Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

E aí leitores, sou eu Matheus mais uma vez com mais um capitulo que tenho certeza que irão gostar, boa leitura!



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Mário...

O trabalho até que foi bem tranquilo, Gustavo e eu ajudamos um ao outro, teve um momento em que eu ditava as coisas ditas na Internet e no livro e ele ia escrevendo. Aliás, tenho que admitir, apesar de sermos gêmeos, a letra dele é diferente da minha. Eu sou mais agressivo na hora de escrever, mas Gustavo é mais calmo na hora de escrever e a letra sai melhor. Não posso considerá-lo perfeccionista, mas ele sempre quis se esforçar pra que a letra dele não ficasse feia.

Também teve um certo momento em que eu tive que ajudá-lo com as figuras, enquanto ele imprimia, eu ia colando, ou às vezes eu também tive que acrescentar umas coisas que ele tinha esquecido.

Quando acabamos, elogiei:

–É, ficou bem legal.

–Verdade.- ele respondeu meio desanimado e percebi que ele realmente estava triste por não ter feito com a Aninha.

–Não se preocupe irmão, é só essa vez.

–Acho bom.

–Prometo que será. Vamos guardar o trabalho.

–Coloca no nosso guarda-roupa que lá a gente não esquece.

–Boa ideia.

O resto do dia passou tranquilo, era véspera de fim de semana, não tínhamos combinado de fazer nada à tarde e então, ele foi pra sala assistir televisão e eu fui pro quarto ler um livro que tinha ganhado de aniversário no ano passado. Comecei a ler, gostei, mas não consegui terminar, então decidi tentar terminar de lê-lo naquele momento.

Um tempo passou até que eu enjoei de ler e fui pra sala. Quando cheguei, vi meu pai entrar.

–Oi meninos.- disse ele.

–Oi pai.- disse Gustavo.

–Oi pai, pode ir tomar um banho e trocar de roupa enquanto eu faço a janta, se quiser.- falei.

–Tudo bem filho.

O jantar também foi normal e sem novidades, conversamos sobre o que aconteceu na escola, tirando a parte do beijo com Marcelina e como eu convenci a professora a trocar de dupla. Depois do jantar, tomei um rápido banho e dormi.

No dia seguinte, como eu não tinha programado o despertador para tocar, consegui dormir até mais tarde e só acordei com os raios de sol em meu rosto. Deitei de costas na cama, esfreguei os olhos e me espreguicei. Quando me senti já "fortalecido", fui fazer o café.

–Bom dia pai.- eu disse, ao vê-lo entrando na cozinha.

–Bom dia filho.- respondeu ele.

–O senhor acordou bem cedo para um dia de sábado hein?

–Sim filho, é que preciso resolver umas coisas daqui a pouco, não quero ir muito tarde.

–Tudo bem então.

Logo depois, Gustavo também entrou na cozinha e em poucos minutos, meu pai saiu. Ele não me contou o que devia ser, mas com certeza era algo a ver com o trabalho, pois ele também trabalhava fins de semana. Gustavo e eu ficamos sozinhos em casa novamente, até que deu duas horas da tarde e a campainha tocou. Tive receio de ser Marcelina e fiquei em dúvida se abria a porta ou não.

–Deixa que eu atendo.- disse Gustavo, se levantando do sofá. Quando ele abriu a porta, pude ver Aninha.

–Oi.- ela disse e os dois se abraçaram.

Mas logo assim que me levantei para cumprimentar Aninha, percebi que Marcelina vinha logo atrás dela e Gustavo a cumprimentou também.

–Oi Mário.- disse Aninha, me abraçando.

–O que ela veio fazer aqui?- perguntei no ouvido dela.

–Tá tudo bem com você? Tá tão sério, triste.

–Não, eu estou bem sim, apenas acordei com uma dor de cabeça que não passou até agora.

–Toma um remédio então.

–Acabei de tomar, só que vocês chegaram agora quando eu ia pro meu quarto. Mas não se preocupem, podem ficar à vontade, se precisarem de mim é só chamar no quarto.- menti para não ter que falar com Marcelina, mas Gustavo me olhou com cara de bravo, eu apenas ignorei o olhar e fui em direção ao meu quarto. Entrei, mas antes que pudesse trancar a porta, Gustavo a segurou do outro lado.

–Mário, será que dá pra você parar com isso?- disse ele.

–Como você pôde esconder isso de mim?

–Eu? Não estou te escondendo nada!

–Você não me contou que a Marcelina e a Aninha viriam aqui.

–Mário, eu juro pra você que não sabia de nada, mas mesmo não sabendo, eu não me conformo com o que você está fazendo. Você pode sim ficar magoado com a Marcelina, mas eu não posso tolerar que você aja dessa maneira.

–É verdade Mário, eu e Marcelina não contamos ao Gustavo que viríamos hoje. Na verdade, eu queria vir somente para chamar o Gustavo pra sair, mas como a Marcelina dormiu lá em casa, achei que poderia trazê-la também.- disse Aninha, surgindo atrás de Gustavo.

