Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo.

Boa leitura!



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Mário...

O fim de semana passou bem tranquilo pra Gustavo, Aninha, Marcelina e eu, aproveitamos bem e nos divertimos muito durante esse tempo, mas como vocês sabem, logo chegou a segunda feira, ou seja, voltaríamos para a escola.

Eu estava dormindo um sono bem tranquilo quando escutei meu despertador tocar, desliguei-o e me levantei.

—Gustavo, acorda.- digo.

—Já vou Mário.- respondeu ele, sonolento.

Então, me levantei e fui para o banheiro. Depois de escovar os dentes, fui para a cozinha fazer o café. 

—Bom dia pai.- Gustavo e eu dissemos juntos quando ele chegou na cozinha.

—Bom dia meninos.- ele respondeu.

Terminamos o café e saímos, Gustavo e eu seguimos para a escola à pé e eu fiquei imaginando se caso o pai ganhasse um aumento ou subisse no emprego a ponto de ganhar mais e poder ter um carro, será que ele poderia nos levar todo dia? Talvez né, quem sabe. Chegando na escola, logo vimos Marcelina e Aninha sentadas em um banco do pátio e fomos até elas.

—Oi Marcelina.- digo sorrindo e lhe dando um selinho.

—Oi amor.- ela disse, retribuindo o selinho e logo demos as mãos, indo para a sala com Gustavo e Aninha.

Chegando na sala, entramos juntos e nos sentamos, esperando a aula começar.

—Mário, eu conversei com a Aninha ontem depois que vocês saíram e pensei se talvez a gente saísse hoje de novo. Nós quatro, o que acha?- perguntou Marcelina assim que sentamos.

—Acho uma boa ideia, vamos pra onde?- perguntei.

—Ainda não sabemos, vamos decidir isso no recreio.

—Tá bom.

Depois que o sinal do recreio finalmente tocou, saímos para o pátio.

—Gente, eu ainda não sei aonde devemos ir, mas tem que ser para um lugar onde ainda não fomos. - disse Aninha, enquanto lanchávamos.

—E são muitos os lugares aonde não fomos ainda.- disse Gustavo.

—Um lugar novo tipo o quê?- indaguei - Um museu? A praia?

—Também, mas pensei em fazermos uma trilha.- disse Marcelina.

—Trilha?

—É, uma trilha.

—Nunca fiz trilha.- disse Gustavo.

—Nem eu.- respondi.

—Então tudo bem, vamos fazer uma trilha. Mas ainda vamos decidir aonde.- disse Aninha.

—Tá bom então.- respondeu Mário, sorrindo.

Depois de decidirmos que faríamos uma trilha, voltamos a lanchar.

—Gente, vou lá no banheiro rapidinho.- disse Marcelina.

—Vou com você.- falou Aninha.

Assim que elas saíram, pude ver, ao longe, Cirilo comendo algo e subindo as escadas que levavam para a arquibancada do pátio. Decidi ir atrás dele.

—E aí Cirilo?- cumprimentei.

—Fala aí Mário, beleza?- disse ele, me cumprimentando.

—Também e você?

—Tudo joia.

—Que bom, desculpa não ter falado com você quando entrei.

—Não faz mal, você só fez o que era certo, ficar com sua namorada.

—Quem te contou que eu e Marcelina somos namorados?

—Ninguém, eu percebi quando vi vocês dando um selinho e depois entrando de mãos dadas.

—Ah tá, que alívio.- sorrio.

—E parabéns tá? Desejo toda felicidade do mundo pra vocês.- disse ele.

—Obrigado Cirilo.

Nos abraçamos e escutei o sinal do fim de recreio tocar. 

—Vamos, preciso voltar pra sala.- eu disse.

—Vai na frente, preciso pegar uma coisa na arquibancada.- falou ele e eu assenti.

Quando estava pondo um pé no penúltimo degrau da escada já descendo, senti mãos nas minhas costas me empurrarem com força e eu perdi o equilíbrio, comecei a rolar escada abaixo, senti meus braços doerem, minhas costelas e ainda, minha cabeça, ela batia muito forte e quando cheguei no fim da escada, tudo se apagou.

Gustavo...

Depois que as meninas foram para o banheiro, fiquei um tempo com Mário até que vimos Cirilo subindo as escadas da arquibancada. 

—Vou lá falar com ele. Vamos?- perguntou Mário.

—Não, vou esperar as meninas e depois eu vou com elas. - respondi e Mário assentiu.

Continuei comendo meu lanche até que uns cinco minutos depois, as meninas voltaram.

—Cadê o Mário?- perguntou Marcelina.

—Foi lá na arquibancada conversar com o Cirilo.- respondi.

—Vamos até lá então?- perguntou Aninha.

