Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, sou eu Matheus mais uma vez com um capitulo novo, boa leitura!



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Mário...

Após mais algum tempo, vi que já estava escurecendo e Gustavo não chegou ainda. Decidi esperar ele voltar preparando o jantar, pois já estava começando a ficar com fome. Enquanto eu preparava o jantar, ouvi um barulho vindo da porta da frente, alguém chegou em casa.

–Oi Mário.- era Gustavo.

–Oi, demorou hein?- respondi.

–Eu sei, desculpe.

–Não foi nada.

Continuei cozinhando por alguns segundos até que ele resolveu quebrar o silêncio:

–E aí, se acertou com a Marcelina?

–Basicamente sim - respondi.

–Me conta os detalhes.

–Bom, primeiro, depois de vocês saírem, ela me contou que discutiu com o irmão dela. Eu nunca soube que ela tinha um irmão, mas acreditei.

–Sério? A Aninha disse que ela já conheceu o Paulo, irmão dela.

–Claro, são melhores amigas né?- retruquei - Continuando, ela disse que discutiu com ele por causa da televisão, ela queria ver uma coisa, ele queria ver outra. Coisa normal entre irmãos né?

–Quando se trata de garoto e garota, sim.- respondeu ele.

–É mesmo, porque nós nunca tivemos esse problema. Só que ela, ainda nervosa com a briga feia entre eles, foi atender a porta. E eu não notei o nervosismo dela porque também estava nervoso, aí ela acabou falando o que não devia.

–Bom, isso é super normal.

–Também acho- concordei - Errar é humano, mas que isso doeu no peito, doeu muito.

–Tudo bem, mas agora já estão de bem?

–Estamos sim.

–Que legal, fico feliz que vocês tenham se acertado.

–Como assim?

–Bom, eu quis dizer que agora que ela está feliz por ser sua amiga e você é feliz por ser amigo dela. Se vocês já estão sendo amigos de novo, estão felizes novamente. E eu fico feliz por vocês estarem felizes.

–Tá bom então.

No começo, achei que Gustavo estava insinuando que havia algo mais na minha relação com a Marcelina, mas era uma relação que não tinha rótulos, éramos apenas colegas e nada mais.

–E como foi lá com a Aninha?- perguntei.

–O de sempre, ótimo.

Não respondi, aquilo estava começando a me irritar.

Logo em seguida, meu pai passou pela porta da cozinha.

–Olá meninos - disse ele com a voz firme como sempre.

–Oi pai - Gustavo e eu respondemos juntos.

Logo, nos sentamos e fomos jantar. Ao acabarmos, perguntei se Gustavo não estava a fim de assistir um filme.

–Claro que topo, vou fazer a pipoca- ele disse, animado.

–E eu vou pegar a Coca- falei igualmente animado.

Bom, o filme passaria bem à noite, mas era fim de semana, não custava nada aproveitar né? Passaríamos uma grande parte da noite acordados e olha que eu não era de ficar até tarde assistindo televisão, acho que aquela vez em que fomos assistir filme na casa da Aninha me fez ter essa ideia.

O filme que estava passando era "Eu sou a Lenda", era a primeira vez que ele estava sendo exibido em um canal aberto da televisão, já que depois que estreou nos cinemas costumava passar só em canal pago. Eu estava adorando o filme, perto do final, a pipoca e o refrigerante acabaram e já passava da meia noite. Deixamos os copos e a tigela de pipoca guardados onde estavam e fomos dormir.

Marcelina...

Aquela tarde com Mário na sorveteria foi muito boa, mal cheguei em casa e já fui tomar um banho para relaxar. Estava deitada em minha cama, muito feliz e animada ao mesmo tempo, quando ouvi a voz da minha mãe:

–Filha, o jantar está pronto!- ela disse do outro lado da porta do quarto.

–Já estou indo mãe - falei levantando da cama e calçando minha sandália.

Durante a janta, acho que minha mãe notou que eu estava mais animada que no dia anterior, porque ela ficava me olhando muitas vezes, estranhando, como quem quer perguntar algo mas está inseguro de perguntar e aí, acontecer algo. Mas deixei pra lá.

