Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel voltou com mais um capítulo pra vocês, espero que gostem.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643413/chapter/13

Mário...

No final da aula, rapidamente guardei todo o meu material e fui até a mesa da Marcelina, que ainda guardava o dela. O nosso trabalho fora apresentado à professora e tiramos a nota máxima. Porém, não fomos os únicos, Gustavo e Aninha também tiraram a nota máxima. Assim que cheguei à mesa dela, ela estava se levantando e pondo a mochila nas costas.

–Oi Marcelina!- eu disse.

–Oi Mário.- ela respondeu, ainda sorrindo.

–Mais tarde o Gustavo, Aninha, Cirilo e eu vamos lá na sorveteria, quer ir também?

–Eu adoraria.

E então, estávamos todos nós cinco saindo juntos da escola e, ao chegarmos no pátio, na nossa frente apareceu um grupo de alunos que aparentavam ter a nossa idade. Eram meninos e meninas, eu não conhecia nenhum deles.

–Olha só quem está aí, o grupo de anti-sociais.-zombou um deles, que parecia ser o líder.

–Sai fora.- disse Gustavo, mas eles nem ligaram.

–Vocês bem que podiam nos dar uma ajudinha nas matérias que temos mais dificuldades, não acham?- falou outro menino.

–E o que essa traidora está fazendo aí?- dessa vez uma menina ruiva, baixinha e de olhos verdes nos perguntou.

Foi quando vi que Marcelina estava cabisbaixa.

–Nos deixe em paz!- falou Cirilo.

–Que negócio é esse de traidora?- perguntei à Marcelina, mas ela não respondeu.

–Agora só estão faltando seus óculos.- zombou o primeiro garoto.

–É melhor irem embora daqui, senão a coisa vai piorar para o lado de vocês!- ameaçou Gustavo.

–Isso é uma ameaça? Pois saiba que não temos medo de ameaças de nerd's tá?

–Dá pra calar essa boca?!!- dessa vez Marcelina explodiu.

E aquilo foi o bastante para eles. Depois que Marcelina gritou, eles começaram a rir da nossa cara, outros ainda zombavam, outros insultavam a gente e nós não podíamos fazer nada, até que não aguentei mais e puxei Marcelina e Gustavo pela mão até a saída da escola. No caminho, percebi que Marcelina ainda estava nervosa e a levei para um parque, onde comprei uma garrafa de água para ela se acalmar. Enquanto ela bebia, sentou-se num banco que tinha ali e eu sentei do seu lado, segurando sua mão e alisando seu braço. Enquanto isso, Cirilo, Gustavo e Aninha ficaram em pé, um pouco distante de nós.

Quando percebi que Marcelina se acalmou, vi que Gustavo e Aninha estavam vindo em minha direção. Me levantei, pedi que Cirilo ficasse com Marcelina e fui até eles:

–Mário, eu acho que agora eu sei porquê chamaram Marcelina de traidora.- ele disse.

–E por quê?- perguntei, curioso.

–Bom, segundo Aninha, aquele grupinho era formado pelos alunos mais populares da escola. Não o tipo "gatões" e tal, mas os que são mais conhecidos e admirados pela escola toda. E pelo que a Aninha me disse, a Marcelina fazia parte desse grupo até o ano passado, mas hoje, quando ela descobriu que eles queriam zoar com a gente, que somos menos populares que eles, ela se retirou do grupo com a desculpa de falta de tempo só para não participar da brincadeira deles com a gente.- explicou Gustavo.

–A Marcelina?- falei, incrédulo.

–Exatamente. Aí, quando ela se retirou do grupo, veio direto me contar. Lembra quando ela ficou um tempo cochichando comigo na sala?- perguntou Aninha.

–Lembro sim.

–Pois então, ela estava me contando justamente isso, que ela havia deixado o grupo para não ter que zoar com vocês dois, mais precisamente com você. Só que ela inventou uma outra desculpa e os meninos perceberam que ela mentiu, por isso a chamaram de traidora.

Fiquei pasmo com aquela revelação. Quer dizer então que a Marcelina era uma das garotas mais populares da escola e ainda fazia parte de um grupo que gostava de zoar e implicar com os menos populares, mas saiu por minha causa? Nossa, depois dessa, nem sei o que falar, só sei que fiquei muito impressionado com isso. Agora dava pra entender o motivo dela ter ficado tão nervosa com as zoações e as ofensas. Ainda incrédulo, fui até Marcelina para confirmar.

