Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, aqui está mais um capítulo fresquinho pra vocês! Boa leitura!



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Mário...

Assim que a conversa com Marcelina terminou, me arrumei para nos encontrarmos pois precisávamos colocar em pratos limpos, precisávamos resolver as coisas entre nós antes de nós quatro enlouquecer ou até mesmo entrar em depressão. Quando terminei de me arrumar, saí do quarto e percebi que meus pais ainda não tinham chegado e saí indo de encontro à ela na pracinha como combinamos. Enquanto caminhava, tentava controlar a respiração, não sabia qual seria a reação da Marcelina e tinha medo de qual seria. Mas, mesmo que ela chore ou algo do tipo, não vou voltar atrás da minha decisão, meus pais sempre me ensinaram que devemos seguir os caminhos do nosso coração e não da mente. E se o meu coração dizia para fazer isso, eu ia fazer. Quando chego no local, paro em frente a uma árvore e respiro fundo mais uma vez para me manter calmo e firme. Depois que me senti mais calmo, pude ver Marcelina aparecer na praça e se sentar no banco para me esperar, sorri de leve e caminhei até ela.

— Oi. - falei me aproximando.

— Oi Mário. - sorriu ela animadamente.

— Demorei muito? - perguntei para enrolar um pouco.

— Não, acabei de chegar. - sorriu ela.

— Que bom, tenho algo pra te falar.

— Eu também tenho algo para te falar.

— Então fala você primeiro, depois eu falo. - sorri a olhando.

— Ok, bom... eu errei mesmo. Errei feio, com a minha irmã Aninha, com o Gustavo e mais ainda com você. Eu sei que te magoei, não dei a atenção que você queria e que tanto merece, dei atenção e importâncias para algo que não tinha tanta importância quanto você, mas eu também não sei porquê fiz isso, o Gustavo foi a primeira pessoa que me ajudou quando eu machuquei o tornozelo, mas por pura coincidência ele era o primeiro que passava por lá, aí eu acabei me sentindo tão agradecida que simplesmente me aproximei dele, mas me arrependo profundamente, porque acabei causando todo esse mal-estar entre todos nós, sei que está sofrendo pois eu também estou, a Aninha também estava e por isso vim aqui, para te pedir perdão. Não é desculpa, é perdão por ter pisado na bola com você. Bom, é isso que eu queria falar. Me perdoa? - ela disse me olhando nos olhos.

— Marce, eu também errei sabe? Eu deixei essa situação sair do controle, ao invés de te ouvir, de conversar com você e procurar entender o seu lado, eu parti pra ignorância, deixei a raiva me consumir e briguei com você e com meu irmão, porque eu não consigo controlar meus sentimentos. Você sabe que sou emotivo demais, então nós dois erramos um com o outro. - confessei.

— Sim, mas não respondeu minha pergunta... - ela me olhou confusa.

— Eu te perdoo, mas isso não quer dizer que estamos bem. 

— Como assim?

— Eu andei pensando muito em tudo que aconteceu e decidi que não terei outra alternativa. Nós não podemos continuar desse jeito, eu gostaria de começar tudo de novo.

— Começar de novo? Como assim?

— Bem, você terá que provar para mim que merece mais uma chance para sermos felizes, terá que recuperar minha confiança. 

— Mário, eu... eu te magoei tanto assim para você... me pedir isso? - ela agora tinha lágrimas nos olhos.

— Marcelina, se ponha no meu lugar, você também não iria querer que eu reconquistasse sua confiança? - suspirei.

— Mas você é homem, logo você devia ser mais maduro em relação à tudo isso e superar tudo fácil. 

— Eu sei, mas eu não sou e você sabe. E não tem motivo pra você ficar assim, a gente ainda poderá se ver e conversar todos os dias, é só você continuar me mostrando que me ama para que eu possa voltar com você. É só o que eu posso pedir agora. 

