Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel está de volta com mais um capítulo. Espero que gostem.

Boa leitura!



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Mário...

Depois que nos separamos pela falta de ar, eu não sabia o que dizer. Minhas mãos continuaram em sua cintura e as delas em meu pescoço, mas não tivemos reação alguma, estávamos ofegantes, estáticos, sem sabermos o que fazer.

—Bom...- eu disse depois de recuperar o fôlego.

—Mário, eu...- ela se atrapalhou também - Acho melhor entrar.

—É... acho que sim.

Nos soltamos e ela entrou em casa.

—Tchau.- ela disse, desajeitadamente.

—Tchau.- respondi igualmente desajeitado.

Fiquei algum tempo ali, parado, sem saber o que fazer. Será que deveria ter pedido pra namorar com ela ou seria cedo demais? Até que decido contar a Gustavo o que aconteceu, pois assim ele poderia me dizer o que fazer.

Jorge...

Acordo no dia seguinte já com uma ideia de como separar Mário e Marcelina de vez. Claro, eu contaria com a ajuda de Luana, mas o principal era não vacilar na hora. Assim que tomei meu café, fui direto pra escola e logo procurei ver se Marcelina estava lá. Quando chego na sala, vejo ela sentada em sua mesa.

—Oi Marcelina.- eu digo, sorrindo.

—Oi Jorge.- ela respondeu, sorrindo também e eu me sentei.

Eu estava tão ansioso, esperando pelo momento que simplesmente achei que aquelas aulas iniciais estavam demorando uma eternidade pra chegar. Eu pretendia pôr em prática o plano durante o recreio, mas devido à minha vontade que ele chegasse logo, ele demorou um século pra chegar.

Assim que o sinal finalmente tocou, controlei minha vontade de sair rapidamente da sala e saí com calma. Enquanto caminhava, pude ver Luana um pouco longe de onde eu estava, ela acenou pra mim indicando que queria conversar comigo e eu fui. Ela me levou até um corredor que dava acesso a debaixo das arquibancadas da quadra do colégio.

—Jorge, lembre-se do nosso plano?- perguntou ela.

—Lembro sim, sei exatamente o que fazer.- respondi, animado.

—É, mas tem um problema.

—Qual?

—O Mário está com a Marcelina, preciso distraí-lo enquanto você fica observando escondido. Quando eu levá-lo pra longe da Marcelina, aí você entra, entendido?

—Entendido.

Apertamos as mãos selando um acordo e voltamos para o pátio. Quando chegamos lá, pudemos ver Mário e Marcelina sentados juntinhos em um banco um pouco afastado do pátio conversando animadamente enquanto lanchavam. Lá eles não seriam vistos por ninguém. Escondido, pude de longe ver quando Luana chamou Mário pra um canto.

—Espera aí que eu já volto tá?- falou Mário para Marcelina, que assentiu com uma cara de decepção.

Aproveitei e fui até ela.

—Oi Marcelina.- falei.

—Oi Jorge.

—O que está fazendo aqui sozinha?

—Lanchando.

—Mas por quê não me chamou pra lanchar junto?

—Ah, é que eu chamei o Mário e ele veio aqui comigo. Assim eu acabei esquecendo de te chamar.

E fez até certo, porque eu não ia com a cara dele.

—E cadê ele agora?- perguntei cinicamente.

—Foi ali e já volta.

—Então, por quê não nos divertimos um pouco comigo enquanto ele não volta?- comecei a dar início ao plano.

—Como assim?

—Ora, vamos conversar um pouco, faz tempo que não falo com você.

—Mas a gente se falou ontem quando voltei da sorveteria.

—Mas pelo telefone não é o mesmo que pessoalmente.- rebati.

—Tá bom vai, sobre o que você quer falar?

—Sobre nós.

Ela ficou assustada.

—Como assim "sobre nós"?- perguntou ela, indignada.

—Não desconfia do que seja?- falei sorrindo maliciosamente.

—Claro que não, fala de uma vez!- ela se alterou, mas me mantive firme.

—Eu quero você Marcelina!- falei, em seguida, agarrei pelos braços e a beijei. Não foi um beijo violento, se eu quisesse que ela cedesse, tinha que ser um beijo bom. Durante o beijo, pude sentir ela tentando soltar seus braços, mas eu era mais forte e ela não conseguiu, só paramos quando ouvimos uma voz familiar chamando por ela.

—Marcelina!!- berrou a voz. Nos separamos, era Mário, que estava com os olhos lacrimejados.

