Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 49
Capitulo 49




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Mário...

Dias se passaram desde que Marcelina e eu tivemos aquela conversa, nós andamos bem afastados ultimamente embora ela tenha feito várias coisas para tentar reconquistar minha confiança, embora não fosse difícil estávamos ainda nos falando como bons amigos, só esperava que não aparecesse nenhum garoto afim dela pra estragar tudo. Estava de boa em casa assistindo televisão quando Gustavo chegou todo bem vestido e animado.

— E aí Mário? - disse ele.

— Aonde vai assim Gustavo? - indaguei.

— Vou me encontrar com a Aninha, combinei com ela de irmos ao shopping e depois vamos no cinema.

— É mesmo? Que filme vão ver?

— Não sabemos ainda, iremos decidir isso na hora. - riu ele.

— Beleza então, boa sorte lá com ela, tomara que façam as pazes. - falei o olhando.

— Obrigado, até mais! - ele disse e saiu apressado.

Continuei assistindo televisão quando, após uns trinta minutos, vejo meu celular tocar e quando vou atender, é Marcelina. Não consigo conter um leve sorriso e atendo.

— Oi Marcelina. - disse voltando a ficar sério.

Oi Mário, tudo bem? - ela disse, toda empolgada do outro lado da linha.

— Levando e você?

Vou bem, o que está fazendo?

— Nada, por quê? - perguntei curioso.

É que eu quero te convidar pra irmos assistir Venom, eu assisti o trailer e achei legal, você já viu? - riu ela.

— Já sim, vi num trailer na internet. - falei estranhando.

Ah que bom... então, topa?

— Ahn,,, sim.

O que foi? Não quer ir? Tudo bem se não quiser.— ela disse, parecendo meio triste.

— Não, não é isso. Eu quero mesmo ir ver esse filme, só não esperava que você gostasse de um filme assim. - respondi.

— Ah sim. Sei lá, deu vontade de ver, e sei que você também quer.

— Tudo bem, eu vou.

Então combinamos tudo para irmos, só que eu não estava assim apenas pela surpresa da Marcelina querer ir ver um filme desse, além disso, eu também estava meio desconfiado de que tudo possa ter sido um plano bolado pelo Gustavo com a Marcelina, para que pudéssemos voltar a nos falar como antes, porque é mera coincidência o Gustavo sair de casa todo arrumado e meia hora depois a Marcelina me convidar pra sair, não? Mesmo intrigado, resolvi ir, troquei de roupa e quando conferi que estava levando tudo, saí de casa indo em direção ao shopping. Dez minutos de caminhada e cheguei lá, Marcelina já estava me esperando pois deve ter ido de táxi, lógico, por isso, assim que me viu, sorriu largo e veio até a mim me abraçando, mesmo meio sem vontade, retribuí o abraço mas ela deve ter percebido minha falta de vontade de abraçá-la e ia afrouxando o mesmo se afastando um pouco de mim, mas decidi deixar isso pra lá e apertei um pouco.

Depois de um tempo naquele abraço, nos soltamos.

— Vamos ver o filme? - perguntei a olhando.

— Vamos sim. - disse ela e começamos a andar pro cinema.

Quando pagamos as entradas e depois as pipocas, pequenas pois eu não estava com muita fome, caminhamos para a sala em que o filme seria exibido e no caminho vi Gustavo e Aninha entrando juntos. Como eles estavam vindo na direção oposta, acabamos nos vendo.

— Vocês também vão ver o filme do Venom? - perguntou Aninha.

— Sim, não é demais? - sorriu Marcelina, animada.

— Que coincidência não? - riu Gustavo abraçando Aninha de lado e logo eles foram entrando.

— Sim, muita. - falei os olhando entrar enquanto entrávamos atrás.

Quando sentamos em nossas poltronas, percebi que ao menos eles não tinha sentado ao nosso lado, pois ficaram umas fileiras à frente da nossa, comecei a comer um pouco da pipoca enquanto os trailers passavam, mas aquela pergunta sobre o passeio no cinema ser armação só saiu da minha mente quando o filme começou.