–Então pode levar ela pra casa agora.- eu disse.- Depois você volta e busca o Gustavo.

–Não Mário, eu preciso me explicar melhor pra você!- Marcelina disse.

–Não precisa Marcelina, eu já sei de tudo. Sei qual o motivo pra você ter feito aquilo.

–Dá pra me ouvir? Eu não quis te ofender daquela forma, não foi minha intenção te chamar de pobretão, nunca foi.

–Mas você chamou.

–Sim, mas chamei porque estava com a cabeça quente e você sabe que quando se está com raiva, não se pensa direito no que fala.

Nessa hora, eu parei. Tá certo que a Marcelina no começo era meio estourada e tal, mas depois que viramos colegas ela parou de ser assim. Pelo contrário, virou até uma menina sensível, então como ela pôde ter ficado com tanta raiva a ponto de explodir daquela forma?

–Sério? Então sente e me conte porquê você ficou com raiva.- falei, curioso.

Ela se sentou em minha cama e nessa hora, Gustavo fechou a porta do quarto e presumi que ele saiu com a Aninha, talvez os dois estavam indo para o tal passeio que ela disse que ia chamá-lo para ir. Mas não me importei, continuei prestando atenção somente em Marcelina quando ela colocou o cabelo atrás da orelha, respirou fundo e começou a contar tudo.

Marcelina...

Acordei decidida a falar com Mário. Eu não queria esperar mais, tinha que ser naquele dia que eu explicaria tudo pra ele. Mas como eu poderia falar com ele se era sábado? E como chegar perto dele se ele nem queria me ver? Eu tinha que pensar em alguma coisa.

–Bom dia amiga!- disse Aninha, sorrindo.

–Bom dia.- respondi sem sorrir.

Depois de escovarmos os dentes, descemos para tomar café. Sim, eu havia dormido na casa dela depois de fazermos o trabalho, pois quando terminamos, fiquei com preguiça de voltar pra casa por já serem umas cinco da tarde. Então, liguei pra minha mãe e ela me deixou dormir lá. Além disso, eu não estava me sentindo bem com tudo que aconteceu naquele dia.

–O que foi Marcelina?- perguntou Aninha, me tirando de meus pensamentos.

–Nada, só estava pensando em uma forma de falar com Mário ainda hoje.- respondi.

–E já descobriu?

–Não, ainda não.

–Eu te ajudo.

Depois do café, fiquei um tempo na casa dela bolando um plano, ou pelo menos tentando, mas não conseguimos pensar em nada. Então, voltei pra minha casa frustrada, mas ao mesmo tempo esperançosa, quem sabe no dia seguinte, mesmo sendo domingo, eu conseguisse pensar em algo.

Depois que almocei, fui pro meu quarto tentar pensar em uma maneira de falar com Mário, até que meu celular toca. É Aninha.

–Amiga, descobri um jeito genial de você falar com o Mário hoje.- ela disse.

–Sério amiga? E qual é?

O plano era super-simples: como a Aninha estava pensando em chamar Gustavo para sair, eu iria com ela até a casa dele e tentaria falar com Mário, muito embora fosse capaz dele fechar a porta na minha cara ou até mesmo me impedir de entrar. Mas nós arriscamos mesmo assim. Às duas da tarde, Aninha e eu fomos até a casa dele. Por sorte, quem atendeu foi Gustavo, porque se Mário atende, não me deixa entrar.

–Oi.- Aninha falou, abraçando Gustavo. Depois foi a minha vez.

–Tá tudo bem com você? Tá tão sério, triste.- ouvi Aninha perguntar para Mário.

–Não, eu estou bem sim, apenas acordei com uma dor de cabeça que não passou até agora.- respondeu ele.

–Toma um remédio então.

–Acabei de tomar, só que vocês chegaram agora quando eu ia pro meu quarto. Mas não se preocupem, podem ficar à vontade, se precisarem de mim é só chamar no quarto.

Enquanto Mário contava para Aninha sobre estar com dor de cabeça, Gustavo o olhava com raiva e logo eu percebi que ele estava mentindo. Logo depois, Mário foi andando para o quarto e nós fomos atrás. Gustavo também foi atrás e impediu que Mário trancasse a porta.

–Mário, será que dá pra você parar com isso?- disse ele.

–Como você pôde esconder isso de mim?

–Eu? Não estou te escondendo nada!

–Claro que escondeu! Não me contou que a Marcelina e a Aninha viriam aqui.

–Mário, eu juro pra você que não sabia de nada, mas mesmo não sabendo, eu não me conformo com o que você está fazendo. Você pode sim ficar magoado com a Marcelina, mas eu não posso tolerar que você aja dessa maneira.

–É verdade Mário, eu e Marcelina não contamos ao Gustavo que viríamos hoje. Na verdade, eu queria vir somente para chamar o Gustavo pra sair, mas como a Marcelina dormiu lá em casa, achei que poderia trazê-la também.- disse Aninha, atrás de Gustavo.

–Então pode levar ela pra casa agora.- ele disse.- Depois você volta e busca o Gustavo.

