Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel está de volta com mais um capítulo, espero que gostem.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643413/chapter/27

Mário.. 

Na manhã seguinte, acordei e vi que ainda estava na mesma cama de Marcelina, pois seu rosto angelical mostrava seus olhos ainda fechados. Eu não sabia ainda se os pais dela já tinham acordado, mas resolvi voltar logo pra cama antes que eles vissem. Saí lentamente da cama para não acordá-la e quando deitei-me na cama, não tentei dormir novamente, eu sei que era ruim acordar cedo demais principalmente em um fim de semana, mas eu pude sentir que não estava mais com sono, meus olhos não pesavam mais. 

Alguns segundos depois que voltei para a cama, ouvi barulho de passos vindo de fora do quarto, talvez a mãe da Marcelina estava vindo acordá-la, mas talvez ela deixava a Marcelina dormir até mais tarde dormindo. Quando os passos cessaram, lembrei do meu celular na minha mochila e fui pegar. Vi que tinham muitas mensagens de Gustavo, mas ignorei todas. Em seguida, ouvi um barulho, era Marcelina acordando.

—Bom dia Mário.- ela disse, se levantando da cama e sentando no meu colchão.

—Bom dia Marcelina.- respondi, sorrindo e lhe dando um selinho.

—Dormiu bem?

—Sim, na medida do possível.

—Não se preocupe, você vai se acertar com o Gustavo, uma hora ou outra vocês vão fazer as pazes.

—Deus te ouça meu amor.

Depois disso, nos levantamos e fizemos nossas higienes matinais. Quando saímos do banheiro, fomos para a cozinha e Dona Lilian já estava lá. 

—Bom dia.- ela disse.

—Bom dia mãe.- falou Marcelina.

—Bom dia.- respondi, sorrindo.

Sentamos e ficamos conversando um pouco, pois o pai de Marcelina já tinha ido embora. Logo depois, Paulo chegou.

—Bom dia Paulo.- eu disse.

—E aí Mário, beleza?- ele disse, apertando minha mão.

—Beleza e você?

—Tudo joia.

Fiquei feliz em saber que o Paulo estava me tratando bem, a Marcelina me disse que ele sempre foi um irmão super protetor com ela, mesmo implicando e brigando às vezes, mas também era tão protetor que não deixava garotos se aproximarem dela. Mas acho que, assim como Lilian avisou ao pai, ela também deve ter avisado ao Paulo sobre mim. Por isso que ele não se importou, deve ter percebido que eu era sim, um menino bom, que não pensava maldade e tudo mais. 

—Mário, o que acha de assistirmos um filme agora?- perguntou Paulo, quando terminamos o café.

—Aqui? Tá bom, pode ser.- respondi.

Então, ele levou Marcelina e eu até seu quarto e nós fomos assistir um filme de terror, que eram os favoritos de Paulo.

Marcelina...

Fiquei super-feliz na manhã seguinte quando Mário e eu fomos tomar café e assim que Paulo apareceu, o tratou bem, conversando como dois velhos amigos. Assim que terminamos o café, Paulo deu a ideia de assistirmos um filme de terror no quarto dele. Acho que esse é um bom jeito de iniciar o fim de semana, ainda mais porque eu não havia combinado nada com Mário. 

Foi quando Paulo decidiu que o filme que veríamos seria o "Possessão". Eu nunca tinha visto aquele filme porque ele nunca me deixava ver, já que quando eu era pequeno eu tinha medo, mas como ele gostava muito desses filmes, ele decidiu não me deixar ver. Só que com Mário do meu lado, consegui assistir o filme tranquilamente.

—Tá com medo Marcelina?- perguntou Paulo, sorrindo.

—Não.- respondi no mesmo tom, deixando ele com uma cara de duvidoso.

Mário permaneceu calado durante todo o filme, estava tão compenetrado que nem prestou atenção nas poucas palavras que eu e Paulo trocamos, ele só voltou à realidade quando entrelacei nossos braços e coloquei minha cabeça no ombro dele, ele olhou pra mim rapidamente e sorriu de lado. O filme até que dava uns bons sustinhos, mas não era nada que eu pudesse me apavorar. Quer dizer, eu sendo mulher, se tivesse vendo à noite, teria pesadelos na certa.

Quando o filme acabou, Paulo chamou Mário para jogar videogame.

—Eu topo, que jogos você tem aí?- perguntou Mário, animado.

—Ah, tenho de vários tipos: tem de tiro, de corrida, de estratégia... você escolhe.- falou Paulo, igualmente animado.

—Bom meninos, já que vocês se deram tão bem, divirtam-se enquanto eu vou cuidar de meus afazeres, tá bom?- perguntei, sorrindo e os dois assentiram.

