Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 30
Capitulo 30


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, aqui é o Matheus denovo e tenho uma notícia, apartir de agora eu vou ficar responsável pelos capitulos da fic aqui no Nyah e o Gabriel ficará responsável pelos capitulos no Social Spirits, espero que entendam e boa leitura!



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Marcelina...

Fiquei chocada com o que Gustavo me contou, ele e Jorge brigando daquela maneira. Claro que Jorge era do tipo que não sabia brigar, então era normal que ele apanhasse, mas o Gustavo brigar daquela maneira já era bem surpreendente, eu não sabia que ele seria capaz. Claro, quando estamos com raiva fazemos coisas que nem sabemos que somos capazes, mas que isso foi chocante, foi.

— ... e foi isso. Depois eu rumei pra casa.- finalizou Gustavo.

— Impressionante.- disse Aninha, chocada.

Ignorei os dois continuando abraçada à Aninha apenas olhando o corredor, só quero saber de notícias do Mário. Olhei no relógio pendurado na parede e já eram cerca de cinco da tarde, já estava começando a achar que o pior estava chegando quando vi Seu Ayala chegando.

— Pai, como está o Mário?- perguntou Gustavo, se levantando.

— Filho, ele está bem, mas ainda desacordado, porém, os médicos disseram que se quiser ir lá falar com ele, pode ir.- disse ele.

Gustavo então, se levantou e foi até o quarto de Mário enquanto Seu Ayala sentou ao meu lado e olhou para mim tentando me dar apoio, passava as mãos lentamente em meus cabelos enquanto Aninha me abraçava. 

Gustavo...

Assim que meu pai me permitiu a visita, me recompus e levantei da cadeira indo a passos firmes na direção do quarto de meu irmão. Ao entrar e ver ele naquele estado, meu coração se apertou. Meu irmão gêmeo, tão corajoso, forte, maduro, agora estava lá, numa cama de hospital, todo quebrado.

— Mário...- sussurro chorando, peguei em sua mão. - Eu sinto muito, devia ter ido com você quando me pediu pra ir falar com o Cirilo, talvez se eu tivesse ido junto, isso não teria acontecido e agora você estaria em casa, ou na rua, se divertindo comigo, Aninha e Marcelina. Mas não se preocupe, eu já dei no Jorge a lição que ele merecia, me encontrei com ele na rua ainda há pouco e bati nele, amanhã também ele provavelmente estará suspenso da escola pelo que fez. 

A partir daí, não aguentei mais e afundei meu rosto com as mãos e chorei. Era difícil e doloroso falar com ele sem poder ouvi-lo responder. 

Depois de alguns minutos ali, chorando, saí da sala e fui ao banheiro. Lavei meu rosto, que por sinal já estava bem inchado e fui procurar algo pra beber e me acalmar. Quando já me senti mais relaxado, voltei para onde estavam meu pai, Aninha e Marcelina.

—Filho, vai pra casa, você passou por muita coisa hoje e precisa descansar.- disse meu pai se levantando.

—Só se o senhor me prometer que vai ficar aqui e me dar notícias.- peço o olhando.

—Prometo filho, prometo. Agora vai. 

Assenti com a cabeça e olhei para Aninha.

—Você vem Marcelina?- perguntei olhando para as duas, eu queria muito que Aninha ficasse lá em casa comigo para me dar apoio, mas ela também precisava dar apoio à Marcelina, afinal, elas são amigas há muito mais tempo, bem antes de nos conhecermos elas já eram quase irmãs. Eu não podia obrigá-la a ficar.

—Amor, eu...- disse ela, atrapalhada.

—Eu sei amor.- a abraço - Pode ir com Marcelina, ela é sua melhor amiga e te conhecia antes de mim, pode ir com ela.

—Não amor, eu ia dizer que vou contigo.- ela respondeu me deixando surpreso.

—Mas... e a Marcelina?

—Eu vou ficar bem Gustavo. - disse Marcelina - Você como irmão do Mário vai precisar muito mais de apoio do que eu. E também, meus pais já estão sabendo do ocorrido porque eu os avisei, então eles vão me dar todo o apoio possível. Não se preocupe, vai.

Sorri para Marcelina e a abracei.

—Obrigado Marce.- sussurrei.

—De nada.- ela sussurrou de volta me abraçando.

Depois disso, ela abraçou Aninha e nós dois saímos do hospital. Levei Aninha até a casa dela e depois ela voltou com uma mochila nas costas.

—Seus pais deixaram?- perguntei, surpreso.

—Sim, eles confiam em você. - ela disse, sorrindo. Estranhei, confesso, mas preferi deixar pra lá e peguei sua mão a levando até minha casa.

—Pode ficar à vontade.- sussurrei levando ela até meu quarto e ela se sentou na cama de Mário.

—Obrigada.- ela sussurrou sorrindo e abrindo a mochila. - Preciso de um banho, tem um banheiro por aqui?

—Claro, seguindo o corredor, segunda porta à esquerda.

—Obrigada. Já volto.

Assenti e a vi se retirar. Quando ela saiu, deitei na cama e fiquei olhando o teto, pedindo a Deus para que Mário se recuperasse logo.

Marcelina...

Assim que Gustavo e Aninha foram embora, aproveitei e rumei sozinha para a sala de Mário, precisava ver ele antes de ir embora e só ele podia me deixar vê-lo.

— Ei menina, você não pode entrar lá sem a permissão de um adulto. - um enfermeiro me barrou.

— Por favor, é meu namorado que está internado em uma dessas salas.- implorei quase chorando.

— Sinto muito, mas é minha obrigação te impedir. 

Soltei meu braço das mãos dele e voltei a chorar completamente desolada, até que senti duas mãos segurarem meus ombros.

