Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, Gabriel está de volta com mais um capítulo, espero que gostem.

Boa leitura!



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Mário...

Quando Marcelina acabou de me contar tudo, confesso que feliz e chocado ao mesmo tempo. Feliz porque finalmente descobri que a Marcelina não me xingou de propósito, ela estava era bem nervosa e é verdade que quando ficamos nervosos falamos coisas sem pensar. Mas também fiquei meio chocado pelo que ouvi da Marcelina sobre o Paulo. Como um cara pode tratar a irmã mais nova como ele a tratou? Gustavo e eu somos irmãos e nunca brigamos assim. Claro que somos gêmeos, mas isso também acontece com irmãos gêmeos. Talvez é por isso que a Marcelina era tão metida e grossa quando a conheci, mas algo que eu fiz acabou mudando ela, ainda bem.

Depois que explicou tudo, ficamos conversando mais um tempo sobre tudo o que deixamos de nos falar, menos sobre o beijo.

–Marcelina, vamos sair um pouquinho?- perguntei.

–Vamos sim... mas pra onde?- ela perguntou.

–Que tal na sorveteria? Lá é um bom lugar pra conversar.

–Pode ser então.

Sorrindo, ela se levantou da cama e eu abri a porta pra que eu pudesse trocar de roupa para irmos à sorveteria, a roupa que eu usava não era adequada pra ir lá. Quando acabei, saí do quarto e fomos andando para a sorveteria. Chegamos lá, vimos que não estava muito cheia, escolhemos um lugar perto da janela e nos sentamos.

–Marcelina, como foi o trabalho com a Aninha?- perguntei, tentando puxar assunto.

–Bom, pra nós ficou bom, resta saber se a professora vai gostar.- respondeu ela.

–Pode crer, ela é muito exigente.

–E perfeccionista.

–Põe perfeccionista nisso.- falei - Lembra de quando ela pediu pro Cirilo anotar uma coisa no quadro dela e só porque ele fez um garrancho ela pediu que ele se sentasse?

–É mesmo, com aquela história de que garranchos borram o quadro.

–Bobagem aquilo.

–Totalmente, mas e o seu? Ficou bom?- ela perguntou.

–Bom, espero que sim, quando for o dia da apresentação você vai ver como ficou.

–Tá bom.

Mas, enquanto conversávamos, eu sentia uma angústia no peito. Estava querendo muito falar com ela sobre o beijo, queria saber se ela gostou, pois eu não correspondi assim, tão na hora, então pode ter ficado algo que ela não gostou. Além disso, aquele foi meu primeiro beijo, como eu não sei se ela já havia beijado ou não, estava também com medo de ela não ter gostado. Mas ao mesmo tempo, eu também estava com medo de comentar com ela justamente por isso, será que ela se sentiria pressionada caso eu perguntasse pra ela o que ela achou do beijo? Talvez sim, talvez não, só que eu não conheço ela o suficiente para saber como ela vai se sentir caso eu pergunte. Então é melhor eu ficar quieto e deixar que ela pergunte, se ela perguntar, eu falo sobre ele.

–Mário, tá tudo bem?- ela pergunta me tirando dos pensamentos.

–Tá sim, eu só... tive uma lembrança daqui.- menti, não queria que ela descobrisse o que eu estava pensando.

–Que lembrança?- ela perguntou, mas logo recuou - Quer dizer, se você não se importar de me contar.

–Não tem problema, é uma lembrança boa: é que um dia Gustavo e eu estávamos tomando um sorvete lá no balcão, aí quando eu acabei e fui me levantar pra irmos embora, uma garota trombou com ele e acabou derrubando o sorvete na roupa dela e o copo caiu na cabeça do Gustavo, aí todo mundo, inclusive eu, rimos daqueles dois, pareciam dois... nem sei o quê, mas que foi engraçado foi.- não aguentei e comecei a rir e ela também.

–Queria ter visto essa cena.- ela disse, rindo.

–Pois é, se eu tivesse filmado, ia ser muito legal colocar na internet.

–Ou para aqueles programas de televisão que exibem pegadinhas.

–Também.

Nós voltamos a rir e terminamos nosso sorvete. Assim que saímos, deixei ela em casa e fui pra minha, Gustavo ainda não tinha voltado, mas ainda era cedo, ele podia voltar a qualquer momento. Então, liguei a tevê e fiquei assistindo esperando ele chegar.

