Desafio entre amigas escrita por Klara Valdez


Capítulo 5
Me safei?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas que dividem oxigênio comigo ^^
A fic está acabando ;-; esse é o penúltimo capítulo.



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POV Silena

Eu queria parar! Mas toda vez que eu sugeria para pararmos, elas sempre insistiam em continuar. Sinto que talvez eu consiga contorna esse jogo, mas ainda sinto aquele aperto desconfortável no meu peito.

Estava sentada ao lado de Piper, enquanto pensava num jeito de convencer elas de parar. Fiquei tão concentrada em uma pequena mancha no chão que nem percebi que estavam me chamando.

– SILENA! - grita Piper ao pé do meu ouvido, acordo de vez tirando a atenção da mancha e olhando pra Piper assustada.

– Precisava gritar! - digo inconformada.

– Precisava sim - diz Piper - você estava no mundo da lua e nem percebeu que é sua vez - continua, apontando para a garrafa com a cabeça.

Olho para a mesma e vejo que ela estava apontada pra mim, mas o que mais me assusta é que o fundo estava voltado pra Thalia.

– Thalia, pelo amor de todos os deuses que existem e para os que não existem, não faça nada relacionado com os meninos - digo, os garotos já estavam confusos e irritados que dava um pouquinho de medo, e pensar que eu teria que fazer algo do gênero também me assusta um pouco.

– Se acalma aí - ela responde, e eu realmente me acalmo um pouco, mas esse sentimento logo se vai quando ela continua - Agora eu vou mostrar o que eu queria com esse jogo - ela da o seu típico sorriso diabólico, que eu seu que todas aqui tem um certo medo, e se levanta.

Nós nos levantamos também é Thalia vai até a outra janela do seu quarto que da pra rua e se estica pra fora tentando ver algo.

– Garota você vai cair daí! - diz Annie a puxando de volta.

– Ok, já tenho seu desafio - ela diz como se dissesse que ia comprar pão.

Fiquei nervosa, se ela olhou pela janela quer dizer que tem algo a ver com o lado de fora. Fiquei olhando pra ela até ela dizer o que terei que fazer.

– Bem, como sou uma ótima amiga, levei em consideração o que você pediu... - ela começa a enrolar, uma vez Thalia, sempre Thalia.

– Ok, Thalia, não enrola. Fala logo! - interrompo e ela me olha feio, acabei de violar a lei "não interrompa a Thalia". Eu sei, eu tô estressada, mas vem você ficar no meu lugar pra ver se você também não fica assim.

– A única coisa que você vai ter que fazer é, só roubar qualquer coisa do mercadinho da esquina - ela diz tranquilamente cruzando os braços.

– Só!? SÓ!? - eu começo a berrar - Thalia eu vou roubar!

– E é muito inteligente da sua parte ficar gritando isso para todo mundo ouvir - ela diz calma se encostando na parede com as costas.

Sua tranquilidade simplesmente me tira do sério. Mas seu olhar parecia me penetrar.

– Onde é o mercadinho? - pergunto sem ânimo, totalmente vencida sabendo que se eu continuasse berrando não ia adiantar de nada.

(...)

Todas nós descemos as escadas e eu estava pra trás no grupo fazendo algo que mais sei fazer essa noite, ficar nervosa.

Pensa você comigo, você é uma garota que nunca faz nada de errado (ou pelo menos nada muito errado) e de repente alguém fala assim "Ei! Vai lá assaltar o mercado ali da esquina". Tudo bem que eu não ia assaltar nem nada, mas nunca fiz isso antes e nunca passou pela minha cabeça fazer isso, sempre tive tudo que precisava.

– Vamos logo Si - diz Calipso me apressando para eu passar pela porta da frente e ela poder fechar.

– O que eu vou exatamente fazer? - pergunto a Thalia que agora estava do meu lado.

– Você pode pegar qualquer coisa, mas claro, que seja útil - ela diz dando os ombros. Pelo menos eu podia escolher, será que tem aquele batom que eu queria? Silena! Pelo amor, como você já pode estar conformada com isso? A segundos atrás você estava pensando como isso é errado!

– É ali - Thalia diz apontando pro outro lado da rua e se posicionando atrás de um carro sendo seguida pelas outras.

– O que vocês estão fazendo? - pergunto franzindo a testa e cruzando os braços.