—Mário, me escuta...- Marcelina tentou dizer, mas Mário não deixou.

—Não acredito nisso, agora eu sei que tipo de garota é você!!- berrou Mário de volta.

—Mário, por favor!- agora ela também chorava.

—Sai de perto de mim!!

Depois que gritou isso, Mário deu as costas e saiu correndo, Luana, que voltava com ele, foi atrás.

—Mário, espera!- Marcelina tentou ir atrás dele, mas eu a impedi segurando pelo braço.

—Deixa ele pra lá, você vai ficar é AQUI COMIGO!- dei ênfase nessas duas últimas palavras, mas em seguida, só o que pude sentir foi a mão da Marcelina em direção ao meu rosto. Sim, ela havia me estapeado. Aquilo foi inesperado, me deixando paralisado onde estava.

—Mário, me escuta!- Marcelina gritou, correndo atrás de Mário.

Depois que ouvi isso, consegui me recuperar e saí correndo atrás deles pra ver o resultado daquele plano.

Gustavo...

Depois que chegou a hora do recreio, saí com Aninha pelo pátio para procurarmos um lugar pra sentarmos. Assim que achamos um lugar, lanchamos tranquilamente.

—Aninha, acabamos de comer mas ainda falta muito tempo para o recreio acabar.- falei.

—É mesmo, que impressionante.- ela respondeu.

—Por quê a gente não aproveita pra namorarmos um pouquinho?

—Pode ser, mas aonde? Aqui está lotado de gente.

—Tive uma ideia, vem comigo.

Assim, puxei ela pela mão e a levei pra baixo das arquibancadas da quadra de futebol do colégio, lá as pessoas não nos veriam. Assim que chegamos lá, assegurei que ninguém nos veria e assim começamos um longo e doce beijo, mas paramos quando ouvimos vozes.

—Eu disse que não era seguro.- Aninha sussurrou, peguei-a pela mão e quando íamos saindo, pudemos ver, no corredor que leva até o local onde estávamos, Jorge e Luana conversando.

—Jorge, lembre-se do nosso plano?- perguntou Luana.

—Lembro sim, sei exatamente o que fazer.- respondeu Jorge, todo animado.

—É, mas tem um problema.

—Qual?

—O Mário está com a Marcelina, preciso distraí-lo enquanto você fica observando escondido. Quando eu levá-lo pra longe da Marcelina, aí você entra, entendido?

—Entendido.

Assim, os dois apertaram as mãos e saíram novamente.

—Que plano é esse?- perguntou-me Aninha.

—Não sei, mas por envolver Mário e Marcelina, coisa boa não deve ser.- respondi.

—E agora? O que a gente faz?

—Temos que falar com o Mário pra tomar cuidado antes que seja tarde.

—Ele é super amigo da Luana, não vai acreditar na gente.

—Eu tenho uma prova.- rebati e ela ficou confusa.

—Cadê?

Mostrei então, o celular com a gravação deles mencionando o plano.

—Perfeito amor, você é um gênio!- Aninha disse, sorrindo e me dando um beijo.

—Vamos lá.- falei, igualmente animado.

Saímos da quadra e quando chegamos de novo no pátio, ouvimos a voz de Marcelina, gritando:

—Mário, me escuta!- Marcelina gritou, correndo atrás de Mário, porém, ele já estava bem longe. Em seguida, Jorge apareceram correndo atrás de Marcelina.

—É tarde demais!- Aninha disse, com lágrimas nos olhos.

—Calma amor, é tarde para evitarmos o que aconteceu, mas não é tarde pra consertarmos.- falei enquanto a abraçava.

Assim, aproveitamos que o sinal do recreio tinha tocado e saímos correndo atrás deles. Até que vimos Marcelina chorando em frente à porta do banheiro masculino.

—Marcelina, o que houve?- perguntou Aninha.

—É... uma... longa... e... triste, história.- ela disse, entre soluços.

—Vem cá amiga.-

—Calma Marcelina, nós sabemos o que aconteceu, o Mário está aí dentro do banheiro?- eu disse e Marcelina assentiu, ainda chorando.

—Então fique tranquila que eu vou tentar consertar esse erro.- falei, firme.

—O que... você vai fazer?- perguntou Marcelina.

—Vou conversar com o Mário. Enquanto isso Aninha, leve ela para tomar água ou qualquer coisa que possa acalmá-la tá?

—Pode deixar amor.

Quando as duas saíram, adentrei o banheiro e escutei um choro que eu conhecia muito bem.

—Mário, cadê você?- chamei.

