem.

–Mas ele gira – Hanna a provocou – o mande olhar no fundo dos seus olhos e dizer que a ama, eu garanto que ele não fará isso, porque a pessoa que ele não para de pensar, sou eu.

–O que esta tentando fazer?

–Sou eu que ele queria estar junto, é por causa de mim que ele sente a dor tão profunda dentro de si, ele não quer aceitar que eu deixei de amá-lo.

–Já chega! – Lorelay se aproximou ficando a poucos centímetros de Hanna.

–Isso te ofende não é? Saber que ele só esta te usando.

–Você é uma idiota.

–Ele não te ama Lorelay, não te ama!

–Esta mentindo.

–Azazel é seu ponto fraco, pena que o dele é eu.

–Não acredito em você.

–Ah no fundo você sabe que estou falando a verdade – Hanna riu ironicamente – se não, por que seus olhos estariam cheios de lagrimas?

Os anjos olhavam boquiabertos por Hanna estar provocando Lorelay.

–Ele me ama – a mulher disse furiosa quase chorando.

–Você esta sozinha, ninguém te ama, você só é usada, não se cansa de ser o brinquedinho dos outros?

–O que esta fazendo? – Jake sussurrou.

–Me responda Lorelay, não se sente cansada disso?

–Esta tentando me enfraquecer, sempre amei Azazel e sei que ele também sempre me amou.

–Você sabe que isso não é verdade, você é tão obcecada por ele que esta acreditando na sua própria mentira, esta louca! Ele é apaixonado por mim desde que eu era um anjo, e essa paixão dele nunca acabou.

–Acabou sim!

–Não, não acabou, ele ainda me ama e sempre vai me amar, nunca vai aceitar que não o amo e quando ele não precisar mais te usar, vai te deixar de lado, como todos fazem.

Lorelay se enfureceu, pegou sua seta e tentou enfrentar Hanna, todos a defenderam, ela era forte e tinha ótimas habilidades, mas não poderia resistir a todos esses anjos, as asas estavam abertas, por sorte já estavam longe de onde as pessoas poderiam ver, Lorelay deu uma cotovelada em Cam e ao mesmo tempo um chute em Livy, ela rodopiava pelo ar tentando rebater a todos, mas já estava ficando com dificuldades.

–Ele me ama! – ela gritou.

Hanna a olhou e balançou a cabeça que não, dando um sorriso provocante.

–Por que disse tudo isso? – Debye se aproximou.

–Eu percebi o quanto ela ama Azazel, então a fiz se sentir solitária para enfraquecê-la, se ela confiasse que Azazel realmente a amava, se sentiria mais forte, agora repare nela, esta chorando e quase sem forças para lutar.

–Você é muito inteligente.

–Obrigada...

Caleb segurou Lorelay e Tifany atingiu sua seta no coração dela.

–Você é forte, mas não é paria pra mim! – Tifany jogou Lorelay na água.

–Eu a segurei. – Caleb riu.

–É, tanto faz.

–Vamos continuar, estamos quase chegando. – Debye os chamou.

Jake pegou na mão de Hanna novamente para nadar.

–Você esta bem?

–Sim.

Nadaram por mais uns dez minutos, quando finalmente chegaram ao templo, não tinha portas, nem teto, a parede estava caindo aos pedaços.

–Esse lugar é muito antigo – Hanna observou.

–Sim querida – Debye sorriu – mas fiquei sabendo que vão reformar.

–Entendi.

–O que faremos agora? – Tifany perguntou.

–Esta vendo isso? – Debye apontou para uma pequena marcação em circulo no chão.

–Sim, o que tem?

–Tem um cálice enterrado aqui, se chama cálice dos anjos, precisamos dele.

–Não pode ser outro?

–Não, teremos que desenterra-lo.

–Ah meu Deus, quanta complicação.

–Concordo, mas só pode ser ele mesmo querida.

–Com o que desenterraremos? – Jake perguntou.

–Com essas pás velhas – Debye pegou dentro de uma pedra em forma de caixa.