– Não vamos ficar que nem idiotas paradas no meio da calçada olhando pra lá né Silena - diz Thalia como se fosse óbvio - você vai lá e a gente fica aqui olhando.

Bufo e vou até o outro lado da rua. O mercadinho era mesmo um mercadinho, era um espaço pequeno com três corredores sendo separados por duas prateleiras de mais ou menos o meu tamanho do lado esquerdo e do lado direito o caixa com um cara aparentemente com sono.

Entro no primeiro corredor a procura de algo interessante, mas ainda sinto que eu estou fazendo algo que não se encaixa na minha personalidade.

– Ei! - escuto uma voz me chamar e me viro em direção ao caixa - precisa de ajuda?

Então eu vejo algo atrás daqueles cabelos castanhos quase loiros. Algo pequeno cilíndrico e preto. Eu achei o bendito batom que eu tanto queria. É agora ou nunca. Mas como eu vou pega-lo se ele está ali atrás?

Caminho até o rapaz que deveria ter uns 19 anos, e olho pra ele com o meu melhor olhar inocente.

– Talvez sim - digo mexendo numa mexa do meu cabelo. Ok, a única coisa que eu quero é que ele me de o batom, mas não sei o que eu vou fazer depois.

– Você está sozinha? - pergunta ele com um sorriso, que devo admitir ser lindo.

Olho prós lados e logo em seguida olho pra ele. Tinham os olhos cor de caramelo, mas acho que ainda prefiro os olhos castanhos de um certo moreno.

– É, acho que sim - digo e dou uma risadinha e lhe dou um sorriso. Ele se apóia na bancada com os braços se aproximando mais de mim.

– Então... Como posso lhe ajudar? - pergunta de um jeito galanteador.

– Depende, em o que eu vou levar ou em eu estar sozinha - digo colocando minhas mãos levemente no balcão, mas mantendo uma distância segura. Ele dá um sorriso malicioso.

– Em qualquer um dos dois - ele sussurra, sinto meu rosto esquentar um pouco e ele solta um risada.

Vamos mudar de assunto, é melhor.

– Sabe o que é? - digo, vejo que ele ia falar algo, mas o enterrompo como se não tivesse percebido - eu estava procurando algo, mas não acho em lugar algum - faço o biquinho mais fofo que sei fazer.

– Talvez posso mesmo lhe ajudar - diz se endireitando talvez percebendo que eu estava apenas brincando e não pequerando ele - e o que você tanto quer?

– Você não iria entender - digo e me viro.

– Tenta - eu me viro novamente, mas meu olhar está direcionado ao batom e não a ele.

– É um batom - digo e ele começa a rir. Olho pra ele com cara de emburrada, cruzo os braços e ele para aos poucos de rir - qual é a graça?

– É sério? - ele da mais uma pequena risada e da um suspiro - tudo isso por um batom?

– Sabia que não entenderia - falo e volto até o corredor que eu tinha entrado. Eu quero aquele batom! Não estou mas me importando com esse desafio, eu só quero ele pra mim!

– Ei! Espera aí - olho pra trás vendo ele dar a volta pelo balcão e vir até mim - eu posso tentar te ajudar.

Por um segundo achei que ele estivesse fazendo isso apenas por ajudar, mas depois percebi o olhar de segundas intenções.

– Tudo bem - continuo a andar pelo corredor e sinto ele bem atrás de mim - você poderia começar a me dizer onde fica a maquiagem.

– Não sei muito bem onde ficam as coisas por aqui, - ele começa e eu me viro pra ele quase no final daquele pequeno corredor - esse lugar é do meu padrasto só que ele teve que ir ao hospital cuidar de uns tratamentos.

– A tá - falo baixinho, lembrando do meu pai que sempre me disse quando pequena que ia pro hospital apenas ver se estava tudo bem, mas ele ia quase todos os dias. Até que três meses depois ele morreu com algum problema no fígado. Balanço a cabeça tentando tirar essa lembrança de mim e sinto meus olhos marejarem me viro de costa pra ele a tempo de uma lágrima solitária rolar, enxugo ela é viro a esquina do corredor passando para o segundo.

– Tá tudo bem? - pergunta ele tocando meu ombro.

– Tá sim - me viro e dou um sorriso meio fraco - eu sou quero o meu batom - continuo o meu caminho.

– Acho que é ali, não? - ele aponta pra trás do balcão onde havia vários outros batons juntos.