–Não Mário, eu preciso me explicar melhor pra você!- falei.

–Não precisa Marcelina, eu já sei de tudo. Sei qual o motivo pra você ter feito aquilo.

–Dá pra me ouvir? Eu não quis te ofender daquela forma, não foi minha intenção te chamar de pobretão, nunca foi.

–Mas você chamou.

–Sim, mas chamei porque estava com a cabeça quente e você sabe que quando se está com raiva, não se pensa direito no que fala.

Nessa hora, quando eu falei isso, ele ficou parado, sem se mexer. Olhou pra mim com um olhar de espanto e curiosidade, não entendi bem o motivo, mas ignorei. Porém, fiquei mais aliviada quando ele respondeu:

–Sério? Então sente e me conte porquê você ficou com raiva.

Então Gustavo fechou a porta para nos deixar mais à vontade e eu sentei na cama, coloquei o cabelo pra trás, respirei fundo e comecei a contar tudo.

–Olha Mário, o que aconteceu foi que eu briguei com meu irmão Paulo.- comecei.

–Eu nem sabia que você tinha irmão.- ele pareceu surpreso.

–É porque ele quase nunca está em casa quando eu estou, estudamos em escolas diferentes e turnos diferentes. E nós brigamos pelo controle da televisão, ele queria ver um jogo de futebol enquanto eu queria ver outra coisa, aí em certo momento ele gritou comigo e eu gritei com ele. Nervosa, eu não ouvi a discussão entre você e o Jorge. Então, como eu fui atender vocês ainda nervosa, acabei sendo grossa com você. Você deve ter percebido.

–Não, eu não percebi porque também estava nervoso pela discussão com o Jorge.

–Pois é, aí você não notou que eu estava nervosa também e ficou insistindo, tirando minha paciência. Só que depois que você foi embora, eu percebi que era você e me arrependi sabe? Eu me recompus e aí o Jorge ainda tentou me chamar pra sair e eu recusei.

–E ele não fez nada?

–Não, mas ficou chateado com minha recusa.

–Puxa.

–Mário, me desculpa. Eu juro pra você que não era minha intenção te magoar com aquelas palavras, eu estava nervosa. Por favor, me perdoe.

–Sei não.

–Eu prometo que não faço mais, nem parecido. Me perdoa, por favor.

Quando eu disse isso, ele desviou o olhar do meu, levou os olhos e a cabeça para baixo como se estivesse pensando e, sem nada dizer, me surpreendeu com um abraço.

–Senti sua falta.- ele disse baixinho.

Apenas sorri enquanto retribuía o carinho.

–Estamos bem?- perguntei saindo do abraço.

–Estamos sim,mas depois quero conhecer seu irmão.- ele sorriu.

Nós dois rimos e ficamos conversando mais um tempo, pois eu ainda tinha muita coisa pra falar com ele.

Gustavo...

Tomara que esse plano da Aninha dê certo e meu irmão se acerte com Marcelina. Quando nós saímos de casa para deixarmos os dois à sós em casa, ela me contou que tinha planejado aquele nosso "passeio" para usar como desculpa para ir em casa e fazer Marcelina entrar.

–Que plano genial!- elogiei- Você bolou sozinha?

–Totalmente sozinha.- respondeu ela, sorrindo.

–Você é demais!

–Que isso, sou nada.

–É sim. E é por isso que eu gosto tanto de você.

Abracei-a de lado.

–E eu mais ainda de você.- ela respondeu me abraçando também.

Foi aí que eu pensei: já que estávamos na rua, por quê não aproveitarmos já que não tínhamos nada pra fazer né? Então, a conduzi pela cintura até a praça, mas daquela vez, nos sentamos em um banco que ficava ao lado de um rio de água azul e mais ao fundo, uma fonte linda quase igual à estátua da liberdade e atrás dela, um pouco da nossa cidade.

Aninha...

Desde o começo, eu já sabia que esse meu plano para que Mário e Marcelina pudessem voltar a conversar e se entenderem, era bom. Até a Marcelina disse isso, mas eu no fundo, estava com medo de não dar certo, pois pelo que eu conheço do Mário, ele é bem orgulhoso e não vai ceder tão fácil, mas espero que a Marcelina tenha sorte. Só que depois do que aconteceu lá na casa e ele ficou curioso pra saber o motivo dela ter sido tão grossa com ele, percebi que realmente deu certo, era só esperar pra ver se Mário deixaria o orgulho de lado e a perdoaria.

–Ele vai sim, conheço meu irmão e sei que ele vai perdoá-la.- disse Gustavo, quando lhe contei o que pensava.

–Ah, que bom.- respondi- Eu quero muito que eles voltem a se falar, não gosto de ver minha amiga triste por causa dele.

–Vai dar tudo certo.

Ele pôs as mãos sobre as minhas quando disse isso, para me dar esperanças. Suas mãos quentes me deixaram mais calma e segura. Eu apenas sorri e agradeci ele pela força e apoio e voltei a olhar a linda estátua de mármore que estava à nossa frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capitulo e até o próximo!



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