Marcelina...

Meu deus, eu nem sei mais o que pensar. Quem diria que depois de tudo que eu fiz, agora corro o risco de ficar mais uma vez sem a amizade do Mário, porque assim que entrei na sala, mesmo com a professora dando aula, contei à Aninha o que aconteceu na biblioteca:

–Graças à Deus eu consegui sair do grupo.- respondi, aliviada.

–Que bom mesmo, agora é tomar cuidado com eles. Se eles te verem com os meninos, vão descobrir a verdade.- ela respondeu.

–Tem razão, mas acho que eles não farão isso aqui, só na rua mesmo.

–Também acho.

E assim, voltamos a nos concentrar na aula. Quando tocou o sinal de fim de aula, estava arrumando minhas coisas e vi Mário chegar na minha frente:

–Oi Marcelina!- ele disse.

–Oi Mário.- eu respondi, ainda sorrindo.

–Mais tarde o Gustavo, Aninha, Cirilo e eu vamos lá na sorveteria, quer ir também?

–Eu adoraria.

E então, estávamos todos nós cinco saindo juntos da escola abraçados. Quer dizer, só Gustavo abraçava Aninha enquanto Cirilo e Mário conversavam normalmente, claro que isso era porque nós ainda não namorávamos, mas mesmo assim, eu continuei animada com o passeio. Porém, ao chegarmos no pátio, na nossa frente apareceu o grupo de alunos populares que haviam feito a reunião durante o recreio. Ferrou, pensei, agora eles vão descobrir que eu menti pra eles sobre o motivo da minha saída do grupo:

–Olha só quem está aí, o grupo de anti-sociais.-zombou Rodrigo, com seu jeito de sempre.

–Sai fora.- disse Gustavo, mas eles não pararam.

–Vocês bem que podiam nos dar uma ajudinha nas matérias que temos mais dificuldades, não acham?- falou Vinícius.

–E o que essa traidora está fazendo aí?- dessa vez foi Lúcia quem provocou.

Nessa hora meu sangue estava fervendo, minha cara estava vermelha de vergonha e minha boca estava tremendo por dentro, eu não estava mais aguentando ficar calada.

–Nos deixe em paz!- falou Cirilo.

–Que negócio é esse de traidora?- Mário perguntou pra mim, mas não consegui responder.

–Agora só estão faltando seus óculos.- voltou a zombar o Rodrigo.

–É melhor irem embora daqui, senão a coisa vai piorar para o lado de vocês!- ameaçou Gustavo.

–Isso é uma ameaça? Pois saiba que não temos medo de ameaças de nerd's tá?

–Dá pra calar essa boca?!!- dessa vez eu explodi, sabia que não podia mais continuar calada, precisava fazer alguma coisa. Mas aquilo que falei só piorou tudo, pois eles começaram a insultar juntos, e não separadamente como no início. Tapei meus ouvidos com as mãos para não escutar, pois estava muito nervosa, até que senti Mário me puxar pela mão. Mas nem me afastando deles consegui me acalmar.

–Calma Marcelina, eles já foram. Nossa, você tá tremendo.- disse Aninha.

–Já sei o que fazer, vem comigo.- disse Mário.

E logo, ele me levou até a praça onde mais tarde tomaríamos o tal sorvete, pois lá tinha uma pequena sorveteria que estava aberta. Mas Mário pediu uma garrafa de água e me deu. Eu peguei na garrafa ainda com as mãos trêmulas e me sentei em uma banco da praça pra beber. Mário ficou me consolando no começo, não saiu do meu lado por nada, mas depois de um tempo eu vi Gustavo e Aninha o chamarem para uma conversa "particular" e ele foi, deixando Cirilo comigo.

–Fica assim não Marcelina, eles só disseram aquilo pra provocar.- disse Cirilo.

–Eu sei, é que essa é a primeira vez que eu passo por uma situação dessas, aí bateu o desespero.- respondi, já mais calma.

–Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece. E essa você não vai esquecer mesmo.

–Com certeza.

Nós dois rimos. Foi nessa hora que Mário veio com Gustavo e Aninha.

–Marcelina, é verdade o que eles disseram sobre você ter deixado aquele grupo por minha causa?- perguntou Mário e eu senti meu coração errar uma batida. O que eu faço agora? Eu estou apaixonada por ele, mas não sei se é a hora certa de contar, o que eu respondo pra ele?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wonderful Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.