Dead Paradise (RKKT - Season 2) escrita por Ivashkov


Capítulo 5
Freak


Notas iniciais do capítulo

Aquilo de sempre AUSHUAHAU



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HESTER

22h14

Hester abriu os olhos. Não viu nada além de escuridão. Olhou para os dois lados, tendo a visão de... absolutamente nada. Sentiu um formigamento nos braços. Virou a cabeça para tentar vê-los e teve uma surpresa.

Seus braços estavam amarrados numa corda, presa em um gancho no teto. O desespero cresceu em seu peito. Tentou se soltar, mas não conseguiu progresso algum. Conseguiu apenas que a corda queimasse sua pele dos pulsos. Tentou mover as pernas. Percebeu que elas também estavam amarradas.

Hester estava nua e amarrada. Que dia de sorte.

– O que...?

– Quanto mais você se mover, pior será. – disse alguém, no canto do quarto.

– Quem é você?

O vulto acendeu uma lanterna, iluminando seu rosto.

– Não me reconhece? Sou eu, sua velha amiga.

Hester não acreditou no que viu. Zayday estava bem na sua frente. Viva.

– Z-Zay-Zayday? – gaguejou.

– Sim. Por que o espanto?

– V-Você estava morta! Era claro que eu ia me assustar! Você está viva?

– Eu não estou viva e nem morta. Estou em um estado de meditação. Digamos que eu sou uma alma penada que vaga por esses corredores do hotel pra poder me vingar, certo?

Hester encarou Zayday.

– Quem fez isso?

– Existem pessoas com poderes aqui nesse hotel. Kat não é a única.

Elas ficaram em silêncio durante alguns segundos.

– O que aconteceu comigo? Quem me trouxe para cá? – perguntou Hester.

– Isso você vai ter que descobrir sozinha.

Zayday piscou para a amiga e desapareceu, deixando um rastro de fumaça para trás.

– Zayday! Espera! – gritou, em vão.

Hester fechou os olhos.

Uma porta se abriu em algum lugar do quarto. Passos fizeram barulho por todo o cômodo.

– Pronta para começar? - perguntou uma voz.

Hester abriu os olhos a tempo de ver a faca cortando sua pele da barriga.

***

CHANEL #2

DÉCIMO ANDAR

22h16

Chanel #2 estava apoiada na grade de vidro, perto do elevador, esperando Pete. Ela tinha ligado para ele faziam sete minutos e não tinha sinal dele. Ela estava ficando impaciente. Pegou seu celular de novo e quando começou a digitar sua senha para desbloqueá-lo, a porta do elevador se abriu e Pete e Gigi saíram dele, apressados.

– Até que enfim! – reclamou.

– Desculpa... Houve um pequeno imprevisto com ela. Gigi insistiu em vir...

– Sem problemas. Vamos logo!

Ela correu até um quarto que ficava no final do corredor. Na porta, lia-se um aviso de “EM MANUTENÇÃO”, mas todos sabiam que aquele quarto estava abandonado há anos. Ninguém nunca terminou a manutenção dele.

Chanel #2 olhou para Pete e para Gigi.

– É aqui.

Os dois assentiram e deram espaço para ela. Chanel #2 chutou a porta, que estava podre e caiu, fazendo um barulho terrivelmente alto.

– Não dava pra ser mais escandalosa? – perguntou Gigi, com ironia.

A garota apenas ignorou.

Os três entraram no quarto escuro. Um cheiro estranho invadiu as narinas deles. Pete procurava por um interruptor. Achou algo parecido e apertou o botão. Uma única lâmpada no teto se acendeu, deixando o ambiente com uma iluminação macabra. Em alguns segundos com a luz acesa, perceberam o porquê do cheiro horrível.

O quarto estava cheio de corpos pendurados nas paredes. Eles imediatamente reconheceram alguns. Eram seus amigos da Universidade Wallace. Gigi ficou horrorizada. Estavam quase todos lá. Chanel, Chad, Boone, Earl, Grace... E também corpos das vítimas mortas no hotel.

As paredes e o chão estavam manchados de sangue. A fantasia do Red Devil estava pendurada na parede, segurando uma faca. A luz piscou e se apagou.

Quando acendeu de novo, tudo tinha sumido.

***

CECE

PÁTIO PRINCIPAL DO HOTEL

00h56

Cece estava tirando fotos noturnas da paisagem magnífica do jardim do hotel. Suas férias estavam quase acabando e ela precisava terminar seu trabalho.

