Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, sou eu Matheus novamente e com mais um capitulo emocionante, boa leitura!



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Mário narrando...

Fiquei parado por alguns segundos, esperando uma resposta da Marcelina. Ela estava indecisa, me encarava como se estivesse em dúvida se falava a verdade ou não, mas acabou que, no final, após alguns segundos que pareceram horas, ela apenas assentiu com a cabeça, dando a entender que o que Gustavo e Aninha disseram sobre o grupinho e da Marcelina ter saído dele só por minha causa, era verdade.

Assim que ela confirmou, não pude conter um sorriso e a abracei. Dei um abraço nela com toda a força que tinha, tamanha era a felicidade misturada com a emoção. Ela demorou alguns segundos, mas depois correspondeu.

–Nem sei o que te falar... - eu disse, desfazendo o abraço e olhando nos olhos dela.

–Não precisa dizer nada.- ela respondeu, sorrindo e também me olhando nos olhos.

Após isso, decidimos que iríamos tomar logo nosso sorvete como combinado. Gustavo e eu seguimos pra casa com Cirilo enquanto Aninha e Marcelina foram pra casa dela, para poderem almoçar juntas lá. Ao chegarmos em casa, meu pai já havia chegado e sorriu ao ver Cirilo:

–Como vai Cirilo?- perguntou ele, apertando a mão de Cirilo.

–Muito bem e o senhor?

–Vou bem também. Veio almoçar com os meninos?

–Sim, faz temo que não faço isso e então, não consegui recusar o convite.

–Claro. Fique à vontade.

Era impressionante como Cirilo conseguia ser tão sorridente por tanto tempo. Desde o caminho da escola até em casa, ele foi sorrindo o tempo todo, parecia que aquele abraço que dei em Marcelina mexeu com ele, mas não, ele era assim sempre. Enfim, almoçamos tranquilamente, batemos um papo bom.e, quando acabamos de comer, meu pai como de costume, voltou para o trabalho enquanto Gustavo, Cirilo e eu ficamos vendo televisão na sala. Quando deu umas três da tarde, Gustavo ligou para Aninha e marcou de nós cinco nos encontramos na sorveteria em meia hora. Marcelina estava com Aninha e iria também, por isso, contávamos cinco e eu confesso que estava ansioso.

Eu pedi um de flocos, Marcelina de morango, Gustavo de chocolate, Aninha de baunilha e Cirilo de coco. Durante todo o tempo, quem mais jogava conversa fora eram Gustavo, Aninha e Cirilo, eles conversavam entre si animadamente e deixaram Marcelina e eu na saia justa, já que não tínhamos espaço pra falar nada. Mas se não fosse pela descoberta da atitude da Marcelina, aquela teria sido uma tarde chata.

Assim que saímos da sorveteria, Cirilo foi para sua casa enquanto Marcelina foi pra casa de Aninha.

–Olha Mário, com toda sinceridade: eu achei muito bonito isso que a Marcelina fez com você, mesmo sabendo que você sabia?- perguntou-me Gustavo, no caminho de volta.

–Eu também Gustavo, mas isso não mudou em nada.- respondi.

–Sim Mário, eu já sei. Só estou te dizendo o que eu achei da atitude dela.

–Tudo bem, já entendi.

Certamente eu também havia gostado da atitude da Marcelina, só que eu ainda não havia perdoado ela. Talvez possamos até já termos virado amigos, mas o que ela me disse de ruim naquele dia ainda estava vivo em minha memória. Por isso, eu ainda não confiava totalmente nela. Mas pra minha sorte, Gustavo entendeu aquilo e me deixou sossegado, sem tocar no assunto. O resto da tarde foi entendiante, nós dois fizemos nossos deveres escolares e ele acabou primeiro. Nisso, ele ficou na sala vendo um filme enquanto subi para meu quarto, onde fiquei até a hora do jantar, quando tive que descer para fazer o mesmo. No final, escovei meus dentes, deitei-me e dormi.