Então, aconteceu o que eu mais temia, não aguentou as lágrimas e chorou copiosamente, eu só pude abraçá-la enquanto ela colocava pra fora tudo que estavas sentindo naquele momento. Durante o abraço, mordi os lábios pra não chorar junto, vê-la daquele jeito me destruía, mas o coração continuava insistindo para eu tomar aquela decisão, além de que não fui só eu quem decidi, o Gustavo também. Depois de algum tempo, ela parou de chorar e enxugando as lágrimas, ainda soluçando, olhou nos meus olhos com os dela bem vermelhos e fungou.

— Tudo bem, se é pra... eu te ter de volta... eu aceito... - ela disse entre soluços.

— Ótimo, fica calma tá? Você não vai se arrepender, eu prometo. - falei beijando sua testa.

Percebi que com o beijo ela deu um leve sorriso e então levantamos e caminhamos sem dar as mãos para longe do parque.

Aninha...

Assim como foi combinado com Mário, depois que Marcelina saiu para encontrar Mário eu segui caminho para a casa do Gustavo, onde teríamos a nossa conversa definitiva, eu já sabia tudo que falaria pra ele assim que chegasse lá, mas não estava nem um pouco preocupada com a reação dele já que ele era muito mais forte em relação à essas coisas de namoro, sempre foi menos sensível que o Mário apesar de ser gêmeo dele, por isso estava confiante que tudo daria certo. Então assim que chego em sua casa toco a campainha e ele logo abre a porta.

— Oi Aninha, tudo bem? Pode entrar... - disse ele me dando espaço pra entrar.

— Oi Gustavo, sim tá tudo bem, obrigada. - sorri fraco entrando na casa.

Caminhei até o sofá e ele deixou que eu sentasse, coloquei a bolsa do meu lado e sentei de frente para ele.

— Olha Aninha, eu sei que porquê veio aqui. Eu errei mesmo e assumo isso, acabei pisando na bola com você, demorei pra perceber o erro que eu estava cometendo mas eu estou chocado, não imaginei errar assim com alguém um dia. - disse ele.

— Eu sei Gustavo, eu acredito que você não fez por mal, até porque você já me provou que não é esse tipo de garoto. Mas eu vim aqui porque, já me acertei com a Marcelina e agora vim te dar a minha resposta sobre a minha decisão e o que eu acho disso tudo. - o olhei nos olhos enquanto falava.

— Ok, e qual é sua decisão? - perguntou ele parecendo meio receoso.

— Bom, eu acho melhor a gente dar um tempo. - disse e ele pareceu assustado - Não é esse tipo de tempo, é que assim, nós voltarmos a ser apenas amigos e com o tempo se você me mostrar que realmente podemos voltar a namorar, a gente volta entende? Eu estou te dando uma chance para recomeçarmos tudo de onde começou. - expliquei.

— O quê? De onde você tirou isso? - ele franziu a testa confuso.

— É isso mesmo Gustavo, eu sei que pra você não é grande coisa, mas eu fiquei muito magoada quando você praticamente me deixou de lado para ficar com a minha irmã, isso meio que tirou um pouco da minha confiança em você e não me sinto mais tão segura de continuarmos o nosso namoro, portanto, é isso ou nada. - suspirei, não esperava essa reação dele.

— Poxa Aninha, não pensei que tinha te magoado tanto a ponto de você não me perdoar. 

— Eu sei que não, mas só eu sei o que sinto. Então, o que me diz?

— Por favor Aninha, não faz isso comigo, eu amo tanto você. - suplicou ele.

— Eu sei, eu também te amo, mas eu preciso voltar a ter confiança em você, do jeito que está as coisas não funcionam. 

Gustavo suspirou, parecia inconformado com a minha proposta, pois passou a mão na nuca enquanto olhava para o chão, mas logo depois respirou fundo e voltou a me olhar.

— Ok Aninha, eu acho isso muito errado mas já que não tem outro jeito... - ele deu de ombros.

— Obrigada Gustavo, sei que não vou me arrepender. - sorri beijando sua bochecha e me levantei. Ele me acompanhou até a porta e fui pra casa pensando em tudo que havia lhe dito. Por um instante achei que ele ia preferir ficar sem mim de vez, mas deu tudo certo, agora é saber como foi lá com a Marcelina, sei que ela pode estar arrasada e preciso apoiá-la.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo!



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