—Vamos.- falei, mas o sinal do fim do recreio tocou, mesmo assim, decidimos ir e ao chegarmos perto da arquibancada, vimos Mário rolando a escada e desmaiar.

—Mário!!- gritei e corri até ele caído no chão.

—Mário, meu amor, acorda!!- gritou Marcelina, desesperada.

—Alguém ajuda aqui!- gritou Aninha.

Por um instante, olhei para o topo da escada e pude ver alguém se escondendo, deve ter sido essa pessoa que se escondeu que empurrou Mário.

Em alguns momentos de angústia, ajudaram a carregar Mário desacordado para a enfermaria.

—Não temos condições, o jeito é levá-lo para o hospital!- disse o zelador.

—Eu ligo para o hospital.- disse nossa diretora, pegando seu telefone.

Enquanto a diretora ligava para a ambulância, Mário era levado por dois faxineiros e o supervisor, zelador, até alguns professores que não iriam dar aula naquele momento acudiram. Os dois faxineiros colocaram Mário em uma cama estreita. Marcelina ignorou o pedido deles para não entrar e correu até a cama, ajoelhou-se ao lado dele e segurou sua mão, chorando. Já eu e Aninha não conseguimos entrar.

—O que aconteceu com ele?- perguntou o supervisor da escola.

—A gente não sabe, estávamos indo subir as escadas da arquibancada quando o vimos rolando a escada até desmaiar.- respondi, segurando o choro.

—Vocês viram quem o empurrou?

—Não, não vimos.

—Eu sei quem foi.- uma voz disse atrás de mim, me virei, era Cirilo.

—Fala Cirilo, quem foi?- perguntou o supervisor.

—Foi o Jorge Cavalieri.- respondeu Cirilo, friamente.

—O quê???- Aninha e eu perguntamos em uníssono.

—Tem certeza Cirilo?

—Tenho, eu estava com Mário pouco antes dele cair, só que eu saí de perto dele e puder quando o Jorge o atirou pela escada, mas o Jorge não percebeu que eu estava olhando.

—E por quê o Jorge fez isso?

—Não sei, ele saiu correndo depois de empurrá-lo, já que só tinha eu lá em cima. Não sei onde ele se escondeu.

—Vamos esperar o Jorge aparecer, ele merece ser severamente punido por isso. 

—Punido, ele tem é que ser expulso!- gritou Aninha.

—Calma Ana Vitória, não se exalte agora.- pediu um dos professores- Primeiro, vamos cuidar do Mário e depois vemos o que fazer.

Alguns minutos depois, a ambulância chegou, Mário ainda estava desacordado e levado por dois médicos que colocaram ele em uma maca. 

Rapidamente, tentei entrar na ambulância junto com eles, mas um deles me barrou.

—Eu quero vê-lo, ele é meu irmão!- gritei, desesperado.

—Calma meninos, vão pra sala e quando ele acordar ou puder receber visitas, a gente avisa!- pediu o enfermeiro.

Marcelina e Aninha ainda tentaram protestar, mas eu as puxei pra sala, não é bom discutir com um médico. Quando já estávamos perto do corredor da nossa sala, Marcelina soltou meu braço e correu até o banheiro, Aninha me olhou como se me pedisse para ir pra sala e eu assenti. Cheguei e me sentei em meu lugar, mas não consegui prestar atenção na aula, meus pensamentos só estavam em meu irmão.

Marcelina...

Ao ver Mário ser levado de ambulância para o hospital foi uma tortura pra mim, eu não podia fazer nada para ajudá-lo, ele poderia estar gravemente ferido, ou poderia não estar, embora parecesse que sim. Assim que Gustavo nos puxou de volta pra dentro da sala, soltei seu braço e comecei a arrumar minhas coisas na mochila, eu não aguentaria ficar nem mais um minuto ali dentro da escola sabendo que Mário estava internado no hospital. Eu precisava vê-lo.

—O que estão fazendo?- perguntou Gustavo.

—Eu vou sair daqui, preciso ir ver o Mário no hospital.- falei, colocando os livros na mochila.

—Então eu vou junto.- disse ele.

Mesmo tendo os olhares em nós conforme a gente saía da escola, ignoramos eles e continuamos andando pra fora da escola. Ao passarmos pelo portão, lembrei de algo que estava faltando.

—Ei, onde fica o hospital?- perguntei.

—Eu não sei amiga.- respondeu Aninha.

—Eu sei, eu vi o nome do hospital antes da ambulância sair.- disse Gustavo - Vamos.

O hospital não ficava muito longe, nós três conseguimos até lá à pé mesmo e fomos pedir informação sobre Mário.

—O paciente Mário Ayala ainda não pode receber visitas, mas quando ele puder vamos falar.- falou a recepcionista.

