Dead Paradise (RKKT - Season 2) escrita por Ivashkov
Notas iniciais do capítulo
Aquilo de sempre AUSHUAHAU
HESTER
22h14
Hester abriu os olhos. Não viu nada além de escuridão. Olhou para os dois lados, tendo a visão de... absolutamente nada. Sentiu um formigamento nos braços. Virou a cabeça para tentar vê-los e teve uma surpresa.
Seus braços estavam amarrados numa corda, presa em um gancho no teto. O desespero cresceu em seu peito. Tentou se soltar, mas não conseguiu progresso algum. Conseguiu apenas que a corda queimasse sua pele dos pulsos. Tentou mover as pernas. Percebeu que elas também estavam amarradas.
Hester estava nua e amarrada. Que dia de sorte.
– O que...?
– Quanto mais você se mover, pior será. – disse alguém, no canto do quarto.
– Quem é você?
O vulto acendeu uma lanterna, iluminando seu rosto.
– Não me reconhece? Sou eu, sua velha amiga.
Hester não acreditou no que viu. Zayday estava bem na sua frente. Viva.
– Z-Zay-Zayday? – gaguejou.
– Sim. Por que o espanto?
– V-Você estava morta! Era claro que eu ia me assustar! Você está viva?
– Eu não estou viva e nem morta. Estou em um estado de meditação. Digamos que eu sou uma alma penada que vaga por esses corredores do hotel pra poder me vingar, certo?
Hester encarou Zayday.
– Quem fez isso?
– Existem pessoas com poderes aqui nesse hotel. Kat não é a única.
Elas ficaram em silêncio durante alguns segundos.
– O que aconteceu comigo? Quem me trouxe para cá? – perguntou Hester.
– Isso você vai ter que descobrir sozinha.
Zayday piscou para a amiga e desapareceu, deixando um rastro de fumaça para trás.
– Zayday! Espera! – gritou, em vão.
Hester fechou os olhos.
Uma porta se abriu em algum lugar do quarto. Passos fizeram barulho por todo o cômodo.
– Pronta para começar? - perguntou uma voz.
Hester abriu os olhos a tempo de ver a faca cortando sua pele da barriga.
***
CHANEL #2
DÉCIMO ANDAR
22h16
Chanel #2 estava apoiada na grade de vidro, perto do elevador, esperando Pete. Ela tinha ligado para ele faziam sete minutos e não tinha sinal dele. Ela estava ficando impaciente. Pegou seu celular de novo e quando começou a digitar sua senha para desbloqueá-lo, a porta do elevador se abriu e Pete e Gigi saíram dele, apressados.
– Até que enfim! – reclamou.
– Desculpa... Houve um pequeno imprevisto com ela. Gigi insistiu em vir...
– Sem problemas. Vamos logo!
Ela correu até um quarto que ficava no final do corredor. Na porta, lia-se um aviso de “EM MANUTENÇÃO”, mas todos sabiam que aquele quarto estava abandonado há anos. Ninguém nunca terminou a manutenção dele.
Chanel #2 olhou para Pete e para Gigi.
– É aqui.
Os dois assentiram e deram espaço para ela. Chanel #2 chutou a porta, que estava podre e caiu, fazendo um barulho terrivelmente alto.
– Não dava pra ser mais escandalosa? – perguntou Gigi, com ironia.
A garota apenas ignorou.
Os três entraram no quarto escuro. Um cheiro estranho invadiu as narinas deles. Pete procurava por um interruptor. Achou algo parecido e apertou o botão. Uma única lâmpada no teto se acendeu, deixando o ambiente com uma iluminação macabra. Em alguns segundos com a luz acesa, perceberam o porquê do cheiro horrível.
O quarto estava cheio de corpos pendurados nas paredes. Eles imediatamente reconheceram alguns. Eram seus amigos da Universidade Wallace. Gigi ficou horrorizada. Estavam quase todos lá. Chanel, Chad, Boone, Earl, Grace... E também corpos das vítimas mortas no hotel.
As paredes e o chão estavam manchados de sangue. A fantasia do Red Devil estava pendurada na parede, segurando uma faca. A luz piscou e se apagou.
Quando acendeu de novo, tudo tinha sumido.
***
CECE
PÁTIO PRINCIPAL DO HOTEL
00h56
Cece estava tirando fotos noturnas da paisagem magnífica do jardim do hotel. Suas férias estavam quase acabando e ela precisava terminar seu trabalho.