Na manhã seguinte, acordei poucos segundos antes de meu despertador tocar. Até estranhei ele não ter tocado, mas a preguiça não me deixou levantar. Só quando ouvi o som do despertador é que acabei me levantando e fui fazer o café.

–Bom dia Mário.- disse Gustavo, entrando na cozinha depois de alguns minutos.

–Bom dia Gustavo.- respondi.

Logo em seguida, meu pai acordou e tomou café com a gente. Depois de um café bem reforçado, fomos indo em direção à escola. Ao chegarmos no pátio, Gustavo viu Aninha parada próxima de nós e foi ao seu encontro. E eu, pra não ficar sozinho, comecei a procurar Marcelina pelo pátio, dei uma olhada rápida pelo mesmo e ela não estava. Fui então, andando pelo corredor na esperança de encontrá-la na sala de aula, mas no meio do caminho vi Luana se aproximar de mim:

–Oi Mário!- ela disse, toda animada, parecia que viu um arco-íris.

–Oi, que animação é essa?- perguntei, curioso.

–Ah, nem eu mesma sei, só sei que hoje acordei com disposição e alegria.

–Ah, que bom. Isso é importante para a vida de um estudante.

–Com certeza. E você? Não está animado?

–Estou, mas é que eu ainda não despertei sabe? Então, ainda estou meio molenga.

–Por quê você não vem comigo?

–Ir com você pra onde?

–À um lugar onde eu sempre me sinto melhor.

–Mas a aula já vai começar.

–É rapidinho, prometo.

–Não precisa não. Eu agradeço mas não precisa.

Dito isso, dei as costas e entrei na sala, onde vi que a cadeira de Marcelina ainda estava vazia, mostrando que ela não tinha chegado. Decidi esperá-la por lá mesmo. Então sentei-me em meu lugar e esperei, mas Luana continuava insistindo sem dar o menor sossego pra mim.

–Então, você tem algo pra fazer hoje à tarde?- perguntou ela, fazendo uma voz sexy que eu até estranhei.

–Tenho sim, por quê?- menti de propósito para descobrir as verdadeiras intenções dela.

–Por nada. Só queria saber para o caso de você não ter, te chamar para um passeio.

Nesse instante, Marcelina chegou e eu me desesperei, mas me controlei pra não demonstrar isso.

–Passeio? Onde?- perguntei, tentando me controlar.

–Pra onde você quiser, é só me falar.

–Fica pra próxima.

–Tudo bem, oportunidade não vai faltar.

Fiquei aliviado quando vi que ela se sentou na mesa dela e virou-se de frente, pois mostrava que ela havia desistido de dar em cima de mim e Marcelina, que ouviu tudo, pareceu aliviada também. Pouco depois, a professora entrou na sala e começou a aula.

Marcelina...

Depois de alguns segundos em dúvida, decidi que como Mário já havia passado por cima do orgulho dele para se tornar meu amigo em alguns momentos, era melhor fazer o mesmo com ele. Assim, quis confirmar que era verdade o que eu havia feito e que foi por amor à ele, queria confessar que o amava. Mas, como tudo na vida tem um revés, minha voz na hora não saiu. Era só o que faltava, tanto que eu precisei assentir com a cabeça para confirmar. Tão logo assenti, ele me abraçou forte. Não foi um abraço que me estrangulava, mas era forte e bom.

–Nem sei o que te falar... - ele disse, desfazendo o abraço e olhando nos fundo dos meus olhos.

–Não precisa dizer nada.- respondi sorrindo e também o olhando nos olhos.

Depois disso, fomos todos para nossas casas. Quer dizer, Aninha foi comigo até minha casa pra almoçar. Fiquei super feliz com isso, estava sentindo falta da minha melhor amiga.