— Ela tem minha permissão.- era a voz de Seu Germano, me virei pra ele e o olhei sentindo meus olhos brilharem e um sorriso fraco se formar em meus lábios. Ele, ao sentir meu olhar sobre ele, me olhou com o mesmo sorriso e entrou comigo na sala.

— Obrigada Seu Germano. - agradeci sorrindo.

— De nada querida.- ele respondeu devolvendo o sorriso.

Segui andando ao lado de Seu Germano até a sala de Mário, mas meu sorriso se desmanchou quando o vi deitado na cama, com os olhos fechados. Caminhei devagar até sua cama e passei a mão nos cabelos dele. Em poucos segundos, minha visão fica embaçada pelas lágrimas e eu deito a cabeça no peito dele chorando. Claro que ele estava vivo, mas doía vê-lo daquele jeito, se ao menos eu pudesse ouvir a voz dele.

—Mário, eu estou aqui. - sussurro chorando e pegando as mãos dele - Eu amo muito você. Lute por mim, não me deixei, ainda temos muito que viver, você tem uma vida longa para viver pela frente. Não me deixe, por favor. 

A partir daí, não aguentei mais e caí no choro, mas não soltei as mãos dele, juntei forças para segurá-las nas minhas. Um mísero segundo se passou depois que eu voltei a chorar e senti suas mãos mexerem. Por instinto, levantei a cabeça e vi seus olhos encarando os meus.

—M-Mário?- sussurrei o encarando. Ele sorriu e continuou me encarando, mas o aparelho em sua boca não o permitia falar - Se estiver me reconhecendo, pisque os olhos. - pedi.

Ele piscou os olhos e sorriu. Eu agora chorava novamente, mas de emoção. Não aguentei e o abracei, mas o soltei quando ele soltou um urro de dor. Em seguida, Seu Germano veio na direção dele.

— Filho, que bom que está bem.- disse ele, abraçando Mário rapidamente.

Em seguida, os médicos chegaram e eu tive que me retirar da sala pra que eles pudessem examinar Mário melhor. Eu obedeci, já tinha visto Mário e falado com ele, então já havia tirado o peso das costas, o aperto no peito sumiu. Cheguei na recepção e acenei para a moça como um "tchau" e saí rumando pra casa. Ao dobrar a esquina, cheguei na praça onde costumava passar as tardes com Mário, Aninha e Gustavo e senti meu coração apertar, lembrar daquilo doía, mas em breve poderíamos fazer de novo. Quando passei por um banco que tinha ali, vi uma mulher sentada nele, chorando, abraçando algo no peito. Minha mãe sempre me ensinou a não falar com estranhos, mas ver aquela mulher naquele estado me fez ir até ela.

—Senhora, o que houve?- perguntei, me aproximando.

A moça era jovem, aparentava ter a mesma idade que Seu Germano, mas de resto era completamente desconhecida.

—Ér... - ela limpou as lágrimas com as mãos e me olhou - Nada querida, eu só estou procurando meus filhos e meu marido, mas não os encontro de maneira nenhuma.

— Calma, você vai achá-los.- me sentei ao lado dela a abraçando e vi duas fotos nas mãos dela. Uma era Seu Germano com dois bebês idênticos e a outra era duas crianças. Dois meninos, pra ser mais exata, deviam ter no mínimo cinco anos. Mas, espera aí, eram Mário e Gustavo com cinco anos. O rosto deles deixava muito óbvio que eram eles. Mas, Mário não disse que a mãe dele morreu com cinco anos? 

—Ei, esse aí quem é? - pergunto apontando para o homem da foto.

—Meu ex, Germano Ayala, eu quero muito reencontrá-lo.- ela suspirou.

Fiquei chocada e boquiaberta por uns instantes. 

—Menina, tá tudo bem? Você está pálida.- ela disse me cutucando.

—Moça, esses dois são Mário e Gustavo?

—Sim querida, como sabe?

—Que fofinhos os dois, dá vontade de apertar as bochechas.- disse rindo.

—Eu também acho, vivia dizendo isso pra eles. Mas, você não me disse como sabe o nome deles.

—Eu sou amiga deles, eles estudam comigo, olha só. - mostrei a foto que tirei junto com Aninha e os dois naquela mesma praça.

A mulher ficou olhando a foto por alguns segundos com os olhos lacrimejados. 

—Como cresceram.- ela disse, emocionada. 

—Se quiser eu levo a senhora até eles. Eu sei onde estão. - digo sorrindo.

—Ah, muito obrigada querida. - ela me abraçou, emocionada. Retribuí o carinho. - Como é seu nome?

—Marcelina Guerra. E o seu?

—Sou Teresa, prazer.

—Prazer é meu Dona Teresa. Vamos? - digo me levantando.

—Vamos.

Durante o caminho, contei à Teresa como conheci Mário e Gustavo, contei que já estava namorando Mário e Gustavo namorava minha melhor amiga e porquê Mário estava com Germano no hospital. 

—Nossa, que crueldade fizeram com meu filho! - ela quase gritou perto do hospital.

—Eu sei querida, mas ele já foi punido tá? - falei mesmo sem ter certeza.

—Ainda bem, pois foi bem feito pra ele.

Nisso, entramos juntas no hospital e ela se identificou para a recepcionista, me deixando entrar junto com ela. Assim que entramos na sala onde estava Mário, o barulho da porta fez Seu Germano se virar. Ao ver Teresa, arregalou os olhos.

—Teresa?- ele murmurou chocado e pálido enquanto Teresa o olhava com um meio sorriso e Mário encarava tudo confuso.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só galerinha, até o próximo!



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