Passei um bom tempo sozinha no meu quarto, aproveitei que a porta do quarto de Paulo estava fechada e deixei a do meu aberta, pois assim eu poderia ouvir os barulhos do jogo de lá. Não que eu estivesse achando que Paulo seria capaz de fazer mal à Mário, mas eu queria ter certeza que ele ficaria bem com meu irmão. Quando eram mais ou menos umas onze da manhã, vi a porta do quarto de Paulo se abrir e os dois meninos saírem de lá. Ouvi Paulo dizer alguma coisa sobre sair de casa e em seguida, rumou para o banheiro. Já Mário veio em direção ao meu quarto e ao me ver, sorriu e estendeu os braços me puxando para um abraço. 

—Eu estou tão feliz que fui aprovado por sua família.- ele disse, me dando um selinho- Juro que pensei que pelas minhas condições e tudo mais, eles não fossem me aceitar.

—Eu também estou feliz Mário, agora nada nos impede de ficarmos juntos.- respondi o puxando para um beijo terno e doce, a porta do quarto estava aberta, mas não liguei, não estávamos fazendo nada de errado mesmo. Quando nos separamos, ouvi a campainha tocar.

—Deixa que eu atendo.- eu disse. 

Claro que era minha mãe quem devia atender, mas como ela não estava em casa e Paulo estava no banho, era eu quem tinha que atender. Quando abro a porta, uma surpresa, Gustavo e Aninha estavam lá.

—Oi amiga.- Aninha disse, sem o entusiasmo de sempre, acho que ela estava meio insegura sobre algo.

—Oi Aninha. Oi Gustavo.- cumprimentei os dois.

—Oi Marcelina, podemos entrar?- perguntou Gustavo.

—Claro, entrem.

Quando Gustavo entrou na sala e viu Mário sentado no sofá, parou e os dois se encararam.

—Bom, acho que vocês tem muito o que conversar né?- eu disse- Vem Aninha, vamos lá pra cima para deixar os dois a sós.

Aninha concordou e subimos de mãos dadas para o quarto. Eu não queria escutar a conversa dos dois, mas a curiosidade estava me matando, só que eu resisti à vontade de ouvir a conversa dos dois escondida e levei Aninha até o quarto, onde decidi saber um pouco mais da história.

—Amiga, me conta tudo o que aconteceu depois da briga de ontem?- perguntei, já sentada na cama.

—Nossa amiga, o Gustavo ficou muito mal. - disse Aninha - Depois que você saiu com o Mário, ele desabou em prantos e eu fiquei o tempo lá, consolando ele. Ele chorou tanto que quando parou, estava de um jeito deplorável, acho que você já deve imaginar né?

—Sim, imagino porque o Mário ficou de um jeito quase pior quando chegou aqui ontem.

—Pois então, depois disso, o levei pra casa e quando chegamos lá, o pai dele nos contou que ele tinha vindo dormir aqui. 

—Aí o Gustavo tentou vir atrás do Mário aqui?

—Exato, mas eu conseguiu convencê-lo a ficar em casa, pois agora os dois estavam de cabeça quente.

—Fez certo, aí você dormiu lá?

—Não, eu fiquei com medo, porque o pai do Gustavo não me conhece, aí eu fiquei com medo dele não pensar de mim o mesmo que pensava de você e decidi ir pra casa. Mas hoje de manhã, bem cedinho, fui até a casa deles e fiquei com o Gustavo toda manhã, até que decidi trazê-lo pra cá para eles se resolverem.

Como a minha amiga tinha sido generosa. Claro que pra mim, ela devia ter dormido na casa de Gustavo, mas eu entendo o lado dela, realmente ela não conhecia o pai de Mário e eu sinceramente, achei um milagre o mesmo ter deixado Mário dormir lá em casa, por isso que eu nem tinha contado para os meus pais que ele ia dormir lá em casa, só contei enquanto Mário tomava banho. 

—Bom, agora é torcer pra que eles se acertem né?- eu disse.

—Eles vão sim, o Mário vai entender.- animou-se Aninha.

Mal ela disse isso, vimos Gustavo e Mário parados na porta do meu quarto com um sorriso no rosto e semblantes alegres.

—Meninas, quem topa um sorvete?- Gustavo perguntou sorrindo.

Gustavo...

Eu não estava acreditando que aquilo havia acontecido. Eu já briguei com Mário algumas vezes quando nós éramos mais novos, mas dessa vez, foi talvez a pior que já tivemos.Eu mal conseguia acreditar que aquilo aconteceu e comecei a chorar incontrolavelmente. 

—Calma amor, vai ficar tudo bem.- disse Aninha, me abraçando, mas nem isso adiantava. 

Ficamos um bom tempo ali, abraçados. Ela me dizia palavras de conforto, tentando fazer eu me sentir melhor, mas não adiantava muito, eu me acalmava lentamente. Quando finalmente consegui parar de chorar, a primeira coisa que me veio à cabeça foi pedir desculpas à Mário. Eu sei que nós quando estamos brigamos não nos damos muito bem, mas eu precisava falar com ele. Quando me recuperei, fui direto pra casa.

—O que houve Gustavo? Você está chorando?- perguntou meu pai quando entrei em casa, provavelmente meu rosto estava inchado e meus olhos vermelhos de tanto chorar.

