Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Mário...
Mesmo não querendo, eu sabia que precisava dar um jeito nessa situação logo, não só pro meu bem como para o bem de todos nós, estavam todos sofrendo, mesmo que não por minha culpa, mas eu também estava sofrendo, minha cabeça estava tão confusa que chegava a doer. Mas não sei o que fazer para resolver essa situação. Estava perdido em pensamentos, tentando encontrar uma solução para tirar todos dessa situação, quando meu celular tocou e eu atendi.
— Alô? - chamou Aninha.
— Oi Aninha.
— Oi Mário, tô te ligando porque precisamos conversar, será que podemos nos ver na praça em dez minutos?
— Claro Mário, estarei lá, beijo!
— Até, beijo!
Troquei de roupas e saí rumo à praça sem esperar que alguém me visse. Cheguei na praça e Aninha já estava lá. Ao me aproximar, a abracei.
— Desculpa a demora. - pedi.
— Demorou não, acabei de chegar. - sorriu ela.
— Ah, menos mal.
— Eu tava pensando sobre essa situação que está acontecendo entre nós quatro. Porque estamos todos sofrendo e como eu e você somos os que mais estão sofrendo, tudo depende de nós pra isso melhorar.
— Sim, concordo. - assenti.
— Então, eu cheguei à conclusão que é melhor perdoar os dois, mas por enquanto, sermos só amigos... Quer dizer, isso entre mim e o Gustavo e você e Marcelina, mas eu vou voltar a ser amiga da minha irmã, ela deve estar precisando muito de mim agora.
— Também acho que o Gustavo precisa de mim, acho que realmente eu precisarei confiar muito na Marcelina novamente para que possamos a ficar juntos. - suspirei.
— Sim, trata-los como amigos e aí eles terão que provar que realmente merecem outra chance. Se provarem, voltaremos a ser os casais apaixonados que éramos sempre.
— Exato, então vamos falar com eles sobre isso logo.
— Sim, porque quanto mais rápido melhor.
— Ok, então você fala com a Marcelina e eu falo com o Mário.
Então, rumei para casa enquanto Aninha rumava pra casa dela. Quando cheguei, estava um silêncio muito torturante, chegava a dar aquele zumbido nos ouvidos. Suspirei e entrei no quarto encontrando Gustavo, que lia um livro.
— Gustavo. - chamei me sentando de frente pra ele.
— Oi Mário. - ele disse, seco. Provavelmente achando que eu ia lhe dar um sermão como na escola outro dia.
— Precisamos conversar sério.
— Não quero ouvir outro sermão. - bufou ele.
— Eu não vim dar sermão, quero falar sobre a nossa atual situação. - suspirei.
— Ah claro, sei a nossa situação.
— Olha... eu errei mesmo, fiquei com ciúmes porque você e a Marcelina se aproximaram muito, estavam sempre concordando com tudo, e isso me deixou com ciúmes já que você tinha cuidado dela antes disso acontecer, então eu comecei a ficar com ciúmes, briguei com você e com a Marcelina. Mas apesar de tudo que eu disse lá na escola, eu também me sinto muito mal por estar brigado com você. - confessei.
— É sério isso? - ele finalmente me olhou.
— Claro, eu sei o quanto nós estamos sofrendo com tudo isso e estou me sentindo culpado por tudo isso, mas agora estou aqui pra consertar isso. - afirmei.
— Você não foi o único, eu errei também. E não só com você, com a Aninha. - confessou ele.
— Sim, erramos uns com os outros, mas eu não quero mais continuar assim. - me aproximei.
— Eu perdoo você. - sorriu ele.
— Eu também te perdoo. - sorri de volta.
Sorrimos e nos abraçamos forte, era bom finalmente estar de bem com ele novamente. Claro que por sermos irmãos, sempre houve brigas e desavenças entre nós, mas essa com certeza foi a pior de todas, ainda bem que superamos isso e agora voltamos a nos falar, mas eu ainda tenho uma pessoa para acertar as contas: Marcelina.
E foi a primeira coisa que eu fiz quando nos soltamos do abraço, pegar meu celular pra ligar para ela pra fazermos as pazes, mas quando eu estava discando o número dela, o aparelho tocou, na tela estava o nome de Marcelina. Sorri e atendi.
Marcelina...
Após entrar em casa, fui direto pro meu quarto e me deitei na cama, não conseguia pensar em mais nada, só queria poder conversar com o Mário e explicar esse mal-entendido, mas ele parece não querer me ouvir, eu entendo que possa tê-lo machucado tanto, mas ele nunca foi rancoroso, como ele consegue ser tão frio assim comigo? Como ele não pode me perdoar e me ouvir? Eu não sei o porquê isso está acontecendo, sempre fomos tão amigos, tão unidos, agora estamos em volta de um enorme buraco que nos impede de nos aproximar. Eu decidi deixar o Mário sozinho por um tempo pra ele esfriar a cabeça, mas isso está me incomodando, parece que quanto mais me afasto, mais ele quer ficar longe, não posso deixar isso acontecer, mas qual seria a solução?
Estava sozinha em meu quarto, quando ouvi a porta se abrir.
— Marcelina... - chamou Aninha.
— Oi mana. - falei sem a olhar.
— Eu preciso conversar com você.
— Eu também, pode falar primeiro.
— Bom... eu sei o quanto você está sofrendo pelo nosso afastamento e eu também estou, então decidi acabar com esse sofrimento de uma vez porque pior do que sofrer é ver minha irmã sofrendo.
— Então, o que você pretende fazer? - perguntei a olhando.
— Fazer as pazes.
A olhei nos olhos me aproximando.
— Mesmo? - indaguei.
— Claro, essa situação está colocando a gente num buraco sem fundo, não aguento mais ver você sofrendo por causa disso, inclusive me sinto até culpada, por isso quero fazer as pazes. Você quer? - perguntou me olhando nos olhos.
De repente, um nó na minha garganta se formou bem rápido e eu senti o choro vir com força. Lágrimas desceram de meus olhos e eu só pude assentir e a abraçar. Era bom ter minha irmã de volta, mas também tinha o lance do Mário, que ainda estava chateado comigo, mas agora o primeiro passo já havia sido dado e Aninha já não estava mais brigada comigo.
— Prometo não fazer mais isso tá? - sussurrei em prantos, soluçando e ela assentiu.
— Eu acredito, mas você terá que dizer isso ao Mário, ele é o que mais está sofrendo. - sussurrou ela me afagando os cabelos.
— Eu vou... falar com ele... prometo.
Ficamos assim por mais alguns minutos até as minhas lágrimas cessarem. Separei o abraço secando minhas lágrimas e Aninha saiu do quarto, voltando logo depois com um copo de água. Bebi e me acalmei. Assim que me senti melhor, peguei meu celular e disquei o número de Mário, eu ia fazer as pazes com ele hoje pra acabar de vez com nosso sofrimento.
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