—Vá embora Gustavo, quero ficar sozinho!- ele deu um berro tão alto que fez um eco estrondoso no banheiro inteiro devido à porta fechada.

—Calma Mário, eu preciso te mostrar uma coisa, mas você tem que sair daí pra eu te mostrar.- ditei, sério e firme.

—Não quero ver nada!

—Mário, se não abrir esta porta agora, eu escalo ela e entro aí do mesmo jeito!

Depois que eu disse isso, demorou alguns segundos para que Mário finalmente abrisse a porta e eu pudesse ver seu estado: olhos vermelhos e olheiras enormes. Deve ter chorado muito mesmo.

—Nossa irmão, você tá mal mesmo- ditei, me aproximando.

—Mostra logo o que você queria!!- ele gritou, furioso.

Me aproximei dele e mostrei a gravação. Quando terminou, ele parou de chorar e sua expressão mudou, sua face ficou mais serena.

—Então, foi tudo um plano do Jorge e da Luana pra me separar da Marcelina mais uma vez?- ele perguntou alguns segundos depois.

—Sim Mário, quando a Luana te chamou pra conversar, era só pra você se distrair e o Jorge poder beijá-la e acontecer o que aconteceu. Você estava de costas pra eles, por isso você não viu que quando ela deixou você ir embora, ele estava beijando ela.

—AH, EU VOU MATAR O JORGE!!!- ele berrou mais alto que das outras vezes.

—Calma Mário, me escuta!- me alterei um pouco também- Primeiro, antes de tirar satisfações com Jorge e Luana, você precisa falar com outra pessoa. Faça isso agora.

Ele respirou fundo, tentando se acalmar, depois de alguns segundos, finalmente conseguiu ficar mais tranquilo e se levantou.

—Está bem, eu vou.

—Espera aí Mário. Antes de você ir, eu tenho uma ideia que eu acho que você vai gostar.- falei, com um sorriso no rosto.

—Que ideia?

Então, ele foi até a pia, lavou o rosto e quando ficou razoável, expliquei minha ideia pra ele e saímos do banheiro.

Quando chegamos na porta, vimos que somente Aninha e Marcelina ainda estavam ali, o resto do pátio estava vazio e decidimos deixar os dois a sós para conversarem.

Mário...

Eu estava muito mal, chorando com aquilo que tinha acabado de ver. Chorava compulsivamente em uma das cabines do banheiro quando ouço a voz de Gustavo me chamando:

—Mário, cadê você?

—Vá embora Gustavo, quero ficar sozinho!- dei um berro tão alto que quase eu mesmo fiquei surdo.

—Calma Mário, eu preciso te mostrar uma coisa, mas você tem que sair daí pra eu te mostrar.- ditou ele, sério e firme.

—Não quero ver nada!

—Mário, se não abrir esta porta agora, eu escalo ela e entro aí do mesmo jeito!

E o pior é que era verdade. Uma vez Gustavo ficou preso numa cabine do banheiro porque havia emperrado, mas conseguiu escalar e sair dela. Ele poderia fazer o mesmo dessa vez. Me rendi e abri a porta.

—Nossa irmão, você tá mal mesmo- ele disse, se aproximando.

—Mostra logo o que você queria!!- gritei, furioso. Não estava a fim de brincadeira.

Então ele tirou o celular do bolso e me mostrou um vídeo, onde Jorge e Luana estavam conversando e falando de algum plano sobre mim e Marcelina. Quando terminou, milagrosamente parei de chorar. Agora eu sentia era ódio.

—Então, foi tudo um plano do Jorge e da Luana pra me separar da Marcelina mais uma vez?- ele perguntei alguns segundos depois.

—Sim Mário, quando a Luana te chamou pra conversar, era só pra você se distrair e o Jorge poder beijá-la e acontecer o que aconteceu. Você estava de costas pra eles, por isso você não viu que quando ela deixou você ir embora, ele estava beijando ela.

—AH, EU VOU MATAR O JORGE!!!- berrei o mais alto que pude.

—Calma Mário, me escuta!- gritou ele - Primeiro, antes de tirar satisfações com Jorge e Luana, você precisa falar com outra pessoa. Faça isso agora.

Respirei fundo e me levantei. Gustavo tinha razão, eu realmente precisava pedir desculpas a alguém.

—Está bem, eu vou.- ditei, firme.

—Espera aí Mário. Antes de você ir, eu tenho uma ideia que eu acho que você vai gostar.- falei, com um sorriso no rosto.

—Que ideia?