Marcelina...

Depois de um tempo conversando, nós dois ficamos sem assunto por um tempo até que ele falou:

–Marcelina, vamos sair um pouquinho?- ele perguntou.

–Vamos sim... mas pra onde?- perguntei.

–Que tal na sorveteria? Lá é um bom lugar pra conversar.

–Pode ser então.

Então eu saí do quarto pra que ele pudesse se trocar, pois a roupa que ele vestia não era muito adequada para ir à sorveteria, não fui eu quem disse isso à ele, foi ele quem achou isso e pediu para que eu esperasse na sala e eu obedeci. Alguns minutos depois ele voltou, antes vestia apenas uma regata branca e uma bermuda, mas agora ele vestia uma camisa pólo amarela e uma outra bermuda jeans azul clara.

Chegamos na sorveteria, vimos que não estava tão cheia, então, nos sentamos em um lugar próximo da janela e ficamos tomando os sorvetes animadamente, eu escolhi de morango e ele de baunilha. Em certo momento, ficamos um tempo sem assunto pra falar e apenas saboreando nossos sorvetes, porém, eu percebi que ele ficou meio estranho, parado, olhando para um pouco à frente dele. Discretamente eu olhei na direção dele e vi que dava para a porta do banheiro. Estranhei, o que estava acontecendo?

–Mário, tá tudo bem?- perguntei estalando os dedos na frente dele tirando-o de "transe".

–Tá sim, eu só... tive uma lembrança daqui.- ele respondeu e eu fiquei curiosa.

–Que lembrança?- ela perguntou, mas logo recuei, porque talvez fosse uma lembrança ruim que ele não quisesse se lembrar, então amenizei -Quer dizer, se você não se importar de me contar.

–Não tem problema, é uma lembrança boa: é que um dia Gustavo e eu estávamos tomando um sorvete lá no balcão, aí quando eu acabei e fui me levantar pra irmos embora, uma garota trombou com ele e acabou derrubando o sorvete na roupa dela e o copo caiu na cabeça do Gustavo, aí todo mundo, inclusive eu, rimos daqueles dois, pareciam dois... nem sei o quê, mas que foi engraçado foi.- não aguentei e comecei a rir junto com ele.

–Queria ter visto essa cena.- eu disse, rindo.

–Pois é, se eu tivesse filmado, ia ser muito legal colocar na internet.

–Ou para aqueles programas de televisão que exibem pegadinhas.

–Também.

Voltamos a rir e continuamos tomando sorvete. Mas eu confesso que também estava aliviada, pois quando eu vi que ele estava pensativo, achei que seria uma boa oportunidade de falar com ele sobre o beijo. Já faz dois dias que aquele beijo aconteceu e eu queria muito poder conversar com Mário sobre ele, mas eu estava com medo dele se sentir pressionado, ainda mais porque havíamos acabado de nos acertar, vai saber o que ele estava pensando né? Então, decidi não falar nada, só se caso ele falasse algo a respeito. Depois que acabamos, ele me levou até o portão da minha casa e nos despedimos com um abraço.

Mas durante o abraço, senti um aperto tão confortável, nunca ninguém me deu um abraço tão bom como aquele, não sei se era aquele abraço de saudade ou se eu que estava feliz por ele ter me perdoado e precisava abraçar alguém e acabei sentindo o abraço dele ser tão bom, mas que eu estava gostando, estava.

Depois de um longo tempo naquele abraço, beijei seu rosto e nos soltamos.

–Tchau Mário.- respondi, um pouco corada.

–Tchau.- ele respondeu e saiu caminhando pra casa dele.

Quando entrei em casa, senti que estava sorrindo bobamente, sem nem saber o motivo. Fui para o banheiro, tomei um banho e depois fui pro meu quarto descansar e escutar minhas músicas.

Luana...

Enquanto fazíamos o trabalho, aos poucos fui percebendo que Jorge era realmente um menino inteligente e maduro, pois estava me ajudando bastante.

–Puxa Jorge, acho que vamos caprichar no trabalho.- eu disse.

–Pode me agradecer depois que tirarmos a melhor nota.- gabou-se ele.

–Ah, vou sim.

–Mas eu também acho que não ficaria tão bom assim se eu tivesse feito sozinho, você foi muito útil nesse trabalho também.- disse ele.

–Sério mesmo?

–Sim.

–Obrigada.