Sendo assim, decidimos que não teríamos outra escolha a não ser esperar, nos sentamos em três cadeiras que tinha lá na recepção e esperamos.

—Meninas, vou lá na minha casa pegar umas roupas pra mim porque pelo visto, terei que dormir aqui.- disse Gustavo depois de uma hora.

—Tudo bem, pode ir, qualquer coisa liga.- disse Aninha, lhe dando um selinho.

Após um tempo ali esperando, disseram que Mário já poderia receber visitas, embora ainda estivesse mal, eu decidi ser a primeira.

Gustavo...

Depois que a recepcionista disse que nós precisaríamos esperar até ela dizer quando poderíamos entrar, decidimos esperar sentados na recepção. Passou-se uma hora e eu ficava cada vez mais aflito enquanto Marcelina chorava copiosamente nos braços de Aninha. Eu na certa, não poderia deixar aquilo passar em branco, eu tinha que avisar meu pai sobre o ocorrido com Mário. Então, depois de uma hora de aflição, eu decidi resolver logo tudo isso.

—Meninas, vou lá na minha casa pegar umas roupas pra mim porque pelo visto, terei que dormir aqui.- falei firme, me levantando.

—Tudo bem, pode ir, qualquer coisa liga.- disse Aninha, me dando um selinho.

Saí do hospital e já estava quase chegando em casa quando esbarro em alguém. Quando olho o indivíduo pra pedir desculpas, vejo que essa pessoa é ninguém mais ninguém menos que Jorge Cavalieri, o que colocou meu irmão naquele hospital.

—Ah, aí está você!- gritei, me descontrolando e dando um soco nele, fazendo-o cair no chão.

Acho que pelo Jorge ser um mauricinho metido a besta e esnobe, com certeza ele não entendia nada de briga, porque em nenhum momento tentou revidar, não mostrou nenhuma reação, apenas ficou no chão, estático, enquanto eu o socava com toda a força e raiva que estava sentindo. 

Ainda ofegante, me levantei e ajeitei o cabelo, que se despenteou com a briga, mas nem por isso Jorge se levantou, ele devia estar com muita dor e por isso não se levantou, mas não me importei e continuei caminhando até em casa. Chegando lá, vi que meu pai ainda não tinha chegado, nisso, aproveitei para ir ao banheiro e lavei meu rosto. Quando acabei, liguei para meu pai pelo telefone de casa mesmo.

—Oi filho.- disse ele do outro lado da linha.

—Oi pai, aqui é o Gustavo.- respondi, aflito- Tem como o senhor pedir pra sair mais cedo do trabalho?

—Por quê filho? O que aconteceu?- o tom de voz dele era preocupado.

—O Mário foi empurrado na escada da escola e agora está no hospital. Vá pra lá, por favor.

—Já estou indo, filho, fique calmo.

A ligação acabou ali. Depois, comecei a arrumar as coisas pra ficarmos lá no hospital. Quando acabei, me sentei no sofá passando a mão nos cabelos, nervoso. Depois de uma hora, meu pai chegou.

—Filho, qual é o hospital? - ele perguntou na porta.

—Eu te levo pai, vamos.- respondi, já com a mala em mãos.

Chegamos lá na recepção e encontramos Aninha abraçando Marcelina, que agora não chorava, apenas repousava a cabeça em seu ombro.

Nisso, meu pai foi até a recepção e perguntou até quando iria o horário de visitas. A mulher respondeu que ele poderia receber visitas até às oito da noite, então, meu pai e eu decidimos ir visitá-lo. Quando chegamos na sala com a enfermeira, pude ver Marcelina sentada ao lado dele com o rosto inchado e os olhos vermelhos.

—Oi Seu Ayala.- ela disse com voz embargada.

—Olá senhor. - disse Aninha, levantando os olhos.

—Olá Marcelina. Olá Ana. - meu pai disse, com a voz firme e Aninha apenas acenou.

—Alguma notícia do Mário meninas?- perguntei, aflito.

—Não, nada ainda.- respondeu Aninha.

Depois dos cumprimentos, meu pai foi em direção à sala onde Mário estava. Aproveitei para me sentar ao lado das duas. 

—Calma amiga, ele vai ficar bom.- disse Aninha, fazendo carinho nos cabelos de Marcelina, enquanto eu me sentava rezando para que Aninha estivesse certa. Agora, o jeito era torcer pra que as notícias de meu irmão fossem boas. 

—Gustavo, por quê você está tão ofegante assim?- perguntou Marcelina, pouco depois.

—Encontrei o Jorge na rua e bati muito nele.- confessei, deixando as duas chocadas.

Expliquei então tudo que aconteceu, cada detalhe da briga e depois fiquei olhando para o corredor, esperando meu pai voltar com notícias de Mário.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo gente.



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