—Primeiro, você se acerta com ela. Depois, mais tarde, quando a aula terminar, a gente almoça e você se declara pra ela.

—Me declarar? Como?

—Ora, você pode comprar um buquê de flores pra ela, ir até a casa dela e pedir. Faz um discurso bonito e romântico pra ela, aí você entrega o buquê e faz o pedido.

—Terei que dar anel de compromisso também?- brinquei, rindo.

—Não, só buquê mesmo.- ele respondeu rindo.

Fiquei muito empolgado com a ideia que Gustavo teve, não sabia se daria certo mesmo que eu fizesse tudo direitinho, mas tinha que arriscar. Quando saí do banheiro com Gustavo, fui conversar a sós com Marcelina.

—Olha Marcelina, eu acho que... te devo desculpas.- comecei.

—Tudo bem Mário.- respondeu ela.

—Não, tudo bem nada. Mais uma vez eu me deixei levar pela Luana, ela queria me distrair, ela foi cúmplice do Jorge. Mas eu prometo que vou me afastar dela tá?

—E eu também vou me afastar do Jorge. Ele não é aquele garoto amigável que eu pensei que fosse.

—É assim mesmo, você já o conhecia há muito tempo. Você não teve culpa de nada.

—É, você tá certo.

Naquele momento, eu não resisti em segurar o queixo dela e logo começamos um beijo doce e calmo. Céus, aquela garota estava me deixando louco. Assim que nos separamos pela falta de ar, retornamos pra sala de aula.

Quando chegamos no corredor das salas, descobrimos que a aula já tinha acabado, pois Gustavo e Aninha vinham com nossas mochilas nas mãos. Assim, Gustavo e eu fomos pra casa. Preparei o almoço e depois demos início ao plano.

—Terei que vestir isso mesmo?- perguntei ao ver que Gustavo colocando uma camisa e uma calça social em cima da minha cama.

—Claro, não quer se declarar pra ela mal-vestido né?- rebateu ele.

—Onde você conseguiu essas roupas?

—São do papai, quando tinha a sua idade.

—Nem sabia disso.

Mesmo contrariado, vesti a roupa e quando saímos, compramos um buquê de rosas vermelhas, as favoritas de Marcelina. Em seguida, fui até a casa dela pra dar início ao plano.

Nervoso e ansioso, toquei a campainha e esperei ela atender.

Marcelina...

Eu não conseguia parar de chorar depois daquilo que aconteceu. Como o Jorge pôde ser tão cruel, tão cafajeste a tal ponto de me beijar à força só pra me conquistar e me separar de Mário. A minha mão ainda dói muito pelo tapa forte que lhe dei. Aposto que ficou uma marca vermelha no rosto dele e é bom que fique mesmo, pra ele aprender. Depois que Mário se trancou no banheiro e eu desisti de bater na porta, caí em prantos ali mesmo e vi Jorge e Luana saindo do pátio. Tive uma vontade enorme de bater nos dois, que eram cúmplices no plano, mas meu choro me tirou as forças para me levantar. Chorei muito até ouvir uma voz familiar me chamando:

—Marcelina, o que houve?- perguntou Aninha.

—É... uma... longa... e... triste, história.- eu disse, soluçando.

—Vem cá amiga.- Aninha me abraçou.

—Calma Marcelina, nós sabemos o que aconteceu, o Mário está aí dentro do banheiro?- disse Gustavo e eu assenti, ainda chorando. Tive vontade de perguntar como ele ficou sabendo, mas não tive forças.

—Então fique tranquila que eu vou tentar consertar esse erro.- continuou Gustavo.

—O que... você vai fazer?- perguntei, soluçando menos.

—Vou conversar com o Mário. Enquanto isso Aninha, leve ela para tomar água ou qualquer coisa que possa acalmá-la tá?

—Pode deixar amor.

Aninha então, me levou dali, foi até a cantina e pediu um copo plástico e um papel com açúcar. Quando a mulher deu, ela foi até o bebedouro e encheu o copo com água, me entregando logo depois.

—Tome, vai te acalmar.- disse ela.

—Obrigada.

Enquanto tomava, lamentava no ombro de minha amiga o fato de ter perdido Mário mais uma vez e provavelmente agora, não tinha volta. Quando ele gritou dizendo que já sabia que tipo de garota eu era, ele se referia à mulheres pegadoras e falsas, que ficam com um garoto em um dia e no outro está pegando outro garoto. Eu não era assim, mas ele pensou isso e agora não deve estar querendo nem me ver.