Ando a passos um pouco apressados e paro colocando meus braços em cima do balcão tentando acha-lo novamente. Ele arrodeia o mesmo e olha pro mesmo lugar que eu como se também soubesse qual estou procurando.

– Ali - aponto para o pequeno objeto - o todo preto.

Ele pega o batom e o examina por um tempo.

– O que tem de tão especial nele? - pergunta me mostrando o batom e logo depois me entrega.

– Como eu já disse, você não entende - olho atentamente cada detalhe dele.

– E aí? - desvio a atenção do objeto de beleza e coloco a mão no bolso da calça, mas não sinto nada.

De tão nervosa que eu tava nem pensei na possibilidade de achar esse batom e levar dinheiro, mas já que eu teria que levar algo sem pagar, porque não o batom?

Fiz uma cara de decepção ao tirar a mão do bolso. Cara eu deveria ser atriz!

– O que foi? - pergunta ele ao ver que eu estava devolvendo o batom - não vai levar? - faço uma cara triste e Bufo

– Eu não trouxe dinheiro - bato de leve na borda do balcão.

– Pode ficar - ele diz me entregando o batom novamente, pego o batom com cautela pra ver se ele não estava brincando e não estava.

– Quanto eu devo? - Pergunto segurando o batom com força como se minha vida dependesse disso. É assim que me sinto quando junto o útil ao agradável.

– Considere como um presente - ele da mais um sorriso lindo e se encosta novamente no balcão como estava mais cedo.

– Então, obrigada - dou um sorriso envergonhado - Tchau - aceno com a mão livre e saio do mercadinho. Olho pra trás e vejo que ele me seguia com o olhar enquanto eu atravessava a rua, mas logo se voltou pro celular que eu nem percebi estar na sua mão.

Chego do outro lado e olho atrás do carro que as meninas disseram que estariam, elas não parecem me notar por aparentemente estarem concentradas no adoleta.

– Nem me convidam - digo assustando todas colocando uma das minha mãos na cintura.

– Pensei que fosse demorar mais - diz Thalia com uma cara confusa que logo muda para curiosidade - O que você trouxe? - pergunta se levantando e as outras fazem o mesmo.

– Isso! - digo mostrando animadamente o meu mais novo batom.

– Eu disse pra trazer algo útil - diz Thalia se encostando no carro azul escuro.

– Pra mim é útil, estava procurando isso a um tempão - digo - e você disse que eu poderia pegar qualquer coisa.

– Tá, tá bom - diz ela sacudindo a mão em minha direção - vamos pra casa que eu tô cansada.

Começamos a andar na direção contrária de antes. Olhei pra cima e vi a lua brilhando azulada, ela estava cheia e havia nuvens ao seu redor. Aposto que ficaria linda com um monte de estrelas ao seu redor, mas não se é possível ver muitas estrelas a noite quando se mora numa cidade enorme como essa.

Andei destraida com a linda vista que estava tendo até perceber que já estavamos na frente da grande mansão. Entramos, e como se fosse obra do destino, os garotos estavam na sala assistindo TV.

Quando entramos logo nos perceberam e olharam pra nós confusos.

– Vocês tinham saído? - pergunta Percy. Nico e Jason nem se deram ao trabalho de continuar a olhar pra gente e se viraram para a TV.

– Sim, nós saímos - diz Thalia - mas já voltamos e vamos pro quarto.

Ela vai na frente e sobe as escadas, Piper a segue imediatamente enquanto nos três damos um breve aceno os meninos e subimos.

Entramos no quarto e Piper estava sentada na cama olhando pro chão e Thalia estava escorada na janela. O clima estava realmente tenso, como se estivéssemos sendo prensadas.

Me sento ao lado de Piper, sei que ela está assim por gostar muito do Jason e agora provavelmente ele não consegue nem olhar pra cara dela.

Ela olha pra mim, mas não consigo identificar sua expressão, e se levanta. Thalia desvia a atenção da janela e olha pra nós ainda escorada na janela.

– Annie, sua vez.


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Notas finais do capítulo

Eu resolvi ser um pouco boazinha com a Silena porque eu sou um amorzinho. (Cof cof convencida)
Estou tento planos para uma nova fic, mas nada concreto. E óbvio que ela é percabeth, porque percabeth is life!
Até o próximo capítulo ^^



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