Marcelina...

Quando chamei Mário parar ir assistir o filme do Venom, eu não estava muito animada pois segundo o que ele mesmo dizia, ele era o pior inimigo que o Homem Aranha já enfrentou, ou seja, poderia correr o risco de ter muitas cenas fortes, pesadas e até sangrentas ainda mais com aquela boca enorme que ele tinha, mas, eu queria mostrar pro Mário que ele podia voltar a confiar em mim, que eu era uma boa namorada e que o amava tanto a ponto de enfrentar meus maiores medos só para ficar com ele, esperava apenas que meu plano desse certo. Mas o que eu não esperava era encontrar Gustavo e Aninha no mesmo cinema, ambos haviam combinado de sair na mesma hora, o que não era coincidência, mas assistir o mesmo filme realmente foi algo surreal, eu não esperava, mas mesmo assim permaneci atenta ao filme e focada no meu plano.

Assistir o filme até que não foi difícil, pois ele era bem diferente do imaginado e por isso, ao sairmos do cinema, estávamos animados.

— E aí? Gostou do filme? - perguntei a Mário.

— Muito, eu esperava algo mais sombrio e pesado, mas ficou muito legal, ri muito durante o filme. - disse ele, ainda rindo.

— Eu sempre soube que em filmes de super heróis da Marvel tinha piadas, mas não tantas como nesse. - riu Gustavo, andando com a gente.

— É, foi até divertido de assistir. - sorriu Aninha, caminhando com Gustavo, ela e Mário pareciam meio estranhos quando nos encontramos no cinema, mas ignorei, ia perguntar isso pra ele ao chegarmos em casa.

Estávamos saindo do shopping quando do nada ouviu-se uma gritaria vinda da frente do mesmo e todo mundo que estava na porta de saída estavam parados olhando algo nela.

— O que está acontecendo? - perguntou Gustavo, assustado.

— Não sei, veio do nada. - respondi, assustada também.

— Ei garoto, o que está acontecendo? - perguntou Mário, pra um garoto que passava por nós correndo.

— Chuva de granizo lá fora! - disse ele, apontando pra fora do shopping.

— Meu deus do céu, e agora? - desesperou-se Aninha.

— Calma, assim que a chuva de granizo passar a gente vai poder ir embora! - Gustavo tentou acalmá-la.

Logo aquele corredor de saída do shopping começou a ficar bastante apertado, a chuva de granizo só aumentava, as pessoas ficavam cansadas de ficar em pé esperando e sentavam no chão. No começo estava normal, mas conforme as pessoas que saíam do shopping sentavam pra esperar, outras que estavam na chuva de granizo também entravam no shopping e iam se refugiar dentro do shopping.

— Ai, cuidado! - disse Mário ao ser empurrado por um garoto que sentava ao lado dele.

— Desculpe-me. - suspirou o garoto.

Logo depois de muito tempo com aquele corredor cheio, não tínhamos muito espaço, comecei a ficar aflita, a chuva continuava caindo e o céu ficava cada vez mais escuro.

— Ai gente, estarmos aqui está sendo até bom por nos protegermos dessa chuva perigosa, mas está ficando muito apertado! - reclamou Aninha.

— Verdade, todo mundo quer ficar aqui perto de nós. - bufei.

— Não consigo nem mexer minha perna que já tá ficando dormente! - resmungou Mário, tentando descruzar as pernas.

— Tive uma ideia, Mário, lembra daquela época em que a gente fazia travessuras no shopping? - sussurrou Gustavo.

— Sim, eu lembro, por quê? - perguntou Mário, sussurrando.

— Que tal a gente fazer uma agora? Assim nos livramos desse povo folgado.

— Tudo bem, mas como?

— Venham que você vai saber.

Ambos então se levantaram e eu os olhei.

— Ei, vão nos deixar pra trás? - indaguei brava.

— Tá bom, venham logo enquanto o segurança não está nos olhando. - disse Mário, me estendendo a mão.