Sam, sua amiga, estava sentada em um banco atrás dela, comendo uma maçã.

– Ainda vai demorar muito? – perguntou impaciente.

– Não, já estou quase acabando.

Cece tirou mais algumas fotos e guardou a câmera.

– Pronto. E agora?

– Agora nós vamos terminar nossa maratona dos filmes de Star Wars.

As garotas riram e foram em direção ao elevador. A porta se abriu. Elas entraram.

– O que você acha de amanhã nós irmos pra praia, tirar umas fotos? – perguntou Cece.

– Pode ser... – disse Sam, apertando o botão do andar delas.

O elevador começou a subir.

– Quando que você vai terminar seu trabalho?

– Não sei, ainda falta bastante. Talvez mais umas vinte fotos, ou trinta talvez.

Sam resmungou baixinho. Cece riu e olhou seu relógio.

– Meu Deus! Já é uma da manhã.

– E daí?

– E daí que nós tínhamos que estar dormindo.

– Tinha esquecido desse maldito toque de recolher! Que coisa ridícula!
Cece riu.

O elevador parou.

– Já chegamos?

Elas olharam juntas para o visor que mostrava o andar em que estavam. Já tinham passado muito do andar. O elevador tinha parado no último, o andar da piscina.

– O quê está acontecendo? – perguntou Sam.

– Sam... eu acho que...

Cece nunca terminou a frase. O elevador despencou. O espelho se partiu em vários pedaços, cortando a pele do rosto delas.

As duas gritaram. O impacto do elevador com o fosso fez com que o teto se partisse e caísse em cima delas. A cabeça de Sam foi esmagada, espirrando sangue para todos os lados. Cece estava horrizada e gritando, toda machucada.

O ar do elevador em pedaços ficou frio. Um vulto preto apareceu na visão dela, segurando uma faca. Por um segundo, Cece pensou ter visto um rosto por baixo do vulto. Ela o reconheceu imediatamente. Já tinha visto aquele rosto em algum lugar do hotel. Ela já tinha conversado com aquela pessoa.

– Por que você está fazendo isso? – perguntou.

– Não é da sua conta.

Aquela voz. Cece reconheceu imediatamente. Suas suspeitas foram confirmadas. O vulto ergueu a faca e desceu-a em cima do coração da garota.

Ela gritou e caiu no chão. Ele desceu a faca mais algumas vezes no corpo dela. Cece deu um último suspiro.

***

HELENA

QUARTO

02h07

Helena estava bebendo um uísque em seu quarto, aproveitando os anos de juventude que tinha roubado de James mais cedo. Comemorava, silenciosamente, a ingenuidade dele. Sorriu e se olhou no espelho, admirando-se.

– Ah, Helena. Tão jovem e inteligente.

Ela começou a rir, sozinha.

Daqui a alguns dias ela precisaria de mais uma vítima. Já tinha em mente quem seria o próximo “sortudo”. Bebeu o líquido que estava em seu copo e o colocou vazio, na mesa. Sentou-se na poltrona, que ficava na sala. Seu quarto era um dos mais caros do hotel. Era constituído por uma sala, um quarto, uma cozinha e um banheiro. Ela nunca pagaria por ele. Fugiria dali antes que pensassem em ir atrás dela.

Encarou a porta. Estava esperando uma vistita. Olhou para o grande relógio pendurado na parede ao seu lado. Os ponteiros indicavam que eram duas e nove da manhã.

Helena fechou os olhos. Escutou o barulho da maçaneta girar.

Uma...

Duas...

Três vezes.

Ela se levantou da poltrona e foi em direção à porta. Girou a chave algumas vezes e destrancou a porta. Abriu-a em seguida.

– Você está atrasada.

– Eu sei. Me desculpa. Tive que resolver uns assuntos por aí...

– Que isso não se repita.

Helena abriu a porta para Zayday entrar.

– Está gostando da sua forma meio humana?

– Sim, mas eu ainda gostaria de atravessar paredes.

– Isso é um assunto para outra hora.

Zayday assentiu.

– O quê você queria falar comigo?

– Bem... Como você tem se comportado muito bem como um fantasma... Decidi que vou te trazer de volta à vida.

– Sério? – perguntou a garota, surpresa.

– Sim. Mas com uma condição.

– E qual é?

– Quero que você mate seus amigos.


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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo foi pequeno, mas ainda garanto muitas surpresas SHAUAHUHAS



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