Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 45
Capitulo 45


Notas iniciais do capítulo

Fala aí gente, é o Matheus denovo com mais um capitulo e tanto, boa leitura!



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Mário...

Eu não sabia porquê tudo estava dando tão errado ultimamente na minha vida, principalmente no meu relacionamento com Marcelina, de uma forma muito estranha, ela começou a gostar do Gustavo e eu não consigo fazer nada para impedir, sem contar também que ela não admite que está tão próxima dele e distante de mim. 

Depois daquele fim de semana em que as coisas mudaram, voltamos para a escola na segunda feira e eu apenas acordei Gustavo.

— Ei Gustavo, tá na hora. - chamei seco.

— Tô levantando. - disse ele sonolento.

Como já havia escovado os dentes e tomado banho, não esperei Gustavo para tomarmos café, vi que meus pais ainda estavam na cozinha e me sentei na mesa para comer.

— Oi filho, o que aconteceu? - perguntou minha mãe.

— Nada mãe, tô ótimo. - falei abrindo um sorriso forçado.

— Tem certeza? Você parece meio abatido. - respondeu meu pai.

— Impressão de vocês, é que eu ainda tô com um pouco de sono, mas já está tudo bem.

— Ah sim, tudo bem.

Eu sei que você deve estar me criticando por não contar a situação aos meus pais sendo que eles eram os únicos que poderiam me ajudar, mas com o Gustavo não consegue enxergar a realidade, eu tenho medo de meus pais conversarem com ele e ele achar que eu coloquei nossos pais contra ele e tal, aí ele começar a ficar contra toda a casa e se afastar da família e eu não quero isso, seria mais um problema na minha vida pra eu resolver. 

Quando acabei, me levantei e saí de casa sem esperar Gustavo, não acho que seria uma boa ideia falar com ele enquanto não resolvêssemos essa situação, eu tinha que conversar com Marcelina pra esclarecer tudo e quem sabe as coisas voltem ao normal?

— Ei Mário, não vai esperar o Gustavo tomar café pra vocês irem juntos? - perguntou meu pai.

— Eu tenho um assunto importante pra resolver pai, depois eu falo com ele. - respondi saindo de casa o mais rápido possível.

Aninha...

Acordei me sentindo estranha, não sabia o que significava aquilo mas de um jeito estranho eu não conseguia me concentrar direito nem no sono. Tanto que quando olhei o relógio, percebi que havia acordado minutos antes do normal, o despertador ainda não tinha tocado. Vi que Marcelina ainda dormia e então decidi ir me arrumar logo. Me levantei, fui no banheiro e tomei um banho pra despertar. Ao sair, já vestida com a roupa que iria pra escola, peguei minha mochila e desci pra tomar café. Mas como a mesa ainda não estava pronta, decidi que eu mesma faria meu café. Comecei a fazer uma vitamina de banana pra tomar e depois ir para a escola, só espero que o barulho do liquidificador não acorde Marcelina. 

Terminei de fazer, coloquei a vitamina num copo e bebi tudo o mais depressa possível. Mas, para não deixar a cozinha bagunçada, lavei o copo e o liquidificador, guardei e saí de casa caminhando calmamente pra escola, pois ainda tinha bastante tempo até os portões abrirem. 

Caminhei até o colégio e encostei as costas na parede do mesmo, ao lado do portão, pensando no que teria acontecido pra toda essa confusão ter acontecido. Eu sei que o Gustavo errou comigo, de certa forma ele têm dado mais atenção para Marcelina do que para mim. E eu sei que ele só fez aquilo porque a Marcelina tava machucada, mas ainda assim eu não devia ter ficado calada, pois isso permitiu que o Gustavo se aproximasse mais dela. Eu tinha que dar um jeito de falar com ele para resolvermos tudo, para que assim possamos tentar nos resolver. Só espero que isso tudo não cause conflito entre o Mário e o Gustavo, porque isso me fará me sentir culpada, embora não tenha sido eu quem começou tudo isso. E por mais que eu sinta que o Gustavo se arrependa de ter feito isso, eu não me sinto pronta para conversar com ele agora, ou não me sentia antes, mas eu preciso fazer isso, preciso conversar com ele. Com uma boa conversa tudo se resolve e é isso que farei quando o Gustavo chegar na escola.

Quando estava me preparando para entrar, pois o portão já tinha aberto, trombo com alguém que passava por lá.

— Desculpa aí... - disse a pessoa que logo reconheci a voz.

— Desculpa eu... - disse ele e logo se virou pra mim - Oi Aninha, chegou cedo hoje.

— Sim, estava precisando pensar um pouco, ficar um pouco sozinha.