–Por que tem pás aqui?

–Porque já tentaram desenterrar, mas não conseguiram.

–Acha que conseguiremos?

–Tenho certeza.

Todos pegaram uma pá, sobrou apenas três, começaram a tentar quebrar o chão e acabaram conseguindo, Hanna se dirigiu a eles para ajudarem a cavar, mas Jake não a deixou.

–Você esta fraca demais amor.

–Eu quero ajudar Jake.

–Dorme um pouco.

–Dormir? Temos apenas hoje e mais dois dias, tenho que ajudar.

–Para de ser teimosa amor.

–Não amor, eu quero ajudar.

–Ele tem razão Hanna – Debye tocou em seu ombro. – descanse um pouco.

–Mas...

–Você precisa.

–E onde eu vou ficar?

–Na minha bolsa tem um cobertor enorme, estenda no canto do templo e deite.

Hanna assentiu, mesmo não querendo descansar, ela estendeu o cobertor vermelho de veludo e se deitou.

–Já fizemos um buraco enorme no chão e nada desse bendito cálice – Cam resmungou.

–Debye, ele é tão preciso assim? – Tifany perguntou.

–Sim querida, se não tivermos este cálice, nada poderá ser feito.

–Desde quando ele esta enterrado?

–Há muito tempo.

Hanna observava os outros desenterrando o cálice, até Debye estava ajudando e ela não, odiava se sentir tão frágil, de tanto pensar acabou dormindo.

Estava em uma cidade toda destruída, vários anjos a sua volta, chovia forte e Hanna estava pisando em um lamaçal, ela viu Jake caído no chão desesperado e logo depois avistou os outros em meio em todos aqueles anjos que pareciam estar em pânico, ela se aproximou de um dos anjos, não o conhecia, mas pode perceber que ele estava morrendo, suas asas estavam quebradas, ele gritava tão desesperadamente que Hanna ficou assustada, ela não fazia idéia de onde estava, um anjo caiu encima de si, Hanna o empurrou com dificuldade pelo peso dele, ela estava coberta de lama, o desespero começou a tomar posse de si, começou a correr tentando desviar dos obstáculos em sua frente, acabou tropeçando em uma asa quebrada enorme, aquela cena era horrível, Hanna começou a gritar, sua voz quase não tinha som com todos aqueles gritos que havia ali.

–Hanna! – Jake a chamava.

Ela abriu os olhos aos poucos, percebeu que tudo tinha sido um sonho, mas ela jurava ter sentido tudo, sua respiração estava ofegante, sua voz quase não saia e seu coração estava tão acelerado que pode ouvir cada batida dele.

–Foi horrível – começou a falar – os anjos, os gritos, o lugar.

–Do que você esta falando amor?

–De onde eu estava.

–E onde você estava?

–Eu não sei. – seus olhos se encheram de lagrimas.

–Descreva como era esse lugar – Debye disse.

Hanna olhou todos os anjos em sua volta e se lembrou dos quão desesperados eles estavam eu seu sonho.

–A cidade estava destruída, a chuva estava forte, havia vários anjos em minha volta, alguns tinham as asas quebradas, outros já haviam morrido, estavam todos em pânico, eu fiquei tão assustada quando um caiu encima de mim – ela olhou para Jake a acariciou seu rosto – você estava tão desesperado, doeu em mim te ver daquele jeito.

–Meu Deus – Debye se indignou – você vivenciou a queda.

–A queda dos anjos? – Tifany surtou.

–Sim, Hanna querida, não sabe que cidade era?

–Não, sinto muito.

–Tudo bem, temos que achar este cálice o mais rápido possível.

–O que vamos fazer com este cálice.

–Encontrei – Lola gritou de trás sorrindo.

–Muito bem – Debye o tomou – esperaremos dar meia noite e quando a lua chegar faremos.

–Faremos o que? – Jake perguntou.

–O sacrifício, finalmente cumprirei o meu destino.

–O que precisamos de você De? – Hanna perguntou.

Debye a olhou sorrindo gloriosamente,

–O meu coração.


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