—Bom pai, acho que o Mário lhe contou o que aconteceu, pois eu vim aqui pra consertar isso.- respondi, já mais calmo.

—Tudo bem Gustavo, mas o Mário não está aqui, vai dormir na casa de uma amiga.

—O quê?- Aninha e eu falamos juntos.

—Sim filho, ele entrou aqui em casa sem ao menos falar comigo e depois saiu com uma mochila falando que ia dormir na casa de uma amiga dele.- respondeu ele.- E como ele ultimamente tem saído muito de casa com essa amiga, eu decidi deixá-lo dormir lá.

Fiquei pasmo com aquilo, na certa, a tal "amiga" era Marcelina, já que Mário ainda não havia contado que estava namorando e nem eu havia contado que eu estava. Porém, devido à Marcelina e Aninha terem ido à nossa casa muitas vezes pra fazer trabalho e tal, então ele conheceu as duas e parece que confia nelas agora.

—Amor, acho melhor você ficar aqui.- disse Aninha- Você e o Mário estão de cabeça quente agora, deixa ele dormir lá e amanhã vocês se resolvem, eu te levo lá tá?

—Tá bem amor, tá bem.- falei.

Depois, a convidei para entrar e ficamos assistindo televisão, pouco tempo depois ela foi embora e eu e meu pai fomos jantar, o que foi bem difícil já que somente Mário sabia cozinhar em casa, mas por fim, a gente jantou e fomos dormir. Quer dizer, eu não dormi tão bem assim, eu novamente senti uma imensa vontade de chorar e foi o que fiz. Chorei quase a noite toda, até que finalmente peguei no sono.

No dia seguinte, eu acordei e senti uma tristeza enorme ao acordar e ver a cama ao meu lado vazia, sendo que estava acostumado a vê-la ocupada. Mas procurei ser forte e me levantei e fiz minhas higienes matinais. Quando estava tomando café, mandei mensagem para Aninha e ela me avisou que estava chegando em casa. Quando meu pai foi embora, cerca de cinco minutos depois, ela apareceu em minha porta e me deu um beijo.

—Vamos só esperar mais um pouco, a Marcelina dorme até mais tarde nos fins de semana.- disse ela e eu assenti, convidando-a pra entrar.

Quando chegou próximo das dez horas, Aninha achou que Marcelina já deveria estar acordada, então, ela pegou minha mão e juntos, fomos até a casa de Marcelina, eu fui pra lá pensando numa maneira de pedir desculpas a Mário, já que ele aparentemente não queria me ouvir. 

Assim que chegamos na casa de Marcelina, me surpreendi com o tamanho dela, Mário devia estar no maior conforto lá dentro, mas não me importei, apenas esperei Marcelina atender. 

Quando abriu a porta, Marcelina parecia surpresa por nos ver lá. Acho que talvez ela estivesse receosa com a reação do Mário ao me ver.

—Oi amiga.- Aninha disse, sem o entusiasmo de sempre, acho que ela estava meio insegura sobre algo.

—Oi Aninha. Oi Gustavo.- Marcelina cumprimentou nós dois.

—Oi Marcelina, podemos entrar?- perguntei.

—Claro, entrem.

Quando entrei na enorme sala e vi Mário sentado no sofá, parei. Não sei se ele estava pronto ainda para me ouvir.

—Bom, acho que vocês tem muito o que conversar né?- disse Marcelina - Vem Aninha, vamos lá pra cima para deixar os dois a sós.

Aninha concordou e as duas subiram de mãos dadas para o quarto.

—Olha Mário, eu...- comecei- Eu quero te pedir desculpas. Eu devia ter te contado, me desculpe.

—Gustavo...- ele disse- Ontem, quando cheguei em casa e até mesmo aqui também, papai e Marcelina me explicaram que você teve sim, motivos para manter seu relacionamento em segredo e sabe, você tinha razão?

—Como assim?

—Porque se você tivesse me contado naquela época que eu estava de mal com a Marcelina, na certa eu não deixaria você ficar com a Aninha, mesmo que ela te fizesse feliz, mas agora que nós quatro estamos de bem e tudo mais, não tem problema nenhum de contarmos. E também, como você ia contar se passávamos a maior parte do tempo sem nos vermos?

—Verdade, você ia com a Marcelina para um canto e eu ia com Aninha para outro.

—Pois é, aí que você não teve tempo mesmo de me contar.

—Então você me perdoa?- perguntei, já sorrindo.

—Claro que sim meu irmão, vem cá.- ele me puxou pra um abraço e eu retribui. As coisas saíram melhores do que eu esperava, pois Mário me ouviu, entendeu porquê eu mantive meu relacionamento em segredo e ainda me perdoou facilmente. 

—Agora que já estamos todos de bem, vamos sair?- perguntei- Um passeio entre amigos.

—Pode ser.- falou ele, sorrindo.

Então, nós dois subimos ao quarto onde estavam as meninas.

—Meninas, quem topa um sorvete?- perguntei sorrindo e elas sorriram também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso gente, até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wonderful Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.