Quando acabei o jantar, sentei-me na cadeira do meu computador, pois meu notebook deu pane e eu iria mandá-lo para o concerto no dia seguinte. Aproveitei e conferi se a Aninha estava disponível para conversar, eu queria muito poder contar à ela o que aconteceu depois que ela e Gustavo saíram da casa do Mário e agradecê-la pelo sucesso do plano. Todo dia, quando acordo e durmo, agradeço à Deus por ter uma amiga como ela.

Não estava online, o que não era novidade, pois ela não gosta muito de mexer nessas coisas, ela só entrava se estivesse sem celular e precisasse falar algo importantíssimo comigo. Mas em um caso desses, ela não entrava. Então saí do computador e peguei meu celular, liguei pra ela e esperei.

–Alô?- ela disse.

–Oi amiga.

–Oi, tudo bem?

–Tudo, só vim te contar o que aconteceu depois que você saiu com o Gustavo.

–O que aconteceu?- a voz dela era cheia de expectativa.

Eu também estava com muitas expectativas, então resolvi contar tudo, em como nós nos acertamos.

–Puxa amiga, fico tão feliz por você.- ela disse, animada.

–Você nem imagina o quanto eufórica eu estou.- respondi, sorrindo.

–Imagino sim, pelo tom da sua voz dá pra sentir. E também eu já te conheço há tanto tempo que dá pra saber suas emoções até pelo telefone.

–Tudo graças à você. Bolou esse plano magnífico para eu me reaproximar dele e deu muito certo. Acho que sem a sua ajuda eu não teria conseguido mais olhar pra ele.

–O que a gente não faz por uma amiga né?

Ficamos conversando por muito tempo até que meus créditos acabaram. Droga, pensei. O jeito foi terminar a conversa por mensagens mesmo, até que não aguentei mais de sono e fui dormir. Me despedi dela, coloquei o celular debaixo do travesseiro e apaguei.

Jorge...

Depois que terminamos de conversar, voltei pra casa muito animado e fiquei o tempo todo no quarto, só saí para jantar. Quando saí da minha antiga escola, confesso que no começo eu não achei uma boa ideia e não quis ir, mas após descobrir que a Marcelina estava justamente nessa escola, é que decidi aceitar a oportunidade de estudar nela. No começo, tudo até que estava indo bem como eu esperava, logo no primeiro dia, Marcelina ficou do meu lado o tempo todo, me mostrou a escola e logo depois de uns dois dias ela me abandonou. Quer dizer, não me abandonou, mas não têm dado a atenção que eu queria que desse. Confesso, eu sou apaixonado pela Marcelina já faz um tempo, eu só não sabia como dizer isso à ela, aí ela se mudou de escola e eu vi, uma nova chance de dizer isso à ela nesse novo colégio, mas para meu azar, ela agora gosta de outro cara.

Mas pensam que eu vou desistir assim? Estão enganados. Eu já planejava uma maneira de fazê-la odiar Mário ou o contrário, mas agora eu tinha uma aliada que gostava justamente de quem ela gostava. Então, era só fazer os dois brigarem de novo e estava tudo certo.

Antes de ir, combinei com Luana de ir à minha casa para que pudéssemos bolar um plano para separar aqueles dois de uma vez, dei o meu endereço pra ela e saí.

No dia seguinte, acordei, tomei um banho e depois fui tomar café. Após o café, fiquei um tempo no quarto, vi as chaves da corrente da minha bicicleta e fiquei com vontade de andar nela. Sem perder tempo, fiz isso mesmo, Luana havia combinado de estar na minha casa às três da tarde, então tinha tempo de sobra para ir e voltar antes dela chegar.

Depois de uma hora e dando três voltas no quarteirão, voltei. Fui jogar videogame na sala e fiquei lá até o momento em que ela combinou de estar lá. Ouvi a porta tocar e fui atender.

–Oi Jorge - ela disse, sorrindo.

–Oi Luana. Pode entrar- eu disse, também sorrindo.

–Obrigada.

Ela entrou e enquanto eu fechava a porta, ela admirava a sala.

–Que casa grande hein?- ela disse.

–Muito grande - respondi.

Nesse momento minha mãe chegou.

–Ah, oi. Você deve ser a Luana.

–Sou eu sim.

