Häxor escrita por one of the Dumas girls


Capítulo 6
Bem vinda à Zarahä


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa pessoal, o capítulo dessa semana é curtinho, mas funciona mais como apresentação de Häxor do que para manter o enredo da história. Mesmo a Rafaela não aparecendo nesse capítulo mandarei uma imagem dela.
Com tudo isso esclarecido, vamos ao texto!



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–Curve-se diante de Kythana, menina. – ela sussurrou ao aproximar o rosto enrugado de meu ombro.

Virei-me hesitante e fiz uma leve reverência com a cabeça para a senhora uns 20 centímetros mais baixa que eu. Ela vestia roupas normais de uma executiva, mas o diadema prateado reluzindo em sua fronte mostrava que não se tratava de uma senhora normal.

Os braceletes e colares combinando, todos feitos de pérolas e brilhantes, farfalhavam conforme ela me guiava pela praça. Ela afastava as pessoas ao redor com apenas um leve movimento de suas mãos, elas saíam desorientadas do caminho da senhora. Algumas até tropeçavam e caíam, levantando-se logo em seguida apenas para seguirem seus caminhos como se nada tivesse acontecido.

Direcionamo-nos para um prédio alto, não sei dizer com quantos andares, mas muito alto, marrom e velho, talvez o mais velho da rua. Sua entrada era composta por portas duplas de madeira envelhecida, ligeiramente avermelhada, o que me lembrou dos cabelos de Breno.

Ao entrar, passamos por uma série de recepcionistas que atendiam e desligavam telefones loucamente, dialogando em diversas línguas diferentes. A rainha me guiou até um dos elevadores que subiu diversos andares. A porta abriu-se e revelou um imenso salão com centenas de mulheres de todas as idades. Joias de pérolas e brilhantes reluziam em seus pulsos, pescoços, dedos e calcanhares.

O teto abobadado era pintado como o céu noturno, havia representações de estrelas e constelações. O chão e as paredes de mármore branco reluzente davam a impressão de que o ambiente emitia sua própria luz, embora ela fosse incidida por candelabros de cristal flutuantes. Longas mesas de nogueira escura atravessavam o salão, junto a elas as cadeiras de veludo azul Royal estavam em sua maioria ocupadas. Livros e pergaminhos voavam por toda parte, chegando aos braços ansiosos das mulheres ou partindo de cima das mesas. Algumas crianças, todas meninas entre 4 e 10 anos, corriam por entre as mesas em uma brincadeira frenética de pega-pega. Senhoras usando apenas branco e bege observavam as meninas ao longe lançando raios coloridos da palma de suas mãos para segurá-las quando caíssem.

Kythana atravessou o salão pelo corredor do meio, várias das mulheres se viraram e fizeram pequenas reverências com a cabeça antes de continuar suas atividades quando a senhora passava por elas. Eu a seguia de perto e sentia o peso dos olhares de muitas das mulheres sobre mim. Duas das garotinhas, a menor era uma ruivinha de olhos azuis brilhantes e a um pouco maior era muito morena com olhos castanho-chocolate enormes, seus cachos morenos balançando, fazendo boing boing a cada passo, caminharam até mim e me entregaram um punhado de flores do campo amassadas e com as pétalas caindo. Sorri para as duas, mas antes que pudesse tentar falar com elas, as garotinhas se viraram e correram para longe. Continuei andando.

Do outro lado do salão havia uma porta dupla sobre um pequeno tablado. Kythana abriu a porta da direita, girando a velha maçaneta de ferro fundido que apresentava a face de um lobo, a da esquerda tinha o rosto de uma águia. Ao a atravessarmos avistei um pequeno escritório retangular com duas portas em cada uma das paredes retangulares. Acima de cada porta havia um anjo esculpido em rocha negra, assim como o batente das passagens.

A rainha se sentou na cadeira de espaldar alto do outro lado de uma mesa também de nogueira colocada no centro do aposento, de costas para uma janela que cobria a parede oposta do chão ao teto. Então ela disse:

–Bem vinda à Zarahä, capital de Häxor.


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Notas finais do capítulo

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