Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 46
Capitulo 46


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Mário...

Mesmo não querendo, eu sabia que precisava dar um jeito nessa situação logo, não só pro meu bem como para o bem de todos nós, estavam todos sofrendo, mesmo que não por minha culpa, mas eu também estava sofrendo, minha cabeça estava tão confusa que chegava a doer. Mas não sei o que fazer para resolver essa situação. Estava perdido em pensamentos, tentando encontrar uma solução para tirar todos dessa situação, quando meu celular tocou e eu atendi.

— Alô? - chamou Aninha.

— Oi Aninha.

— Oi Mário, tô te ligando porque precisamos conversar, será que podemos nos ver na praça em dez minutos? 

— Claro Mário, estarei lá, beijo!

— Até, beijo!

Troquei de roupas e saí rumo à praça sem esperar que alguém me visse. Cheguei na praça e Aninha já estava lá. Ao me aproximar, a abracei.

— Desculpa a demora. - pedi.

— Demorou não, acabei de chegar. - sorriu ela.

— Ah, menos mal.

— Eu tava pensando sobre essa situação que está acontecendo entre nós quatro. Porque estamos todos sofrendo e como eu e você somos os que mais estão sofrendo, tudo depende de nós pra isso melhorar.

— Sim, concordo. - assenti.

— Então, eu cheguei à conclusão que é melhor perdoar os dois, mas por enquanto, sermos só amigos... Quer dizer, isso entre mim e o Gustavo e você e Marcelina, mas eu vou voltar a ser amiga da minha irmã, ela deve estar precisando muito de mim agora.

— Também acho que o Gustavo precisa de mim, acho que realmente eu precisarei confiar muito na Marcelina novamente para que possamos a ficar juntos. - suspirei.

— Sim, trata-los como amigos e aí eles terão que provar que realmente merecem outra chance. Se provarem, voltaremos a ser os casais apaixonados que éramos sempre.

— Exato, então vamos falar com eles sobre isso logo.

— Sim, porque quanto mais rápido melhor.

— Ok, então você fala com a Marcelina e eu falo com o Mário.

Então, rumei para casa enquanto Aninha rumava pra casa dela. Quando cheguei, estava um silêncio muito torturante, chegava a dar aquele zumbido nos ouvidos. Suspirei e entrei no quarto encontrando Gustavo, que lia um livro.

— Gustavo. - chamei me sentando de frente pra ele.

— Oi Mário. - ele disse, seco. Provavelmente achando que eu ia lhe dar um sermão como na escola outro dia.

— Precisamos conversar sério.

— Não quero ouvir outro sermão. - bufou ele.

— Eu não vim dar sermão, quero falar sobre a nossa atual situação. - suspirei.

— Ah claro, sei a nossa situação.

— Olha... eu errei mesmo, fiquei com ciúmes porque você e a Marcelina se aproximaram muito, estavam sempre concordando com tudo, e isso me deixou com ciúmes já que você tinha cuidado dela antes disso acontecer, então eu comecei a ficar com ciúmes, briguei com você e com a Marcelina. Mas apesar de tudo que eu disse lá na escola, eu também me sinto muito mal por estar brigado com você. - confessei.

— É sério isso? - ele finalmente me olhou.

— Claro, eu sei o quanto nós estamos sofrendo com tudo isso e estou me sentindo culpado por tudo isso, mas agora estou aqui pra consertar isso. - afirmei.

— Você não foi o único, eu errei também. E não só com você, com a Aninha. - confessou ele.

— Sim, erramos uns com os outros, mas eu não quero mais continuar assim. - me aproximei.

— Eu perdoo você. - sorriu ele.

— Eu também te perdoo.  - sorri de volta.

Sorrimos e nos abraçamos forte, era bom finalmente estar de bem com ele novamente. Claro que por sermos irmãos, sempre houve brigas e desavenças entre nós, mas essa com certeza foi a pior de todas, ainda bem que superamos isso e agora voltamos a nos falar, mas eu ainda tenho uma pessoa para acertar as contas: Marcelina.

E foi a primeira coisa que eu fiz quando nos soltamos do abraço, pegar meu celular pra ligar para ela pra fazermos as pazes, mas quando eu estava discando o número dela, o aparelho tocou, na tela estava o nome de Marcelina. Sorri e atendi.

Marcelina...

Após entrar em casa, fui direto pro meu quarto e me deitei na cama, não conseguia pensar em mais nada, só queria poder conversar com o Mário e explicar esse mal-entendido, mas ele parece não querer me ouvir, eu entendo que possa tê-lo machucado tanto, mas ele nunca foi rancoroso, como ele consegue ser tão frio assim comigo? Como ele não pode me perdoar e me ouvir? Eu não sei o porquê isso está acontecendo, sempre fomos tão amigos, tão unidos, agora estamos em volta de um enorme buraco que nos impede de nos aproximar. Eu decidi deixar o Mário sozinho por um tempo pra ele esfriar a cabeça, mas isso está me incomodando, parece que quanto mais me afasto, mais ele quer ficar longe, não posso deixar isso acontecer, mas qual seria a solução?

Estava sozinha em meu quarto, quando ouvi a porta se abrir.

— Marcelina... - chamou Aninha.

— Oi mana. - falei sem a olhar.

— Eu preciso conversar com você.

— Eu também, pode falar primeiro.

— Bom... eu sei o quanto você está sofrendo pelo nosso afastamento e eu também estou, então decidi acabar com esse sofrimento de uma vez porque pior do que sofrer é ver minha irmã sofrendo. 

— Então, o que você pretende fazer? - perguntei a olhando.

— Fazer as pazes.

A olhei nos olhos me aproximando.

— Mesmo? - indaguei.

— Claro, essa situação está colocando a gente num buraco sem fundo, não aguento mais ver você sofrendo por causa disso, inclusive me sinto até culpada, por isso quero fazer as pazes. Você quer? - perguntou me olhando nos olhos.

De repente, um nó na minha garganta se formou bem rápido e eu senti o choro vir com força. Lágrimas desceram de meus olhos e eu só pude assentir e a abraçar. Era bom ter minha irmã de volta, mas também tinha o lance do Mário, que ainda estava chateado comigo, mas agora o primeiro passo já havia sido dado e Aninha já não estava mais brigada comigo.

— Prometo não fazer mais isso tá? - sussurrei em prantos, soluçando e ela assentiu.

— Eu acredito, mas você terá que dizer isso ao Mário, ele é o que mais está sofrendo. - sussurrou ela me afagando os cabelos.

— Eu vou... falar com ele... prometo.

Ficamos assim por mais alguns minutos até as minhas lágrimas cessarem. Separei o abraço secando minhas lágrimas e Aninha saiu do quarto, voltando logo depois com um copo de água. Bebi e me acalmei. Assim que me senti melhor, peguei meu celular e disquei o número de Mário, eu ia fazer as pazes com ele hoje pra acabar de vez com nosso sofrimento.


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