–Marcelina, por quê você não falou para o Mário tudo o que sente por ele quando teve a oportunidade?- perguntou Aninha, enquanto seguíamos pra minha casa.

–Ah Aninha, era aquela coisa de azar, minha voz ficou presa na garganta não sei porquê.- respondi.

–Maldita hora em que isso foi acontecer, tenho certeza que o Mário iria adorar saber disso.

–Não se preocupe com isso, posso falar com ele amanhã.

–Mas seria uma boa se você tivesse aproveitado para beijar o Mário quando ele te abraçou e agradeceu pelo que você fez.

–Bom, mas eu acho que se fizesse isso, estaria o forçando a irmos rápido demais. Eu percebi que ele ainda não confia totalmente em mim por causa do pouco tempo que faz que aquilo tudo aconteceu. Acho melhor esperar ele confiar totalmente em mim.

–Tem razão amiga.

Então, seguimos para minha casa, onde minha mãe nos esperava na cozinha.

–Oi Ana Vitória, tá sumida hein?- disse minha mãe.

–Oi Dona Lillian, sumi mesmo, mas tô de volta.- Aninha respondeu sorrindo.

Minha mãe, por sorte, não quis saber o motivo de Aninha ter sumido. Talvez ela quisesse perguntar pra mim e quando Aninha não estivesse por perto. Na certa, ela devia estar pensando que nós brigamos, mas quando ela me perguntar, eu explicarei tudo.

Depois do almoço, estávamos assistindo televisão em casa quando o telefone dela começou a tocar.

–Oi Gustavo. Sim, estou. - ela dizia.- Daqui a meia hora? Tá bem. Beijos, tchau.

–O que o Gustavo queria?- perguntei.

–Avisar pra encontramos ele na sorveteria daqui a meia hora.

–Já tô pronta mesmo. Vamos então.

–Vamos sim.

Chegando na sorveteria, todos estavam bem animados. Mário pediu um de flocos, eu pedi de morango, Gustavo de chocolate, Aninha de baunilha e Cirilo de coco. Estava sendo uma tarde bem divertida depois daquele susto que levamos quando o grupo de populares nos barrou, o assunto parecia ter sido dissipado.

Quando voltamos pra casa, Aninha estava querendo dormir em minha casa, porém, recebeu uma ligação da mãe que dizia que ela precisava de ajuda em uns negócios e não poderia passar a noite em minha casa.

–Não tem problema amiga, só esse dia maravilhoso hoje compensa tudo.- falei, sorrindo.

–Tem certeza?- perguntou ela.

–Claro que sim.

–Então tá. Beijos.

–Beijos, até amanhã.

Dormi um sono bem tranquilo, apesar de desapontada por Aninha não poder dormir em casa. Chegando no dia seguinte, escovei meus dentes, tomei um banho, me vesti e desci. Depois do café, saí pra ir para a escola, dava tempo suficiente para ir sem me atrasar.

Chegando no pátio da escola, vi Gustavo e Aninha conversando em um banco animadamente, nenhum dos dois percebeu que eu havia chegado, mas não liguei, segui meu caminho. Mas minha maior surpresa foi quando vi que Mário era o único menino na sala de aula e, ao lado dele, estava Luana, a nova aluna da escola. Logo tratei de disfarçar e fingir que não vi nada, mas consegui escutar a conversa dos dois:

–Passeio? Onde?- ouvi perguntar

–Pra onde você quiser, é só me falar.

–Fica pra próxima.

–Tudo bem, oportunidade não vai faltar.

Então, aquilo me fez perceber que Luana havia chamado Mário pra sair, porém, ele recusou. Fiquei feliz por isso, porque significava que ele ainda não desistiu de mim. Mas não ousei levantar da cadeira, esperei a aula começar ali mesmo e se os dois quisessem vir falar comigo, era só indo até minha carteira. Mas logo a professora chegou e iniciou a aula.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado e até o próximo!



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