Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, aqui sou eu Matheus novamente com mais um capitulo que tem uma surpresa que tenho certeza que muitos iram gostar, boa leitura!



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Gustavo...

A tarde no parque havia sido muito boa, depois que chegamos, Aninha e eu nos sentamos embaixo de uma grande árvore que tinha lá. E se a árvore era grande, a sombra que ela fazia também. Por isso, esticamos uma canga lá mesmo e começamos a colocar tudo em cima dela. Sim gente, fomos fazer um piquenique, só que como eu não tinha cesta, levei uma mochila enquanto Aninha levou o resto das coisas.

Enquanto comíamos, não pude deixar de notar como aquele parque era lindo. Tinha uma calçada onde as pessoas passeavam com carrinhos de bebê, cachorrinhos, tinha crianças brincando também. E tinham pessoas sentadas em bancos que ficavam na borda da calçada, que dava acesso ao gramado onde ficava a árvore que nós estávamos.

–Bem que tudo podia ser sempre animado e bonito assim, todos os dias.- disse Aninha.

–É mesmo, ia ser muito mais feliz.- respondi.

Continuamos a comer e conversar sobre várias coisas. Eu pensei em fazer uma serenata pra ela, mas eu não tinha violão e muito menos talento pra ser músico e cantor, então, eu preferi mostrar à ela uma coisa que eu havia feito com muito carinho: uma cartinha e uma foto dela desenhada por mim.

–Gustavo, é lindo. Você que fez?- perguntou ela, admirada.

–Sim, fiquei quase duas horas fazendo o desenho, pensando em cada detalhe.- respondi, sorrindo- Mas a cartinha eu fiz em pouco menos de uma hora.

Ainda sorrindo e admirada, ela deixou o desenho do lado dela e começou a ler a carta. Pela expressão que ela fez, deve ter gostado de tudo que escrevi, pois ela sorriu no começo e depois seus olhos foram se enchendo de lágrimas. De emoção, claro, até chegar no final.

–Puxa, você fez mesmo tudo isso?- ela perguntou, enxugando as lágrimas.

–Sim, a carta e o desenho, tudo só pra você e sem a ajuda de ninguém.- respondi, limpando a lágrima do rosto dela.

Logo assim que falei isso, ela me abraçou, pude ver o quanto ela estava feliz. Eu havia mesmo acertado na ideia de lhe fazer um desenho e uma carta pra ela. Era tão bom vê-la feliz que não dá pra descrever.

Marcelina...

Ainda atordoada e de certa forma, arrependida pelo que disse à Mário, decidi que estava na hora de tentar pedir conselhos para alguém. Mas quem? Me lembrei de Aninha, mas à essa altura, ela e Gustavo ainda estariam no parque se divertindo, com certeza ainda estariam lá. Então, é melhor não atrapalhar o encontro dos dois. Resolvo então, tomar um banho e me deitar logo. Vou ao banheiro, deixo a água cair sobre meu corpo enquanto lágrimas quentes caírem por meu rosto, era praticamente impossível de impedi-las de cair. Demoro uns trinta minutos até que resolvo sair, já que as lágrimas também acabaram.

Quando saio, minha mãe me chama para o jantar, mas eu permaneço calada, sem dizer uma só palavra. Paulo me olha de vez em quando, provavelmente pensando que eu estava triste e calada pela briga que nós dois tivemos, mas não me importei. Quando acabo, vou para meu quarto e tento me distrair ouvindo música, até que acabo escutando a música "Só vejo você" da Tânia Mara, penetrando em meus ouvidos. Desligo o celular e adormeço.

Acordo no dia seguinte com o meu celular tocando, desligo o despertador e vou me arrumar para a escola. Depois que estou pronta, desço para o café.

–Bom dia filha.- diz minha mãe.

–Bom dia mãe.- respondo ensaiando um sorriso.

Após o café, pego uma maçã para finalizar e saio de casa comendo a maçã durante o percurso da escola, mas assim que chego no portão, acabo de comer a fruta e a jogo em um cesto que tinha ali. Quando entro, vejo Aninha mexendo em seu celular, sorrindo.

–Oi amiga!- ela me abraça ao me ver.

–Oi.- respondi sem muito ânimo.

–Nossa, que desânimo. Aconteceu alguma coisa?

–Não, só estou com um pouco indisposta hoje, sabe?

–E por quê veio pra escola ao invés de ficar em casa?

–Eu precisava vir, e além disso, dá pra sair pela rua.

–Então tá.

Entramos juntas na escola e na sala. Quando chegamos, percebi que Gustavo e Mário não chegaram na escola ainda. Sentei em minha carteira e comecei a colocar meu material na mesa. Assim que acabo, vejo os dois entrarem na sala. Mário estava com a cara fechada, enquanto Gustavo estava sereno.

–Oi Mário.- digo, mas ele simplesmente se senta na carteira dele e nem me olha, apenas coloca a mochila na mesa e coloca o material na mesa dele.

E novamente, senti a mesma coisa que senti na primeira vez que magoei Mário e tentei falar com ele pra me desculpar, mas ele me ignorou.

–Vai começar tudo de novo.- pensei, voltando a prestar minha atenção na aula.

Durante toda a aula, dava uma olhada em Mário de vez em quando, porque apesar dele estar com raiva de mim, com certeza, mas ele precisava me ouvir de qualquer maneira. E ele iria me ouvir, eu conseguiria falar com ele de um jeito ou de outro.

Assim que tocou o sinal do intervalo, Mário e Gustavo saíram andando na direção do pátio e eu fui atrás deles, sem correr, lógico. Foi então que Gustavo foi para um canto e Mário foi pra outro, ficando sentado em um banco próximo a uma quadra de futebol.

–Mário, eu preciso falar com você.- eu disse, me aproximando.

Ele se levantou com seu lanche sem ao menos olhar pra mim. Então, ele se encaminhou para junto de Cirilo, que entrava na quadra de futebol naquele exato momento, não sei se ele contou o que aconteceu entre nós no dia anterior, mas de qualquer maneira, ele sabia que perto de Cirilo conseguiria me evitar. Mas não desisti, fui atrás dele, sabia que tinha que tomar uma atitude.

–Mário, você quer jogar nessa rodada ou na próxima?- perguntou Cirilo.

–Prefiro nessa agora.- respondeu Mário, mas me intrometi.

–Antes de jogar, posso falar um pouco com você?- eu disse para Mário, tentando fazer cara de boazinha, pra que Cirilo não perguntasse se estava tudo bem entre nós.

–Dá licença um minuto que eu vou beber água, tá Cirilo? Já volto.- respondeu Mário mantendo o olhar em Cirilo, não sei se ele entendeu que eu estava fingindo que não estávamos brigados ou se ele realmente queria me dar um gelo até mesmo na frente do Cirilo pra mostrar que não queria falar comigo. Mas nem por isso desisti, continuei seguindo Mário até um corredor cheio de bebedouros e esperei ele acabar. Quando ele saiu, fui direta:

–Ótimo, já bebeu sua água, agora me escuta!

Ele nada disse, apenas tentou soltar o braço dele, mas eu não deixei barato:

–Então se não quer me ouvir, pelo menos me deixe fazer uma coisa!

Sem nada responder, ele me esperou mostrar o que eu ia fazer. E eu, também sem nada dizer, beijei-o. Soltei seu braço e segurei seu pescoço. Por um instante ele ficou parado, sem fazer nada, mas depois correspondeu. Colocou uma mão em minha cintura, me puxando pra mais perto e com a outra ele segurou minha nuca. Meu coração estava acelerado pelo beijo finalmente ter acontecido. Sem contar que aquele era o meu primeiro beijo e com certeza dele também. Aquilo durou por alguns segundos até que o sinal do fim do intervalo tocou e ele me soltou, interrompendo o beijo. Quando abri meus olhos, ele me olhou meio espantado e depois saiu correndo pra sala de aula, me deixando parada, com um sorriso bobo no rosto. Depois, retornei à sala também.

Mário..

Saí da casa de Marcelina segurando as lágrimas enquanto minha garganta formava um nó tão grande que chegava a doer. Meu peito estava também muito dolorido, chegava a sufocar. Como ela pôde fazer aquilo comigo? Depois de tudo que ela vinha fazendo, estava quase conseguindo reconquistar minha confiança, embora nós tenhamos nos aproximado mais como amigos íntimos, mas agora, me chamar de pobretão? Inacreditável!

Assim que chego em casa, simplesmente me jogo na casa e desabo em lágrimas, não estava aguentando mais segurar as lágrimas desde que saí da casa dela. Fiquei lá por não sei quanto tempo, mas foi por muito tempo, pois quando não havia mais lágrimas, ergui um pouco a cabeça e vi meu travesseiro todo molhado de lágrimas.

–O que aconteceu Mário?- ouço Gustavo me perguntar se sentando ao meu lado na cama.

–A Marcelina...- tentei falar, mas não conseguia devido aos soluços.

–O que que tem a Marcelina?

Como eu não consegui responder, ele saiu do quarto e voltou depois de alguns minutos com um copo de água.

–Toma.- ele disse, me estendendo o copo. Lentamente, levantei meu corpo da cama e peguei o copo. Tomei uns três goles e me senti mais tranquilo pra falar. Então, contei tudo, enquanto ele me ouvia com atenção.

–Eu não acredito que ela fez isso!- disse ele depois que acabei de contar.

–Pois acredite, ela fez mesmo!- falei, ríspido.

–Estava tudo tão bem, mas esse idiota do Jorge tinha que aparecer, aposto que ela só falou aquilo por causa dele.

–Claro que foi, não estou acreditando que ela fez aquilo por causa dele.

–E muito menos eu.

–Mas relaxa, eu já tomei uma decisão: não vou mais falar com Marcelina.

–Calma Mário, não é pra tanto...

–Como assim, vai defendê-la agora é?

–Não, eu só... ah, deixa pra lá, você está muito nervoso pra conversar.

Ficamos em silêncio por alguns segundos até que decidi mudar de assunto:

–E como foi seu encontro com a Aninha?

–Foi maravilhoso.- respondeu ele, sorrindo.

Acordo no dia seguinte com uma terrível dor de cabeça, talvez tenha sido causada pelo estresse do ocorrido da tarde anterior, mesmo assim, eu queria ir para a escola, mesmo sabendo que a Marcelina estaria lá, mas eu preferia ignorá-la do que deixar de ir pra escola por causa dela. Não quero mais ser fraco. Então, assim que tomo banho, vou pra cozinha e faço o café.

Quando termino o café, Gustavo e eu seguimos para a escola. Logo assim que chegamos no pátio, eu respiro aliviado por ver que Marcelina não está no pátio, já que eu esperava que ela estaria lá pra tentar se desculpar comigo pelo que fez, mas não estava. Ainda bem. Mas ao chegarmos na sala, vejo que ela e Aninha estão lá. O jeito era ignorar, mantive minha cara fechada e sentei na mesa.

–Oi Mário.- ouvi Marcelina dizer, mas ignorei, coloquei minha mochila na mesa e peguei o material que precisava.

As aulas passaram normalmente, mas pra mim, foi uma tortura. Senti que estava sendo observado a todo instante, parecia que a Marcelina me olhava a cada cinco minutos por algum motivo, mas estava me controlando para não olhar pra ela e mostrar que não percebia que ela estava me olhando.

Quando o sinal do intervalo tocou, respirei aliviado e logo saí em disparada pela sala. Não correndo, mas me levantei e comecei a andar depressa pra chegar no pátio logo.

–Vou lá falar com a Aninha tá bom?- disse Gustavo, ao sairmos da cantina.

–Tá, pode ir que vou ficar bem.- respondi e Gustavo sorriu.

Quando me sentei, logo pude escutar a voz da Marcelina na minha frente:

–Mário, eu preciso falar com você.- ela disse, se aproximando.

Como eu disse, simplesmente ignorei. Evitei olhar pra ela e me levantei do banco. Mas de nada adiantou, pois eu senti que Marcelina estava me seguindo. Pra minha sorte, vi Cirilo entrando na quadra de futebol que ficava atrás do banco onde eu estava e fui até ele:

–E aí Cirilo?- falei, cumprimentando-o.

–Fala aí Mário.- ele respondeu, retribuindo.

–Chegou atrasado hoje? Nem te vi na entrada.

–Eu entrei logo assim que você entrou, mas vi que você e Gustavo estavam tão animados na conversa que preferi falar com você no recreio.

–Entendi.

–Vai ter jogo hoje aqui, sabia?

–Sei sim, você vai jogar?

–Não, mas você pode entrar no meu lugar se quiser.

–Beleza.

–Mário, você quer jogar nessa rodada ou na próxima?

–Prefiro nessa agora.

–Antes de jogar, posso falar um pouco com você?- ouvi Marcelina perguntar, se intrometendo na conversa, mas fingi que ela não estava lá.

–Dá licença um minuto que eu vou beber água, tá Cirilo? Já volto.- falei, tentando escapar da Marcelina. Sem pensar duas vezes, fui até um corredor onde haviam bebedouros e bebi a água esperando que Marcelina já tivesse percebido que eu não queria papo com ela e ido embora.

Mas eu estava enganado.

–Ótimo, já bebeu sua água, agora me escuta!- ela disse, quando saí do corredor.

Sem dizer nada, tentei me desvencilhar dela sem machucá-la, mas antes de conseguir, ela falou novamente:

–Então se não quer me ouvir, pelo menos me deixe fazer uma coisa!

Sem nada responder, decidi esperar ela mostrar o que ia fazer. E ela, também sem nada dizer, me beijo de surpresa. Soltou meu braço e segurou meu pescoço. No primeiro instante, o choque foi tão grande que fiquei parado, sem fazer nada, mas depois correspondi colocando uma mão na cintura dela, puxando-a pra mais perto, tornando o beijo mais intenso e com a outra segurou-a na nuca. Meu coração estava disparado e eu não conseguia pensar em mais nada. Nunca imaginei que o meu primeiro beijo seria com uma pessoa que eu odiasse tanto, e com certeza era o primeiro beijo dela também. Aquilo durou por alguns segundos e só parou quando o sinal do fim do intervalo tocou e eu pude finalmente soltá-la, interrompendo o beijo. Confesso que fiquei impressionado com a atitude dela, não esperava que ela fosse fazer aquilo. Confesso também que gostei de beijá-la, mas se ela pensa que sou bobo, está enganada. Com certeza ela só está agindo assim por causa daquele metido do Jorge. Ela com certeza gosta dele, depois do que me disse no dia anterior, não restava dúvidas. Por isso, com certeza ela estava tentando fazer ciúmes no Jorge ou estava me colocando em segunda opção caso não consiga ficar com o Jorge. Mas eu não quero isso, mas não quero mesmo.

Ainda meio espantado com o acontecido, saí correndo pra sala de aula, ainda com a ideia de ignorar o que aconteceu e esperando que ela também esqueceria. Quando chegar em casa pensarei se vou contar para Gustavo, mas por enquanto, só quero distância dela.

Gustavo...

Depois da maravilhosa tarde com Aninha, chego em casa e encontro Mário chorando no quarto. Fiquei assustado e perguntei pra ele:

–O que aconteceu Mário?

–A Marcelina...- ele tentou falar, mas não conseguia devido aos soluços.

–O que que tem a Marcelina?

Ele não respondeu, continuou soluçando incontrolavelmente, então fui até a cozinha e lhe entreguei um copo de água com açúcar pra ele se acalmar.

–Toma.- eu disse, estendendo o copo. Lentamente, el se sentou na cama e pegou o copo. Tomou três goles e enfim, me contou tudo, enquanto eu só ouvia com atenção.

–Eu não acredito que ela fez isso!- esbravejei depois que ele acabou de contar.

–Pois acredite, ela fez mesmo!- respondeu, rígido.

–Estava tudo tão bem, mas esse idiota do Jorge tinha que aparecer, aposto que ela só falou aquilo por causa dele.

–Claro que foi, não estou acreditando que ela fez aquilo por causa dele.

–E muito menos eu.

–Mas relaxa, eu já tomei uma decisão: não vou mais falar com Marcelina.

–Calma Mário, não é pra tanto.

–Como assim, está defendendo ela?

–Não, é que... ah, deixa pra lá, você está muito nervoso pra conversar.

Ficamos em silêncio por alguns segundos até que ele mudou de assunto:

–E como foi seu encontro com a Aninha?

–Foi maravilhoso.- respondi, sorrindo e comecei a contar o que houve no encontro.

No dia seguinte, fomos juntos à escola e logo ao chegarmos no pátio, não encontramos as meninas, só fomos encontrar na sala. Sorri e acenei para Aninha enquanto ela sorriu e acenou de volta também. Durante a aula, pude ver que Marcelina de vez em quando olhava para Mário, com se estivesse planejando alguma coisa com ele. Sem dúvida ela correria atrás dele, mas meu irmão é esperto e saberia fugir.

No intervalo, Mário e eu saímos primeiro da sala e fomos em direção ao pátio.

–Vou lá falar com a Aninha tá bom?- eu disse, ao sairmos da cantina.

–Tá, pode ir que vou ficar bem.- respondeu ele e não pude deixar de sorrir

Quando encontrei Aninha, ela estava sentada em um banco de madeira que tinha próximo da cantina, mas eu tinha um plano em mente.

–Oi Aninha.

–Oi Gustavo.- disse ela.

–Vem comigo, quero te levar em um lugar que eu acho que você vai gostar.

Demos as mãos e ela deixou que eu a levasse pra onde eu queria. Escolhi levá-la para um lugar parecido com o parque onde fomos da outra vez, era um canto mais afastado da escola onde quase ninguém ia. Levei-a atrás do colégio, onde tinha uma escada que dava para uma pequena montanha que ficava atrás da escola. De lá, podia-se ver a escola inteira, era um lugar calmo, silencioso e espontâneo. Era um lugar perfeito para namorarmos sem ninguém pra incomodar.

Claro, ainda não havíamos revelado nosso namoro para ninguém ainda, e enquanto não revelássemos, iríamos ficar ali.

Aninha...

Cada dia que passa mais o Gustavo é especial pra mim e eu sou mais apaixonada por ele. Quando combinamos de fazer o passeio no parque, eu já me animei bastante, mas ainda no final da aula, antes de irmos, ele mudou de ideia e combinou de fazermos um piquenique lá mesmo no parque, ao invés de só passearmos.

Depois dos dois presentes que ele me deu, senti que era muito sortuda por ter um namorado como ele, dormi mais feliz do que nunca. No dia seguinte, vou para a escola e quando chego, percebo que ainda falta tempo pra começar a aula e fico mexendo no meu celular, ouvindo músicas que me faziam lembrar de Gustavo e eu, até que vejo Marcelina chegar e a abraço.

Juntas, entramos na sala e Gustavo e Mário entram depois de nós. Percebi quando Gustavo acenou pra mim e acenei de volta. As aulas passaram até rápidas e o intervalo chegou. Como eu tinha levado um lanche de casa, não precisava ir pra cantina com os meninos, então me sentei em um banco perto de lá mesmo até que Gustavo chegou.

–Oi Aninha.- ele disse.

–Oi Gustavo.- respondi, sorrindo.

–Vem comigo, quero te levar em um lugar que eu acho que você vai gostar.

Demos as mãos e deixei que ele me levasse pra onde disse que queria. E percebi que ele me levou atrás do colégio, onde tinha uma escada que dava para uma pequena montanha que ficava atrás da escola. De lá, podia-se ver a escola inteira, era um lugar calmo, silencioso e que ainda tinha o barulho de folhas sendo movimentadas pelo vento. Simplesmente maravilhoso.

–E aí, gostou daqui?- perguntou ele.

–Amei Gustavo. É muito lindo.- respondi, sorrindo.

–Esse podia ser nosso ponto de encontro todos os dias no recreio.

–Boa ideia. Faz quanto tempo que você descobriu esse lugar?

–Desde o primeiro dia, o Cirilo trouxe Mário e eu pra conhecermos a quadra, aí eu reparei naquela escada e subi sem que ele percebesse.

–Fez bem.

–Fico feliz que você tenha gostado.

–E eu fico feliz de você ter me trazido aqui.

Quando disse isso, ele me beijou com ternura, do jeito que sempre fazia. Ficamos ali o intervalo todo, éramos só nós dois ali, como se não tivesse mais ninguém. E era isso que me deixava feliz. Só paramos quando o sinal do fim do intervalo tocou e tivemos que voltar pra sala.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, por enquanto é só, mas posteremos mais logo!



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