Levantei-me junto com Aninha e começamos a caminhar pra dentro do shopping novamente quando um outro segurança nos olhou.

— Ei, aonde vão? - perguntou ele.

— Eu e o meu irmão vamos no banheiro, estávamos no cinema e não tivemos tempo de ir e agora estamos apertados. - mentiu Gustavo, fingindo estar se prendendo.

— E eu e minha irmã vamos para um lugar mais espaçoso e menos barulhento para avisarmos nossos pais porquê estamos demorando, eles devem estar preocupados né? - falei olhando o mesmo.

— Tudo bem então, mas sejam rápidos! - exigiu ele e assentimos.

Enquanto caminhávamos para o banheiro, olhei para eles.

— O que pretendem fazer lá no banheiro? - indaguei os olhando.

Ambos deram risada.

— Marcelina, tu acreditou mesmo na história que nós contamos pra ele? - riu Gustavo.

— Era só para despistar o cara! - riu Mário me deixando assustada.

— Então o que vão fazer? Pensei que iam vandalizar o banheiro. - respondeu Aninha.

— Não, muito melhor que isso, venham! - sorriu Gustavo puxando Aninha.

Subimos mais um andar até que encontramos a livraria do shopping, fiquei confusa ao entrarmos lá mas permaneci quieta.

— Agora vocês distraiam os caras e só parem quando mandarmos mensagem para vocês. - disse Gustavo.

— Ai meninos, estou ficando assustada, o que pretendem fazer? - disse Aninha.

— Relaxa, não vamos roubar nada, vocês vão saber na hora.

O plano era bem simples, Mário e Gustavo ficariam olhando um livro em um lado e eu e Aninha do outro, até que um atendente veio em nossa direção começando a falar sobre o livro que estávamos vendo, pois ele achava que tínhamos a intenção de comprá-lo. Quando ele começou  a falar com Aninha, rapidamente olhei pros meninos e eles iam de fininho para a escada que levava ao andar de cima, não sabia o que encontrar lá, mas como não havia nada impedindo que a gente subisse comecei a imaginar que lá teria mais alguns livros, então respirei aliviada e voltei minha atenção para o atendente.

— E então? O que acharam? - perguntou ele.

— Ah, legal amiga, acho que vou levar. - disse Aninha, piscando o olho pra mim.

— Beleza, vou só escolher um e já vamos pro caixa. - sorri disfarçando.

O cara assentiu e foi embora, nessa hora, vi uma mensagem do Mário.

"Tomem coragem e subam pelas mesmas escadas que subimos. E rápido, temos pouco tempo"

Com a mensagem inusitada, Aninha deixou o livro na prateleira que encontrou e subimos a escada, realmente ela levava para um segundo andar onde haviam vários outros livros, só que de um outro gênero dos que haviam lá no andar debaixo. Enquanto procurávamos pelos meninos nos corredores, senti uma mão me puxar e soltei um rápido gritinho.

— Shiii, calma. Sou eu. - sussurrou Mário.

— Que susto garoto! - reclamei sussurrando.

— Já passou, venha. - disse ele me levando até uma porta.

— Que lugar é esse? - indagou Aninha, ao entrarmos.

— É o estoque da livraria, quando os livros ficam bem poucos lá embaixo ou até aqui em cima, eles pegam alguns daqui e abastecem as prateleiras. - respondeu Gustavo.

— E por quê nos trouxeram aqui? - perguntei assustada.

— Porque achamos que aqui é um ótimo lugar para ficarmos sozinhos até a chuva de granizo passar, temos livros pra ler, ar fresco, luz... - sorriu Mário.

— E como vamos fazer pra saber se a chuva parou ou não? - bufei.

— Aqui uma janelinha, podemos ver a porta se abrindo e quando todos forem liberados a gente sai daqui. - riu Gustavo.

— Gente, vocês são loucos. - ri me sentando.

Logo peguei um livro e comecei a folheá-lo usando a luz da janelinha pra enxergar.


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