–Muito prazer, sou Rosana.

–Prazer é meu.

–Que isso querida, fique à vontade.

–Obrigada.

Uau, nem conhece Luana direito e já a trata tão bem? Acho que a mamãe deve ter algum tipo de força interior que permite que ela enxergue a índole da pessoa, por isso, quando ela viu que a Luana era uma garota de boa índole, já foi a cumprimentando. Ou será que era por causa das roupas que ela estava usando? Vestia uma camisa vermelha com detalhes em preto de marca famosa, calça jeans, botas. Tudo isso devia ser estilo dela, aí minha mãe logo já gostou.

–Quer algo pra beber? Água? Refrigerante?- ofereci quando minha mãe se retirou.

–Não obrigada- respondeu ela, sorrindo.

–Então vamos, quero logo fazer esse plano.

–Vamos.

Entramos em meu quarto e logo eu peguei um bloco de anotações e uma caneta, para anotarmos as nossas ideias. A que a gente mais gostasse, seria a praticada.

Luana...

Assim que Jorge saiu de casa, fui guardar nosso trabalho, que ficaria comigo até o dia de entregar e fui me preparar para jantar. Combinei de ir na casa dele no dia seguinte para iniciarmos o nosso plano para separar Mário e Marcelina. Confesso que fiquei muito surpresa quando ele me disse que também estava apaixonado pela mesma pessoa que o Mário gosta. Então, não custava nada me aliar à ele né? Fui dormir cheia de expectativas, mas minha ansiedade não me deixava dormir de jeito nenhum. Já era mais de meia-noite e eu não conseguia dormir. Depois de muito rolar pra lá e pra cá, decidi ir na cozinha e peguei um pouco de suco de maracujá para ver se adiantava alguma coisa.

Ao voltar para o quarto, me senti mais relaxada. Acabei dormindo um sono leve e tranquilo.

No dia seguinte, abri os olhos, mas não quis me levantar, pois estava com muita preguiça ainda. Olhei no meu relógio no criado-mudo e logo vi que ainda eram dez da manhã. Preparei meu próprio café com pão e ovos cozidos e suco de laranja. Depois, fui até a sala e comecei a assistir televisão. Depois almocei, esperei mais um tempo e quando deu duas e meia da tarde, comecei a me arrumar para ir na casa de Jorge. Vesti uma camisa vermelha com detalhes em preto, calça jeans e botas. Não era necessário, mas eu adorava usar botas. Só não usava na escola. Chamei um táxi, que chegou em cinco minutos. Dei o endereço e em dez minutos ele chegou lá. Desci e fiquei admirada com o tamanho da casa de Jorge por fora. Será que é assim também por dentro? Por fim, cheguei na porta e toquei a campainha.

–Oi Jorge - eu disse, sorrindo.

–Oi Luana. Pode entrar- eu disse, também sorrindo.

–Obrigada.

Ao entrar, não pude deixar de admirar a sala. Era muito grande e espaçosa, maior até do que a minha.

–Que casa grande hein?- elogiei.

–Muito grande - concordou ele e lancei um olhar como quem diz: "convencido".

Nesse momento uma mulher jovem, alta, bonita, que deduzi ser a mãe de Jorge, apareceu na sala.

–Ah, oi. Você deve ser a Luana.- ela disse, sorrindo e caminhando em minha direção.

–Sou eu sim.- respondi, também sorrindo.

–Muito prazer, sou Rosana.- ela segurou minhas mãos e eu também.

–O prazer é meu.

–Que isso querida, fique à vontade.

–Obrigada.

Uau, nem me conhece direito e já me trata tão bem? Será que eu tenho algum poder que faz as pessoas se encantarem por mim? Claro que não, porque senão Mário, Jorge e todos os garotos da escola já estariam dando em cima de mim ou se arrastando aos meus pés.

–Quer algo pra beber? Água? Refrigerante?- ofereceu Jorge quando Dona Rosana se retirou.

–Não obrigada- respondi, sorrindo. Além de muito inteligente, Jorge também é muito educado.

–Então vamos, quero logo fazer esse plano.

–Vamos.

Entramos em meu quarto e logo eu peguei um bloco de anotações e uma caneta, para anotarmos as nossas ideias.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo!