Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, Matheus está de volta com mais um capitulo, boa leitura!



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Mário...

Após os primeiros dez minutos de filme, ficou claro que as meninas estavam com medo, porque logo que o cara da serra elétrica apareceu, as duas deram um grito de pavor, Aninha gritou mais alto que Marcelina e simplesmente agarrou Gustavo, que abriu um sorriso e a abraçou de volta. Com certeza aquele sorriso era de deboche, porque foram elas que escolheram o filme e elas mesma estão com medo dele. Por isso ele sorriu e eu também sorri, mesmo que ele não tenha visto.

Na segunda vez em que uma cena assustadora aconteceu, Aninha escondeu o rosto no peito de Gustavo enquanto Marcelina ficou encolhida no sofá, com os olhos fechados e apenas ouvindo tudo. Sabia que isso ia acontecer, elas não iriam deixar de sentir medo.

–Ei Marcelina, já pode olhar.- disse Gustavo, ao ver Marcelina com os olhos fechados e escondidos pelo cabelo.

–Ele matou ela?- perguntou ela, desesperada.

–Claro que sim né? Mas agora já está em outro foco, pode olhar.

Então ela tirou o cabelo do rosto e voltou a olhar a televisão, mas depois vieram mais cenas assustadoras em que Aninha ficava toda encolhida nos braços de Gustavo e eu comecei a desconfiar que elas só escolheram esse filme pra ficaram agarradas comigo e com meu irmão durante o filme. Ou talvez não, porque se fosse, a Aninha teria insistido para a Marcelina sentar do meu lado. Será?

Enfim, depois de tantas mortes e tantos gritos, finalmente aquele filme acabou. Vou te confessar que não estava legal, mas também não estava ruim. A verdade é que estava chato o filme, era tanta coisa sem sentido e cenas que não coincidiam com nenhuma outra que deixava tudo confuso e cansativo, eu teria até dormido se não fosse pelos gritos das garotas.

–Nossa, nunca mais assisto isso na minha vida.- disse Marcelina quando o filme acabou.

–Eu também não.- respondeu Aninha.

–E por quê vocês escolheram esse filme então?- disparei. -Podiam ter escolhido outro.

–A gente sabia que ia ser assustador, mas não sabíamos que ia ser tanto, agora que a gente percebeu que é assustador.- disse Marcelina.

–Eu gostei, parecia um episódio de The Walking Dead.- afirmou Gustavo, rindo.

–E você?- Aninha perguntou.

–Ah, o filme é bom, mas não é tão assustador e nem tão animador assim.- respondi na lata.

Então Aninha se virou para tirar o filme do DVD, que já mostrava os créditos finais e depois nos sentamos na mesa da cozinha pra continuarmos a conversar e terminar a pipoca. Quando acabamos, Gustavo e eu decidimos que estava na hora de ir embora.

–Eu levo vocês até a porta.- disse Aninha, sorrindo.

Depois que ela abriu a porta, ela e Gustavo abraçaram-se enquanto eu abracei Marcelina também. Depois, me despedi de Aninha e saí rua à fora com meu irmão.

–Achou mesmo aquele filme legal?- perguntei tentando puxar assunto.

–Não, só o que foi legal era ver o susto das meninas.- ele respondeu, sorrindo. Pensei em contar para ele a minha teoria sobre elas terem escolhido o filme só pra nos abraçar, mas preferi deixar pra lá.

–É mesmo.- respondi rindo também.

Depois de alguns metros, já estávamos em casa. Chego na sala e encontro papai assistindo televisão no sofá.

–Oi pai.- eu disse.

–Oi Mário.- ele respondeu, sem tirar os olhos da televisão.

–Está com fome?

–Não, já jantei em um restaurante aqui perto.

–Ah tá. Bom, então eu já vou dormir.

–Boa noite meninos.

–Boa noite pai.- Gustavo e eu respondemos em uníssono.

Na manhã seguinte, nem mesmo o despertador me fez acordar de verdade. Eu me levantei, mas permaneci com os olhos pesados e quase impossíveis de abrir, mas mesmo assim, consegui ir ao banheiro, lavar o rosto até consegui abrir os olhos e tomar um banho bem gelado, porque aquela manhã estava bem quente. Depois, fui preparar o café.

Marcelina...

Aquele filme foi mais assustador do que eu esperava. Eu imaginava que ele seria o tipo de filme que daria um certo suspense, faria você tomar uns bons sustinhos, mas não sabia que ele fosse me fazer gritar. O pior de tudo é que entre Gustavo e Aninha estava Mário, sendo assim, ela tinha alguém pra lhe confortar caso se assustasse com algo, enquanto que eu, fiquei sozinha, tendo que abraçar meus próprios joelhos a cada vez que me assustava. De vez em quando eu olhava para Mário e ele não parecia estar nem um pouco assustado, pelo contrário, estava tão compenetrado no filme que parecia que ele não piscava sequer uma vez.

–Nossa, nunca mais assisto isso na minha vida.- disparei, assustada.

–Eu também não.- respondeu Aninha.

–E por quê vocês escolheram esse filme então?- falou Mário. -Podiam ter escolhido outro.

–A gente sabia que ia ser assustador, mas não sabíamos que ia ser tanto, agora que a gente percebeu que é assustador.- eu falei ainda assustada.

–Eu gostei, parecia um episódio de The Walking Dead.- afirmou Gustavo, rindo.

–E você?- Aninha perguntou.

–Ah, o filme é bom, mas não é tão assustador e nem tão animador assim.- respondeu ele, sério.

Então Aninha se virou para tirar o filme do DVD, que já mostrava os créditos finais e depois nos sentamos na mesa da cozinha pra continuarmos a conversar e terminar a pipoca. Quando acabamos, Gustavo e Mário disseram que estava na hora de ir embora.

–Eu levo vocês até a porta.- disse Aninha, sorrindo.

Então, Aninha deu um abraço em Gustavo e Mário veio me abraçar. Eu correspondi ao abraço, mas ainda estava chateada por ele não ter sentado ao meu lado no sofá. Tá certo que ele não sabia que eu ia ficar com tanto medo, mas ele podia ao menos ficar do meu lado, mas não quis.

Depois disso, eu e Aninha nem jantamos, a pipoca havia acabado e nós estávamos sem fome, então decidimos ir dormir logo. Eu estava com medo de ter pesadelos com aquele filme horrendo que vi, mas acabei pensando em Mário e quando consegui pegar no sono, consegui dormir um sono leve e tranquilo, sem interrupções.

Acordei na manhã seguinte com Aninha me cutucando:

–Acorda Marcelina!- ela disse.

–Que horas são?- perguntei, sonolenta.

–São 6:30, anda logo.

Arregalei meus olhos, como eu posso ter dormido tanto assim? Imediatamente me levantei num sobressalto e fui me arrumar. Quando saímos de casa, já eram 7:50, nem tive tempo de tomar o café todo, mas pelo menos eu senti que o que eu tomei era o bastante. Assim que estávamos em frente ao portão da escola, dei uma olhada em volta para ver se Mário e Gustavo já haviam chegado e de repente, vi um velho amigo meu descer de um carro. Era Jorge Cavalieri, um amigo de infância que estudava em uma outra escola comigo, mas parece que ele se mudou de escola naquele dia.

–Pode entrar Aninha, vou pra sala depois.- eu disse e ela assentiu. E então, eu saí correndo que nem uma foragida da polícia na direção do Jorge com os braços abertos e tomando cuidado para não deixar minha mochila cair das costas.

–JORGE!!- gritei mais próximo dele.

–MARCELINA!!! Nossa, quanto tempo!- ele disse, me abraçando forte e me girando no ar.

Ele estava com a expressão fechada quando saiu do carro, mas ao me ver, sorriu e depois que ele me soltou, fiquei encarando ele por alguns segundos e vi que ele tinha mudado. O cabelo dele estava cortado e mais escuro do que antes, além de que ele estava um pouco mais alto que eu. Não mudou muito, mas parecia o mesmo Jorge que conheci.

–Você vai estudar aqui?- perguntei, incrédula.

–Vou sim, tomara que a gente fique na mesma sala.- ele respondeu, sorrindo.

–Mas achei que ele não queria que você trocasse de escola.

–E não queria, mas meu pai me obrigou a estudar aqui. Mas agora que eu descobri que você está estudando aqui, eu quero ficar.

–Ai que bom. Então vamos entrar, quero te apresentar meus amigos e te ajudar a conhecer a escola.

Então, peguei seu braço e entramos juntos no pátio da escola, mas no fundo, eu torcia pra que ele ficasse na mesma sala que eu, ia ser tão legal. Depois, o levei para a sala de aula e ele se sentou ao meu lado, pensei em aproveitar que Aninha estava sentada em sua cadeira para apresentá-lo à ela, mas como eu já havia falado com ela sobre ele, achei melhor não fazer isso.

Então nos sentamos e ficamos conversando, botando o papo em dia, jogando conversa fora e contado as novidades enquanto esperávamos a aula começar.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só meus caros leitores, até o próximo!



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