Sam, sua amiga, estava sentada em um banco atrás dela, comendo uma maçã.
– Ainda vai demorar muito? – perguntou impaciente.
– Não, já estou quase acabando.
Cece tirou mais algumas fotos e guardou a câmera.
– Pronto. E agora?
– Agora nós vamos terminar nossa maratona dos filmes de Star Wars.
As garotas riram e foram em direção ao elevador. A porta se abriu. Elas entraram.
– O que você acha de amanhã nós irmos pra praia, tirar umas fotos? – perguntou Cece.
– Pode ser... – disse Sam, apertando o botão do andar delas.
O elevador começou a subir.
– Quando que você vai terminar seu trabalho?
– Não sei, ainda falta bastante. Talvez mais umas vinte fotos, ou trinta talvez.
Sam resmungou baixinho. Cece riu e olhou seu relógio.
– Meu Deus! Já é uma da manhã.
– E daí?
– E daí que nós tínhamos que estar dormindo.
– Tinha esquecido desse maldito toque de recolher! Que coisa ridícula!
Cece riu.
O elevador parou.
– Já chegamos?
Elas olharam juntas para o visor que mostrava o andar em que estavam. Já tinham passado muito do andar. O elevador tinha parado no último, o andar da piscina.
– O quê está acontecendo? – perguntou Sam.
– Sam... eu acho que...
Cece nunca terminou a frase. O elevador despencou. O espelho se partiu em vários pedaços, cortando a pele do rosto delas.
As duas gritaram. O impacto do elevador com o fosso fez com que o teto se partisse e caísse em cima delas. A cabeça de Sam foi esmagada, espirrando sangue para todos os lados. Cece estava horrizada e gritando, toda machucada.
O ar do elevador em pedaços ficou frio. Um vulto preto apareceu na visão dela, segurando uma faca. Por um segundo, Cece pensou ter visto um rosto por baixo do vulto. Ela o reconheceu imediatamente. Já tinha visto aquele rosto em algum lugar do hotel. Ela já tinha conversado com aquela pessoa.
– Por que você está fazendo isso? – perguntou.
– Não é da sua conta.
Aquela voz. Cece reconheceu imediatamente. Suas suspeitas foram confirmadas. O vulto ergueu a faca e desceu-a em cima do coração da garota.
Ela gritou e caiu no chão. Ele desceu a faca mais algumas vezes no corpo dela. Cece deu um último suspiro.
***
HELENA
QUARTO
02h07
Helena estava bebendo um uísque em seu quarto, aproveitando os anos de juventude que tinha roubado de James mais cedo. Comemorava, silenciosamente, a ingenuidade dele. Sorriu e se olhou no espelho, admirando-se.
– Ah, Helena. Tão jovem e inteligente.
Ela começou a rir, sozinha.
Daqui a alguns dias ela precisaria de mais uma vítima. Já tinha em mente quem seria o próximo “sortudo”. Bebeu o líquido que estava em seu copo e o colocou vazio, na mesa. Sentou-se na poltrona, que ficava na sala. Seu quarto era um dos mais caros do hotel. Era constituído por uma sala, um quarto, uma cozinha e um banheiro. Ela nunca pagaria por ele. Fugiria dali antes que pensassem em ir atrás dela.
Encarou a porta. Estava esperando uma vistita. Olhou para o grande relógio pendurado na parede ao seu lado. Os ponteiros indicavam que eram duas e nove da manhã.
Helena fechou os olhos. Escutou o barulho da maçaneta girar.
Uma...
Duas...
Três vezes.
Ela se levantou da poltrona e foi em direção à porta. Girou a chave algumas vezes e destrancou a porta. Abriu-a em seguida.
– Você está atrasada.
– Eu sei. Me desculpa. Tive que resolver uns assuntos por aí...
– Que isso não se repita.
Helena abriu a porta para Zayday entrar.
– Está gostando da sua forma meio humana?
– Sim, mas eu ainda gostaria de atravessar paredes.
– Isso é um assunto para outra hora.
Zayday assentiu.
– O quê você queria falar comigo?
– Bem... Como você tem se comportado muito bem como um fantasma... Decidi que vou te trazer de volta à vida.
– Sério? – perguntou a garota, surpresa.
– Sim. Mas com uma condição.
– E qual é?
– Quero que você mate seus amigos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sei que o capítulo foi pequeno, mas ainda garanto muitas surpresas SHAUAHUHAS