—Calma amiga, o Gustavo foi falar com o Mário, ele vai te perdoar.- Aninha tentou me confortar.

—Como ele sabe a verdade?- indaguei, mais calma.

—Nós ouvimos a conversa deles e quando o Jorge mencionou o nome de vocês dois, o Gustavo gravou a conversa no celular dele.

—Sério?

—Sério amiga. Olha, eles vêm vindo aí.

Olhei pra trás e Mário vinha com Gustavo. Mário estava péssimo, mas já não chorava mais.

—Bom, vamos deixar vocês dois a sós pra se entenderem tá bom?- Gustavo disse e Aninha assentiu, deram as mãos e saíram.

Mário ficou de frente pra mim, parecia estar pensando no que me dizer.

—Olha Marcelina, eu acho que... te devo desculpas.- ele disse.

—Tudo bem Mário.- respondi, amenizando o clima.

—Não, tudo bem nada. Mais uma vez eu me deixei levar pela Luana, ela queria me distrair, ela foi cúmplice do Jorge. Mas eu prometo que vou me afastar dela tá?

—E eu também vou me afastar do Jorge. Ele não é aquele garoto amigável que eu pensei que fosse.

—É assim mesmo, você já o conhecia há muito tempo. Você não teve culpa de nada.

Senti um arrepio quando ele tocou na minha mão.

—É, você tá certo.- respondi sorrindo e abaixando a cabeça.

Me surpreendi quando ele segurou meu queixo, erguendo minha cabeça e me fazendo olhar nos olhos dele. Sem dizer nada, ele selou nossos lábios em um beijo calmo, doce, romântico. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e ele me envolveu na cintura. A falta de ar é o que nos separa.

—Acho melhor a gente voltar pra sala.- eu disse, vendo o pátio vazio.

—Tem razão, estamos muito atrasados, vamos.- disse ele, se levantando.

Assim que passamos pelo corredor das salas, percebemos que a aula já havia acabado. O Gustavo e a Aninha vem em nossa direção com nossas mochilas.

—E então? Ficou de bem com o Mário?- perguntou ela, quando chegamos em casa.

—Sim, ele me pediu desculpas por ter duvidado de mim.- respondi sem conter o sorriso.

—Que bom, fico feliz.

—E muito obrigada por me ajudarem viu? Não sei como estaríamos agora se não fosse por você e o Gustavo.

—Ah, que isso, amigo é pra essas coisas né?

Ela me abraçou de lado e entramos em casa abraçadas. Almoçamos juntas e ficamos assistindo televisão. Enquanto assistíamos, eu ficava pensando em Mário. Apesar de ter gostado dele ter feito as pazes comigo, queria que ele aproveitasse e dissesse algo mais pra mim, mas não disse. Tomara que ele venha dizer isso mais pra frente.

Após um tempo na sala, Aninha pediu licença pra ir ao banheiro e saiu. Alguns segundos depois que ela saiu, ouvi a campainha tocar. Quando fui atender, era Mário. Porém, ele estava diferente: o cabelo estava muito bem penteado, ele estava com uma calça e blusa social, tênis e o melhor de tudo: um buquê de rosas nas mãos.

—Mário...- foi só o que eu consegui dizer depois de vê-lo daquele jeito.

—Marcelina, eu sei o que está pensando.- começou ele- Mas antes de tudo, quero que saiba que eu vim aqui assim, desse jeito, só para te dizer que desde que eu te vi pela primeira vez, eu me apaixonei por você. Até mesmo quando você me magoou naquelas vezes, eu nunca deixei de gostar de você, mas a dor da mágoa me impedia de enxergar isso. Mas agora, depois de três beijos e várias tentativas para nos atrapalhar, eu não aguento mais ficar assim com você, eu preciso te fazer uma pergunta muito, mas muito importante.

Meu coração estava acelerado, assim como o dele provavelmente também.

—F-faça então.- gaguejei.

Droga Marcelina, não é hora pra gaguejar.

—Você aceita ser minha namorada?- ele perguntou, um pouco nervoso.

Ainda nervosa, me aproximei um pouco mais dele e com um sorriso maior que meu rosto, disse ainda gaguejando:

—C-claro que eu quero!

Então, ele me entregou as flores e com uma mão, segurei o buquê enquanto segurava seu pescoço com a outra e o beijei com ternura. Foi o melhor beijo que já demos até ali, estava mais relaxada agora, mas muito feliz e eufórica por dentro pelo momento tão esperado por mim, finalmente ter chegado.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, até o próximo!



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