Quando terminamos de guardar os materiais usados no trabalho, perguntei:

–Jorge, quer um copo de água?- ofereci.

–Quero sim, obrigado.- respondeu ele, sorrindo.

Então, me levantei e fui pegar o copo de água pra ele, mas quando voltei à sala, ele estava sentado com os olhos fixos na parede. Preocupada, fui até ele.

–Jorge, está tudo bem?- perguntei.

–Tudo sim, por quê?

–É que você estava parado, olhando pra parede, achei estranho e fiquei preocupada.

–Ah tá. Mas não precisa não, só estava pensando numa coisa.

–Que coisa?

–No que se faz pra conquistar uma pessoa que só tem olhos pra outra.

–Por quê? Isso está acontecendo com você?

–Sim, eu estou gostando da Marcelina, mas ela só tem olhos pro Mário.

–Sério? - fiquei chocada e ele assentiu- Mas eu nem sabia que eles namoravam.

–Não Luana, eles não namoram - rebateu ele- É que ela teve uma discussão com ele esses dias por causa de umas coisas que aconteceu e agora ela nem tem me dado bola, só quer saber de correr atrás dele pra voltar a ser "amiguinha" dele, até esqueceu que somos melhores amigos à muito tempo. E agora, eu nem tenho chance de dizer o que eu sinto.

Fiquei impressionada com o que ele disse, era muita coincidência tudo aquilo que estava acontecendo, pois eu gostava do Mário e o Jorge estava apaixonado por alguém que gostava do Mário também. Essa era a minha chance.

–Jorge, você acabou de ganhar uma aliada.- falei.

–Por quê? Você gosta de alguém?- ele perguntou.

–Gosto do Mário desde que entrei na escola, mas ele sempre deu bola pra Marcelina.

–Caramba, então precisamos nos unir para bolarmos um plano de separar os dois.

–Isso mesmo. E temos que ser rápidos.

–Sim, vamos pensar em algo.

Pelo pouco que eu conheço do Mário, vai ser bem difícil de armar contra ele, porque esperto do jeito que ele é, não vai cair nas armações, mas com a Marcelina vai ser moleza que ela caia. Agora, que armação faremos contra ela?

Jorge...

Eu fiquei impressionado quando Luana me contou que gostava de Mário, que era por quem Marcelina estava apaixonada e não enxergava que eu e ela fomos feitos um pro outro. Quando começamos o trabalho, até percebi que ela era uma garota legal, gente boa, inteligente, simpática, só que quando acabamos, ela me ofereceu um copo d'água e eu aceitei, mas não era porque eu estava mesmo com sede, mas é porque eu estava com a cabeça em vários pensamentos e queria ficar sozinho pra me entregar à eles.

–Jorge, está tudo bem?- perguntou ela ao voltar pra sala com o copo na mão.

–Tudo sim, por quê?

–É que você estava parado, olhando pra parede, achei estranho e fiquei preocupada.

–Ah tá. Mas não precisa não, só estava pensando numa coisa.

–Que coisa?

–No que se faz pra conquistar uma pessoa que só tem olhos pra outra.

–Por quê? Isso está acontecendo com você?

–Sim, eu estou gostando da Marcelina, mas ela só tem olhos pro Mário.

–Sério? - assenti e ela pareceu chocada- Mas eu nem sabia que eles namoravam.

–Não Luana, eles não namoram - rebati - É que ela teve uma discussão com ele esses dias por causa de umas coisas que aconteceu e agora ela nem tem me dado bola, só quer saber de correr atrás dele pra voltar a ser "amiguinha" dele, até esqueceu que somos melhores amigos à muito tempo. E agora, eu nem tenho chance de dizer o que eu sinto.

Ficamos um tempo em silêncio, até que ela o rompeu:

–Jorge, você acabou de ganhar uma aliada.

–Por quê? Você gosta de alguém?- perguntei.

–Gosto do Mário desde que entrei na escola, mas ele sempre deu bola pra Marcelina.

–Caramba, então precisamos nos unir para bolarmos um plano de separar os dois.

–Isso mesmo. E temos que ser rápidos.

–Sim, vamos pensar em algo.

Fiquei feliz de ter ganhado uma aliada para me ajudar a separar Marcelina de Mário, mas agora o problema era como faríamos isso, os dois eram espertos e não cairiam em qualquer golpe assim, tão fácil, precisávamos pensar em algo muito inovador e infalível, mas o quê?


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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