Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, é o Matheus novamente e aqui está mais um capitulo novinho, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643413/chapter/4

Marcelina...

Depois que almocei, esperei dar um tempo e liguei para Aninha:

–Oi amiga!- falou ela, animada.

–Oi Aninha, você está em casa?- perguntei, gostava de ser direta.

–Estou, por quê?

–E você vai sair?

–Não, hoje não. Por quê?

–É que eu tô precisando de uns conselhos seus, mas prefiro ouvir pessoalmente.

–Tudo bem, pode vir aqui quando você quiser.

–Tá, já estou indo, beijos.

Desliguei, tomei um banho e fui até a sala, onde encontrei minha mãe assistindo televisão.

–Mãe, vou lá na casa da Aninha.- falei.

–Tudo bem filha, mas não demora viu?- ela disse e eu disse um "tá" e saí. Enquanto caminhava, eu pensava em várias maneiras de dizer à ela que eu queria conselhos sobre garotos. Porque ela me conhecia muito bem e sabia que eu nunca fui muito de me interessar por garotos, sempre me foquei mais nos estudos e nas coisas mais importantes da minha vida. E quando eu contasse à ela que estava pedindo conselhos para retornar à amizade de um garoto, ela poderia surtar ou achar que estou apaixonada e então, ficaria dando aqueles gritinhos agudos e eu não queria isso.

Chego na casa dela, que é somente alguns quarteirões da minha e toco na porta. É ela mesma que atende.

–Oi.- digo e ela me cumprimenta com um abraço e eu retribuo.

–Pode entrar.- ela diz se soltando do abraço.

–Obrigada.

Ela me levou até o quarto dela e eu me sentei em sua cama. Ela se sentou na minha frente e logo eu respirei fundo pra começar a contar todo a história.

–E então? Que conselho meu você quer? E olha que sou boa nisso.- ela diz sorrindo e eu sorrio de volta.

–Bom Aninha, é o seguinte: hoje, quando deu a hora da saída, eu fui a única que fiquei na sala de aula arrumando as coisas na mochila quando deixei meus materiais caírem. Então, aquele garoto que tem um irmão gêmeo, que eu descobri hoje que se chama Mário. E assim que ele viu que eu estava meio enrolada ele foi até a mim e ofereceu ajuda para guardar meu material. Só que eu fui meio grossa com ele sabe?- comecei.

–Foi grossa como?- perguntou ela.

–Bom, eu disse que não precisava da ajuda dele, pois eu podia pegar tudo sozinha, mas ele continuou insistindo e disse que queria muito ajudar porque gostava de mim...- ia continuar, mas ela me interrompeu.

–PERAÍ, O QUÊ??- ela falou, gritando.

–Calma, ele disse isso, mas eu acabei dizendo que ele era chato por ficar insistindo tanto. E acabei sem querer perguntando se a mãe dele também era chata assim, só que ele saiu chorando e logo o Cirilo, que era aquele que vivia com os dois, me explicou que ele perdeu a mãe cedo, que o pai dele entrou em depressão e quase morreu e ele teve que trabalhar cedo por causa disso e tal. Quando ele acabou, percebi a mancada que eu fiz em ter sido grossa com ele. Então vim aqui perguntar se você sabe o que eu preciso fazer pra voltar a ser amiga dele.- finalizei, sincera.

–Bom, pra saber disso eu preciso conhecer ele ou até mesmo os dois que estavam com ele, porque eles devem saber de alguma coisa. mas agora amiga, você vacilou bonito hein? Ele foi tão generoso e educado com você e recebe um fora desses.- ela disse, séria.

–Eu sei, por isso vim aqui pedir sua ajuda.

–Bom, mas vou precisar também da sua ajuda pra falar com o Cirilo ou com o irmão dele pra saber de algo.

–Tudo bem, vamos tentar falar com eles amanhã sem falta.

–Sem falta, com certeza.

Uma enorme felicidade invadiu meu peito, eu agora sabia que tinha a melhor amiga do mundo, que me ajuda em tudo. Tomara que ela consiga falar com o Cirilo ou com o Gustavo pra que eu possa reconquistar a amizade do Mário.

Mário...

Assim que cheguei em casa nem fiz a comida, simplesmente me joguei na cama e chorei. Eu estava realmente "destruído" por dentro, Marcelina havia tocado em minha ferida e agora eu estava muito, mas muito triste. Para azar meu, mesmo trancando a porta do quarto, Gustavo conseguiu entrar porque tinha a chave também, então, assim que ele entrou, sentou-se na beira da minha cama e pegou minha mão:

–O que houve Mário? O que aconteceu na sala?- ele perguntou, mas eu chorava tanto que não consegui falar nada.

Ele ficou mais um tempo ali, mas logo desistiu e saiu do quarto fechando a porta. Após um longo tempo, talvez uma hora ou duas, minhas lágrimas cessaram, apesar de eu continuar com vontade de chorar, e eu fiquei soluçando bastante. Foi quando, para minha surpresa, Gustavo entrou no quarto novamente.

–Mário, você não desceu pro almoço, então resolvi trazer uma quentinha para você.- ele disse e só então percebi que ele tinha uma quentinha em suas mãos.

–Onde conseguiu isso?- perguntei, pegando a quentinha de suas mãos.

–Comprei lá na esquina, pedi dinheiro pro pai e ele me deu. Expliquei à ele que você não estava bem e ele deixou.

–Obrigado, realmente estou faminto.

–Agora você pode me contar o que aconteceu?

Resolvo que desabafar é o melhor.

–Bom, é que assim que a gente estava saindo da sala, eu, você e o Cirilo, eu vi a Marcelina se atrapalhar com o material dela e resolvi ir ajudar, só que ela me deu um fora dizendo que não precisava de ajuda, mas eu cometi um grande erro, quando insisti e falei que gostava dela.- admiti, não vi motivos pra esconder.

–E por quê você disse isso?- ele parecia chocado.

–Sei lá, foi do nada. Não pensei na hora de falar, aí... ela disse que eu era tão insistente que chegava a ser chatinho, então perguntou se minha mãe era assim também.

–O quê???- agora a expressão dele era de choque com fúria, pois ele falou isso um pouco alto e até se levantou.

–Calma, foi isso mesmo, mas não é pra tanto.

–Como não é pra tanto? Ela faz grosseria contigo quando você estava tentando ajudá-la e você ainda diz que não é pra tanto?

–É claro, porque não vai adiantar nada você se rebelar agora, o que ela disse, tá dito.

Ele se calou por um instante e eu continuei comendo.

–É, tem razão, desculpe.- ele disse.- Bom, mas depois disso, acho que você devia ficar longe dela.

–Sim, eu sei. Antes de você chegar aqui, eu estava decidido a nunca mais falar com essa garota.- falei.

–Isso mesmo.- dessa vez ele sorriu.

O resto do dia passou normal, Gustavo e eu contamos o ocorrido para o pai quando ele chegou em casa, mas ao contrário do que imaginávamos, ele apenas afirmou que isso era coisa do pessoal de lá, todos muito arrogantes e grosseiros. Depois, jantamos e fomos dormir.

No dia seguinte, tudo se repetiu, Gustavo e eu acordamos no mesmo horário de sempre, nos arrumamos, tomamos café e fomos pra escola. Assim que chegamos no portão do colégio, vimos Marcelina e Ana Vitória sentadas em um banco que tinha no pátio, desviamos o olhar delas e fomos procurar Cirilo. Encontramos ele em outro banco ao lado de um bebedouro, lendo um livro.

–E aí Cirilo?- falei, apertando a mão dele.

–Fala Mário.- ele falou, retribuindo o cumprimento.

Então, seguimos juntos pra sala. Quando me sentei, ouvi uma voz feminina, ao meu lado:

–Oi Mário.- disse a voz, foi quando percebi que era a Marcelina, que sentava do meu lado e agora, estranhamente foi gentil comigo.

–Oi Marcelina.- respondi frio, com um sorriso falso.

–Posso te fazer uma pergunta?- ela perguntou.

–Já está fazendo.

–É sério, posso?

–Tá bom vai.

–Você me desculpa pelo modo grosseiro que te tratei ontem?

Não é possível que eu estava ouvindo aquilo. Não podia ser real, logo tratei de "cortar o barato" dela.

–A aula já vai começar, depois te respondo tá?- perguntei e me virei pra frente. Pra minha sorte, a professora entrou na sala naquele exato momento, se ela demora um pouco mais, Marcelina poderia tentar puxar outro assunto, mas eu pude prestar atenção na aula tranquilamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom galera, por hoje é só isso, mas postaremos mais logo, até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wonderful Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.