— Está com problemas com o Gustavo também?

— Ah, você sabe né? Aquela coisa do Gustavo com a Marcelina, ontem ele foi até lá em casa e a Marcelina atendeu, mas eu fui atrás dela e ouvi ele falando que queria conversar comigo só que como eu estava escondida, a Marcelina pensou que eu tava ocupada ou dormindo e ele decidiu me esperar na sala. Depois de muito conversarem, o Gustavo foi embora e não me falou o que tinha que falar. - desabafei.

— Sério? Nossa, que estranho. - disse ele.

— Não imaginava que a amizade deles iria aumentar tanto assim. 

— Nem eu, o Gustavo não me conta mais as coisas que eles fazem, nos afastamos bruscamente e eu tô evitando contar pros meus pais, porque senão vai dar mais confusão ainda.

— Ah Mário, eu acho que você deveria contar. - disse pegando sua mão como consolo.

— Por quê?

— Porque por mais que isso possa trazer confusões para o seu lado, os seus pais saberão como lidar com o Gustavo e como explicar pra ele tudo isso. Pode levar um tempo, mas eles vão conseguir fazê-lo entender.

— Tá bom, eu vou falar, mas primeiro vamos esperar mais um pouco, esperar a poeira baixar. Assim, se as coisas voltarem ao normal, não vou fazer papel de bobo né?

— É, tem razão, vai que tudo volta ao normal na hora que você contar e aí depois eles verem que não têm nada a ver o que você está falando?

— Pois é...

Sorrimos um para o outro e, inesperadamente, Mário me abraçou. Era um abraço não de consolo, mas sim um abraço sincero, agradecendo pelas palavras de apoio que eu estava dizendo à ele. Será que vai? Eu espero.

— Mário? - ouvi a voz de Marcelina durante o abraço e rapidamente virei meu rosto para a direção onde a voz dela veio.

— Oi Marcelina. - disse ele, me soltando.

— O que está acontecendo? - perguntou Gustavo e só então percebi que eles estavam juntos novamente.

— Nada, só estávamos conversando e ela me deu umas palavras de apoio. - respondeu Mário.

— Ok, é que eu preciso conversar com você sobre... sobre nós. - disse Marcelina.

— Sim Mário, nós quatro erramos uns com os outros, mas não podemos deixar as coisas como estão. - falou Gustavo.

— Como assim nós quatro? Vocês dois erraram com nós dois quando nos deixaram pra trás. Foi só uma pequena torção no tornozelo pra vocês dois ficarem bem íntimos né? Esqueceram da existência dos seus respectivos irmãos! - Mário se exaltou.

— Não é isso Mário, é só que... Não sei, eu tô confusa, nem eu mesma sei como isso aconteceu. - explicou Marcelina.

— Pois é melhor achar uma justificativa pra isso, porque estou começando a pensar que aquele tropeço foi proposital para você se aproveitar disso e acabar se aproximando mais dela! 

— Como é que é?

— Mário, você me conhece muito bem, sabe que eu jamais seria capaz de fazer isso com você e nem com a Aninha. - falou Gustavo.

— Pois não parece, você nem sequer se esquivou, olha o tempo que faz que tudo isso começou, já era pra você ter se tocado há bastante tempo e esquecido tudo, mas não, você deixou as coisas irem acontecendo. Não me parece nem um pouco arrependido. 

— Mário, a gente quer conversar numa boa, não brigar... - pediu Marcelina.

— Não quero conversar agora, preciso de tempo para absorver tudo isso. - suspirou Mário.

— Mário, sabe que eu nunca faria nada pra machucar você! - falou Gustavo.

— As maiores surpresas e as maiores decepções às vezes vêm de quem menos esperamos... Então, eu não duvido nada do que eu penso no momento. 

Depois que Mário disse isso, vi seus olhos ficarem cheios de lágrimas. Apesar de tudo isso, ele estava sofrendo, aquilo doía em mim, mesmo não sendo ele quem eu amava. Ainda aparentemente segurando o choro, Mário correu pra dentro do colégio, talvez estivesse indo para um lugar pra ficar sozinho e eu corri atrás, mas não do Mário, e sim para o banheiro, pois também precisava ficar sozinha, ainda não me conformava com o modo que as coisas mudaram tão de repente. Chegando no banheiro, entrei numa das cabines, tranquei a porta, me sentei em cima da tampa do vaso e fiquei lá, pensando, tentando raciocinar direito e me acalmar também, pois nervosa do jeito que estava, as coisas nunca iriam chegar em lugar nenhum. 


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Notas finais do capítulo

Bom gente, por enquanto é isso, tentaremos postar em breve!



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